sábado, 18 de junho de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - 116º DIA - ÚLTIMAS NOTICIAS - 18 DE JUNHO DE 2022

 

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

Inês Geraldo - RTP - Há 2 horas
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Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© ReutersAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

11h15 - Polícia alemã investiga centenas de possíveis crimes de guerra

A Polícia Federal alemã disse este sábado que está a investigar centenas de possíveis crimes de guerra russos na Ucrânia, revelando que procura líderes e militares e políticos uqe tenham patrocinado tais atos.

"Até agora recebemos centenas de pistas", explicou o presidente da polícia alemão, Holger Munch".

11h08 - Ucrânia tem o direito de organizar a Eurovisão

As palavras são de Boris Johnson depois de a organização do festival ter começado conversações com a Grã-Bretanha para mudar a Eurovisão do próximo ano para território britânico.

Os organizadores acreditam que devido à guerra na Ucrânia, não estão asseguradas as condições de segurança.

"Claro que adoraria ter a Eurovisão aqui [no Reino Unido] mas o facto é que eles [Ucrânia] ganharam e merecem organizar. Acredito que Kiev ou outra cidade ucraniana seriam locais fantásticos para ter a Eurovisão".

Kiev mostrou-se desapontada depois de a EBU ter anunciado que estava em negociações com a BBC para que o espetáculo fosse organizado em terras de sua majestade.

10h19 - Negociador ucraniano prevê retomar conversações com a Rússia em agosto

O chefe da delegação ucraniana nas negociações de paz com a Rússia, David Arajamia, apontou a possibilidade de retomar as conversações no final de agosto, assim que Kiev conseguir reforçar a sua posição com uma série de contraofensivas.

Numa entrevista à emissora "Voice of America", que foi difundida hoje pelos órgãos de comunicação ucranianos, o chefe dos negociadores disse que Kiev não planeia retomar as conversações por enquanto, mas apenas no final do verão.

Questionado sobre o que vai mudar entre hoje e agosto, Arajamia recusou-se a dar detalhes, mas disse acreditar que haverá "operações de contraofensiva em alguns locais".

Para retomar as negociações, paralisadas desde o final de março, o negociador colocou a condição de as forças ucranianas conseguirem reforçar significativamente o seu controlo sobre o território ou que as tropas russas se retirem "voluntariamente" para as suas posições antes de 24 de fevereiro, dia em que a invasão começou.

Uma vez cumprida essa exigência, seria possível a Ucrânia sentar-se à mesa das negociações e lidar "através de canais diplomáticos e políticos" com questões como o regresso dos territórios separatistas no Donbass e na península da Crimeia.

(agência Lusa)

09h45 - Forças pró-Rússia dizem que não há acordo para evacuar fábrica de Azot

As forças aliadas do exército russo informaram hoje que ainda não foi alcançado um acordo para evacuar a fábrica de produtos químicos Azot, na cidade de Severodonetsk, um bastião das forças ucranianas que defendem a cidade.

"Ainda não há acordo sobre a abertura de um corredor humanitário de Azot para que civis e militares deponham as suas armas", disse Rodion Miroshnik, embaixador na Rússia da autoproclamada República Popular de Lugansk, aliada de Moscovo.

O embaixador acusou as forças ucranianas pelo atraso, porque "se recusam a garantir um cessar-fogo, sem o qual nenhuma evacuação é possível", de acordo com uma mensagem no seu canal Telegram, citado pela agência russa TASS.

A Ucrânia, por outro lado, garante que é a Rússia que está a impossibilitar a evacuação da fábrica, onde atualmente há "568 pessoas abrigadas, incluindo 38 crianças", detalhou o responsável pela Administração Regional de Lugansk, Serhiy Haidai.

"No mês passado, quando propusemos, essas pessoas recusaram-se a retirar. Uma saída da fábrica só é possível com um cessar-fogo total", disse Haidai, numa segunda mensagem no Telegram.

Na passada quinta-feira, as milícias de Lugansk conseguiram entrar na fábrica de produtos químicos, embora não tenham conseguido expulsar os soldados ucranianos.

(agência Lusa)

09h04 - Exportações de carvão russas vão cair 30 por cento

A agência de notícias Interfax anunciou este sábado que a produção de carvão por parte da Rússia para 2022 vai cair em mais 100 por cento.

Citando o ministro russo da energia, as exportações russas podem vir a cair 30 por cento devido às sanções económicas impostas pelo Ocidente.

