segunda-feira, 7 de março de 2022

RTP - RADIOTELEVISÃO PORTUGUESA - INÍCIO DE EMISSÕES - 1957 - 7 DE MARÇO DE 2022

 

Rádio e Televisão de Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Radiotelevisão Portuguesa)
Disambig grey.svg Nota: "RTP" redireciona para este artigo. Se procura pelo protocolo de redes Real Time Protocol, veja Protocolo RTP.
Rádio e Televisão de Portugal, S.A.
Rádio e Televisão de Portugal.png
Empresa de capitais públicos
AtividadeComunicação Social
Fundação1935 com o nome de Emissora Nacional
1957 com o nome de Radiotelevisão Portuguesa, S.A.R.L.
2004 com o nome de Rádio e Televisão de Portugal, S.A.
Fundador(es)Governo da República Portuguesa
SedeCabo Ruivo, LisboaPortugal Portugal
Pessoas-chaveJosé Vieira de Andrade , Presidente do CGI
Nicolau SantosCEO
Empregados1597 (2018)[1]
SubsidiáriasRadiotelevisão Portuguesa
Radiodifusão Portuguesa
Website oficialwww.rtp.pt

Rádio e Televisão de Portugal (RTPMHIH é uma empresa pública portuguesa que inclui estações de rádio e televisão públicas. Antes do ano de 2004, a Radiodifusão Portuguesa (RDP) e a Radiotelevisão Portuguesa (RTP), empresas públicas de rádio e televisão respetivamente, estavam separadas e eram entidades jurídicas independentes e distintas. Em 2004, foram reestruturadas e fundidas numa única empresa pública, prestadora do serviço público, a Rádio e Televisão de Portugal. Desde então, a sigla RTP passou a designar o grupo inteiro de Rádio e Televisão Públicas.

Diariamente, milhões de pessoas em todo o mundo têm acesso à RTP, em Países de Língua Portuguesa, como o BrasilCabo VerdeGuiné-BissauSão Tomé e PríncipeAngolaMoçambiqueTimor-LesteGuiné Equatorial, na R.A.E. de Macau na China, em Goa, Damão e Diu na Índia incluindo também em países onde há comunidades portuguesas numerosas, em FrançaAlemanhaSuíçaLuxemburgoGrã-BretanhaEstados UnidosCanadáÁfrica do SulVenezuela e Argentina através da RTPi. Atualmente a RTP Internacional está presente em quase todos os países e regiões do mundo, incluindo, por exemplo, Santa Helena (ilha)Reunião (ilha)SeychellesCuraçao, entre tantos outros territórios.[2]

É membro fundador da União Europeia de Radiodifusão (EBU) e membro da Organização das Telecomunicações Ibero-americanas (OTI).

História da Radiodifusão Portuguesa (RDP)

Sede da Rádio e Televisão de Portugal em Cabo RuivoLisboa.
Viaturas e outros meios de produção da RTP.

Oficialmente, a Emissora Nacional de Radiodifusão, usualmente designada Emissora Nacional (EN), da qual a RDP é sucessora, foi fundada no dia 4 de Agosto de 1935, tendo iniciado as suas emissões regulares em 1 de Agosto. Contudo, o primeiro passo para a sua constituição foi dado em 1930, aquando de um decreto que criou, na dependência dos CTT, a Direção dos Serviços Radio elétricos, autorizando, em simultâneo, a aquisição dos primeiros emissores de onda média e onda curta em Portugal. Em 1932, entre Abril e Maio, realizaram-se as primeiras emissões experimentais em onda média e em 1934 o mesmo aconteceu relativamente à onda curta, que desde logo se assumiu como uma das vocações naturais da jovem estação emissora.

Em 1934, a sua capacidade de emissão era alargada para atingir a diáspora portuguesa. Data dessa altura o lançamento de um programa de referência - a Hora da Saudade - destinado aos emigrantes no continente americano e aos pescadores da frota bacalhoeira. Ainda no mesmo ano, os estúdios eram transferidos de Barcarena para a Rua do Quelhas, em pleno coração de Lisboa, onde se mantiveram até meados dos anos 1990. Nessa mesma rua, mas num outro edifício que outrora acolheu o histórico Rádio Clube Português, funcionava, até ao ano de 2007 o Museu da Rádio. Os estúdios de Barcarena em 1949 foram reutilizados para a realização das emissões do Programa B da Emissora Nacional, antecessora do canal Lisboa 2 da Emissora Nacional, do programa 2 da Emissora Nacional, da Rádio Cultura e da atual Antena 2.

A Emissora Nacional (EN) foi essencialmente definida à imagem das congéneres europeias. Concebida num quadro político interno e externo em que as rádios nacionais desempenhavam sobretudo um papel de veículo dos interesses do Governo, esta característica acentuou-se ainda mais no caso português em função do regime autoritário que vigorou até 1974. Em 1940, libertou-se da tutela dos CTT, iniciando-se, nessa altura, o modelo de implantação regional no continente e ilhas.

Baseada num modelo sóbrio de apresentação e recorrendo a locutores de alta qualidade, a Emissora Nacional, embora assumindo sistematicamente o seu papel de órgão de propaganda do chamado Estado Novo, soube desenvolver uma cultura própria que influenciou fortemente a sociedade e marcou decisivamente a história da rádio em Portugal. Da dinâmica inicial, que se estendeu ao longo dos anos 1950, surgiram as orquestras da Emissora Nacional - Sinfónica, Típica e Ligeira - o Centro de Formação de Artistas da Rádio, onde se revelaram alguns dos grandes nomes da música portuguesa, o teatro radiofónico, de que são paradigma os folhetins e programas, com destaque para o Domingo Sonoro e os Diálogos da Lelé e do Zequinha que ficaram na memória coletiva dos portugueses.

Os programas mais emblemáticos da Emissora Nacional foram os seguintes: o programa Serão para Trabalhadores, programa de variedades iniciado em 1941 e transmitido às segundas-feiras ao serão, onde se divulgava o melhor da música ligeira portuguesa da época e o programa mais longevo da estação, pois durou até ao 25 de Abril de 1974; o programa Retiro da Severa, mais tarde conhecido como Fados e Guitarradas, transmitido de 15 em 15 dias, em direto do Retiro da Severa e mais tarde em direto do estúdio, às 10 horas de domingo; a Meia Hora de Recreio, programa infantil da estação dedicado aos mais pequenos; os Serões da Emissora Nacional e a Hora de Variedades, programas consagrados à divulgação da música erudita; o Diário da Emissora Nacional, o único bloco informativo da estação, que mais tarde passou a ser o Diário Sonoro; o Domingo Sonoro, durante a Segunda Guerra Mundial programa semanal de síntese informativa, e depois programa de teatro radiofónico e entretenimento, onde passavam os diálogos de A Lélé e o Zéquinha, protagonizados por Irene Velez e Vasco Santana.

