sexta-feira, 18 de março de 2022

SÃO CIRILO DE JERUSALÉM - 18 DE MARÇO DE 2022

 

Cirilo de Jerusalém

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros santos de mesmo nome, veja São Cirilo.
Cirilo de Jerusalém
Afresco numa igreja grego ortodoxa
Patriarca de Jerusalém,
Apologista e Doutor da Igreja
Nascimento 
c. 313[1]
Morte 
386 (73 anos)
Veneração porToda a Cristandade
Festa litúrgica18 de Março
Gloriole.svg Portal dos Santos

Cirilo de Jerusalém foi o bispo da Igreja de Jerusalém, em sucessão ao bispo Máximo III, entre 350 e 386, com várias interrupções por conta da controvérsia ariana. Ele é venerado como santo pela Igreja CatólicaIgreja Ortodoxa e pela Comunhão Anglicana. Em 1883, Cirilo foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Leão XIII.

Sua obra-prima foram as "Aulas Catequéticas", que tinham por objetivo educar os catecúmenos que se juntavam ao cristianismo, de grande importância para o entendimento do método de ensino e das práticas litúrgicas utilizados na época, provavelmente o mais completo registro do tipo ainda existente.

Vida

Pouco se sabe sobre sua vida antes do episcopado e a data de seu nascimento varia entre 313[1] e 315.[2] De acordo com Butler, Cirilo nasceu na cidade de Jerusalém ou perto dali e aparentemente foi educado tanto nas obras dos Padres da Igreja quanto na dos filósofos pagãos.[3]

Cirilo foi ordenado diácono pelo bispo Macário de Jerusalém em 335 e padre oito anos mais tarde pelo bispo Máximo III. No fim de 350, ele o sucedeu na sé de Jerusalém.[4][a][b].

Episcopado

Logo depois de sua ascensão, Cirilo, em sua "Carta a Constâncio"[5] de 351, relata a aparição de uma cruz luminosa no céu acima do Gólgota, presenciada por toda população de Jerusalém (a igreja grega comemora este milagre no dia 7 de maio). Embora atualmente a autenticidade desta carta tenha sido questionada, principalmente por conta da utilização da palavra homoousios na benção final, muitos acadêmicos acreditam que este trecho especificamente pode ser uma interpolação posterior e aceita a autenticidade do resto com base em diversas outras evidências internas.[6]

O relacionamento entre o metropolitano Acácio de Cesareia e Cirilo rapidamente azedou. O motivo, segundo historiadores ortodoxos, era que Acácio seria um dos líderes arianos na região. Sozomeno sugere ainda que a tensão pode ter aumentado pela inveja do metropolitano em relação à importância atribuída à sé de Cirilo pelo Concílio de Niceia (325), que passou a representar uma ameaça à posição de Cesareia como a principal sé da região, ao que se juntava ainda a crescente popularidade de Jerusalém como centro de peregrinação.[7]

Soldo de Constâncio II. Ariano, Constâncio baniu Cirilo novamente em 360.
Soldo de Valente, outro adversário de Cirilo, baniu-o em 367.

Acácio acusou Cirilo de vender propriedades da Igreja.[8] Segundo os historiadores Sozomeno e Teodoreto, a cidade de Jerusalém vinha sofrendo de uma drástica redução dos estoques de comida e "Cirilo secretamente vendeu ornamentos da igreja e um valioso manto sagrado decorado com fios de ouro que o imperador Constantino havia doado para que o bispo vestisse quando estivesse realizando o ritual do batismo".[9]

Por dois anos, Cirilo resistiu às convocações de Acácio para explicar seus motivos até que um concílio convocado por influência do metropolitano em 357 o depôs in absentia (acusando-o formalmente de vender propriedades da Igreja para ajudar os pobres) e lhe impôs um retiro forçado na cidade de Tarso, na Cilícia.[10] No ano seguinte (359), quando a situação de Acácio se deteriorou, o Concílio de Selêucia reinstalou Cirilo e depôs Acácio. Em 360, Constâncio II reverteu a decisão[c] e Cirilo teve que enfrentar mais um ano no exílio até que o novo imperador, o pagão Juliano, lhe permitisse voltar.