08h28 - Rússia consolida domínio na Ilha das Serpentes

Imagens de satélite mostram que os russos estão bem implementados na Ilha das Serpentes e não prentedem sair. A forças russas colocaram novos sistemas de defesa.

"Oa russos implantaram vários sistemas anti-aéreos na Ilha cobrindo diferentes tipos de ameaça", revelou Pierre Grasser, investigador e especialista em defesa russa.

08h21 - Guerra terá enorme impacto na circulação de pessoas, ideias e bens

A guerra na Ucrânia terá grandes impactos no futuro ao nível da circulação de mercadorias, pessoas e ideias, interrompendo as dinâmicas económicas e sociais das últimas décadas de globalização, defendeu o historiador e antropólogo José Manuel Sobral.

"Penso que vai ter um impacto enorme, na medida em que já está a ter", afirmou em entrevista à agência Lusa o investigador, aposentado, do Centro de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, observando que o conflito no leste da Europa acabou com "um certo convívio" e "uma certa normalidade" nas relações europeias com a Rússia.

Ao mesmo tempo, segundo o historiador, o regresso da guerra à Europa, vem pôr em causa "o mundo do Interrail" das últimas gerações e a ideia de "uma paz perpétua".

"Há uma interrupção das comunicações a todos os níveis, desde logo de trocas económicas muito importantes entre a União Europeia, os Estados Unidos e a Rússia, mas também de circulação de pessoas", exemplificou José Manuel Sobral.

"Evidentemente que vão desaparecer os vistos, vão desaparecer as viagens, vai desaparecer essa importante circulação de pessoas, ideias e mercadorias que estava associada à globalização tal como a conhecíamos", estimou, expondo o caso do ministro do dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, que acabou por cancelar uma deslocação à Sérvia face aos impedimentos à circulação aérea. "As linhas aéreas russas não podem circular no espaço europeu, norte-americano. Está tudo interrompido. Isso acabou e vai ter consequências enormes".

(agência Lusa)
08h00 - Ponto de situação:

  • A Rússia diz que eliminou 19 mercenários portugueses que combatiam pela Ucrânia, desde o início da invasão. O ministério russo da Defesa garante que 68 outros combatentes de nacionalidade portuguesa ainda estão em território ucraniano. O Governo português diz que foi contactado apenas por sete combatentes voluntários e que não tem registo de que algum deles tenha morrido. Esta sexta-feira fica também marcada pela segunda visita de Boris Johnson a Kiev, onde prometeu mais ajuda militar e financeira e o treino de milhares de soldados ucranianos.

  • O Ministério português dos Negócios Estrangeiros não confirma qualquer morte de cidadãos portugueses na Ucrânia, depois de Moscovo ter colocado Portugal na lista das baixas de mercenários estrangeiros com 19 combatentes mortos em confrontos na Ucrânia.

“Há registo de 7 cidadãos nacionais que contactaram os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros informando da sua deslocação para a Ucrânia a título de ‘combatente voluntário’”, respondeu o MNE à RTP, acrescentando que “não há registo de mortes”.

  • A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta sexta-feira que o órgão irá propor a atribuição do estatuto de candidata à UE à Ucrânia.

Vestida de amarelo e azul, as cores da bandeira ucraniana, von der Leyen afirmou na conferência de imprensa desta sexta-feira que a Ucrânia "demonstrou claramente a aspiração e a determinação" em viver "de acordo com os valores e padrões europeus".

A proposta da Comissão será discutida na próxima cimeira europeia, que decorre nos dias 23 e 24 de junho. A atribuição do estatuto de candidata só poderá acontecer com a unanimidade por parte dos 27.

  • Meios de comunicação russos mostraram esta sexta-feira imagens de dois alegados norte-amerianos capturados pelas forças russas enquanto lutavam na Ucrânia.

O jornal Izvestia mostrou um pequeno excerto do que diz ser uma entrevista com Andy Huynh, de 27 anos, e a RT pubicou uma imagem de um homem identificado como Alexander Drueke, de Tuscaloosa, no Alabama.

  • O chefe da administração militar de Severodonetsk disse esta sexta-feira que estão em curso negociações para um cessar-fogo que permita a retirada de civis do complexo fabril químico Azot.

"Um cessar-fogo e um corredor humanitário estão a ser negociados, mas há muitas provocações e 'jogos' por parte dos russos", disse Roman Vlasenko, citado pela CNN.

Moscovo declarou no início desta semana que abriria um “corredor humanitário” para a retirada de civis da Azot, mas apenas para território controlado pela Rússia.

