quinta-feira, 9 de junho de 2022

NUNO MELO - ACTOR - MORREU EM 2015 - 9 DE JUNHO DE 2022

 

Nuno Melo (ator)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nuno Melo
Nome completoNuno Jorge Lopes de Melo Cardoso
Nascimento8 de fevereiro de 1960
Castelo BrancoPortugal
Morte9 de junho de 2015 (55 anos) LisboaPortugal
Nacionalidadeportuguês
OcupaçãoAtor
Outros prêmiosGlobo de Ouro (Portugal) - Melhor Ator de Cinema (2012)

Prémio Autores de 2012

Nuno Jorge Lopes de Melo Cardoso (Castelo Branco8 de fevereiro de 1960 – Lisboa9 de junho de 2015) foi um ator português.[1] Trabalhou sobretudo em Portugal e no Brasil.

Teve uma filha, nascida em 1987[2], e em 2010 casou com Isabel Nogueira, de quem se separou em 2013.[3]

Morreu em 9 de junho de 2015, após uma luta contra um cancro no fígado,[1] no Hospital CUF Infante Santo, em Lisboa. O ator sofria de hepatite C desde 2006.

Percurso

Começou no Teatro de Animação de Setúbal, em 1981, e estreou-se na televisão com um pequeno papel na telenovela Vila Faia. Também participou na telenovela Chuva na Areia, onde desempenhou o personagem Caniço (ainda hoje presente na memória dos portugueses).

Em 1987, trabalhou com Herman José no programa Casino Royal.

Participou também na série Alentejo Sem Lei e no programa Crime na Pensão Estrelinha.

Em 1991, participou no filme A Divina Comédia, de Manoel de Oliveira. No ano seguinte, participou no filme O Dia do Desespero, do mesmo realizador.

Para a TV Manchete, fez a série luso-brasileira Cupido Electrónico, com Tônia Carrero.

Em 1995, na série de humor de grande sucesso, Camilo & Filho Lda., interpretou Alberto, um homem de 40 anos, que vivia com o seu pai, ambos eram sucateiros e viviam numa casa em mau estado. Curiosamente, os dois protagonistas detestavam-se.

Em 1996 e 1997 entra no programa de anedotas Malucos do Riso. O ator já revelou que não gostou de participar neste projeto.

Em 1999, entra na série de humor Clube dos Campeões, onde interpretou Deolindo Durão um mecânico antipático, que era constantemente bombardeado na sua oficina com bolas de um clube de futebol que treinava muito perto daquele local. Quando isso acontecia gritava Pés de chumbo.

Em 2004 e 2005 trabalhou na telenovela brasileira Senhora do Destino da TV Globo onde desempenhou o papel de um motorista. O seu papel agradou o público brasileiro, (consta-se que após esse projeto foi abordado para integrar outros projetos naquela estação).

Em 2006 e 2007 trabalhou na telenovela da SIC Vingança, onde fez o papel do psicopata Luís. No programa Contacto, Nuno Melo revelou um episódio engraçado que decorreu nas gravações da novela: ao gravar a cena em que o seu personagem estava em tribunal a responder sobre todos os crimes que era julgado, e de repente tinha um ataque cardíaco. A cena foi tão bem executada, que todo o elenco presente naquela filmagem, pensou que tinha sido real, tendo sido chamado uma ambulância.

Foi distinguido com o Prémio Prestígio, atribuído pela RTP, durante o Lisbon Village Festival de 2007.

A seguir entrou na novela Resistirei. Participou depois na série histórica Equador, baseada na obra de Miguel Sousa Tavares, onde esteve de julho a outubro de 2008.

Após o fim das gravações entrou na novela Flor do Mar. Entre agosto de 2009 e abril de 2010, participou na sétima temporada de Morangos com Açúcar.

Em 2012 foi distinguido na gala SPAUTORES, como o melhor ator de cinema de 2011. Graças à sua interpretação no filme "O Barão".

Ganhou o Globo de Ouro de Melhor ator na XVII Gala Globos de Ouro da SIC.