Cirilo foi novamente banido de sua sé pelo imperador ariano Valente em 367. Ele conseguiu retornar novamente quando Graciano assumiu o trono em 378 e, desta vez, permaneceu no trono até sua morte em 386; A jurisdição de Cirilo sobre Jerusalém foi expressamente confirmada pelo Concílio de Constantinopla (381), no qual ele esteve presente. Durante os trabalhos, Cirilo votou pela aceitação do termo "homoousios", finalmente se convencendo que não havia alternativa melhor.[4] Sua história é, provavelmente, o melhor exemplo da trajetória dos bispos orientais (talvez a maioria), que inicialmente desconfiavam das decisões de Niceia, mas que acabaram aceitando a doutrina nicena e e também a do homoosion.[11]

Teologia

Controvérsia ariana

Ver artigo principal: Controvérsia ariana

Embora sua teologia fosse inicialmente algo indefinida na fraseologia, Cirilo aderiu completamente à ortodoxia de Niceia.[2] Ainda que ele evitasse o termo homoousios, Cirilo expressou seu sentido em muitas passagens, que excluem igualmente acusações de patripassianismosabelianismo e a fórmula "houve um tempo em que o Filho não existia", atribuída à Ário. Em outros pontos, ele compartilha do entendimento comum dos padres do oriente, como a sua ênfase no livre-arbítrio e no autexousion (em gregoαὐτεξούσιον);[12] e no fato de ele não ter percebido perfeitamente algo que era muito mais evidenciado no ocidente: o pecado. Para Cirilo, o pecado é a consequência da liberdade, não uma condição natural (pecado original). Para ele, o corpo não é causa, mas instrumento do pecado e o remédio é o arrependimento, objeto de sua insistência.[13]

Como muitos dos padres do oriente, Cirilo tem uma concepção essencialmente moralista do cristianismo. Sua doutrina da ressurreição não é tão realista como a de outros padres da Igreja, mas a sua concepção da Igreja é definitivamente empírica: a forma existente da Igreja católica ("universal") seria a verdadeira, desejada por Cristo, a realização da Igreja do Antigo Testamento.[14] Sua doutrina sobre a Eucaristia é disputada. Se ele às vezes parece se aproximar do ponto de vista simbólico, em outros momentos chega muito perto de uma forte doutrina realista. O pão e o vinho não são para ele simplesmente elementos simbólicos, mas o corpo e sangue de Cristo.[15]

Catequeses

As famosas vinte e três aulas de Cirilo, destinadas aos catecúmenos de Jerusalém que se preparavam para o batismo, chamadas por isso de catequeses (kατηχήσεις), são melhor apreciadas quando divididas em duas partes: as primeiras dezoito são geralmente conhecidas como "Aulas Catequéticas", "Orações Catequéticas ou "Homilias Catequéticas" e as cinco últimas, como "Catequeses Mistagógicas" (μυσταγωγικαί), chamadas assim por tratarem dos "mistérios" (μυστήρια), ou seja, os sacramentos do batismo, da confirmação e da eucaristia;[16]

Assume-se geralmente que as "Aulas Catequéticas",[17] com base em evidências limitadas, teriam sido compostas ou ainda nos primeiros anos do episcopado de Cirilo (por volta de 350) ou em 348, quando Cirilo era ainda um sacerdote representando seu bispo, Máximo[d]. Elas foram ministradas no Martyrion, a basílica construída pelo próprio Constantino.[11] Elas trazem instruções sobre os principais tópicos da fé e da prática cristã de maneira mais popular do que científica, cheias de exemplos de caloroso amor e cuidados pastorais pelos catecúmenos, o público a quem elas se destinavam. Cada aula baseia-se num texto das Escrituras e há abundantes citações bíblicas por todo o texto. Nas "Aulas Catequéticas", em linha com a exposição do Credo típico de Jerusalém na época, aparecem vigorosas polêmicas contra pagãosjudeus e erros heréticos. Elas são de grande importância para o entendimento do método de ensino e das práticas litúrgicas geralmente utilizados na época, provavelmente o mais completo registro sobrevivente.[17]

