sexta-feira, 25 de março de 2022

SANTO ISAAC - 25 DE MARÇO DE 2022

 

Isaac

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isaac
Profeta, Segundo Patriarca Hebraico, Pai de Israel, Antepassado patriarcal
Nascimento 
Canaã
Morte 
Canaã
Veneração porJudaísmo
Cristianismo
Islão
PadroeiroTúmulo dos PatriarcasHebrom
Gloriole.svg Portal dos Santos

Isaac ou Isaque (play /ˈzək/;[1] HebraicoיִצְחָקModerno Yitsẖak Tiberiano YiṣḥāqISO 259-3 Yiçḥaq, "ele vai rir"; em iídicheיצחקYitskhok; em grego clássicoἸσαάκIsaak; em latim: Isaac; em árabeإسحاق ou em árabeإسحٰق[note A] ʼIsḥāq) assim como descrito na Bíblia Hebraica, foi o único filho de Abraão com sua esposa Sara e foi o pai de Esaú e Jacó. Isaac foi um dos três patriarcas israelitas. Segundo o livro de Gênesis, Abraão tinha 100 anos quando Isaac nasceu e Sara já havia cessado o período fértil.

Isaac foi o único patriarca bíblico cujo nome não foi mudado e também o único que não deixou Canaã. Comparado com Abraão e Jacó, a história de Isaac relata poucos incidentes em sua vida. Morreu quando tinha 180 anos, tornando-se o patriarca de vida mais longa.

Etimologia

O nome Isaac é uma transliteração do termo hebraico Yiṣḥāq que significa literalmente "Ele ri/vai rir."[2] Textos ugaríticos que datam do século XIII a.C. referem-se ao sorriso benevolente da divindade cananeia El.[3] Gênesis, no entanto, atribui o riso aos pais de Isaac, Abraão e Sara, ao invés de El. De acordo com a narrativa bíblica, Abraão caiu sobre seu rosto e riu quando Elohim comunicou a notícia do eventual nascimento de seu filho. Riu porque Sara havia passado da idade de ter filhos; tanto ela como Abraão eram velhos e adiantados em idade. Mais tarde, quando Sara ouviu três mensageiros do Senhor renovar a promessa, riu-se consigo pela mesma razão. Sara, entretanto, negou que o tivesse feito quando Elohim questionou Abraão sobre isso.[4][5]

Biografia

Relatos de Isaac a partir do Livro de Gênesis

O nome Isaac é mencionado 80 vezes em Gênesis.

Nascimento

Um anjo impede o sacrifício de Isaac. Abraão e IsaacRembrandt, 1634.

Foi profetizado ao patriarca Abraão que ele teria um filho e que seu nome seria Isaac.[6]Abraão era da idade de 100 anos quando seu filho nasceu com sua primeira esposa Sara. Embora fosse o segundo filho de Abraão, foi primeiro e único filho de Sara.

Pertencendo à casa de Abraão, Isaac foi circuncidado no oitavo dia de seu nascimento, a fim de estar em conformidade com a aliança do Senhor.

No dia em que Isaac foi desmamado, Sara viu Ismael zombando e pediu ao marido que banisse Agar e Ismael para que Isaac fosse seu único herdeiro. Abraão estava hesitando, mas, à ordem de Deus, ouviu o pedido de sua esposa.

Sacrifício de Isaac

Conforme se lê na narrativa bíblica contida no livro de Gênesis, principal fonte de informação sobre a religião judaica e os patriarcas das tribos de Israel, Abraão estava em Quiriate-Arba (atualmente Hebrom) quando, por uma ordem de Deus, viajou com Isaac para oferecê-lo em sacrifício sobre o monte Moriá (localizado dentro dos limites da cidade de Jerusalém). Estudos das Universidades de Harvard [7] e Cambridge [8] debatem sobre a tradição judaica de ter sido neste mesmo local que, mais tarde, o rei Salomão edificaria o primeiro Templo de Jerusalém [9], como se lê no texto bíblico de 2 Crônicas 3:1 [10]. Considerando-se a sequência textual da narrativa e a geografia local envolvida, visto que as duas cidades estão situadas cerca de apenas 29km uma da outra [11], a morte de Sara parece ter ocorrido nesta época. De acordo com os textos de Gênesis, ela deu luz a Isaac aos 91 anos [12] e morreu aos 127 anos [13], portanto, Isaac teria 36 anos de idade, ou menos, na época da viagem de três dias até o monte do sacrifício. Conforme o relato que se encontra no capítulo 22 do livro bíblico, Abraão edificou um altar sobre o monte para ali realizar o sacrifício [14]. Não obstante, ao amarrar Isaac ao altar e preparar-se para matá-lo com um cutelo, no último momento Abraão foi impedido por um anjo de Deus, que lhe mostrou um carneiro preso pelos chifres em um arbusto próximo. Abraão, então, sacrificou o animal em lugar de seu filho [15].