O governador de Lugansk, Sergei Haidai, disse esta sexta-feira que é "impossível e fisicamente perigoso" a retirada de civis da fábrica de produtos químicos em Severodentsk devido aos "constantes bombardeamentos e combates". Haidai sublinhou que a evacuação da fábrica “só será possível com um cessar-fogo completo”.

  • Vladimir Putin começou por vincar os "novos centros de poder no mundo" que surgiram ao longo das últimas décadas, considerando que cada um desses centros tem "o direito de proteger e de demonstrar a força da sua soberania".

Alertando que "nada será como dantes na política global", o presidente russo diz que há alterações em curso que são "impossíveis de contornar" e que as "elites ocidentais" preferem ignorar as mudanças e "acreditar nos fantasmas do passado".

"Pensam que o domínio do Ocidente e que a política global ou a economia são constantes. Mas nada é eterno", alertou.

A falar para os Estados Unidos, Putin criticou os países que tratam outras nações "que ficam no seu quintal" como "suas colónias". De resto, o Ocidente procura "esmagar economicamente aqueles que se recusam a adotar a sua ética, as suas visões".

  • O Festival Eurovisão da Canção de 2023 não será realizado na Ucrânia devido à guerra em curso no país, anunciou a União Europeia de Radiodifusão (EBU) esta sexta-feira, acrescentando que está a ser ponderada a hipótese de o evento ser realizado no Reino Unido, que ficou em segundo lugar no festival.

"As garantias de segurança e operacionais exigidas para o emissor hospedar, organizar e produzir o Festival Eurovisão de Canção sob as regras do próprio não podem ser cumpridas pela UA:PBC [emissora pública nacional da Ucrânia]", disse a EBU num comunicado publicado no Twitter.

DIA DO ORGULHO AUTISTA - 18 DE JUNHO DE 2022

 

Dia do Orgulho Autista

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Dia do Orgulho autista, uma iniciativa do grupo Aspies for Freedom, dos Estados Unidos, é uma celebração da neurodiversidade de pessoas do espectro do autismo, anualmente, todo 18 de junho.[1] Orgulho Autista reconhece o potencial inato em todas as pessoas, incluindo aquelas no espectro do autismo.

Orgulho autista

A bandeira do Orgulho Autista foi selecionada por votação online em 2015, a partir de uma série de ideias enviadas

O Dia do Orgulho Autista foi celebrado pela primeira vez em 2005, pelo grupo Aspies for Freedom (AFF), dos Estados Unidos, e rapidamente se tornou um evento global, que ainda é amplamente comemorado on-line. AFF se inspirou no movimento do Orgulho LGBT. O arco-íris, símbolo do infinito, é usado como o símbolo deste dia, o que representa "a diversidade, com variações infinitas e infinitas possibilidades".

Temas

  • 2005 Aceitação, não cura — principal evento de 2005 foi em Brasília, capital do Brasil.
  • 2006 Celebrar Neurodiversidade — principais eventos de 2006 foram um Acampamento Orgulho Autista de Verão na Alemanha e um evento no Scienceworks Museu em MelbourneAustrália.
  • 2007 Autistas Falam. É hora de ouvir
  • 2008 Sem um tema
  • De 2009, Sem um tema
  • 2010 Perspectivas, não medo
  • De 2011, Reconhecer, Respeitar, Incluir
  • 2012 Não tema — principal evento de 2012 foi em Herzliya Park, em Israel.
  • 2013 Nenhum tema — principal evento de 2013 estava em Sacher Park, em Jerusalém, Israel.
  • 2015 Sem tema — principais eventos foram em Reading, Reino Unido Hyde Park , em Londres, Reino Unido, e Haifa, Israel.
  • 2016 Não tema — principais eventos foram em Reading, Reino Unido, Hyde Park, em Londres, Reino Unido, Manchester, Reino Unido, e Ramat HaSharon, Israel, Nebraska.
  • 2017 Nenhum tema -- principais eventos foram no Hyde Park, em Londres, no Reino Unido, em Reading, no Reino Unido, Manchester, Reino Unido e Modiin, Israel, e Nebraska.

Veja também

Referências

  1.  «Autistic Pride Day celebrated on June 18». The Scottish Strategy for Autism. Consultado em 12 de março de 2016

Links externos

DIA INTERNACIONAL DO SUSHI - 18 DE JUNHO DE 2022

 

Sushi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sushi (すし, 寿司, 鮨? pronunciado [sɯꜜɕi] ou [sɯɕiꜜ]) é um prato da culinária japonesa que possui origem numa antiga técnica de conservação da carne de peixe em arroz avinagrado. O sushi, na forma em que é conhecido atualmente, tem cerca de 200 anos; inicialmente, era vendido em barado com molho de vinagre, açúcar e sal, combinado com algum tipo de peixe ou fruto do marvegetais ou ovo. A tradição japonesa é de servi-lo acompanhado de wasabi (pasta de raiz forte).