Temas importantes nas aulas são o pecado original e o sacrifício de Jesus para redenção de nossos pecados. Elas tratam também do sepultamento e ressurreição três dias depois como prova da divindade de Jesus e da natureza amorosa do Pai. Cirilo defendia firmemente que Jesus morreu de conhecimento e vontade plena. Não apenas ele se ofereceu, mas durante todo o processo manteve sua fé e perdoou todos os que o traíram e participaram de sua execução ("que não pecou e nem mentiu aquele que, quando insultado, não insultou; quando sofreu, não ameaçou").[18] Este trecho demonstra sua crença no desprendimento de Jesus, especialmente durante seu ato final de amor. Esta aula também apresenta uma espécie de insight sobre o que Jesus poderia estar sentido durante sua execução, dos chicoteamentos e surras até a coroa de espinhos e daí aos pregos na cruz. Cirilo intercala a história com mensagens que Jesus proferiu durante sua vida que se relacionavam com este ato final. Cirilo, por exemplo, escreve "Eu entreguei minhas costas aos que me batiam e minhas bochechas, aos socos; e minha face não escondi da vergonha das cusparadas",[19] uma alusão clara ao ensinamento de Jesus sobre oferecer a outra face.[17]

Tem havido considerável controvérsia sobre a data e a autoria das "Catequeses Mistagógicas", que alguns estudiosos atribuem ao sucessor de Cirilo como bispo de JerusalémJoão II.[20] Muitos estudiosos atualmente consideram que estas catequeses foram de fato escritas por Cirilo, mas nas décadas de 370 ou 380 e não imediatamente depois das "Aulas Catequéticas".[21]

De acordo com a peregrina hispânica Egéria, estas "Catequeses Mistagógicas" eram ministradas aos recém-batizados na Igreja da Anastasis durante a Semana da Páscoa.[11]

Escatologia

Cirilo identifica os "quatro grandes animais" de Daniel 7:3 e versículos seguintes como reinos na terra, descritos assim: "Pois como o primeiro reino de renome foi o dos assírios e o segundo, o dos medos e persas (Império Aquemênida) juntos; e, depois destes, o dos macedônios foi o terceiro e, assim, o quarto reino atual é o dos romanos". Ele continua afirmando que o quarto seria "um quarto reino sobre a terra que iria ultrapassar todos os reinos. E que este reino é o dos romanos tem sido a tradição dos intérpretes da Igreja"[22][23].

Cirilo ensinava que o "chifre pequenino" (Daniel 7:8), que arrancou três dos dez chifres do quarto animal, era o anticristo que estava prestes a chegar: "Ascenderão juntos dez reis dos romanos, talvez reinando em lugares diferentes, mas todos ao mesmo tempo; e, depois destes, um décimo primeiro, o anticristo, que, por meio de sua magia, tomará o poder romano e enganará tanto judeus quanto gentios; e, dos reis que reinaram antes dele, três se submeterão e os demais sete ele subjugará"[22]. Então, depois de três anos e meio, o anticristo será morto durante a Segunda Vinda de Cristo[23].

Ele afirmou ainda que, já no tempo dele, "anticristos" - heréticos disfarçados - estavam nas igrejas e clamou para que seus ouvintes se preparassem para a possível chegada iminente do anticristo na Igreja[23].

Ao discutir a imagem de Nabucodonosor II em Daniel 2 e a "rocha cortada da montanha" (Daniel 2:34), diz Cirilo: "E na época daqueles reinos, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e seu reino não será deixado para outros povos"[22]. Este reino (a "rocha"), que suplantará os reinos da terra, ainda não foi estabelecido segundo Cirilo e será o futuro reino de Cristo, que não terá mais fim[23].

