terça-feira, 12 de abril de 2022

DIA INTERNAIONAL DA AVIAÇÃO COSMONÁUTICA - 12 DE ABRIL DE 2022

Aviação

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Aviação (desambiguação).
Um Boeing 747, um dos aviões mais icônicos da história da aviação.

Aviação é a atividade científico-tecnológicaeconômica e de transportes que tem por objetivo o estudo, o desenvolvimento e a exploração (utilização, com ou sem fins comerciais) dos aeródinos. É comum as pessoas incorretamente associarem "aviação" como sinônimo de aeronáutica, embora na realidade a aviação seja apenas um dos dois ramos da aeronáutica, sendo o outro ramo a aerostação. Isso porque o termo aeronáutica significa "navegação aérea". O termo aviação significa "navegação aérea em veículo mais pesado que o ar" (navegação em aeródinos).[1] Já aerostação significa "navegação aérea em veículo mais leve que o ar" (navegação em aeróstatos).[2]

Atualmente, ainda não há uma profissão em seu significado pleno voltada a professar aviação no Brasil.[3] No Brasil, entretanto, há um projeto de lei federal apresentado pelo deputado federal Caio Narcio, que busca oficializar a profissão de aviador (a).[4]

Atualmente, a aviação pode ser considerada uma indústria global que pertence e é operada largamente pelas empresas do setor. Essa indústria é uma verdadeira rede que congrega atividades tais como engenharia de design, manufatura, vendas, operações de linhas aéreas, serviços aos clientes, manutenção, finanças, leasing, seguros, publicidade, propaganda, mídia etc. Também está presente uma forte componente legal, que inclui legislação e regulamentos nacionais que se interconectam a tratados internacionais, e tudo em um contínuo processo de revisão e atualização à medida que essa indústria continua crescendo e apresentando cada vez mais e maiores demandas.[5][6]

Etimologia

A palavra "aviação" foi cunhada em 1873 pelo escritor e reformado oficial naval francês Gabriel La Landelle, a partir da união do substantivo latino avis ("ave") com o sufixo -ation.[7]

História

Ilustração da Passarola do luso-brasileiro Bartolomeu de Gusmão, 1709
Balão de Henry Gifford em 1878
Voo do Flyer dos Irmãos Wright, realizado 1903.[8]
Coandă-1910, de Henri Coandă, o primeiro avião a jato.[9]
Solar Impulse, o primeiro avião solar a circum-navegar a Terra.
Ver artigos principais: Cronologia da aviação e História da aviação

Antecedentes

As primeiras lendas do voo humano foram o mito grego de Ícaro e os mitos persas de  e do  Caicaus.[10] Posteriormente, aparecem reivindicações um pouco mais credíveis de voos humanos de curta distância, como o autômato voador de Arquitas de Tarento (428-347 a.C.),[11] os voos alados de Abas ibne Firnas (810 a 887) em Alandalus e de Eilmer de Malmesbury na Inglaterra do século XI, além da passarola do luso-brasileiro Bartolomeu de Gusmão (1685-1724).[12]

Primeiras máquinas voadoras

Quanto à invenção de um aparelho mais pesado que o ar, há controvérsias sobre o verdadeiro inventor. Vários creditam os Irmãos Wright, que alegam haver realizado o primeiro voo em 17 de dezembro de 1903,[8] porém na ausência de testemunhas credíveis e da mídia e usando a ajuda de uma catapulta. Antes disso porém, em 9 de outubro de 1890, o engenheiro francês Clément Ader alegou ter percorrido 50 metros a uma altura de 20 centímetros em seu aparelho chamado "Eóle", com motor a vapor, mas seu voo também não teve testemunhas.