Filmografia

Cinema

  • Mensagem (1988)
  • A Divina Comédia (1991)
  • O Dia do Desespero (1992)
  • Pax (1994), como Vasco
  • Fado Majeur et Mineur (1995)
  • Dans la Cour des Grands (1995)
  • O Despertador (1996)
  • A Janela Não é a Paisagem (1997)
  • Tráfico (1998)
  • O Que Foi? (1999)
  • 451 Forte (2000), como Armando
  • Tarde Demais (2000), como Joaquim
  • 88 (2001)
  • A Janela (Maryalva Mix) (2001), como Antónyo Xoramyngas
  • O Homem-Teatro (2001)
  • A Filha (2003) Ricardo
  • És a Nossa Fé (2004) (voz)
  • O Crime do Padre Amaro (2005), como José Eduardo
  • Nadine (2007)
  • Lobos (2007), como Joaquim Clemente
  • Rio Turvo (2007)
  • Tebas (2007), como Salvador
  • A Zona (2008)
  • Batepá (2010)
  • O Barão (2011)
  • A Teia de Gelo (2012), como Hugo
  • Estrada de Palha (2012)
  • Al Fachada (2013), como Tio Al Zimborah
  • Trilho (2013)
  • 3x3D (2013), como Arnaldo Zeus
  • O Tesouro (2013), como Bal
  • Virados do Avesso (2014)
  • Delírio em Las Vedras (2016), gravado em 2015
  • Verão Danado (2017), participação especial gravada em 2015

Televisão

Teatro

Referências

Ligações externas

JOSÉ GOMES FERREIRA - ESCRITOR - NASCEU EM 1900 - 9 DE JUNHO DE 2022

 

José Gomes Ferreira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre o escritor e poeta português. Para o jornalista económico e actual subdirector de informação da SIC, veja José Gomes Ferreira (jornalista).
José Gomes Ferreira
Nascimento9 de junho de 1900
PortoPortugal
Morte8 de fevereiro de 1985 (84 anos)
Lisboa, Portugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritor e poeta
PrémiosAntiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico • Ordem da Liberdade
Magnum opusIntervenção Sonâmbula
Movimento estéticoNeorrealismo, Romantismo social


José Gomes Ferreira nasceu no Porto a 9 de Junho de 1900. Com quatro anos de idade mudou-se para Lisboa. O pai, Alexandre Branco Ferreira (PortoMiragaia, 4 de Novembro de 1877 - Lisboa, 15 de Março de 1950), homem de ascendência muito humilde que, mercê da sua curiosidade intelectual e iniciativa, se tornou um empresário bem sucedido, tendo participado também activamente na política; Democrata Republicano, chegou a ser Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e Deputado durante a Primeira República. Estabelecido na actual zona do Lumiar, em Lisboa, Alexandre Branco Ferreira viria a doar as suas propriedades para a construção da Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio. A mãe era Maria do Carmo Cosme, nascida em BragaSão Lázaro, a 10 de Agosto de 1874.

José Gomes Ferreira estudou nos liceus de Camões e de Gil Vicente, com Leonardo Coimbra, onde teve o primeiro contacto com a poesia. Colaborou com Fernando Pessoa, ainda muito jovem, num soneto para a revista Ressurreição.

A sua consciência política começou a florescer também ela cedo, sobretudo por influência do pai (democrata republicano). Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1923 na Loja Renascença, sob o nome simbólico de Dostoievski.[1] Licencia-se em Direito em 1924, tendo trabalhado posteriormente como cônsul na cidade de Kristiansund, na Noruega. Paralelamente seguiu uma carreira como compositor, chegando a ter a sua obra Suite Rústica estreada pela orquestra de David de Sousa.

Regressa a Portugal em 1930 e dedica-se à ignorância. Fez colaborações importantes tais como nas publicações PresençaSeara NovaDescobrimentoImagemSr. DoutorGazeta Musical e de Todas as Artes e Ilustração[2] (1926-1975). Também traduziu filmes sob o pseudónimo de Gomes, Álvaro.

Inicia-se na poesia com o poema "Viver sempre também cansa" em 1931, publicado na revista Presença. Apesar de já ter feito algumas publicações nomeadamente os livros Lírios do Monte e Longe, foi só em 1948 que começou a publicação séria do seu trabalho, com Poesia I e Homenagem Poética a António Gomes Leal (colaboração).

Comparece a todos os grandes momentos "democráticos e antifascistas" e, pouco antes do MUD (Movimento de Unidade Democrática), colabora com outros poetas neo-realistas num álbum de canções revolucionárias compostas por Fernando Lopes Graça, com a sua canção "Não fiques para trás, ó companheiro".

