sábado, 14 de maio de 2022

VOUZEL A- MUNICIPIO PORTUGUÊS - FERIADO - 14 DE MAIO DE 2022

 

Vouzela

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vouzela
Município de Portugal
Brasão de VouzelaBandeira de Vouzela
Localização de Vouzela
GentílicoVouzelense
Área193,69 km²
População10 564 hab. (2011)
Densidade populacional54,5  hab./km²
N.º de freguesias9
Presidente da
câmara municipal
Rui Ladeira (PPD/PSD)
Mandato 2021-2025
Fundação do município
(ou foral)
1836
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Viseu Dão-Lafões
DistritoViseu
ProvínciaBeira Alta
OragoSão Frei Gil
Feriado municipal14 de Maio
Código postal3670
Sítio oficialwww.cm-vouzela.pt

Vouzela é uma vila portuguesa do distrito de Viseu, situada na província da Beira Altaregião do Centro (Região das Beiras) e sub-região Viseu Dão-Lafões. Fica a 30 km de Viseu, a 60 km de Aveiro, a 2 km das Termas de São Pedro do Sul, a pouco mais de uma hora do Porto e a aproximadamente três horas de Lisboa.

É sede do município de Vouzela com 193,69 km² de área[1] e 10 564 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 9 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município de São Pedro do Sul, a leste por Viseu, a sul por Tondela e pela porção secundária de Oliveira de Frades, a sudoeste por Águeda e a noroeste pela porção principal de Oliveira de Frades.

É fácil chegar a este concelho quer via A25 quer através das Estradas Nacionais N16N228N333 e N333-3.

O concelho tem origem no antigo concelho de Lafões, do qual era uma das duas sedes, juntamente com São Pedro do Sul. Em 1836, Lafões foi repartido entre Vouzela e São Pedro do Sul.

O município de Vouzela, criou em 2015 a marca institucional "Vouzela - o Coração do Centro". A nova imagem tem o formato de um coração, composto por vários elementos geométricos que constroem a marca no seu todo e na sua plenitude, destacando-se o elemento fora do coração, que é o elemento que “falta” a Vouzela, o elemento que complementa o nosso território, essa peça é cada novo residente, visitante, investidor ou estudante. Também o tipo de letra é único no mundo, desenvolvido exclusivamente para esta nova marca, inspirado na antiga ponte do comboio existente na Vila, sendo também um tipo de letra ecológico, pois o facto de ser microperfurado permite reduzir em 50% os níveis de consumo de tinta no momento da impressão [1]

90% da área do concelho ardeu a 15 de outubro de 2017.

Demografia

População do município de Vouzela (1849 – 2011)
18491900191119301950196019701981199120012011
7 37214 16814 45415 16415 64116 41213 48513 40712 47711 91610 540

Freguesias

Freguesias do município de Vouzela.

O município de Vouzela está subdividido em 9 freguesias:

História

Sobre as origens do nome Vouzela muito se tem escrito. Desde os defensores da junção de Vouga e Zela até outros, com preocupações mais eruditas, várias são as versões.

Detentores do sobre nome vouzela remanescem do seculo XI muitos ja no Brasil onde deram origem ao primeiro banco da colonia portuguesa. As primeiras referências à povoação remontam à segunda metade do século XI (1083) mas existem testemunhos de uma muito maior antiguidade: do castro da Senhora do Castelo, embora nunca tivesse sido escavado, conserva-se a muralha e aparecem à superfície fragmentos de cerâmica castreja e romana. A existência de duas sepulturas antropomórficas, nas suas imediações, prova que continuou a ser habitado na Alta Idade Média.

Num documento que data de 1083 é feita referência à existência de um antigo mosteiro, também documentado posteriormente em 1104 e 1113, no século XIII, mas os documentos passam a referir-se a igreja. As Inquirições de D. Afonso III (1258) provam que a igreja de Nossa Senhora da Assunção, Matriz de Vouzela, é o mosteiro anteriormente referido.

Vouzela foi também berço de figuras históricas, entre outros são de citar: D. Duarte de Almeida – O Decepado de Toro (alferes - mor de D. Afonso V); São Frei Gil (dominicano falecido em 1265), padroeiro da vila e autor de várias obras entre elas “ Vitae Fratum”; João Ramalho ( um dos destacados Bandeirantes) e Padre Simão Rodrigues, iniciador da Companhia de Jesus em Portugal (companheiro de Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier.