Em 23 de Outubro de 1906Alberto Santos-Dumont realizou o voo em um aparelho mais pesado que o ar, na presença de várias testemunhas e membros da mídia que registrassem o feito, bem como utilizando um veículo que voasse sem ajuda de equipamentos de solo (ou seja, por si mesmo). Os irmãos Wright chamaram duas vezes jornalistas para presenciar seu feito, antes de Dumont realizar seu voo, porém, as duas vezes foram fracassadas sendo somente presenciada por um jornalista que morava na cidade e registrado num jornal da época .[13] O primeiro voo confirmado na presença da media dos Wright foi realizado em 1908.

Uso civil

Aeronaves começaram a transportar passageiros e cargas quando os projetos aumentaram e ficaram mais confiáveis. Em contraste com pequenos balões, gigantes aeronaves fizeram transporte de passageiros e cargas percorrendo grandes distâncias. O melhor exemplo de aeronaves deste tipo foram fabricados pela companhia alemã de Zeppelins. O mais bem sucedido Zeppelin foi o Graf Zeppelin. Voou sobre um milhão de milhas (1 650 000 km, aproximadamente) incluindo um voo de volta ao mundo em agosto de 1929. Todavia, o domínio dos Zeppelins sobre os aviões neste período, que teve uma faixa de poucas centenas de milhas, foi diminuindo, uma vez que o "design" dos aviões eram mais avançados. O dirigível Norge, foi a primeira aeronave a sobrevoar o Polo Norte em 12 de maio de 1926. A "Idade do Ouro" dos dirigíveis acabou em 1937, quando o Hindenburg pegou fogo matando 36 pessoas. Apesar de tudo, houve iniciativas periódicas para retomar o uso deles.

Um grande progresso foi feito no campo da aviação nas décadas de 1920 e 1930, como o voo transatlântico de Charles Lindbergh, em 1927, e o voo transpacífico de Charles Kingsford Smith no ano seguinte (1928). Richard Byrd tornou-se o primeiro piloto a pousar com um avião na Antártida continental durante uma expedição realizada entre 1928-1930[14] (ver: aviação polar). Um dos mais bem sucedidos projetos daquele tempo foi o Douglas DC-3 que veio a ser a primeira aeronave de uso de uma companhia aérea, que foi rentável para o transporte de passageiros, começando assim, a era moderna de aeronaves de transporte de passageiros. Com o início da Segunda Guerra Mundial, muitas cidades construíram aeroportos, e houve muitos pilotos profissionais disponíveis. A guerra trouxe inúmeras inovações para a aviação, incluindo o primeiro jato e foguetes movidos a combustível líquido.

Depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente na América do Norte, houve um boom na aviação geral, tal como milhares de pilotos que foram desligados do serviço militar e aeronaves mais baratas estavam disponíveis. Fabricantes como CessnaPiper Aircraft e Beechcraft expandiram a produção para fornecer aeronaves pequenas para um novo mercado de classe média.

A partir dos anos 1950, o desenvolvimento de jatos civis cresceu, começando com o de Havilland Comet, embora o primeiro jato de grande uso para transporte de passageiros foi o Boeing 707, porque era muito mais econômico do que os outros aviões da época. Na mesma época, a propulsão turboprop começaram a aparecer para aeronaves menores, fazendo ser possível servir rotas menores em um amplo leque de condições climáticas.

Yuri Gagarin foi o primeiro humano a viajar para o espaço em 12 de abril de 1961, e Neil Armstrong foi o primeiro humano a pisar na lua em 21 de julho de 1969. Desde os anos 1960, motores mais eficientes feitos de células compostas e silenciosos, ficaram disponíveis, e o Concorde prestou serviço de transporte de passageiros supersônico durante uma faixa de tempo, porém, as mais novas e importantes inovações tiveram lugar na instrumentação e controle. A chegada de instrumentos eletrônicos em estado sólido, o Global Positioning Systemcomunicações por satélite, e cada vez menores e mais poderosos computadores e o LED, mudaram significativamente os cockpits das grandes aeronaves e, cada vez mais, de pequenos aviões. Os pilotos podem navegar com muito mais precisão e ainda visualizar o terreno, obstruções, e outras aeronaves próximas num mapa ou através da visão sintética, mesmo à noite ou com baixa visibilidade.