A EN iniciou as suas emissões em Frequência Modulada (FM) em 1955,[3] sendo um dos maiores meios de propaganda do Estado Novo, com a revolução a EN é ocupada, e são nomeados militares para todos os cargos relevantes.

Após a Revolução dos Cravos e o 25 de Novembro, as estações de rádio são nacionalizadas pelo VI Governo Provisório, através do Decreto-Lei nº 674-C/75, de 2 de Dezembro de 1975, com exceção da Rádio Renascença e de algumas estações regionais como a Rádio Altitude (da cidade da Guarda), a Rádio Pólo Norte (do Caramulo), o Rádio Clube de Angra e o Clube Asas do Atlântico (ambos dos Açores).[4] E é criada a EPR - Empresa Pública de Radiodifusão, que concentra todas as estações nacionalizadas:

Emissoras radiofónicas nacionalizadas que foram integradas na Empresa Pública de Radiodifusão (a partir de 1976, RDP) [4]
EstaçãoSede
Emissora NacionalLisboa
Emissores do Norte ReunidosPorto
Rádio Clube PortuguêsLisboa
Rádio Alto DouroPeso da Régua
Rádio RibatejoSantarém
Clube Radiofónico de PortugalLisboa
Rádio GraçaLisboa
Rádio PeninsularLisboa
Rádio Voz de LisboaLisboa
Rádio Alfabeta (Emissores Associados de Lisboa)Lisboa

Em 1976, a nova empresa adopta o nome de Radiodifusão Portuguesa E.P. (RDP), ficando depositária da obrigação de prestar um serviço público de rádio. Em termos de produção, a empresa organiza-se em quatro canais nacionais e três regionais para o continente (RDP Norte, RDP Centro e RDP Sul) e dois regionais para as ilhas (RDP Madeira e RDP Açores), mantendo as emissões internacionais em Onda Curta. Em 1979, procede-se a uma profunda reorganização interna resultando na criação da Rádio Comercial que, juntamente com os programas emitidos a partir dos centros regionais, entra em concorrência direta com os operadores privados no mercado publicitário.

A Antena 1 é atualmente a principal estação da RDP.

Na década de 1980, a RDP procura descentralizar-se, mantendo várias emissões de âmbito regional a partir dos centros de produção existentes por todo o país. Em 1987, a RDP assegurava 11 emissões de proximidade nas várias regiões do território continental português:

Emissoras regionais da RDP (1987) [4]
EstaçãoEmissores[5]Frequências (FM)
RDP NorteMonte da Virgem (V.N. Gaia)
RDP Centro - Rádio CoimbraCoimbra

Lousã

94,9 MHz

102,2 MHz

RDP Sul - Rádio AlgarveFóia (Serra de Monchique)

Faro (Cerro de São Miguel)

100,7 MHz

101,9 MHz

Rádio Porto

(Rádio Comercial Norte)

Monte da Virgem (V.N. Gaia)

Serra Amarela (Terras de Bouro)

100,4 MHz

102,0 MHz

Rádio NordesteSão Bartolomeu (Bragança)

Serra de Bornes
Miranda do Douro

104,2 MHz

102,1 MHz
98,9 MHz

Rádio Alto DouroMarão (Vila Real)

Vila Pouca de Aguiar

101,5 MHz

104,7 MHz

Rádio ViseuViseu
Rádio GuardaPedra do Vento (Guarda)
Rádio SantarémSantarém

Montejunto

98,8 MHz

105,2 MHz

Rádio ElvasVila Boim (Elvas)

Marrada Alta (Portalegre)

103,8 MHz
Rádio CovilhãGardunha (Fundão)
Grande parte da programação da Antena 2 centra-se na música erudita e na cultura.

Entre 1992 e 1994 a RDP inicia nova fase de transformação que conduzirá a um modelo próximo do actual.

A Rádio Comercial é privatizada e retira-se a publicidade de todos os canais, deixando-se, assim, o mercado publicitário exclusivamente aos operadores privados. É elaborado um plano com o objectivo de concentrar serviços até então dispersos por vários edifícios da capital no recém-adquirido edifício das Amoreiras, em Lisboa, que passa a abrigar os sectores técnico e de produção, enquanto se alienam progressivamente outras instalações.

Desenvolve-se ao mesmo tempo uma política de redimensionamento dos efetivos, de renovação do parque de emissores e de atualização em todos os domínios.

As estações regionais são abandonadas, centralizando-se praticamente toda a oferta nas estações de âmbito nacional, que tomam novos nomes:

  • Antena 1 (estação generalista);
  • Antena 2 (dedicada à cultura e à música erudita);
  • Antena 3 (estação jovem do grupo, criada em 1994).
    A Antena 3 é a estação da RDP dedicada ao público jovem.

Ainda em 1994, a RDP é transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, deixado de ser uma Empresa Pública. Em 1995, a RDP África surge como um novo canal vocacionado para os países africanos de língua portuguesa.

O esforço de modernização prossegue e a empresa entra decisivamente na era da digitalização. A partir de 1998, Portugal passa a dispor, progressivamente, do sistema DAB - Digital Audio Broadcasting - projeto pioneiro no país, inteiramente desenvolvido pela RDP, mas de reduzida visibilidade e adesão popular. Em 2000, a RDP é incluída na Portugal Global, SGPS - a holding criada para agrupar os média estatais, holding essa que viria a ser extinta em 2003 no âmbito da reestruturação que se avizinhava para o sector.

A prometida reorganização ocorre no início de 2004, com a criação da Rádio e Televisão de Portugal, SGPS, holding que reúne RDP e RTP, e a partilha de instalações e serviços na nova sede conjunta da Avenida Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, e em algumas delegações regionais. Paralelamente a isto, a taxa de radiodifusão sonora, até aí financiamento exclusivo da RDP, passa a estar afeta aos dois operadores de serviço público, e são suprimidas as emissões locais da RDP Norte, Centro e Sul.