Cirilo utilizou o princípio do dia-ano para interpretar as sessenta e nove semanas em Daniel 9 (as sessenta e duas mais sete em Daniel 9:25). Fazendo uso das Olimpíadas, como já havia feito Eusébio, ele calculou um período de tempo que se estendia da restauração do Templo, no sexto ano de Dario até a época de Herodes, quando Jesus nasceu[23].

Ele esperava a Segunda Vinda de Jesus com a mesma certeza com que afirmava a primeira: "Em sua vinda anterior, Ele foi enfaixado na manjedoura; em Sua segunda, ele se cobrirá de luz. Em sua primeira vinda, Ele suportou a cruz, desprezando a vergonha; em Sua segunda, Ele será atendido por uma corte de anjos, recebendo a glória. Portanto, não acreditamos apenas em Sua primeira vinda, mas esperamos também pela Sua segunda"[22]. Ele esperava a Segunda Vinda que acabaria com este mundo e criaria um novo, totalmente refeito. Cirilo esperava ainda ressuscitar se ela acontecesse depois de sua morte[23].

Notas

[a] ^ A evidência para isto é "Catequese" de Cirilo, na qual ele continuamente faz referência a si mesmo como "bispo".
[b] ^ Jerônimo apresenta um relato sombrio sobre como Cirilo veio a ser nomeado bispo de Jerusalém, alegando que "Cirilo era um fervoroso ariano e recebeu o convite para assumir a sé depois que Máximo morreu com a condição de que repudiaria sua ordenação pelas mãos daquele bispo" (Yarnold (2000), p4). Porém, Jerônimo tinha motivos pessoas para ser malicioso e a história pode ser simplesmente um caso no qual Cirilo se conformou com a ordem apropriada da igreja (Young (2004), p186).
[c] ^ As razões não são muito claras. De acordo com Teodoreto,[24] Acácio informou o imperador que um dos objetos vendidos por Cirilo era o "manto sagrado" doado pelo próprio Constantino, o que fez com que Constâncio se voltasse contra Cirilo. Os reais motivos permanecem incertos.
[d] ^ A principal evidência para esta data é que, num certo ponto, Cirilo faz uma referência casual ao fato de a heresia de Manes ter setenta anos (Cat 6.20).[25]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Walsh, Michael, ed. Butler's Lives of the Saints. (HarperCollins Publishers: New York, 1991), pp 83.
  2. ↑ Ir para:a b «A História da Igreja de Jerusalém» (em inglês). More Who is Who. Consultado em 26 de maio de 2012
  3.  Butler, Alban. The Lives or the Fathers, Martyrs and Other Principal Saints Vol. III, D. & J. Sadlier, & Company, 1864
  4. ↑ Ir para:a b Rev. Hugo Hoever, S.O.Cist., Ph.D., ed (1955). Lives of the Saints, For Every Day of the Year (em inglês). Nova Iorque: Catholic Book Publishing Co. 112 páginas
  5.  Tradução para o inglês em Telfer (1955)
  6.  Frances Young with Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p192
  7.  «25». História Eclesiástica. Causes of the Deposition of Cyril, Bishop of Jerusalem. Mutual Dissensions among the Bishops. Melitius is ordained by the Arians, and supplants Eustathius in the Bishopric of Sebaste. (em inglês). IV. [S.l.: s.n.] |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  8.  Frances Young with Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p187
  9.  Cyril, Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill. , p. 65
  10.  Di Berardino, Angelo. 1992. Encyclopedia of the early church. New York: Oxford University Press. , p. 312
  11. ↑ Ir para:a b c Andrew Louth, 'Palestine', in Frances Young et al, The Cambridge History of Early Christian Literature, (2010), p284
  12.  J.M. Fitch, ed. (1845). The Oberlin Quarterly Review, Volume 1 (em inglês). [S.l.: s.n.]
  13.  Cirilo de Jerusalém. «Aula Catequética 2» (em inglês)
  14.  Cirilo de Jerusalém. «Aula Catequética 18» (em inglês)
  15.  Cirilo de Jerusalém. «Aula Catequética 23» (em inglês)
  16.  Donald Attwater e Catherine Rachel John (1995). The Penguin Dictionary of Saints, 3rd Edition (em inglês). Nova Iorque: Peguin Putnam Inc. 101 páginas
  17. ↑ Ir para:a b c Wikisource-logo.svg "St. Cyril of Jerusalem" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  18.  Cyril, Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill. , p. 7
  19.  Cyril, Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill. , p. 13-14
  20.  Swaans (1942) defende a autoria de João; Doval (2001) refuta esta opinião em detalhes. A discussão está resumida Frances Young & Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p189
  21.  Por exemplo Yarnold (1978). Frances Young with Andrew Teal, From Nicaea to Chalcedon: A Guide to the Literature and its Background’’, (2nd edn, 2004), p190
  22. ↑ Ir para:a b c d Cyril & Gifford 1894.
  23. ↑ Ir para:a b c d e f Froom 1950, pp. 412=415.
  24.  «23». História Eclesiástica. Of what befell the orthodox bishopsat Constantinople (em inglês). II. [S.l.: s.n.] |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  25.  Andrew Louth, 'Palestine', in Frances Young et al, The Cambridge History of Early Christian Literature, (2010), p284