Em 21 de junho de 2004, a SpaceShipOne veio a ser a primeira aeronave privada financiada a fazer um voo no espaço, abrindo a possibilidade de mercado de aviação fora da atmosfera terrestre. Entretanto, protótipos voadores movidos a combustíveis alternativos, como o etanoleletricidade, ou ainda energia solar, estão ficando mais comuns. Contudo, até o momento, o uso de combustíveis alternativos na aviação têm se mostrado inviável.

Aviação civil

Ver artigo principal: Aviação Civil
Mapa das rotas aéreas comerciais de todo o mundo em junho de 2009.

A aviação civil inclui todos os tipos de aviação não-militares, tais como aviação geral e transporte aéreo civil de passageiros.

Transporte aéreos

Estes são os maiores fabricantes de aeronaves civis (em ordem alfabética):

A Boeing, a Airbus, e a Tupolev concentram sua produção em jatos wide body e os jatos Narrow body, chamados de airliners, enquanto a Bombardier e a Embraer concentram sua maior parte da produção em ERJs (jatos regionais). Grandes redes especializadas em partes de aeronaves em todo o mundo dão suporte a estes fabricantes, que por vezes apenas fornecem o desenho de montagem inicial e de montagem final em suas próprias fábricas. A chinesa ACAC também entrará no ramo de aviação civil com seu jato regional ACAC ARJ21.[15]

Até os anos 1970, a maioria das maiores companhias aéreas eram estatais, administradas pelo governo do país e muito protegidas de concorrência. Desde então, acordos de "céu aberto" resultaram num aumento da concorrência e de escolha para os consumidores, conjugada à queda dos preços de passagens aéreas. A combinação de combustível caro, tarifas baixas, altos salários, e crises como os ataques de 11 de Setembro e a SARS conduziram as companhias aéreas mais antigas a serem compradas pelo governo, falência ou fusão com outras companhias aéreas, como foi o caso da VARIG, que se fundiu com a GOL no Brasil. Ao mesmo tempo, companhias aéreas de baixo custo como a Ryanair e a Southwest prosperaram.

Aviação geral

Ver artigo principal: Aviação geral
Cessna 172, a aeronave mais produzida da história.
A weight-shift ultra-leve, a Air Creation Tanarg.

aviação geral inclui a parte da aviação civil que não é composta de companhias aéreas, bem como a aviação privada e comercial. A Aviação Geral pode também incluir a aviação executiva, voos charter, aviação privada, treinamento de voo, balonismoparaquedismovoo a velaasa-deltafotografia aérea, UTI aérea, Helicópteros de redes de TV, patrulhas aéreas e combate ao fogo florestal.

Cada país regulamenta de forma diferente a aviação, mas a aviação geral, geralmente, se enquadra em regulamentos diferentes dependendo do que se trate, se é privado ou comercial e sobre o tipo de equipamento usado. Apesar de alguma autonomia, os países signatários da Convenção de Chicago adotam normas internacionais.

Muitos fabricantes de aeronaves pequenas, incluindo CessnaPiper AircraftDiamondMooneyCirrusRaytheon e outras servem o mercado de aviação geral, com foco na aviação privada e treinamento de voo.

Os mais recentes desenvolvimentos importantes par aeronaves de pequeno porte (que são maioria na aviação geral) foram a introdução de técnicas avançadas, aviônica (incluindo o GPS) que foram cada vez mais achados somente em grandes aeronaves, e a introdução de material composto para fazer das aeronaves pequenas leves e velozes. O Ultra-leve vem também sendo cada vez mais popular para uso recreativo, uma vez que na maior parte dos países que permitem aviação privada, eles são muito mais baratos e menos fortemente regulamentados que aeronaves não-regulamentadas.