História da Radiotelevisão Portuguesa (RTP)

Entre 1954 e 1955, o Gabinete de Estudos da então Emissora Nacional estuda o projeto para o início de uma rede de televisão nacional, sendo um dos principais impulsionadores Marcelo Caetano, que aconselhou Salazar nesse sentido. Por iniciativa do Governo, foi constituída a RTP - Radiotelevisão Portuguesa, S.A.R.L., a 15 de dezembro de 1955sociedade anónima com o capital social de 60 milhões de escudos, tripartido entre o Estado, emissoras de radiodifusão privadas e particulares.[6] As emissões experimentais da RTP iniciaram-se em 4 de setembro de 1956, às 21h30, a partir da Feira Popular, em Lisboa. No entanto, as emissões regulares, só se iniciariam a partir de 7 de março de 1957, às 21h30.[6]

No dia 20 de outubro de 1959, a RTP tornou-se membro da União Europeia de Radiodifusão (UER) - e em meados dos anos 1960 passou a ser transmitida para todo o país. No dia 25 de Dezembro de 1968 comemorou-se o Natal com a criação do segundo canal da RTP em UHF (a partir de 16 de outubro de 1978 designado por RTP2). Mais tarde, dois canais regionais iniciaram a sua atividade nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, na década de 1970: a RTP Madeira, em 6 de Agosto de 1972 e RTP Açores, em 10 de Agosto de 1975.

Após o 25 de Abril de 1974, o estatuto da empresa concessionária da radiotelevisão foi alterado. Em 1975, a RTP foi nacionalizada, transformando-se na empresa pública Radiotelevisão Portuguesa E.P., pelo Decreto-Lei n.º 674-D/75, de 2 de dezembro. Em 1976 a RTP inaugura novas instalações situadas na Avenida Cinco de Outubro, em Lisboa. No dia 25 de abril de 1976, a RTP realizou a primeira emissão experimental a cores realizada de forma oficial, que incluiu a cobertura das eleições legislativas que ocorreram nesse dia e um documentário sobre a cidade de Lisboa.[7] Contudo, no dia 25 de março de 1972, a RTP havia transmitido acidentalmente o Festival Eurovisão da Canção 1972 a cores.[8] Em 1979, a edição dos Jogos sem Fronteiras, realizada em Portugal, foi transmitida a cores para a Europa. No dia 7 de março de 1980, a RTP inaugurou oficialmente as emissões feitas integralmente com o sistema de cor PAL.[7][9]

No dia 10 de junho de 1992, iniciaram-se as transmissões da RTP Internacional.

Em 14 de agosto de 1992, a RTP transformou-se em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos - a Radiotelevisão Portuguesa, S.A.. No dia 7 de janeiro de 1998, iniciaram-se as emissões regulares da RTP África, destinada aos habitantes dos lusófonos, como: AngolaCabo VerdeGuiné-BissauMoçambique e São Tomé e Príncipe. O 11 de maio de 2000, a RTP - juntamente com a Radiodifusão Portuguesa (RDP) e a Agência Lusa - passa a fazer parte da sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos denominada Portugal Global, SGPS, S.A..

A Portugal Global foi extinta em 22 de Agosto de 2003, tendo sido feita a reestruturação do sector empresarial do Estado na área do audiovisual. Entre outras alterações, transformou-se a antiga Radiotelevisão Portuguesa, SA, sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, numa nova sociedade gestora de participações sociais, denominada Rádio e Televisão de Portugal, SGPS, SA. Foi ainda criada uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos designada Radiotelevisão Portuguesa - Serviço Público de Televisão, SA.

Centro de Produção da RTP em ChelasLisboa, inaugurado em 2007.

5 de janeiro de 2004, a RTP2 deu lugar a um novo canal denominado 2:. Ainda em 2004, é criado o canal noticioso da RTP, a RTPN, é também criado o canal dedicado aos programas que fizeram história na RTP, a RTP Memória. Em 2007, a RTP comemora os seus 50 anos de emissões em Portugal, inaugurando, o novo Complexo de estúdios de Chelas, junto às instalações da RTP e RDP inauguradas em 2004. Este complexo possui meios técnicos atuais e modernos prontos para o arranque da emissão da TDT (Televisão Digital Terrestre). Este complexo tem 4 estúdios de 800, 400, 200 e 100 metros quadrados devidamente equipados. É também adquirido um enorme carro de exteriores totalmente equipado para emissão em HDTV High Definition Television (Televisão de Alta Definição).

Igualmente, em 2007, a Rádio e Televisão de Portugal, SGPS, SA, é transformada em Rádio e Televisão de Portugal, SA. São incorporadas nesta, a Radiodifusão Portuguesa, SA; Radiotelevisão Portuguesa - Serviço Público de Televisão, SA; e Radiotelevisão Portuguesa - Meios de Produção, SA. No dia 19 de Março de 2007, a 2: retomou a designação original, RTP2, com nova identidade.[10] A 19 de setembro de 2011, a RTPN torna-se a RTP Informação.[11]

A 7 de Fevereiro de 2007, a Rádio Televisão Portuguesa foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.[12]

Em 5 de outubro de 2015 a RTP Informação muda de nome para RTP3.

A 1 de dezembro de 2016 a RTP3 e a RTP Memória entram para a TDT, passando assim ser disponível assisti-los universalmente.[13]

Centros de produção, delegações e correspondentes

  • RTP Lisboa: no edifício-sede da empresa, localizado em Cabo Ruivo, no concelho de Lisboa. Inaugurado em 2004, veio substituir uma série de antigos estúdios atualmente abandonados, e a antiga sede da Avenida Cinco de Outubro. É a sede de todos os canais da RTP, exceto a RTP2,RTP3 e os canais regionais.
  • RTP Porto: complexo localizado no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia. Inaugurado em 20 de Outubro de 1959, é a atual sede da RTP2 e da RTP3

Delegações nacionais

A RTP possui ainda centros de informação regional em vários pontos do país,[14] sendo que algumas delas produziram, nos anos 90, programas de informação de âmbito regional (País Regiões), com pequenas redações e estúdios onde se podem efetuar entrevistas:

Delegações internacionais

  • Madrid - Daniela Santiago
  • Bruxelas - Duarte Valente
  • Paris - Rosário Salgueiro
  • Genebra - Noé Monteiro
  • Moscovo - Evgueni Mouravitch
  • Washington D.C - João Ricardo Vasconcelos
  • Rio de Janeiro - Luis Baila
  • Luanda - José Manuel Levy
  • Maputo - Pedro Martins (Televisão) e Gervásio Jesus (Rádio)
  • Praia - Ricardo Mota (Televisão) e Carlos Santos (Rádio)
  • Bissau - Fernando Gomes (Televisão) e Califa Soares Cassamá (Rádio)
  • São Tomé - Henrique Vasconcelos (Televisão) e Óscar Medeiros (Rádio)
  • Díli - Carlos Narciso

Museu da Rádio e Televisão de Portugal

A área museológica conta com mais de 5000 peças distribuídas entre o núcleo museológico da Madeira, a Coleção Museológica, a Reserva Visitável e a Reserva Técnica. A coleção beneficia, também, do contributo dos espólios, nomeadamente, de Fernando PessaMaria Leonor e Pedro Moutinho, figuras incontornáveis da história da rádio e da televisão.