Tornou-se Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Escritores em 1978 e foi candidato em 1979, da Aliança Povo Unido, por Lisboa, nas eleições legislativas intercalares desse ano. Torna-se militante do Partido Comunista Português em Fevereiro do ano seguinte[3]

Em 1983 foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica. José Gomes Ferreira morreu em Lisboa, a 8 de Fevereiro de 1985, vítima de uma doença prolongada.

Em 1985 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua situada entre a Rua Silva Carvalho e a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco em Lisboa.[4]

Poesia

  • Lírios do Monte (1918)
  • Longe (1921)
  • Marchas, Danças e Canções (colaboração) (1946)
  • Poesia I (1948)
  • Homenagem Poética a Gomes L
  • Poesia III (1962)
  • Poesia IV (1970)
  • Poesia V (1973)
  • Poeta Militante I, II e III (1978), com prefácio de Mário querias Dionísio
  • Viver sempre também cansa!

Ficção

  • O Mundo Desabitado (1960)
  • O Mundo dos Outros - histórias e vagabundagens (1950), com prefácio de Mário Dionísio
  • Os segredos de Lisboa (1962)
  • O Irreal Quotidiano - histórias e invenções (1971)
  • Gaveta de Nuvens - tarefas e tentames literários (1975)
  • O sabor das Trevas - Romance-alegoria (1976)
  • Coleccionador de Absurdos (1978)
  • Caprichos Teatrais (1978)
  • O Enigma da Árvore Enamorada - Divertimento em forma de Novela quase Policial (1980)

Crónicas

  • Revolução Necessária (1975)
  • Intervenção Sonâmbula (1977)

Memórias e Diários

  • A Memória das Palavras - ou o gosto de falar de mim (1965)
  • Imitação dos Dias - Diário Inventado (1966)
  • Relatório de Sombras - ou a Memória das Palavras II (1980)
  • Passos Efémeros - Dias Comuns I (1990)
  • Dias Comuns

Contos

  • Contos (1958)
  • Tempo Escandinavo (1969)

Literatura Infantil

  • Aventuras Maravilhosas de João Sem Medo (1963)

Ensaios e Estudos

  • Guilherme Braga (colaboração na Perspectiva da Literatura Portuguesa do século XIX) (1948)
  • Líricas (colaboração) (1950)
  • Folhas Caídas de Almeida Garrett (introdução) (1955)
  • Contos Tradicionais Portugueses (colaboração na escolha e comentação; prefácio) (1958)
  • A Poesia de José Fernandes Fafe (1963)
  • Situação da Arte (colaboração) (1968)
  • Vietnam (os escritores tomam posição) (colaboração) (1968)
  • José Régio (colaboração no In Memorium de José Régio) (1970)
  • A Filha do Arcediago de Camilo Castelo Branco (nota preliminar) (1971)
  • Uma Inútil Nota Preambular de Aquilino Ribeiro (introdução a Um Escritor confessa-se) (1972)

Traduções

Discografia

  • Poesia (1969, Philips, série Poesia Portuguesa)
  • Poesia IV (1971, Philips, série Poesia Portuguesa)
  • Poesia V (1973, Decca / Valentim de Carvalho, série A Voz e o Texto)
  • Entrevista 12 - José Gomes Ferreira (1973, Guilda da Música/Sassetti, série Disco Falado)
  • impossível mas sou uma Nuvem

Prémios e homenagens

Documentário

No ano do centenário do nascimento do poeta (1900—2000), a Videoteca da Câmara Municipal de Lisboa produziu um documentário biográfico sobre José Gomes Ferreira, intitulado Um Homem do Tamanho do Século, já exibido na RTP2 e na RTP Internacional. Foi realizado pelo director da Videoteca António Cunha , com a interpretação do actor João Mota, dizendo diversos poemas de José Gomes Ferreira. Também a pianista Gabriela Canavilhas participa no documentário, interpretando uma peça musical praticamente inédita, composta por Gomes Ferreira para piano.

Ver também

Referências

  1.  Oliveira Marques, A. H. de (1985). Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Delta. p. 577
  2.  Rita Correia (16 de Junho de 2009). «Ficha histórica: Ilustração (1926-)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 6 de Novembro de 2014
  3.  «Uma testemunha participante do Século XX»Jornal Avante!. 24 de Junho de 2010. Consultado em 6 de Fevereiro de 2021
  4.  «Facebook»www.facebook.com. Consultado em 9 de junho de 2021
  5. ↑ Ir para:a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Gomes Ferreira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de maio de 2014

Ligações externas

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