Aviação militar

Ver artigo principal: Aviação militar

Simples balões foram usados como aeronaves de vigilância por muitos exércitos antes do século XVIII. Essas divisões de vigilância feita em balões eram as precursoras das forças aéreas, que surgiriam no século XX, com a invenção do avião. Por meio dos anos, aeronaves militares foram construídas para atender maiores capacidades. Fabricantes de aeronaves militares disputam contratos com governos de vários países para ficar responsável pela produção de aeronaves militares do país. As aeronaves são escolhidas com base em fatores como preço, performance, e o tempo que irá demorar para a aeronave ser construída.

Impacto ambiental

Linhas de vapor de água condensado deixada por aeronaves que operam em grandes altitudes. Elas podem contribuir para a formação do cirro.

Assim como todas as atividades envolvendo combustão, operando com aeronaves movidas a combustível (desde Balões de ar Quente, até jatos comerciais) emitem gases poluentes como dióxido de carbono (CO2), e outros poluentes na atmosfera.

Segundo estimativas da Comissão Europeia, as emissões globais da aviação internacional em 2020 poderão ser 70% superiores às de 2005. Em 2050 as emissões serão de 300 a 700% maiores que 2020, segundo projeções da ICAO.[16]

Aeronaves que operam perto da tropopausa (principalmente os grandes jatos) emitem aerossol e deixam rastros chamados de trilhas de condensação, que contribuem para a formação do cirro — que vem crescendo numa faixa de 0,2% desde a invenção da aviação.[17]

Ramos da aviação

Ver também

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
CommonsCategoria no Commons
WikinotíciasCategoria no Wikinotícias

Referências

  1.  Aviação Dicionário Michaelis
  2.  Aerostação Dicionário Michaelis
  3.  Carolino, Gustavo. «A Profissionalização da Prática da Aviação: Uma Abordagem Exploratória Sobre os Rumos do Contexto Profissional no Brasil». Revista Conexão Sipaer. Consultado em 14 de agosto de 2018
  4.  PL 4873/2016 Câmara dos Deputados
  5.  Patrick Collins; Yoshiyuki Funatsu (2000). Elsevier Science Ltd, ed. «Collaboration with Aviation - The Key to Commercialisation of Space Activities» (PDF)International Astronautical Federation (IAF) (em inglês). 50º Congresso da IAF. Impresso na Grã-Bretanha. Federal Aviation Administration (FAA). p. 636. 646 páginas. Consultado em 17 de março de 2014
  6.  BRASIL (18 de fevereiro de 2009). «Decreto nº 6.780». Aprova a Política Nacional de Aviação Civil (PNAC) e dá outras providências. Presidência da República - Casa Civil. Consultado em 17 de março de 2014
  7.  Jean-Christophe Cassard (2008). Dictionnaire d'histoire de Bretagne (em francês). [S.l.]: Skol Vreizh. p. 77. 942 páginas. ISBN 9782915623451
  8. ↑ Ir para:a b WRIGHT, Wilbur; WRIGHT, Orville. DANIELS, John T. (17 de dezembro de 1903). «First flight, 120 feet in 12 seconds, 10:35 a.m.; Kitty Hawk, North Carolina» (JPEG;TIFF) (em inglês). Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América. Consultado em 21 de setembro de 2014
  9.  Staff Writer (22 de abril de 2017). «Coanda Model 1910. Experimental Thermojet-Powered Aircraft». Military Factory (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2019
  10.  The Sháhnáma of Firdausí. Vol. II. (1906), pp. 103-104, verse 111. Translated by Arthur George Warner and Edmond Warner. London. Kegan Paul, Trench, Trübner & Co. Ltd,
  11.  Berliner 1996, p. 28.
  12.  Grupo de História e Teoria da Ciência (GHTC). «O Voador». Universidade de São Paulo (USP). Consultado em 15 de janeiro de 2015
  13.  «Artigo sobre a controvérsia do verdadeiro "pai da aviação"»
  14.  Warbirdsite
  15.  «Indústria aeronáutica chinesa sai do chão- TIME»
  16.  «Reducing emissions from aviation»Ação climática - European Commission (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 1 de junho de 2019
  17.  «A Aviação e a Atmosfera (IPCC)»

Ligações externas

Astronáutica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nave espacial russa Soyuz

Astronáutica pode ser definida como o ramo da ciência e da técnica que se ocupa com máquinas projetadas para operarem fora da atmosfera terrestre, sejam elas tripuladas ou não tripuladas. Em outras palavras, é a ciência e a tecnologia do voo espacial.