O projeto museológico visitável da RTP nasceu em outubro de 2009 e têm assegurado o seu melhor empenho e dignidade. Este projeto visa proteger, preservar e divulgar os aparelhos de realização, difusão e receção da história da rádio e televisão, sem esquecer alguns dos momentos mais marcantes da produção de conteúdos radiofónicos e televisivos que se assumem como um tributo à excelência do Serviço Público e ao trabalho de todos os profissionais da Rádio e Televisão de Portugal. O projeto museológico visitável da RTP possibilita uma interação do visitante com o passado, através da recriação de um estúdio de rádio dos anos 50 e um contacto com o presente através de um moderno estúdio de televisão onde o visitante pode gravar a sua própria emissão.

Identidade gráfica

Canais de televisão

Atualmente, a RTP é constituída pelos seguintes canais:

CanalDescriçãoSloganFormatoFundaçãoTeletexto
RTP1Canal dedicado à informação, ficção e entretenimento.Por todos16:9 SDTV7 de março de 1957 (65 anos)Sim
RTP2Canal dedicado à cultura, ao conhecimento, à informação especializada, aos conteúdos europeus e à programação para crianças.Culta e adulta25 de dezembro de 1968 (53 anos)
RTP3Canal dedicado à informação e aos magazines.Informação de confiança5 de outubro de 2015 (6 anos)
RTP MemóriaCanal dedicado à exibição de programas que fizeram história na RTP e também à exibição de produção própria.Traz pr'á frente4 de outubro de 2004 (17 anos)
RTP MadeiraCanal generalista da Região Autónoma da Madeira.Liga a Madeira6 de agosto de 1972 (49 anos)
RTP AçoresCanal generalista da Região Autónoma dos Açores.Unimos as ilhas10 de agosto de 1975 (46 anos)
RTP InternacionalCanal dedicado às comunidades portuguesas residentes fora de Portugal.Sente Portugal (português)
Feel Portugal (inglês)
10 de junho de 1992 (29 anos)
RTP ÁfricaCanal dedicado às comunidades lusófonas africanas.Vários mundos, uma só língua7 de janeiro de 1998 (24 anos)
RTP1 HDEmissão da RTP1 em alta definição.Por todos16:9 HDTV8 de agosto de 2008 (13 anos)Não
RTP2 HDEmissão da RTP2 em alta definição.Culta e adulta2 de julho de 2019 (2 anos)
RTP3 HDEmissão da RTP3 em alta definição.Informação de confiança8 de junho de 2021 (8 meses)
RTP Açores HDEmissão da RTP Açores em alta definição.Unimos as ilhas25 de março de 2021 (11 meses)

Extintos

CanalDescriçãoSloganFormatoFundaçãoFechoTeletexto
NTVCanal de informação, com especial enfoque na região Norte, e de magazines. Acabou extinto para dar lugar à RTPN.Vemo-nos aqui.4:3 SDTV15 de outubro de 2001 (20 anos)31 de maio de 2004 (17 anos)Não
RTPNCanal de informação e de magazines. Acabou extinto para dar lugar à RTP Informação.Parte do mundo, parte de si.31 de maio de 2004 (17 anos)19 de setembro de 2011 (10 anos)Sim
RTP MobileCanal especifico da RTP para as plataformas móveis. Acabou extinto de forma a dar lugar à RTP Play.A RTP na palma da sua mão.2006 (16 anos)2012 (somente o canal, website desligado mais tarde, em maio de 2013)Não
RTP HDCanal dedicado à exibição de conteúdos em alta definição. Acabou extinto de forma a dar lugar à RTP1 HD. Em 2012 ainda voltou a estar ativa sobre o nome RTP Olímpicos HD, para a transmissão dos Jogos Olímpicos de Verão em 2012.Saia da rotina, entre na RTP.16:9 HDTV8 de agosto de 2008 (13 anos)2012 (10 anos)
RTP InformaçãoCanal de informação e de magazines. Acabou extinto para dar lugar à RTP3.Jornalismo de confiança.16:9 SDTV19 de setembro de 2011 (10 anos)5 de outubro de 2015 (6 anos)Sim
RTP 4KCanal dedicado à exibição de conteúdos em resolução 4K (Ultra HD). Transmitiu 8 jogos do Campeonato Europeu de Futebol de 2016 e 28 jogos do Campeonato Mundial de Futebol FIFA de 2018.Continua.16:9 UHDTV10 de junho de 2016 (5 anos)15 de julho de 2018 (3 anos)Não

Canais de rádio

Com sede em Lisboa, a RDP divide-se pelos e centros regionais do Porto, Coimbra, Faro, Ponta Delgada e Funchal. Atualmente, a RDP é constituída pelos seguintes canais:

EstaçãoDescriçãoSloganCanaisFundação
Antena 1Rádio generalista, com programação baseada em conteúdos generalistas e programas de autor, com forte incisão em desporto, música e informação.Liga PortugalFM / OM / Satélite / Internet4 de agosto de 1935 (86 anos)
Antena 2Rádio cultural, com a sua programação baseada em música clássica e programas culturais.A arte que tocaFM / Internet2 de maio de 1948 (73 anos)
Antena 3Rádio dedicada ao público jovem e às novas tendências da música, com a sua programação é baseada em música alternativa e na divulgação de novos grupos musicais portugueses.A alternativa pop26 de abril de 1994 (27 anos)
Antena 1 AçoresRádio generalista da Região Autónoma dos Açores.28 de maio de 1941 (80 anos)
Antena 1 MadeiraRádio generalista da Região Autónoma da Madeira.Hora de Antena 11967 (55 anos)
Antena 3 MadeiraRádio, da Região Autónoma da Madeira, dedicada ao público jovem e às novas tendências da música.Madeira com mais vida jovem1 de janeiro de 2010 (12 anos)
RDP InternacionalRádio generalista, dedicado aos portugueses e lusofalantes de todo o mundo, a Portugal.Longe da vista, perto do coraçãoFM / Satélite / Internet1936 (86 anos)
RDP ÁfricaRádio dedicada à aproximação e promoção à integração dos países africanos de língua oficial portuguesa.Na África com bom portuguêsFM (exceto em Angola) / Satélite / Internet1 de maio de 1996 (25 anos)
Antena 1 FadoRádio que se concentra na divulgação do fado.O Fado mora aquiInternet
Antena 1 LusitâniaRádio que se concentra na divulgação da música portuguesa.É tradição ouvir o belo português
Antena 1 Memória
Antena 1 VidaViva aqui o essencial da vida
Antena 2 JazzinRádio que se concentra na divulgação do jazz.janeiro de 2017 (5 anos)
Antena 2 ÓperaRádio que se concentra na divulgação de óperaA Ópera é nossanovembro de 2011 (10 anos)
Rádio Zig ZagRádio dedicada à emissão de conteúdos para crianças dos 5 aos 9 anos.Põe os ouvidos a ziguezaguear19 de setembro de 2016 (5 anos)