Política

Eleições autárquicas [5]

Data%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PPD/PSDCDS-PPPSFEPU/APU/CDUINDBECH
197639,94332,44212,06-11,47-
61,13 / 100,00
197951,56423,24112,19-9,84-
71,32 / 100,00
198236,27226,05129,4723,99-
70,87 / 100,00
198543,82311,91136,7534,02-
67,70 / 100,00
198937,36312,85142,9833,33-
68,28 / 100,00
199340,8036,79-45,2843,88-
70,87 / 100,00
199743,65349,1244,28-
69,90 / 100,00
200150,3242,43-37,0831,57-5,76-
71,37 / 100,00
200556,5753,06-29,7021,48-5,52-
71,55 / 100,00
200951,1643,80-40,5931,61-
70,55 / 100,00
201349,3042,67-38,6031,13-3,30-
66,69 / 100,00
201762,2143,46-28,0511,75-
66,57 / 100,00
202159,07332,2421,59-3,21-
67,90 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
CDSPSDPSPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNB.E.PANPàFLCHIL
197636,0434,0018,021,920,58
1979ADAD16,67APU1,0570,345,46
1980FRS0,3873,584,4216,37
198319,8942,7926,980,423,71
198519,0341,9520,690,433,639,01
19876,6065,1118,86CDU0,162,002,05
19914,8868,1019,962,270,431,26
199510,3748,0235,660,462,130,16
19999,5548,0235,302,570,271,18
200210,1855,3928,891,831,31
20059,2041,3939,652,313,17
200913,3138,8233,802,506,42
201111,5949,6827,022,262,780,33
2015PàFPàF31,142,896,150,3051,960,36
20195,0239,6935,641,646,411,540,390,790,31

Património

Equipamentos

  • Cineteatro Dr. João Ribeiro

Descrição heráldica

Brasão de Vouzela
  • Armas - de negro com uma torre torneada de ouro aberto e iluminada de vermelho, sobre um monte de verde realçado de negro cortado por uma faixa ondada de azul orlada de prata.
  • A torre acompanhada por dois crescentes de prata encimados cada um por uma estrela de cinco pontas do mesmo metal. Em chefe um sol de ouro e uma lua de prata.
  • Coroa mural de quatro torres de prata.
  • Listel branco com letras pretas.
  • Bandeira - esquartelado de amarelo e vermelho com o escudo das armas. Cordões e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.
  • Selo - circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres “Câmara Municipal de Vouzela”.

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  2.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 107. ISBN 978-989-25-0184-0ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  3.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  4.  Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  «Concelho de Vouzela : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 18 de dezembro de 2021
Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Vouzela
Brasão do Município de VouzelaMunicípio de Vouzela

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FREI GIL DE SANTARÉM - 14 DE MAIO DE 2022

 

Frei Gil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Frei Gil, O.P.
São Frei Gil de Portugal
Beato
Nascimento 
c. 1190
Morte 
14 de maio de 1265 (75 anos)
Beatificação9 de Maio de 1748
por Papa Bento XIV
Festa litúrgica14 de Maio
Gloriole.svg Portal dos Santos

Dom Gil Rodrigues de ValadaresO.P., também conhecido sob os nomes de São Frei Gil de PortugalSão Frei Gil de VouzelaSão Frei Gil de Santarém, ou simplesmente São Frei Gil (Vouzela, c. 1190 - Santarém, 14 de maio de 1265), foi um frade dominicano médicotaumaturgo[1]teólogo e pregador português dos séculos XII e XIII, beatificado pelo Papa Bento XIV a 9 de Maio de 1748. É um dos beatos portugueses com maior projecção nacional e internacional.[2]

Biografia

Nascimento

Nasceu Gil Rodrigues de Valadares no castelo de Vouzela, entre 1184 e 1190, sendo este último ano o dado como mais certo pelos historiadores. O seu pai, Rui Pais de Valadares, ou Dom Rodrigo Pais de Valadares, foi alcaide-mor de Coimbrafidalgo do Conselho de el-Rei Sancho I e seu mordomo-mor.[3] Coimbra, então ainda a capital do Reino, pois que residência habitual do monarca. A esta conclusão nos leva o epitáfio latino duma sepultura da Igreja de Santa Cruz de Coimbra, epitáfio recolhido por Fr. André de Resende, O. P., e que reza assim traduzido do latim ao português: «Aqui jaz Dom Rodrigo, pai de Frei Gil de Santarém e Alcaide-Mor do Castelo e Cidade de Coimbra».