Astronáutica x Cosmonáutica

O termo "astronáutica" foi proposto em 1927, por analogia com "aeronáutica", pelo escritor francês Joseph Genri Rosny, também conhecido como Rosny Ainé (1856-1940), que esteve durante muitos anos envolvido com o movimento astronáutico francês. Rosny definiu astronáutica da seguinte forma: "A astronáutica é a ciência que tem por objetivo dar ao homem a possibilidade de evadir-se da Terra e, desse modo, poder viajar a sua vontade por todo o espaço celeste". Este termo passou a ser adotado pela maior parte dos países do mundo.

Em 1928, o barão austríaco, Guido von Pirguet, sugeriu o termo "cosmonáutica", que foi adotado por alguns países, em especial na ex-União Soviética. Por este motivo, durante muito tempo, especialmente durante a guerra fria entre os Estados Unidos e a ex-União Soviética, a imprensa internacional empregava o termo "astronautas" para se referir aos tripulantes das espaçonaves americanas e "cosmonautas" para os tripulantes das espaçonaves soviéticas.

Alguns autores denominam a era da Astronáutica de grandes navegações espaciais,[1][2] quando se tratando para lugares distantes na exploração espacial,[3] em alusão à era das grandes navegações.

Outro termo proposto, porém não muito utilizado, foi "espaçonáutica".

engenharia astronáutica é um setor específico da engenharia relacionada com a astronáutica.

História da Astronáutica

Em seus primórdios, a astronáutica era puramente teórica. Muito antes de se tornar possível enviar espaçonaves para o espaço, a questão do voo espacial interessou figuras como Júlio Verne e H.G. Wells. No começo do século XX, Konstantin Tsiolkovsky derivou a famosa equação do foguete que tornou possível calcular a velocidade final de um foguete em função da massa final do foguete (sem o propelente), ; da massa inicial (foguete+propelente), , e da velocidade de exaustão do propelente :

Tsiolkovsky é considerado por muitos historiadores, como sendo o "pai da astronáutica".

A história prática da astronáutica começa com os foguetes de combustível líquido, desenvolvidos pioneiramente pelo professor e cientista americano, Robert Hutchings Goddard (1882 – 1945), em 16 de março de 1926.

Os principais ramos da astronáutica são:

Podemos englobar a astronomia e a astronáutica no termo geral: ciências espaciais

Veja também

FRANCISCO NICHOLSON - ACTOR - MORREU EM 2016 -12 DE ABRIL DE 2022

Francisco Nicholson

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Francisco Nicholson
Nome completoFrancisco António de Vasconcelos Nicholson
Nascimento26 de junho de 1938
LisboaPortugal
Nacionalidadeportuguês
Morte12 de abril de 2016 (77 anos)
LisboaPortugal
OcupaçãoAtor, argumentista televisivo, dramaturgo e encenador
CônjugeColette Liliane Dubois (1969-XXXX, 1 filha)

Magda Cardoso

Francisco António de Vasconcelos Nicholson, mais conhecido como Francisco Nicholson[1] (Lisboa26 de junho de 1938 – Lisboa12 de abril de 2016), foi um ator, argumentista televisivo, dramaturgo e encenador português.