Extintos

EstaçãoDescriçãoSloganCanais
Rádio VivaceRádio que se concentra na divulgação da música clássicaInternet
Antena 3 DanceRádio que se concentra na divulgação do dance music.Não há dança sem música
Antena 3 RockRádio que se concentra na divulgação de música rock.Rock é Ótimo
Rádio RepúblicaRádio que se concentra na emissão de programas e discursos sobre o centenário da Implantação da República Portuguesa.

A RDP assegura ainda o funcionamento do Museu da Rádio, e a manutenção e atualização dos arquivos sonoros.

Plataformas online

PlataformaDescriçãoFundação
RTP PlayPlataforma dedicada às emissões em direto de televisão e rádio e programas on-demand.10 de setembro de 2012 (10 anos)
RTP EnsinaPlataforma dedicada a programas de serviço público de rádio e de televisão que podem ser úteis para educação.14 de janeiro de 2014 (8 anos)
RTP ArquivosPlataforma dedicada ao acesso do acervo histórico, organizado por coleções temáticas.27 de março de 2014 (7 anos)
RTP Arena eSportsPlataforma dedicada a notícias e programas sobre jogos eletrónicos e competições nacionais e internacionais.29 de abril de 2016 (5 anos)
RTP LabPlataforma dedicada a novas formas de produção de conteúdos, pensadas numa lógica multiplataformas. Está integrada na RTP Play.30 de outubro de 2017 (4 anos)
RTP DesportoPlataforma dedicada à transmissão de jogos desportivos. Está integrada na RTP Play.23 de maio de 2019 (2 anos)

Estruturas da RTP

Torre dos estúdios do Monte da Virgem (RTP Porto).
Edifício da RTP em Coimbra (RTP Coimbra).
Antigo edifício da RTP em Ponta Delgada (RTP Açores).

Conselho Geral Independente

Em 2014, foi criada uma estrutura de topo na RTP, que tem como missões, entre outros, a definição da estratégia do grupo e a escolha do conselho de administração.

Composição

  • José Carlos Vieira de Andrade - Presidente
  • Alberto Arons de Carvalho
  • Francisco Seixas da Costa
  • Maria Helena Costa de Carvalho e Sousa
  • Maria Leonor Beleza
  • Manuela Melo

Presidentes do Conselho de Administração

NomeInício mandatoFim mandato
Camilo de Mendonça13 de dezembro de 1955[15]setembro de 1960[15]
Luís Ataídesetembro de 1960[15]30 de junho de 1966[15]
João Neves Duque1 de julho de 1966[16]8 de abril de 1969[15]
Ramiro Valadão8 de abril de 1969[15]maio de 1974[17]
Manuel Bello25 de maio de 1974[18]5 de agosto de 1974[19]
Casimiro Gomes5 de agosto de 1974[19]28 de outubro de 1974[19]
Ramalho Eanes28 de outubro de 1974[19]11 de março de 1975[20]
João António de Figueiredo11 de março de 1975[21]18 de março de 1975[21]
José Emílio da Silva18 de março de 1975[22]31 de março de 1975[21]
Tavares Galhardo31 de março de 1975[23]8 de setembro de 1975[23]
Pedroso Marques27 de setembro de 1975[23]setembro de 1976[24]
Tomaz Rosa3 de setembro de 1976[24]março de 1977[23]
Edmundo Pedro8 de março de 1977[25]28 de março de 1978[19]
João Soares Louro28 de março de 1978[19]1 de fevereiro de 1980[26]
Victor Cunha Rego21 de fevereiro de 1980[27]16 de julho de 1980[28]
Proença de Carvalho[29]18 de julho de 1980[26]dezembro de 1982[26][27]
José Macedo e Cunha14 de janeiro de 1983[30]14 de julho de 1983[31]
João Palma-Ferreira14 de julho de 1983[31]25 de junho de 1984[19]
Manuel Palma Carlos3 de outubro de 1984[19]17 de dezembro de 1985[19]
Coelho Ribeiro8 de janeiro de 1986[19]fevereiro de 1992[32]
Augusto Victor Coelhofevereiro de 1992[32]10 de dezembro de 1992[32]
Monteiro de Lemos10 de dezembro de 1992[32]30 de janeiro de 1993[33]
Freitas Cruz11 de fevereiro de 1993[34]31 de outubro de 1995[35]
Manuela Morgado5 de dezembro de 1995[36]28 de março de 1996[37]
Manuel Roque Martins28 de março de 1996[37]setembro de 1998[38]
Brandão de Britosetembro de 1998[38]março de 2000[39]
João Carlos Silvamarço de 2000[39]julho de 2002[40]
Almerindo Marques22 de julho de 2002[41]novembro de 2007[42][43]
Guilherme Costa1 de janeiro de 2008[44]agosto de 2012[45]
Alberto da Ponte18 de setembro de 2012[46]dezembro de 2014[46][47]
Gonçalo Reis9 de fevereiro de 2015[48][49]março de 2021
Nicolau Santosmarço de 2021presente

Diretores de informação

Televisão

Rádio

  • António Luís Marinho, 2003-2004 (como Diretor-Coordenador de Informação e Programação da RDP)
  • João Barreiros, 2004-2012
  • Fausto Coutinho, 2012-2015
  • João Paulo Baltazar, 2015-presente[56]

Diretora de Desenvolvimento de Conteúdos

  • Maria Alice Milheiro, 2015-presente

Cargos extintos

Diretor-Geral de Antena

Diretor-Geral de Conteúdos

  • António Luís Marinho, 2011-2014

Diretor de Estratégia de Grelha RTP

  • António Luís Marinho, 2014-2015[57]