Sua mãe foi D. Maria Gil Feijó, segunda mulher de D. Rui, senhora de origem ilustre e alegadamente dotada de notável prudência e exímias virtudes. Era desejo dos pais que Giles entrasse no estado eclesiástico, e o rei era muito pródigo em conceder-lhe benefícios eclesiásticos: ainda menino, já tinha prebendas em Braga, Coimbra, Idanha, e Santarém.[3]

A Esmola (São Gil), 1480-1500.

Consta terem sido seus pais senhores honrados, queridos de todos, pela sua índole boa e compassiva. S. Fr. Gil (D. Gil Rodrigues de Valadares) teve irmãos, sendo conhecidos, quanto ao nome, D. João Rodrigues de Valadares e D. Paio Rodrigues de Valadares. De um outro irmão seu nada se sabe, nem sequer o nome. De outro ainda ignora-se o nome, mas consta que foi deão da Sé de Lisboa.

Trajetória

Estátua de Frei Gil de Vouzela.

Apesar do desejo de seus pais, Gil, porém, desejava ser médico. São Frei Gil recebeu provavelmente a sua educação religiosa e intelectual no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, a primeira escola de estudos superiores em Portugal, e doutorou-se posteriormente em Teologia na Universidade de Paris. Depois de se dedicar ao estudo da filosofia e da medicina em Coimbra, partiu para Paris. Ao deixar a pátria, cerca de 1225, tinha já alguns benefícios e prebendas eclesiásticos e, quiçá, a dignidade de presbítero.

Sobre São Frei Gil e o seu percurso de vida teceram os séculos numerosas lendas e histórias.[4] De acordo com uma história popular, ele foi abordado em sua jornada por um estranho cortês que prometeu ensinar a arte da magia em Toledo. Como pagamento, diz a lenda, o estranho exigiu que Gil entregasse sua alma ao demónio e assinasse o pacto com seu sangue.[4] Gil obedeceu[4] e depois de se dedicar sete anos ao estudo da magia sob a direção de Satanás, foi para Paris, obteve facilmente o grau de doutor em medicina e realizou muitas curas maravilhosas. Uma noite, enquanto ele estava trancado em sua biblioteca, um cavaleiro gigante, armado da cabeça aos pés, teria aparecido a ele e, com sua espada desembainhada, exigiu que Gil mudasse sua vida perversa. O mesmo espectro apareceu pela segunda vez e ameaçou matar Gil se ele não se refizesse.[3] Há quem acrescente que a sua conversão tivera início apenas na mesma cidade de Paris e se consumara em Palência, onde entrara na Ordem dos Pregadores. Giles voltou a Portugal, depois de tomar o hábito de São Domingos no mosteiro recentemente erguido em Palência, por volta de 1221. Pouco depois, seus superiores o enviaram para a casa dominicana em Santarém. Ali ele levou uma vida de oração e penitência, e, ainda de acordo com as lendas, por sete anos sua mente foi atormentada pelo pensamento do pacto que ainda estava nas mãos de Satanás. Finalmente, narra seu biógrafo, o diabo foi compelido a entregar o pacto e colocá-lo diante do altar da Santíssima Virgem.[3]

Nada disto está comprovado, e parte disto é comprovadamente falso.[4] A literatura e a tradição oral em questão tem muito de apócrifo, tendo de ser muito joeirado o seu conteúdo neste ponto. Sabe-se, porém, que nessa época pregava à juventude estudantil de Paris Fr. Jordão de Saxónia, que veio a ser o segundo Mestre Geral da Ordem dos Pregadores, fundada havia muito poucos anos. E pregava com tal êxito que muitos jovens estudantes e até professores abandonaram o mundo e vieram a abraçar a vida religiosa na mesma Ordem. Entre eles sobressai o Venerável Humberto de Romans, que veio a ser Mestre Geral da Ordem e quinto sucessor de S. Domingos. Mestre Humberto escreveu que S. Fr. Gil fora seu companheiro de noviciado. Pode concluir-se, portanto que S. Fr. Gil entrou na Ordem Dominicana, atraído pelo Beato Jordão de Saxónia conjuntamente com o Venerável Humberto de Romans pelos anos de 1224-1225, regressando a Portugal pelos anos de 1229.