Família

Nascido no seio de uma família ligada às artes, é filho de John Francis Quintela Nicholson (SouthseaSussex, 13 de Março de 1916 - Lisboa, 23 de Julho de 1960) e de sua mulher Maria Alice de Vasconcelos Marques (Marco de CanavesesPaços de Gaiolo, 14 de Outubro de 1913 - ?), sendo seu pai, filho dum Inglês, bisneto do 1.º Visconde da Charruada e duma filha do 1.º Visconde do Cartaxo (irmão do 1.º Conde da Póvoa e 1.º Barão de Teixeira), aquele filho do 1.º Conde de Farrobo e 2.º Barão de Quintela e de sua mulher a artista de Teatro Mariana Carlota Lodi e neto de Francisco António Lodi, de ascendência Italiana. Era, também, primo em terceiro grau de José Diogo Quintela.

Biografia

Começou a fazer Teatro, com 14 anos, no antigo Liceu Camões sob direcção do encenador e poeta António Manuel Couto Viana (†) a convite do qual veio a pertencer ao Grupo da Mocidade que integrava, outros jovens que se vieram a destacar no panorama do Teatro Português como Rui MendesMorais e Castro (†), Catarina AvelarMário Pereira (†), etc. Estudou em Paris, frequentando a Academia Charles Dullin, do Théatre Nacional Populaire, privando com grandes nomes do Teatro francês, como Jean Vilar, Georges Wilson, Gerard Philipe.

Estreou-se, profissionalmente, como ator e autor, com a peça infantil “Misterioso Até Mais Não”, no Teatro do Gerifalto. Viu representadas mais cinco peças suas para crianças: “O Cavaleiro Sem Medo”, “Boingue-boingue”, “O Indiozinho Raio de Luar”, etc.

Fez parte dos elencos da Companhia Nacional de Teatro e do Teatro Estúdio de Lisboa onde representou grandes textos da dramaturgia mundial, de autores como Strindberg, Kleist, Bernard Shaw, Arnold Wesker, Davis Storey, Apollinaire e outros.

Raul Solnado (†) convidou-o para inaugurar o Teatro Villaret integrando o elenco da peça “O Inspector Geral” de Nicolau Gogol, permanecendo no elenco mais de dois anos, tendo interpretado várias comédias e encenado “Quando é que tu casas com a minha mulher?”.

Foi no Teatro ABC que se popularizou com o teatro de revista. Tendo-se estreado com "O gesto é tudo" ao lado de Eugénio Salvador (†), Camilo de Oliveira (†), a brasileira Berta Loran e um grande elenco. Com a peça “Gente Nova em Bikini” afirma-se como autor (em conjunto com César de Oliveira (†) e Rogério Bracinha), actor (ao lado dum elenco muito jovem com nomes como Ivone Silva (†), Manuela Maria, Irene Cruz, Henriqueta Maya, António Anjos (†), Iola e o consagrado João Maria Tudela) (†) e também encenador. Ao enorme êxito deste projecto inovador seguiram-se outros como “Chapéu Alto” e “Lábios Pintados”.

No Teatro Monumental dirige, com Alfredo Alária, e interpreta o musical “Férias em Lisboa”.

Na televisão dá-se a conhecer com Riso e Ritmo (1964), programa em que foi autor, ator e produtor (em conjunto com Armando Cortez (†) e José Mensurado) (†). É um dos autores da canção "Oração" com que António Calvário venceu, em 1964, o primeiro Festival RTP da Canção.

Paula Ribas esteve no Festival internacional da Canção do Rio de Janeiro, com “Canção de Paz para todos nós” de sua autoria e de Jorge Costa PintoVitória Maria participa depois nas Olimpíadas da Canção, em Atenas, novamente da mesma dupla que também escreveram para Madalena Iglésias as canções “Amar é vencer”, apresentada no III Festival Internacional da Canção (1968), e "Tu Vais Voltar" que obteve o 4.º lugar nas Olimpíadas da Canção na Grécia (1968). Como autor conquistou por duas vezes o Festival da Canção da Figueira da Foz.