Na esfera física, este episódio parece ter servido como um teste da fé e obediência de Abraão a Deus e não como um sacrifício real, pois a própria promessa de Deus de que Abraão teria incontáveis descendentes a partir de Isaac [16] já implica neste raciocínio, não obstante, é interessante notar dois outros pontos a respeito. Primeiro, o sacrifício de crianças foi violentamente proibido por Deus na lei mosaica, conforme se lê no livro de Levíticos capitulo 20 [17], portanto, contrário senso seria este mesmo Deus desejar o sacrifício real de Isaac. Segundo, há o relato da fé de Abraão de que Deus ressuscitaria seu filho depois do sacrifício ou de que outra resolução haveria pois, no versículo 5 do capítulo 22 de Gênesis, diz aos seus servos que ele e o filho iriam ao monte sacrificar e depois voltariam [18].

Já no aspecto metafísico ou espiritual, há quem defenda que neste episódio tudo o que ocorreu com Isaac simbolizaria o que é conhecido em teologia cristã como o sacrifício vicário de Jesus Cristo, ou seja, seu sacrifício na cruz para morrer substituindo os seres humanos de sofrerem a morte eterna como condenação pelo pecado individual de cada um [19]. Assim, nesta simbologia ligada com a vida de Isaac estaria implícita a condição ''sine qua non'' de crer em Jesus Cristo como Filho de Deus e Salvador do mundo para obter salvação eterna [20]. Tal linha de interpretação teológica do Cristianismo defende que o cânone bíblico conteria diversos pontos mostrando Isaac como uma alegoria de Cristo [14]. De fato, dentre outras analogias possíveis têm-se que: tanto ele quanto Jesus Cristo (sendo Deus-Filho) eram filhos únicos, muito amados por seus pais e que nasceram mediante uma gestação miraculosa; em ambos os casos o lugar do sacrifício era um monte [8] e eles chegaram até lá cavalgando um jumento; ambos carregaram sobre as costas a madeira do seu sacrifício, ou seja, a lenha para o altar e para a cruz, respectivamente; ambos se permitiram serem mortos, e sem reclamar, pois Isaac era um jovem adulto e Abraão era 100 anos mais velho, portanto seria fácil ele fugir. Por outro lado, tanto o Antigo Testamento [21] quanto o Novo Testamento [22] descrevem que o Cristo foi oprimido e afligido sem abrir a sua boca [23]. Em ambos os casos, a libertação da morte se deu no terceiro dia.

Noutra linha, ligeiramente diferente, há estudiosos [15] defensores de que a morte de Jesus Cristo na cruz estaria simbolizada em Isaac apenas até o momento imediatamente antes do sacrifício no altar. Depois a simbologia passaria a recair sobre o cordeiro, que foi utilizado por Abraão como substituto do seu filho (cordeiro é o filhote do carneiro com até 1 ano de idade). Corroboraria com essa ideia [20], por exemplo, a passagem neo-testamentária onde o profeta João Batista declara ter Jesus Cristo servido por Cordeiro de Deus para pagar pelos pecados do mundo [24].

O nascimento de Esaú e Jacó, por Benjamin West.

Livro de Jasher, um apócrifo que relata de forma paralela o Pentateuco e que tem sua existência citada em Josué 10:13 e II Samuel 1:18, relata, com mais detalhes, o sacrifício de Isaac. No capítulo 22, lemos que Ismael, irmão de Isaac, estava se vangloriando pela circuncisão que havia realizado a pedido de Deus. Isaac respondeu, dizendo: " - Por que tu te gabas sobre isso, sobre um pouco de tua carne que tu tiras de teu corpo, sobre o que o Senhor ordenou a ti? Como vive o Senhor, o Deus de meu pai Abraão, o Senhor deveria dizer ao meu pai, toma teu filho Isaac e trazê-lo até uma oferta antes de mim, eu não iria abster-se, mas eu ia com alegria a ele aderir.