Bibliografia

  • McCauley, Leo P and Anthony A Stephenson, (1969, 1970). The works of Saint Cyril of Jerusalem. 2 vols. Washington: Catholic University of America Press [contains an introduction, and English translations of: Vol 1: The introductory lecture (Procatechesis). Lenten lectures (Catecheses). Vol 2: Lenten lectures (Katēchēseis). Mystagogical lectures (Katēchēseis mystagōgikai). Sermon on the paralytic (Homilia eis ton paralytikon ton epi tēn Kolymbēthran). Letter to Constantius (Epistolē pros Kōnstantion). Fragments.]
  • Telfer, W.(1955). Cyril of Jerusalem and Nemesius of Emesa. The Library of Christian classics, v. 4. Philadelphia: Westminster Press.
  • Yarnold, E., (2000). Cyril of Jerusalem. The early church fathers. London: Routledge. [provides an introduction, and full English translations of the Letter to Constantius, the Homily on the Paralytic, the Procatechesis, and the Mystagogic Catechesis, as well as selections from the Lenten Catecheses.]
  • Antonio Calisi, Lo Spirito Santo in Cirillo di Gerusalemme, Chàrisma Edizioni, Bari 2013, pp. 216. ISBN 978-88-908559-1-7
  • The Penguin Dictionary of Saints, 3rd Edition, Donald Attwater and Catherine Rachel John, New York: Peguin Putnam Inc., 1995, ISBN 0-14-051312-4
  • Lives of the Saints, For Every Day of the Year edited by Rev. Hugo Hoever, S.O.Cist., Ph.D., New York: Catholic Book Publishing Co., 1955
  • Omer Englebert, Lives of the Saints New York: Barnes & Noble Books, 1994, ISBN 1-56619-516-0
  • Drijvers, J. W. (2004). Cyril of Jerusalem: Bishop and city. Supplements to Vigiliae Christianae, v. 72. Leiden: Brill.
  • Lane, A. N. S., & Lane, A. N. S. (2006). A concise history of Christian thought. Grand Rapids, Mich: Baker Academic.
  • Van, N. P. (January 1, 2007). 'The Career Of Cyril Of Jerusalem (C.348–87): A Reassessment'. The Journal of Theological Studies, 58, 1, 134-146.
  • Di Berardino, Angelo. 1992. Encyclopedia of the early church. New York: Oxford University Press.
  • In Cross, F. L., & In Livingstone, E. A. (1974). The Oxford dictionary of the Christian Church. London: Oxford University Press.