Provedores

Provedor do Telespetador

Provedor do Ouvinte

Apresentadores

ApresentadoresAnos
Júlio Isidro1960 - 1993 / 1997 - presente
Margarida Mercês de Melo1979 - presente
Herman José1975 - 2000 / 2010 - presente
Serenella Andrade1991 - presente
Isabel Angelino1992 - presente
Sónia Araújo1995 - presente
Jorge Gabriel2002 - presente
Hélder Reis2002 - presente
José Carlos Malato2001 - presente
Fernando Mendes2002 - presente
Catarina Furtado2003 - presente
Tânia Ribas de Oliveira2003 - presente
Sílvia Alberto2006 - presente
Filomena Cautela2009 - presente
David Dias2012 - presente
José Pedro Vasconcelos2012 - presente
Vasco Palmeirim2013 - presente
Vanessa Oliveira2014 - presente
Catarina Camacho2015 - presente
Inês Lopes Gonçalves2015 - presente
Joana Teles2015 - presente
Tiago Goés Ferreira2015 - presente
Inês Carranca2015 - presente
Idevor Mendonça2018 - presente
Rita Belinha2015 - presente
Rodrigo Gomes2020 - presente
João Paulo Rodrigues2020 - presente
Joana Dias2018 - presente
Teresa Peres2018 - presente
Diana Taveira2018 - presente
José Manuel Monteiro2020 - presente
Pedro Lamares
Nuno Markl
Paula Moura Pinheiro
André Cunha Leal
Pedro Leitão
Luís Henrique Pereira
Rosário Lira
Sandra Torres
Eugénia de Vasconcellos
Patrícia Figueiredo
Diogo Faro2021 - presente
Miguel Rocha2022 - presente

Apresentadores de informação, desporto e cultura

Antigos apresentadores e figuras históricas da RTP

Sistema de classificação

A RTP, a SIC a e TVI utilizam uma sinalização de emissão que foi criada a 20/02/2012, visando proporcionar aos consumidores de televisão um guia de escolha de programação adequada à sua idade e, aos educadores, uma orientação sobre o visionamento de programas. A presente versão do documento está em vigor desde 1 de julho de 2014. [58]

CPT-T.pngNível 1 - TODOS | Programas destinados a todos os públicos.CPT10AP.pngNível 2 - 10AP | Programas destinados a espectadores com 10 ou mais anos de idade, sendo recomendável o aconselhamento por parte dos pais em caso de assistência por espectadores com menos de 10 anos de idade.CPT-12AP.pngNível 3 - 12AP | Programas destinados a espectadores com 12 ou mais anos de idade, sendo recomendável o aconselhamento por parte dos pais em caso de assistência por espectadores com menos de 12 anos de idade.CPT-16.pngNível 4 - 16 | Programas destinados a espectadores com 16 ou mais anos de idade. O conteúdo destes programas pode revelar-se suscetível de influir de modo negativo na formação da personalidade de crianças e adolescentes.

Referências

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  38. ↑ Ir para:a b Lopes, M. (17 Janeiro 2002). RTP "perdeu" 10,8 milhões de contos em equipamento. Público.
  39. ↑ Ir para:a b Administração RTP foi aprovada. (24 março 2000). Meios & Publicidade.
  40.  RTP e RDP Fundem-se na Nova ‘Holding’ da Comunicação Social Pública. (2 Janeiro 2004). Publico, citado em Observatório de Imprensa.
  41.  Lopes, F. (2007). Novos rumos no audiovisual português: o reflexo do Big Brother na informação televisiva. Portugal: Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho.
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  43.  Martins, P. (16 Novembro 2007). Ponce de Leão substitui Almerindo Marques à frente da RTP. TVI24.
  44.  Governo anuncia novo conselho de administração. (17 Dezembro 2007). TSF.
  45.  O ano de 2012 em revista. Relatório de sustentabilidade 2012. (2013). RTP.
  46. ↑ Ir para:a b Administração da RTP demitida. (3 Dezembro 2014). Jornal de Notícias.
  47.  Governo aceita demitir Alberto da Ponte. (3 Dezembro 2014). Expresso.
  48.  Miguel, T. (13 Março 2015). Mudanças na RTP e RDP com duas contratações externas. Jornal Sol.
  49.  Ribeiro, S. (9 Fevereiro 2015). Nova administração da RTP iniciou funções esta segunda-feira. Jornal de Negócios.
  50.  Notícia publicada no Público: José Fragoso é o novo director de programas e José Alberto Carvalho é director de informação
  51.  Notícia publicada no Diário de NotíciasJosé Alberto Carvalho despede-se por e-mail
  52.  Notícia TSF: RTP confirma Nuno Santos como director de informação
  53.  Notícia publicada no Diário de Notícias: Paulo Ferreira é o novo diretor de informação da RTP
  54.  Notícia RTP: José Manuel Portugal é o novo diretor de informação da RTP
  55.  Notícia Expresso: [6][ligação inativa]
  56.  Notícia TSF
  57.  Público
  58.  RTP; SIC. «Nova Sinalização de Emissão» (PDF). Consultado em 6 de Setembro de 2018

Ver também

JOSÉ TOMÁS DE SOUSA MARTINS (SOUSA MARTINS) - Médico - nasceu em 1843 - 7 de MARÇO DE 2022

 

José Tomás de Sousa Martins

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
José Tomás de Sousa Martins
Nascimento7 de março de 1843
AlhandraVila Franca de XiraReino de Portugal Portugal
Morte18 de agosto de 1897 (54 anos)
AlhandraVila Franca de XiraReino de Portugal Portugal
ResidênciaCasa do Dr. Sousa MartinsAlhandra
ProgenitoresMãe: Maria das Dores de Sousa Pereira
Pai: Caetano Martins
Alma materEscola Médico-Cirúrgica de Lisboa
OcupaçãoMédicoHospital de São José
Causa da morteSuicídio com injecção de morfina
Assinatura
Assinatura Dr. Sousa Martins.svg

José Tomás de Sousa Martins (Vila Franca de XiraAlhandra7 de Março de 1843 — Vila Franca de Xira, Alhandra, 18 de Agosto de 1897) foi um médico e professor catedrático da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, antecessora das Faculdades de Medicina de Lisboa, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Ciências Médicas da UNL - Universidade Nova de Lisboa. Formado em Farmácia e Medicina, trabalhou intensa e, na maioria dos casos, gratuitamente, sobretudo no combate à tuberculose. Orador brilhante, dotado de humor e inteligência, homem de actividade inesgotável e praticante incansável da caridade junto aos mais desfavorecidos, exerceu uma forte influência sobre os colegas de profissão, os alunos e os pacientes que tratou. Esta influência metamorfoseou-se e perpetuou-se no tempo, tendo a figura de Sousa Martins assumido contornos de santo laico, num culto actual, bem visível nos ex-votos colocados em torno da sua estátua no Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa, frente à sede da actual Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, e no cemitério de Alhandra, onde está sepultado. Foi sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.