Nesta fase é produtiva a actividade como letrista tendo escrito para nomes como António Calvário, Madalena Iglésias (†), Tony de Matos (†), Simone de Oliveira, Paula Ribas, Marco Paulo, Fernanda Batista (†), Fernanda Maria, Maria da Fé, Maria Armanda, Ada de Castro, Lenita Gentil, Florbela Queirós, Anabela, Natércia Maria, Mariema (†), José Bravo, Vitória Maria, Maria Lisboa, João Braga, “Os Três de Portugal” e “Conjunto Sem Nome”.

Em cinema assinou os guiões dos filmes Operação Dinamite (1967) e Bonança & Cª (1969) de Pedro Martins.

Com o empresário Sérgio de Azevedo, regressou ao Teatro ABC com “É o fim da macacada” (1972), que escreveu (com Gonçalves Preto e Rolo Duarte) e também encenou, “Pró menino e prá menina” e “Tudo a Nu”, em que é um dos autores, intérprete e encenador. “Tudo a Nu” estava em cena, com grande êxito, no Teatro ABC no dia 25 de Abril de 1974. Com o final da censura são repostos os cortes efectuados pelos censores e modificado o nome para “Tudo a Nu com Parra Nova”.

Com a participação de nomes importantes do nosso espectáculo como a bailarina Magda Cardoso, o coreógrafo Fernando Lima, ou o cenógrafo e figurinista Mário Alberto é um dos fundadores do Teatro Adoque que provocou uma alteração no Teatro de Revista.

Vence a Grande Marcha de Lisboa, em 1981, com "Cantar Lisboa", em colaboração com Gonçalves Preto, Braga Santos e Fernando Correia Martins. Foi o autor de "Vila Faia", a primeira telenovela portuguesa. Repetiu o papel em "Origens" de 1983.

Regressa ao Parque Mayer escrevendo com Henrique Santana (†), Mário Zambujal, Rogério Bracinha e Augusto Fraga (†) a Revista "Não batam mais no Zezinho", no Teatro Maria Vitória, em 1985, que permanece dois anos em cartaz. Seguem-se uma sucessão de Revistas de que foi figura de topo.

Dirigiu e interpretou vários programas como "Clubissimo" (1988), "O canto alegre" (1989) e "Euronico" (1990). Em 1992 escreveu a telenovela "Cinzas" da RTP. Em 1995 voltou a vencer a Grande Marcha de Lisboa, desta vez com música de Rui Serôdio.

Foi também autor de outras novelas e séries para televisão, como "Os Lobos" (1998), "Ajuste de Contas" (2000), "Ganância" (2001), "O Olhar da Serpente" (2002), entre outras.

Colabora com a revista "Já Viram Isto?!..." , estreada em 25 de Outubro de 2006, onde aparece uma nova equipa de criadores, cabendo a si a direcção, coordenação e encenação.

Em 2007 entrou na telenovela "Fascínios" da TVI onde desempenhou o papel de João Andrade. Tem participações em episódios de "Casos da Vida" e "Bem Vindos A Beirais".

Entre alguns prémios conquistados foi distinguido com a “medalha de ouro de mérito cultural” atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa. Também foi galardoado pela autarquia de Oeiras.

Na imprensa, colaborou no suplemento A Mosca do Diário de Lisboa e em A BolaDiário Popular, Capital, Jornal de Notícias, Norte Desportivo, Revista R&T.

Faleceu a 12 de abril de 2016, aos 77 anos de idade, no hospital Curry Cabral, em Lisboa.[2]

Casamentos e descendência

Casou primeira vez a 22 de março de 1969 com Colette Liliane Dubois, de quem se divorciou e de quem teve a sua única filha, a também atriz Sofia Nicholson. Casou segunda vez com a bailarina e também atriz Magda Cardoso, de quem não teve descendência.