E o Senhor ouviu a palavra que falou Isaac a Ismael. E parecia bom aos olhos do Senhor. E ele pensou para tentar Abraão nesta matéria, e o dia chegou quando os filhos de Deus veio e colocou-se perante o Senhor, e Satanás também veio com os filhos de Deus diante do Senhor e propôs ao Senhor que ele provasse Abraão, com o argumento de que há 37 anos, desde que Isaac havia nascido, Abraão não oferecia sacrifício a Deus e havia se esquecido Dele.

O livro relata ainda que Ismael ficou feliz pelo sacrifício de Isaac, já que imaginou que ficaria com toda a herança de Abraão, Satanás por sua vez tenta Isaac e Abraão no caminho do sacrifício, mas é repreendido por Abraão, após Satanás ver que seus planos não deram certo, ele se dirige a casa de Abraão na forma de um velho e diz a Sarah que Abraão havia oferecido Isaac em sacrifício, Sarah fica extremamente feliz por eles terem cumprido a palavra de Deus, mas fica também extremamente triste por perder seu filho e diz: "ó meu filho, Isaac, meu filho, O que eu tinha morrido nesse dia, em vez de ti.". Algum tempo depois Satanás retorna a Sarah e desmente a morte de Isaac, nesse momento Sarah é tomada de uma alegria tão grande que sua alma sai de seu corpo e ela morre.

Vida em família

Quando Isaac tinha 40 anos, Abraão enviou Eliezer, seu servo, até a família de seu sobrinho Betuel na Mesopotâmia para encontrar uma esposa para Isaac. Eliezer escolheu Rebeca. Após muitos anos de casamento, Rebeca ainda não tinha dado à luz e acreditava-se ser estéril. Isaac orou por ela incessantemente e ela concebeu. Rebeca deu à luz gêmeos, Esaú e Jacó. Isaac tinha 60 anos de idade quando seus dois filhos nasceram. Isaac favorecia Esaú e Rebeca favorecia Jacó.

Ocupação

Com 75 anos de idade, Isaac mudou-se para Beer-lahai-roi após a morte de seu pai. Devido a fome no local, retirou-se para o território dos filisteus de Gerar, onde seu pai viveu anteriormente. Esta terra ainda estava sob o controle do Rei Abimeleque, como foi nos dias de Abraão. Isaac como seu pai, também enganou Abimeleque sobre sua esposa afirmando que ela era sua irmã. Voltou a todos os poços que seu pai cavou e viu que todos estavam entulhados e tapados com terra. Os filisteus fizeram isso depois que Abraão morreu. Tão logo, Isaac desenterrou e cavou mais poços até Bersebá, onde fez um pacto com Abimeleque, assim como nos dias de seu pai.

Primogenitura

Isaac envelheceu e ficou cego. Chamou seu filho Esaú para ele apanhar alguma caça, a fim de receber a bênção de Isaac. Enquanto Esaú estava caçando, Jacó, depois de ouvir o conselho de sua mãe, enganou seu pai cego propositadamente passando-se por Esaú e, assim, obteve a bênção de seu pai, de tal forma que Jacó tornou-se herdeiro principal de Isaac e Esaú foi deixado numa posição inferior. Isaac enviou Jacó na Mesopotâmia para escolher uma mulher de sua própria família. Depois de 20 anos trabalhando para Labão, Jacó voltou para casa, e reconciliou-se com seu irmão gêmeo, posteriormente ele e Esaú enterram seu pai quando ele morreu com 180 anos de idade.[25]

Árvore genealógica

Terá
SaraAbraãoAgarHarã
Naor
IsmaelMilcaIscá
Ismaelitas7 filhosBetuel1ª filha2ª filha
IsaqueRebecaLabãoMoabitasAmonitas
EsaúJacóRaquel
Bila
EdomitasZilpa
Lia
1.Rúben
2.Simeão
3.Levi
4.Judá
9.Issacar
10.Zebulom
11.Diná
7.Gade
8.Aser
5.
6.Naftali
12.José
13.Benjamim