Biografia

Primeiros anos

Nasceu numa casa da zona ribeirinha de Alhandra a 7 de Março de 1843, filho de Caetano Martins, carpinteiro, e de Maria das Dores de Sousa Martins, doméstica, uma família com escassos recursos económicos. Viveu a sua infância em Alhandra, onde completou o ensino primário, então os únicos estudos possíveis naquela vila. Ficou órfão do pai aos 7 anos de idade.

Aos 12 anos de idade foi aconselhado pela mãe a partir para Lisboa, onde um seu tio materno, Lázaro Joaquim de Sousa Pereira, se tinha estabelecido como farmacêutico, ao tempo proprietário da Farmácia Ultramarina, sita na Rua de São Paulo.

Retrato de D. Maria das Dores de Sousa Martins, 1878, por Miguel Ângelo Lupi (Museu Nacional de Arte Contemporânea)

Ficou instalado em casa do tio, trabalhando como aprendiz na farmácia, ao mesmo tempo que frequentava o Liceu Nacional de Lisboa. A 1 de Abril de 1856 iniciou oficialmente funções como praticante de botica na Farmácia Ultramarina. Tornou-se exímio manipulador de produtos naturais e adquiriu uma experiência que depois muito valorizou como médico e professor de Medicina.

Estudos

Terminado o curso liceal, concluiu em 1861 os estudos preparatórios da Escola Politécnica de Lisboa, ingressando seguidamente no curso de Medicina da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e no ano seguinte no curso de Farmácia, onde os conhecimentos que adquirira enquanto praticante de farmácia o ajudaram a terminar em 1864, com 21 anos de idade, o curso de farmacêutico com excelente classificação.

Após a conclusão do curso de Farmácia decidiu continuar estudos e concluiu em 1866, com apenas 23 anos de idade, também na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, o curso de Medicina, apresentando como tese de licenciatura o trabalho intitulado O Pneumogástrico Preside à Tonicidade da Fibra Muscular do Coração.

Carreira

13 de Julho de 1864 foi eleito sócio efectivo da Sociedade Farmacêutica Lusitana, por proposta subscrita por José Tedeschi, assumindo em pouco tempo um papel relevante na vida da instituição, elaborando ao longo da década seguinte múltiplos relatórios e pareceres e publicando vários artigos no periódico Jornal da Sociedade Farmacêutica, órgão oficial daquela associação. Foi durante mais de uma década vogal da Comissão de Saúde Pública da Sociedade, tendo um papel relevante na regulação de diversas práticas farmacêuticas potencialmente perigosas para a saúde pública. A 4 de Agosto de 1874 foi feito membro benemérito da Sociedade, com fundamento na maneira brilhante como desempenhou o difícil e honroso encargo de representante de Portugal no congresso de Viena, nos assuntos de quarentenas e medidas sanitárias.

Em 1867 foi feito sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.

Fachada do edifício da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, ao Campo de Santana, no final do século XIX; hoje sede da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa

Concluído o curso médico como aluno brilhante, em 1868 foi nomeado, após concurso público, para o cargo de demonstrador da Secção Médica da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Nesse mesmo ano foi eleito sócio da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, iniciando uma carreira ligada ao ensino e investigação na área da Medicina.

No desenvolvimento dessa carreira, em 1872 foi nomeado lente da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e em 1874 médico extraordinário do Hospital de São José.

Entretanto afirmou-se como médico de nomeada e membro relevante de diversas agremiações científicas e cívicas, conquistando um lugar de relevo entre a intelectualidade de Lisboa. Como médico e professor, dava grande importância à componente psicológica e de relação humana da prática médica, ficando conhecido conselho incluído numa das suas lições:

Quando entrardes de noite num hospital e ouvirdes algum doente gemer, aproximai-vos do seu leito, vede o que precisa o pobre enfermo e, se não tiverdes mais nada para lhe dar, dai-lhe um sorriso.

Mesmo depois da sua morte, as suas lições coligidas foram referência obrigatória durante décadas.

Sousa Martins, envergando o traje de lente da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa

Expedição à Serra da Estrela

O seu percurso académico e profissional levou-o ao cargo de secretário e bibliotecário da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, catedrático de Patologia Geral, Semiologia e História da Medicina, presidente da Comissão Executiva e da Secção de Medicina da expedição científica à Serra da Estrela organizada em 1881 pela Sociedade de Geografia de Lisboa e director efectivo da Enfermaria de São Miguel no Hospital de São José.

A sua actividade no Hospital de São José, e em particular a importante acção filantrópica que exercia a favor dos doentes mais pobres, afirmou-o como um dos médicos mais prestigiados de Portugal. Ganhou enorme prestígio na luta contra a tuberculose, que então atingia proporções epidémicas em Lisboa, que reforçou ao liderar a expedição científica à Serra da Estrela e ao defender a construção naquelas montanhas de sanatórios destinados à climoterapia daquela doença. Em particular, Sousa Martins considerou as Penhas Douradas co­mo o lugar mais saudável do país, graças ao seu ar puro e fresco.[1]

A expedição científica à Serra da Estrela foi organizada sob a égide da Sociedade de Geografia de Lisboa, de que Sousa Martins era sócio fundador e vogal do Conselho Central, reunindo em Agosto de 1881 uma plêiade de cientistas e intelectuais que estudaram aquela região portuguesa nas suas vertentes geográfica, meteorológica e antropológica num esforço sem precedentes de exploração sistemática do território português.

O interesse de Sousa Martins na realização da expedição prendia-se com a necessidade de conhecer a meteorologia e as condições sanitárias da região dado a importância então atribuída ao clima no tratamento da tuberculose pulmonar. Essa necessidade levou a que em conjunto com Brito Capelo tivesse requerido ao Governo, em 1882, a instalação de um posto meteorológico na Serra.

Casas de Saúde

Na sequência da expedição Sousa Martins defendeu a implantação de Casas de Saúde na região serrana e foi um dos impulsionadores da fundação do Club Hermínio, uma associação de carácter humanitário que criada em 1888 se manteve activa pelo menos até 1892. Sousa Martins foi aclamado sócio honorário e presidente perpétuo pelos membros fundadores. Afirmando-se como uma instituição de solidariedade, o Club Hermínio tinha por finalidades promover o melhoramento das condições naturais da Serra da Estrela, considerada como estação sanitária através do estabelecimento de casas de saúde sob direcção médica, o socorro aos doentes pobres e o exercício de polícia higiénica em todos os pontos da Serra e nas habitações que fossem usados pelos doentes.

No Verão de 1888, com o patrocínio do Club Hermínio e com o apoio entusiástico de Sousa Martins e de Guilherme Teles de Meneses, esteve na Serra da Estrela o médico Basílio Freire, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, que ali assegurou acompanhamento médico gratuito aos doentes que o procuravam.