Prato de sushi.

História

Ver artigo principal: História do sushi
Sushi, por Rirochigue, na era Edo

A forma tradicional do sushi é peixe fermentado e arroz, conservados com sal, em um processo originário do Sudeste Asiático, onde ainda continua popular nos dias de hoje.

O termo sushi vem de uma forma gramatical arcaica, com significado de "Risoto Japonês", não usada mais em outros contextos e significa, literalmente, "é azedo",[1] num reflexo das suas raízes históricas de alimento fermentado.

A ciência por trás da fermentação do peixe embalado no arroz é que o vinagre produzido a partir da fermentação do arroz quebra a proteína do peixe em aminoácidos. Isso resulta em um dos cinco paladares básicos, chamado umami em japonês. A forma mais antiga de sushi no Japão, narezushi, ainda se assemelha muito com esse processo. No Japão, o narezushi evoluiu para oshizushi e, por último, para edomae nigirizushi, que é o alimento conhecido mundialmente apenas como "sushi".

Atualmente, o sushi japonês preserva poucas semelhanças com o tradicional prato de arroz lactofermentado. Originalmente, quando o peixe fermentado era tirado do arroz, apenas o peixe era consumido e o arroz fermentado era descartado. O funazushi de gosto e cheiro fortes, um tipo de narezushi feito próximo ao lago Biwa, no Japão, é o que mais lembra a forma tradicional de preparação do sushi fermentado.

Iniciando-se no período Muromachi (1336-1573), o vinagre foi adicionado à mistura peixe-arroz, para dar um melhor paladar e conservação. O vinagre acentuava o azedume do arroz, aumentando seu tempo de conservação e permitindo que o processo de fermentação encurtasse, acabando por ser abandonado na preparação do prato. Nos séculos seguintes, o sushi de Osaka evoluiu para o oshi-zushi. Frutos do mar e arroz eram prensados usando-se uma esteira de bambu. Em meados do século XIII, essa forma de preparação chegou a Edo (a atual Tóquio).

A versão contemporânea, internacionalmente conhecida apenas por sushi, foi desenvolvida por Hanaya Yohei (華屋与兵衛; 1799–1858) no final da era Edo. Essa técnica era uma forma primitiva de fast-food que não era fermentada, pois era preparada rapidamente, e que podia ser comida em bancas armadas na rua ou em teatros.[2] Nessa época, esse tipo de sushi ficou conhecido como edomae zushi, pois era produzido com peixes frescos pescados em Edomae (a atual Baía de Tóquio). Apesar de hoje em dia os peixes não virem mais desse lugar, o sushi ali produzido ainda é formalmente conhecido como edomae nigirizushi.

Nutrição

sushi é, geralmente, vendido em bandejas de plástico

Os principais ingredientes do sushi tradicional, peixe cru e arroz, possuem baixas taxas de gordura, altas taxas de proteína, carboidratos, vitaminas, minerais e omega-3 (nos sushis com peixe). O mesmo não ocorre com o sushi no estilo ocidental, que adiciona, cada vez mais, ingredientes não tradicionais, tais como maioneseabacate e creme de queijo.

Peixe, tofu, frutos do mar, ovo e muitos outros recheios usados no sushi possuem alto nível proteico. Vitaminas e minerais são encontrados na maioria dos vegetais e dos frutos do mar usado no sushi. Carne de camarão, por exemplo, é rica em cálcio e iodo, enquanto carne de salmão é rica em vitamina DGari e nori, usados para fazer o sushi, são ricos em nutrientes. Outros vegetais embrulhados junto com o arroz também oferecem várias outras vitaminas e minerais. Carboidratos são encontrados no arroz e nos vegetais.

Riscos de saúde

Como muitos alimentos que utilizam frutos do mar e peixes, o sushi não está livre de riscos de saúde. Alguns peixes grandes, como atum (especialmente rabilho), pode estar contaminados com altos níveis de mercúrio. Isso se deve ao fato de o atum estar no topo de sua cadeia alimentar: logo, ele acumula a contaminação dos peixes menores quando os consome. Assim, o atum, e outros peixes podem causar intoxicação por mercúrio se consumidos em alta quantidade.[3]

Infecções por parasitas são raras. Os japoneses costumam congelar à noite todos os peixes antes de os comer para evitar serem infectados por parasitas, particularmente o anisakis.