Ligações externas

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quinta-feira, 17 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA - (DIA 22) - ÚLTIMAS NOTICIAS - 17 DE MARÇO DE 2022

 

"Civilização em risco". Zelensky diz que III Guerra pode já ter começado

Presidente ucraniano diz que, tal como há 80 anos com a II Guerra Mundial, "ninguém era capaz de prever quando a guerra em grande escala começaria".

"Civilização em risco". Zelensky diz que III Guerra pode já ter começado
  
Notícias ao Minuto

17/03/22 11:12 ‧ HÁ 55 MINS POR MARTA FERREIRA 

MUNDO GUERRA NA UCRÂNIA

Opresidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quinta-feira, em entrevista à NBC News, que a III Guerra Mundial pode já ter começado. Zelensky evoca a II Guerra Mundial na qual, há mais de 80 anos, ninguém havia previsto "quando a guerra em grande escala começaria", tal como poderá estar a acontecer agora. 

Perante as preocupações manifestadas pelo presidente doas EUA, Joe Biden, de não querer aumentar as tensões ou provocar Moscovo, o chefe de Estado ucraniano indica que, independentemente do resultado desta invasão russa, iniciada na madrugada de dia 24 de fevereiro, "toda a civilização está em risco".

"Ninguém sabe se já começou [a III Guerra Mundial]. E qual é a possibilidade desta guerra caso a Ucrânia caia, se cair? É muito difícil dizer", começou por dizer. "Vimos isto há 80 anos, quando a II Guerra Mundial começou... Ninguém seria capaz de prever quando a guerra em grande escala começaria", apontou.

Ressalva o presidente ucraniano que o seu povo já mostrou ser “invencível”, mesmo que as forças russas tomem cidades, incluindo a capital Kyiv. No entanto, o resultado desta guerra (ganhe ou não a Rússia) não invalida o risco para o Ocidente.  

De referir que esta quarta-feira, um teatro - que servia de abrigo para cerca de mil pessoas - foi bombardeado por forças russas. Este mesmo teatro tinha escrito no chão, dos dois lados do edifício, a palavra "crianças", indicando a presença de menores naquele abrigo. 

Ainda assim, foi bombardeado levando a que o negociador ucraniano Mykhailo Podolyak tenha publicado imagens de satélite do espaço e descrito o ataque como sendo de "particular crueldade".


37º ANIVERSÁRIO DA IGREJA DA COMUNIDADE DE SÃO PAULO DO VISO - 17 DE MARÇO DE 2022

 


37º ANIVERSÁRIO DA IGREJA DA COMUNIDADE DE SÃO PAULO DO VISO - 17 DE MARÇO DE 2022

 Caros Amigos


17 DE MARÇO DE 2022

 37 Anos da Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso.


(Hoje, passam 37 anos sobre a fundação "e entrada solene ao culto" da Igreja da Comunidade de São PAULO DO VISO. 

Como é sabido, devido à propagação do Coronavírus COVID-18 e à instauração do Estado de Emergência (em 14-Março-2020), e por decisão da CEP (e do Vaticano) as Igrejas foram todas encerradas e não houve culto "missas, funerais, casamentos, baptizados e outras cerimónias religiosas" enquanto não for levantado o Estado de emergência que foi longo - "falava-se em princípios de Maio - mas na realidade só ocorreu em dezembro, numa nova normalidade".

A situação em Março de 2021 mantinha-se pelo que não houve qualquer celebração desta data (que agora seriam os 36 anos da Comunidade).

Para este ano (2022) e até ao momento, em que escrevo (14/3) não está prevista nenhuma comemoração e tudo leva a crer que ainda não seja desta vez. Esperemos com confiança e fé a abertura da Igreja aos seus fiéis, que permita que em  breve se possa celebrar mais um aniversário, em pleno. Amen.


HISTÓRIA


A Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, está integrada na Paróquia da Senhora do Porto. Começou a ser construída em 1983, sob a orientação do Pde António Inácio Gomes e a sua inauguração teve lugar em 17 de Março de 1985 que foi presidida pelo então Arcebispo-Bispo do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas, Em 17-Março-2010 celebraram-se condignamente os 25 anos, no dia 20 do mesmo mês,

Seguem-se algumas outras datas significativas na história desta Comunidade e da paróquia da Senhora do Porto.