Filmografia

Telenovelas

Referências

  1.  «Certidão de lista de associadas da Audiogest» (PDF). IGAC/Ministério da Cultura. 25 de julho de 2007. Consultado em 3 de Janeiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2013
  2.  «Morreu o ator Francisco Nicholson - MoveNotícias, 12.4.2016». www.movenoticias.com

Ligações externas

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SÃO VITOR DE BRAGA - 12 DE ABRIL DE 2022

 

Victor de Braga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

São Victor de Braga, natural de Paços, perto de Braga, que no ano de 300, foi um cristão que foi martirizado por se ter recusado participar num cortejo para honrar a deusa Ceres.

É comemorado a 12 de Abril.

Ligações externas

SÃO FRUTUOSO DE BRAGA - 12 DE ABRIL DE 2022

 

Frutuoso de Braga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Frutuoso de Braga)
Disambig grey.svg Nota: "São Frutuoso" redireciona para este artigo. Para a capela que é Monumento Nacional português, veja Capela de São Frutuoso.
Disambig grey.svg Nota: Para o mártir e primeiro bispo de Tarragona, veja Frutuoso de Tarragona.
Frutuoso de Braga
São Frutuoso, na Galeria dos Arcebispos de Braga
Arcebispo de BragaConfessor
NascimentoAstorgaReino Visigótico[1] 
Século VII
MorteBraga 
16 de abril de 665
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica16 de abril no Calendário Romano; 5 de dezembro em Portugal; 19 de outubro na Diocese de Braga
Atribuiçõeshábito de monge; veado
PadroeiroArquidiocese de Braga (orago menor)
Gloriole.svg Portal dos Santos

Frutuoso de Braga ou Frutuoso de Dume (em latimFructuosus) foi um monge e bispo godo do século VII, venerado como santo.

Vida

A história da sua vida chega-nos via São Valério, um dos seus discípulos, monge copista e escritor, que a escreveu imediatamente após a sua morte. Na obra Vita Sancti Fructuosi destacam-se quase exclusivamente os aspectos da vida monástica do biografado, omitindo a sua actuação como bispo e sua intervenção na vida civil e religiosa do Reino Visigótico que, certamente, terão tido grande importância no seio dos godos hispânicos.

arcebispo de Compostela Diego Gelmírez, no ano 1102, foi o responsável pelo roubo do corpo enquanto relíquia, de Dume, em Braga, para Santiago, onde foi enterrado solenemente na cripta da catedral[2]. A catedral de Compostela celebra a solenidade litúrgica dessa transladação, acto que veio a ser designado por "Pio latrocínio", a 16 de dezembro.

Actualmente, as relíquias podem ser veneradas no seu local original, tendo sido apenas devolvidas por Santiago de Compostela em 1966, 864 anos depois.

O culto e a espiritualidade

A importância de Frutuoso para compreender a espiritualidade da Hispânia visigótica é fundamental. Foi padre no monasticismo hispânico, viajante infatigável, fundador de inúmeros mosteiros, venerador de duas regras monásticas, a Regra Monachorum e a Regra Monastica Communis - que se podem considerar como as mais tipicamente hispâncias do monasticismo peninsular. Depois dele, ainda persistiram outras regras europeias, mesmo nos próprios centros frutuosianos, particularmente a Beneditina; não obstante, muitos dos mosteiros fundados por Frutuoso subsistiram até épocas recentes. Frutuoso, conhecedor do monasticismo oriental, das regras europeias e das normas isidorianas, refundiu-as todas dotando-lhes uma originalidade tal que, frente ao latente latinismo da Regra de Santo Isidoro, podem ser consideradas reflexo de um carácter hispânico que se identificou com o espírito bárbaro dos visigodos.

Em Braga, é venerado na Capela de São Frutuoso bem como na Sé Catedral.

Referências

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Bibliografia

  • «Fructuoso de Braga» (em espanhol), na Wikipédia em castelhano.
  • VALERIO, Vita Sancti Fructuosi, ed. C. NOCK, Washington 1946;

Precedido por
Potâmio
Bispo de Braga
(39.º)

656 – 660
Sucedido por

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