Também é de se considerar os riscos de reações alérgicas aos frutos do mar ou aos temperos utilizados.

Uma outra preocupação é a contaminação por bactérias, principalmente da família dos coliformes, pois é tradicional o prato se preparar com as "mãos nuas", pois, segundo os puristas, o uso de luvas ou a lavagem das mãos com detergentes bactericidas altera o sabor do sushi. Existindo, ainda, como fontes de contaminação, o armazenamento dos ingredientes, a limpeza do local onde é preparado, bem como a limpeza dos utensílios utilizados. Os males variam desde uma indigestão leve até, em casos mais graves, complicações como diarreia, úlceras e até mesmo o óbito.

Outras formas de sushi, mais notavelmente as que usam peixes venenosos (como Tetraodontidae), podem causar graves envenenamentos se não forem devidamente preparadas. O fugu, particularmente, tem uma dose letal de tetrodotoxina em seus órgãos internos e precisa ser preparado por um cozinheiro licenciado e qualificado por um exame nacional do Japão.

Apresentação

Chef preparando nigirizushi em Quioto, no Japão

Tradicionalmente, o sushi é servido no estilo minimalista e geométrico japonês, em bandejas de plástico ou madeira, dependendo das qualidades estéticas do local.

Muitos restaurantes de sushi oferecem pratos com preços fixos escolhidos pelo chef dependendo do dia. Alguns desses pratos são classificados como: shō-chiku-bai (松竹梅), shō/matsu (松, pine), chiku/take (竹, bamboo) ebai/ume (梅, ume), sendo o matsu o mais caro e o ume o mais barato.

No Japão, e cada vez mais no exterior, o sushi é servido na forma conhecida como kaiten zushi, um estilo de fast-food japonês no qual os pratos são dispostos em balcões giratórios pelo qual os pratos passam e onde as pessoas podem se servir. Nesse sistema, os preços são definidos pela cor dos pratos no qual os alimentos estão. No final da refeição o atendente calcula o valor da conta pelo número de pratos sobre a mesa do cliente e suas cores. Restaurantes mais modernos colocam chipes de RFID nos pratos para se calcular automaticamente a conta.

Tipos de sushi

Diversos tipos de sushi

O ingrediente comum em todos os diferentes tipos de sushis é o arroz de sushi. A variedade aparece na escolha dos recheios e coberturas, na escolha de outros condimentos e na maneira em que são montados. Os mesmos ingredientes podem ser montados de formas inteiramente diferentes para a obtenção de efeitos totalmente diferentes. Esta seção lista as diferentes formas de construir o sushi, independentemente dos tipos de recheio e cobertura.[4]