Gil voltou a Paris para estudar teologia e ao regressar a Portugal tornou-se famoso pela sua piedade e erudição. Ele foi duas vezes eleito provincial de sua ordem em Castela.

Tem o seu nome ligado aos factos conhecidos relacionados com a deposição de D. Sancho II e à subsequente regência e ascensão ao trono de D. Afonso III.

Foi designado prior provincial da sua Ordem para as Espanhas em 1233, tendo defendido no Capítulo da Ordem na cidade castelhana de Burgos a instalação de um convento na cidade do Porto. Em 1238 participou no Capítulo geral da Ordem, na cidade italiana de Bolonha, em que saiu eleito Mestre Geral Raimundo de Penaforte. Foi eleito pela segunda vez como Provincial em 1257.

Morreu em Santarém, em 1265, e os seus restos mortais foram colocados em humilde sepultura monástica, até que seis anos mais tarde, D. Joana Dias, senhora de Atouguia, sua parente, custeou as despesas dum melhor túmulo numa das capelas do convento dominicano de Santarém. Sua história não apareceu até 300 anos após sua morte e é rejeitada pelos historiadores dominicanos. Foi revivido em meados do século XIX, a partir de alguns relatos populares sobre a vida dos santos dominicanos.[5] O Papa Bento XIV ratificou seu culto em 9 de março de 1748.

A sua sepultura tornou-se lugar de peregrinação ao longo dos séculos; por sua intercessão e pela virtude das suas relíquias acredita-se terem sido operadas graças singulares e milagres que bem cedo levaram o povo a venerá-lo como santo.

Depois da Guerra Civil Portuguesa, em 1833, por ordem do então governador civil do distrito de SantarémJoaquim Augusto Burlamaqui Marecos, 1.º Barão e 1.º Visconde de Fonte Boa, seguindo instruções do novo Governo liberal, foi o egrégio convento dominicano de Santarém vendido e destruído ao desbarato, ali se tendo construído em seu lugar uma praça de toiros. Apenas alguns dos despojos arquitectónicos medievais foram salvos, encontrando-se actualmente reunidos em exposição ecléctica na capital do Ribatejo.

Do túmulo de São Frei Gil apenas resta a tampa com a estátua jacente, transferido para o Museu Arqueológico do Carmo, junto às ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa. Recolheu-a das ruínas do que foi o convento dominicano de Santarém o arqueólogo Possidónio Narciso da Silva.

D. Fernando Teles da Silva Caminha e Meneses, 4º marquês de Penalva, 10º conde de Tarouca, casado com uma senhora Almeida da casa dos morgados da Quinta da Cavalaria, em Vouzela, descendentes estes por varonia do insigne decepado, e considerados descendentes colaterais do santo que a tradição afirma ter nascido na mesma casa que o alferes-mor, conseguiu entrar na posse do cofre-relicário com as relíquias do corpo do santo[6].

São Frei Gil é o santo padroeiro da vila de Vouzela, em Portugal, sendo a sua festa celebrada a 14 de maio, feriado municipal.

No centro de Vouzela, no Largo Moraes Carvalho existe um capela dedicada a São Frei Gil, construída no século XVII em estilo barroco.

Ver também

Referências

  1.  Ana Marta Pinto. «Fragmentos de Medicina Medieval em Portugal: Frei Gil de Santarém e o Códice Eborense CXXI/2-19»Tese de Mestrado para a obtenção do grau de Mestre em História. faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2016. p. 74. Consultado em 6 de outubro de 2020
  2.  Este artigo incorpora texto da Catholic Encyclopedia, publicação de 1913 em domínio público.
  3. ↑ Ir para:a b c d Ott, Michael. "Blessed Gil of Santarem." The Catholic Encyclopedia Vol. 6. New York: Robert Appleton Company, 1909. 6 May 2018
  4. ↑ Ir para:a b c d José Hermano Saraiva (2004). «S. Frei Gil de Santarém». Consultado em 29 de julho de 2021
  5.  Gumbley, Walter. “Blessed Giles Of Santarem, Confessor (Died 1765. Feast 14 May).” Life of the Spirit (1946-1964), vol. 13, no. 155, 1959, pp. 513–515. JSTOR
  6.  Encontra-se este agora na Quinta das Lapas, perto de Torres Vedras. O maxilar inferior, relíquia insigne, devidamente autenticada, é venerado na Capela de S. Fr. Gil, em Vouzela. Uma tíbia sua conserva-se na Igreja do Corpo Santo, em Lisboa. (cf. Frei Gil de Portugal, Médico, Teólogo, Taumaturgo - Prefácio, págs. 11 e 12 - por João de Oliveira, O. P. - 1973)