12-Junho-1964 - D. Florentino de Andrade e SilvaAdministrador Apostólico da Diocese do Porto, cria a Paróquia Experimental da Senhora do Porto que integra uma área muito vasta na parte noroeste da zona (Viso - bairro) na qual é criado também um centro secundário de culto e irradiação apostólica, tendo nomeado seu Pároco responsável, o Padre António Inácio Gomes.

Novembro de 1967 - São instalados no Bairro, 4 carros eléctricos, cedidos pelos Transportes Colectivos, que foram transformados em salas de aula que acolheram cerca de 320 crianças.

26-Novembro-1967 - D. Florentino inaugura o pavilhão-capela, pré-fabricado cedido pelo Centro de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Fevereiro de 1980 - Início da campanha de angariação de fundos para a construção da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso.

1-Agosto-1983 - Início das obras de construção desta Igreja.

17-Março-1985 - Inauguração da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, presidida por D. Júlio Tavares Rebimbas, Arcebispo-bispo do Porto.

18-Dezembro-1987 - Colocação do Cristo Crucificado (de Hanny Polling).

2-Junho-1990 - Colocação do Sacrário (autoria de Júlio Resende e Zulmiro de Carvalho).

21-Março-2004 - Sagração do altar e Dedicação da Igreja de S. Paulo do Viso, presidida por D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto.

8 de Dezembro de 2006 - Após o falecimento do Pde António Inácio Gomes, ocorrido em Novembro, foi nomeado Pároco da Senhora do Porto e da Comunidade de São Paulo do Viso, o Pde Dr. Manuel Correia Fernandes (Director da Voz Portucalense).

2º Semestre de 2008 - Efectuadas obras de restauro da instalação eléctrica, instalação sonora, colocação de novo soalho em madeira nobre no presbitério e altar mor e retirada do tecto falso que ameaçava ruir.

24-Janeiro-2009 - Entronização e bênção da imagem de S. Paulo, esculpida em ferro (trabalho da escultora Ana Carvalho), a que presidiu o bispo do Porto D. Manuel Clemente.

31 de Maio de 2009 - Após a Procissão de Velas, para Encerramento do mês de Maria, que partiu da Igreja Paroquial da Senhora do Porto para a Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, foi benzida e inaugurada pelo Pároco Dr. Manuel Correia Fernandes a nova imagem de Nossa Senhora do Rosário (obra da mesma escultora atrás referida, Ana Carvalho) que substituiu a pequenina imagem de Nossa Senhora de Fátima que ali existia há cerca de 25 anos (e oferecida por uma paroquiana) o que foi acompanhado com alegria pela multidão de paroquianos que enchia por completo, a Igreja.

17 de Março de 2010 - Quarta-feira - 25º Aniversário da inauguração.

20 de Março de 2010 - Celebração do 25º Aniversário da fundação da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso,

Nos últimos anos (2016 até hoje) foi alterado por 2 ou 3 vezes o sistema de iluminação - que de vez em quando tem sofrido algumas varias, talvez defeito de origem de alguns projectores



Igreja da Comunidade de 
São PAULO DO VISO

POR

ANTÓNIO FONSECA

SÃO PATRICIO - PADROEIRO DA IRLANDA - 17 DE MARÇO DE 2022

 

Patrício da Irlanda

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: "São Patrício" redireciona para este artigo. Para outros santos de mesmo nome, veja São Patrício (desambiguação).
São Patrício
Vitral com a imagem de São Patrício da Irlanda
Bispo de RuãoApóstolo da IrlandaTaumaturgoIgual aos apóstolos
NascimentoBanwen
MorteDown, Irlanda 
17 de março de 461 (74 anos)
Veneração por
Principal temploCatedral de São Patrício (Nova Iorque).
Festa litúrgica17 de março
Atribuiçõespregar o cristianismo na Irlanda, fundar a primeira diocese irlandesa e ser o primeiro a incetivar a confissão particular. Trebor e cruz.
PadroeiroIrlanda (co-padroeiro)
Itaqui (padroeiro)
Gloriole.svg Portal dos Santos