  • Makizushi (sushi enrolado). 巻き寿司. Um pedaço cilíndrico, formado com a ajuda de uma esteira enrolável de bambu, chamada makisu ou sudare. O makizushi é geralmente embrulhado em nori, uma folha de alga marinha desidratada que abriga o arroz e o recheio.
    • Futomaki (rolinhos grandes). 太巻き. Cilíndrico e grande, é um dos sushis mais populares. Possui como recheio uma variada combinação de peixes, folhas e raízes. Tendo tradicionalmente recheios ímpares, é um dos mais apreciados em festivais e datas comemorativas.
    • Hosomaki (rolinhos finos). 細巻き. Um pedaço cilíndrico fino, com o nori na parte externa. O hosomaki típico tem por volta de dois centímetros de espessura e dois centímetros de largura. Eles são geralmente feitos com apenas um recheio, simplesmente porque não há espaço suficiente para mais de um.
    • Kappamaki. 河童巻き. Hosomaki recheado apenas com pepino em tiras é um dos mais tradicionais sushis. Foi batizado dessa forma em homenagem ao Kappa, figura folclórica japonesa, que tinha o pepino como seu alimento preferido.
    • Tekkamaki. 鉄火巻き. Tendo, como recheio, o atum, é uma das variantes mais conhecidas de hosomaki.
    • Temaki (rolinhos de mão). 手巻き. Um pedaço grande em formato de cone, com o nori na parte externa e os ingredientes até à boca da extremidade larga. Um temaki típico tem por volta de dez centímetros de comprimento, e é comido com as mãos, já que é muito estranho pegá-lo com palitinhos.
    • Uramaki (enrolado ao contrário). 裏巻き. Um pedaço cilíndrico médio, com dois ou mais recheios. Uramaki diferencia-se dos outros maki porque o arroz está na parte externa e o nori na interna. O recheio fica no centro, rodeado por uma camada de nori, uma camada de arroz e uma cobertura de outro ingrediente, como ovas de peixe ou sementes de gergelim torradas. No Japão, "rolo invertido" seria, na verdade, gyakumaki.
  • Oshizushi (sushi prensado). 押し寿司. Um pedaço em forma de bloco usando um molde de madeira, chamado oshibako. O chef alinha o fundo do oshibako com a cobertura, cobre-o com arroz de sushi e pressiona a tampa do molde para baixo para criar um bloco compacto e retilíneo. O bloco é removido do molde e cortado em pedaços que cabem na boca.
  • Nigirizushi (sushi feito à mão). 握り寿司. Pequenos pedaços ligeiramente similares ao sushi prensado ou sushi enrolado, mas feito sem a utilização de makisu ou oshibako. Montar um nigirizushi é surpreendentemente difícil de fazer da forma correta. A forma mais simples é um pequeno bloco de arroz de sushi com uma lasca de wasabi e uma camada fina de uma cobertura colocada sobre ele, possivelmente amarrada com uma tira fina de nori.
    • Gunkanzushi (sushi "navio de guerra"). 軍艦寿司. Também conhecido como gunkanmaki, é um sushi pequeno, ovalado, similar em tamanho e aparência ao hosomaki. Um punhado de arroz é embrulhado à mão em uma tira de nori, mas, ao invés de o recheio, ficar no centro, tem alguns ingredientes — como ovas de peixe — empilhados no topo.
sushi pré-embalado

sushi Joe é considerado um Gunkan, pois tem salmão picado na faca com maionese como cobertura, mas ao invés da alga, usa-se o salmão envolto no arroz. Cebolinha picada para finalizar.

  • Inarizushi (sushi recheado). 稲荷寿司. Um pequeno pacote ou bolsinha cheia de arroz de sushi e outros ingredientes. O pacote é confeccionado de tofu bem frito (油揚げ ou abura age), uma omelete fina (帛紗寿司 ou fukusazushi), ou folhas de repolho (干瓢 ou kanpyo).
  • Chirashizushi (sushi espalhado). 散らし寿司. Uma tigela de arroz de sushi com outros ingredientes misturados. Também conhecido como barazushi. ばら寿司.
    • Edomae chirashizushi (sushi espalhado no estilo Edo). Ingredientes crus arranjados de forma artística em cima do arroz na tigela.
    • Gomokuzushi (sushi no estilo cansai). 五目寿司. Ingredientes cozidos ou crus misturados no meio do arroz na tigela.
  • Narezushi (なれ鮨) é uma forma mais antiga de sushi. Um peixe é recheado com sal após seus órgãos e escamas serem removidos. Estes peixes são colocados em um barril de madeira mergulhados em sal e comprimidos com um tsukemonoishi pesado ou uma pedra específica. Eles são fermentados por entre dez dias e um mês. Então esses peixes são colocados na água por entre 15 minutos e uma hora. Os peixes são então colocados em outro barril, encaixados e colocados em camadas com arroz cozido no vapor e peixe resfriados. Então eles são novamente selados de forma parcial com otosibuta e uma pedra específica. Conforme os dias passarem, a água fermentada deve ser retirada. Seis meses depois, esses funazushi podem ser comidos, podendo também durar mais de seis meses.

Ver também

Notas e referências

  1.  Japanese Food Culture. «The History of Sushi». Consultado em 26 de julho de 2008. Arquivado do original em 15 de setembro de 2008
  2.  Zschock, Day. The Little Black Book of Sushi: The Essential Guide to the World of Sushi. Pag. 14-15. 2005. ISBN 1-59359-961-7.
  3.  Burros, Marian (23 de janeiro de 2008), «High Mercury Levels Are Found in Tuna Sushi»The New York Times
  4.  Henrique, Kevin (29 de agosto de 2019). «130 Tipos De Sushi - Urumaki, Hossomaki, Nigiri»Skdesu. Consultado em 28 de setembro de 2021

Fontes

  • Barber, Kimiko; Takemura, Hiroki: Taste and Technique - DK Publishing, 2002 - ISBN 0-7894-8916-3
  • Kawasumi, Ken: The Encyclopedia of Sushi Rolls - Graph-Sha, 2001 - ISBN 4-88996-076-7

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