Ligações externas

SÃO MATIAS - APÓSTOLO - 14 DE MAIO DE 2022

 

Matias (apóstolo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: "São Matias" redireciona para este artigo. Para outros santos de mesmo nome, veja São Matias (desambiguação).
São Matias
Estátua em Wehr
Apóstolo e Mártir
NascimentoJudeia 
século I
Morte 
ca. 80
Veneração porIgrejas de Sucessão Apostólica
Festa litúrgica14 de maio
AtribuiçõesMachado
Gloriole.svg Portal dos Santos
Seu santuário em Pádua.

São Matias ou Matias Apóstolo foi, segundo a Bíblia, o discípulo escolhido para ocupar o lugar que Judas Iscariotes abandonou para viver seu destino.

Relato bíblico

Conforme o relato da Bíblia, logo no capítulo inicial dos Actos dos Apóstolos, após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, o apóstolo Pedro, observou que o Rei David escrevera no Salmo 109:8 (segundo apresentado nas seguintes traduções):

"Tome outro o seu bispado" - Novo Testamento, Salmos e Provérbios da Sociedade Bíblica do Brasil
"Seja a sua vida curta, e outro ocupe o seu lugar." - Nova Versão Internacional

Pedro aplicou esta declaração das Escrituras Hebraicas à necessidade de substituir Judas que se havia tornado traidor. Assim, propôs aos aproximadamente cento e vinte discípulos reunidos que a vaga fosse preenchida. A congregação referiu os nomes de José Barsabás e Matias como hipóteses para a escolha. Depois de orarem em conjunto, lançaram sortes e Matias foi escolhido. Esta ocorrência, apenas poucos dias antes do derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes do ano 30 ou 33 d.C., consoante as opiniões de alguns estudiosos, foi a última ocasião mencionada na Bíblia em que se recorreu a sortes para se saber a escolha de Deus num determinado assunto.

Segundo as palavras de Pedro registadas em Actos 1:21, 22, Matias havia sido seguidor de Jesus durante os três anos e meio do seu ministério e havia estado intimamente associado com os apóstolos. Provavelmente era um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas 10:1. Após a sua escolha, ele foi "contado com os onze apóstolos" pela congregação e quando o livro de Actos logo depois fala dos "apóstolos" ou dos "doze", isso incluía Matias.

Outras referências históricas

De acordo com Nicéforo[1], Matias primeiro pregou o Evangelho na Judeia, seguindo para a Etiópia e, posteriormente, se dirigiu para região da Cólquida (agora conhecida como Geórgia Caucasiana), onde foi crucificado. Um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara indicam que Matias estará sepultado naquele lugar.

A "Sinopse" de Doroteu de Tiro contém esta tradição:

"Matthias in interiore Æthiopia, ubi Hyssus maris portus et Phasis fluvius est, hominibus barbaris et carnivoris praedicavit Evangelium. Mortuus est autem in Sebastopoli, ibique prope templum Solis sepultus."

Cuja tradução é:

"Matias esteve na Etiópia, onde o Porto Maritimo de Hyssus e o Rio Fásis estão. Ele faleceu em Sebastopólis e está sepultado aqui, próximo ao Templo do Sol."

Um trecho dos Atos Coptas de André e Matias localiza sua atividade similarmente na "Cidade dos Canibais", na Etiópia. Alternativamente, outra tradição, menos confiável, menciona que Matias foi enterrado em Jerusalém pelos judeus, onde teria sido decapitado [2].

Já a tradição, narrada por Hipólito de Roma, informa que Matias teria morrido em idade avançada em Jerusalém.

Ver também

Referências

  1.  Historia eccl., 2, 40
  2.  Tillemont, Mémoires pour servir à l'histoire ecclesiastique des six premiers siècles, I, 406-7

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