Patrício da IrlandaApóstolo da Irlanda ou Saint Patrick (em inglêsPatrick; em latimPatricius) (Banwen – 17 de março de 493, Irlanda), foi um missionário cristão, depois bispo e santo padroeiro da Irlanda, juntamente com Santa Brígida de Kildare e São Columba.

Biografia

A pequena localidade galesa de Banwen (Grã-Bretanha) é frequentemente referida como seu lugar de nascimento, embora haja hipóteses sobre este fato.

Quando tinha dezesseis anos foi capturado e vendido como escravo para a Irlanda (piratas pagãos irlandeses), de onde escapou e retornou à casa de sua família seis anos mais tarde, iniciando então sua vida religiosa.[carece de fontes] Posteriormente retornou à ilha de onde fugira para pregar o evangelho. Quando voltou para sua terra natal, Patrício sonhou com as crianças irlandesas implorando para que ele levasse a elas o evangelho. "Imploramos que você venha e caminhe entre nós uma vez mais." Como achava que não tinha a compreensão adequada da fé, Patrício voltou para a França a fim de estudar em um mosteiro. Por volta do ano 432, ele voltou à Irlanda.[carece de fontes]

Para explicar como a Santíssima Trindade era três e um ao mesmo tempo utilizava o trevo de três folhas, tornando-se parte da cultura Irlandesa. Foi incentivador do sacramento de confissão particular, tal como conhecemos hoje, visto que antes o mesmo era realizado de forma pública. Um século mais tarde essa prática se propagou na Europa.

A crença popular atribui a São Patrício o desaparecimento das cobras da ilha onde fica a Irlanda,[1] sendo a razão de em algumas gravuras do santo ele aparecer esmagando esses animais com um cajado. Mas algumas evidências científicas sugerem que a Irlanda pós-Era Glacial não era habitada por serpentes, devido à posição geográfica.[2]

Muito reverenciado nos Estados Unidos devido ao grande número de imigrantes irlandeses. Em ManhattanNova Iorque, há uma catedral com o seu nome, sede da arquidiocese da metrópole. No dia 17 de março há diversas comemorações na Irlanda e nos Estados Unidos, conhecidas como paradas de São Patrício, onde ocorrem festejos e desfiles em memória do santo, sendo essa a principal forma de afirmação do orgulho dos imigrantes e descendentes de irlandeses na América.

Há duas versões de cruzes associadas com São Patrício. Uma é a cruz pátea; e a outra é o sautor vermelho. O sautor foi originalmente o emblema da Ordem de São Patrício, fundada na Irlanda em 1783, porém, a cruz pátea é a mais antiga, datando a 1461.[3]

No Brasil, o primeiro registro de Dia do São Patrício foi ocorrido em 17 de Março de 1770 em uma igreja construída em homenagem ao santo por Lancelot Belfort (1708-1775). A igreja estava localizada em sua propriedade, conhecida como Kilrue, às margens do rio Itapecurú, em Maranhão, no norte do Brasil.[4]

Ver também

Referências

  1.  Robinson, William Erigena. New Haven Hibernian Provident Society. St. Patrick and the Irish: an oration, before the Hibernian Provident Society, of New Haven, 17 de março de 1842. pg 8. [1]
  2.  «Why Ireland Has No Snakes - National Zoo - FONZ». Consultado em 25 de agosto de 2006. Arquivado do original em 24 de junho de 2011
  3.  «St. Patrick's Cross». Consultado em 19 de dezembro de 2015
  4.  Murray, Edmundo (1 de julho de 2006). «"Brazil and Ireland" - Irish in Brazil». Society for Irish Latin American Studies. Consultado em 9 de janeiro de 2021

Ligações externas

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