Referências

  1.  Wells, John C. (1990). Longman pronunciation dictionary. Harlow, England: Longman. p. 378. ISBN 0582053838
  2.  Strong's Concordance, Strong, James, ed., IsaacIsaac's3327 יִצְחָק 3446, 2464.
  3.  Encyclopedia of ReligionIsaac.
  4.  Singer, IsidoreBroydé, Isaac (1901–1906). «Isaac». In: Singer, IsidoreAdler, Cyrus; et al. Jewish Encyclopedia 🔗. New York: Funk & Wagnalls. Consultado em 13 de outubro de 2011
  5.  Hirsch, Emil G.Bacher, WilhelmLauterbach, Jacob ZallelJacobs, Joseph; Montgomery, Mary W. (1901–1906). «Sarah (Sarai)». In: Singer, IsidoreAdler, Cyrus; et al. Jewish Encyclopedia 🔗. New York: Funk & Wagnalls. Consultado em 13 de outubro de 2011
  6.  Ronald F. Youngblood, Nelson's Illustrated Bible Dictionary: New and Enhanced Edition, Thomas Nelson Inc, USA, 2014, p. 542
  7.  Kalimi, Isaac (1990). «The Land of Moriah, Mount Moriah, and the Site of Solomon's Temple in Biblical Historiography»The Harvard Theological Review83 (4): 345–362. ISSN 0017-8160
  8. ↑ Ir para:a b SCHEIN, SYLVIA (1984). «BETWEEN MOUNT MORIAH AND THE HOLY SEPULCHRE: THE CHANGING TRADITIONS OF THE TEMPLE MOUNT IN THE CENTRAL MIDDLE AGES»Traditio40: 175–195. ISSN 0362-1529
  9.  2 Cronicas 3:1
  10.  2 Cronicas 3:1
  11.  Ltd, rome2rio Pty. «De Hebrom para Jerusalém - Existe uma maneira de chegar ao seu destino: linha 381 ônibus»Rome2rio. Consultado em 1 de agosto de 2020
  12.  Genesis 17:
  13.  Genesis 23:1
  14. ↑ Ir para:a b Wiersbe, Warren W. (2009). Comentário Bíblico Wiersbe Velho Testamento. Rio de Janeiro: Geográfica Editora LTDA. p. 56-57. 688 páginas
  15. ↑ Ir para:a b Oh, Abraham (8 de abril de 2016). «Canonical understanding of the sacrifice of Isaac: The influence of the Jewish tradition»HTS Teologiese Studies / Theological Studies72 (3): 7 pages. ISSN 2072-8050doi:10.4102/hts.v72i3.3000
  16.  genesis 15:
  17.  Leviticos 20:2
  18.  Genesis 22:5
  19.  Bonhoeffer, Dietrich 1906-1945 (2008). Discipulado 9. ed., (rev.) ed. São Leopoldo, RS: Ed. Sinodal. OCLC 276776829
  20. ↑ Ir para:a b Wiersabe, Warren W. (2009). Comentário Bíblico Wiersabe Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Geográfica LTDA. p. 232; 256. 912 páginas
  21.  Isaias 53:7
  22.  Atos 8:32
  23.  McNair, Stuart Edmund (1982). Guia do Pregador. São Paulo: Milenium Distribuidora Cultural LTDA. p. 236. 456 páginas
  24.  Agostinho, Santo (31 de julho de 2017). Confissões. [S.l.]: Editora Vozes Limitada
  25.  Jewish EncyclopediaIsaac.

DIA NACIONAL DO ESTUDANTE - 25 DE MARÇO DE 2022

 

Dia do estudante

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Estudantes em uma escola pública municipal de GoiâniaGoiásBrasil.

dia do estudante (chamado também de dia do aluno ou ainda dia do discípulo) é comemorado, no Brasil, no dia 11 de agosto. A data foi sugerida em 1927, em homenagem aos cem anos de fundação dos dois primeiros cursos de ciências jurídicas do país, em 11 de agosto de 1827, por D. Pedro I.[1]

Em Portugal comemora-se a 24 de Março. Este dia foi escolhido para lembrar a Crise académica de 1962.[2]

Ver também

Referências

  1.  Conceição Magalhães (15 de julho de 2010). «Dia do Estudante». Arte Educação. Consultado em 8 de agosto de 2014Cópia arquivada em 8 de agosto de 2014
  2.  Ana Sofia Calaça (23 de março de 2012). «Estudantes: 50 anos da crise académica de 1962». TSF Rádio Notícias. Consultado em 8 de agosto de 2014Cópia arquivada em 8 de agosto de 2014
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