O principal objectivo de Sousa Martins era a construção de um sanatório na Serra da Estrela que de forma permanente pudesse acolher e tratar doentes com tuberculose pulmonar. Apesar do seu esforço e da sua influência junto da Coroa, já que desde 1888 era médico honorário da Real Câmara de Suas Majestades e Altezas, e do Governo, a iniciativa, aclamada por todos, tardou em materializar-se e o sanatório proposto apenas seria construído após a sua morte.

A construção do sanatório da Guarda, ficou a dever-se à Assistência Nacional aos Tuberculosos, a ANT, instituição que sob a presidência da rainha D. Amélia de Orleães conseguiu reunir os fundos necessários e materializar a construção e equipamento. A inauguração do sanatório, o primeiro a ser construído pela ANT e o terceiro de Portugal, ocorreu a 18 de Maio de 1907, quase uma década após o falecimento de Sousa Martins. A inauguração incluiu uma homenagem àquele pioneiro da luta contra a tuberculose, cuja acção e dinamismo a rainha já evocara 1899 em intervenção pública integrada numa campanha de profilaxia da tuberculose.

Apesar do tempo decorrido após o falecimento de Sousa Martins, em sua homenagem, a nova instituição foi denominada Sanatório Dr. Sousa Martins e por ela passaram muitos milhares de doentes ao longo de mais de meio século de funcionamento. A sua importante acção deixou o nome ligado à zona serrana com tal perenidade que o principal hospital da cidade da Guarda o mantém Sousa Martins como patrono.

Retrato de Sousa Martins (gravura de Francisco Pastor[2]).
Monumento em homenagem a Sousa Martins, Campo de Santana, Lisboa.
Ex-votos colocados em torno do monumento do Campo de Santana, Lisboa.

Morte e lembrança

Foi também escolhido para representar Portugal em diversos eventos internacionais na área da Medicina: em 1874 foi nomeado delegado à Conferência Sanitária Internacional realizada em Viena; e em 1897 foi delegado à Conferência Sanitária Internacional, realizada em Veneza, onde foi eleito vice-presidente.

Adoeceu quando se encontrava em Veneza, regressando a Lisboa muito debilitado. Diagnosticada tuberculose, partiu para a Serra da Estrela à procura de alívio. Aparentemente convalescendo, recolheu-se a Alhandra, onde se instalou numa quinta, propriedade de amigos, tentando recuperar.

A doença agravou-se e aos 54 anos, tuberculoso terminal e sofrendo de lesão cardíaca, Sousa Martins cometeu suicídio, com uma injecção de morfina. Pouco antes, havia confidenciado a um amigo: "A morte não é mais forte do que eu" e "Um médico ameaçado de morte por duas doenças, ambas fatais, deve eliminar-se por si mesmo".

Na mensagem que enviou ao saber da morte de Sousa Martins, o rei D. Carlos I de Portugal afirmou:

Ao deixar o mundo, chorou-o toda a terra que o conheceu. Foi uma perda irreparável, uma perda nacional, apagando-se com ele a maior luz do meu reino.

Também sobre ele, António Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina, disse:

Notável professor que deixou, atrás de si, um nome aureolado de prelector admirável, de clínico, de orador consagrado, sempre alerta nas justas da Sociedade das Ciências Médicas.

Por sua vez Guerra Junqueiro considerou-o:

Eminente homem que radiou amor, encanto, esperança, alegria e generosidade. Foi amigo, carinhoso e dedicado dos pobres e dos poetas. A sua mão guiou. O seu coração perdoou. A sua boca ensinou. Honrou a medicina portuguesa e todos os que nele procuraram cura para os seus males.

Legado e reputação

O principal hospital da cidade da Guarda tem o nome de Hospital Sousa Martins, em homenagem ao trabalho pioneiro de Sousa Martins sobre a tuberculose e climoterapia que conduziu à promoção da Serra da Estrela como área propícia à instalação de sanatórios para o tratamento de tuberculosos. Para além disso, existem vários sítios que homenageiam o Dr. Sousa Martins, entre os quais um concorrido monumento, de autoria de Costa Motta (tio) no Campo de Santana, em Lisboa; um jazigo no Cemitério de Alhandra, onde se encontra sepultado; a Casa-Museu Dr. Sousa Martins, em Alhandra; e o busto do Dr. Sousa Martins, no Largo 7 de Março, na baixa alhandrense. Também a toponímia da cidade da Guarda, à qual o nome de Sousa Martins está associado desde o início do século XX mercê da estrutura sanatorial que ali existiu, o recorda no nome de uma das ruas do moderno Bairro da Senhora dos Remédios. Um pequeno monumento erguido dentro dos muros do antigo Sanatório da Guarda continua, diariamente, a receber preces e agradecimentos e, à semelhança do monumento lisboeta do Campo de Santana, está quase sempre emoldurado de flores e de ex-votos diversos.

Sousa Martins e o Espiritismo

Os adeptos do Espiritismo pretendem que ele tenha sido seguidor desta crença,[3] embora não haja nenhuma prova que o confirme; muitos dos adeptos dessa crença atribuem-lhe curas milagrosas por intermédio das suas comunicações mediúnicas,[4] como aliás fazem com outros não membros da sua crença, veja-se por exemplo o famoso Padre Miguel do Soito (Sabugal), que era um sacerdote católico. A 7 de março e a 18 de agosto de cada ano, aniversários do seu nascimento e morte, milhares de devotos visitam e rezam sobre o seu túmulo e outros locais onde está representado (como junto da sua estátua no Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa).

O seu nome consta na lista de colaboradores do singular periódico Lisboa creche: jornal miniatura[5] (1884).

Obra

  • O Pneumogástrico, os Antinomiais, a Pneumonia - Memória apresentada à Academia Real das Ciências de Lisboa, Tipografia da Academia Real das Ciências de Lisboa, Lisboa, 1867.
  • A Patogenia Vista à Luz dos Actos Reflexos, Tese de Concurso, Tipografia Universal, Lisboa, 1868.
  • Patogenia e Célula, 1868.
  • Relatório dos Trabalhos da Conferência Sanitária Internacional reunida em Viena em 1874, apresentado pelo delegado português a essa conferência J. T. Sousa Martins, Imprensa Nacional, Lisboa, 1874.
  • Relatório dos Trabalhos da Conferência Sanitária Internacional, reunida em Viena, em 1874, Imprensa Nacional, Lisboa, 1874.
  • A Medicina Legal no Processo Joana Pereira, Resposta a uma consulta, Imprensa da Universidade, Coimbra,1878.
  • A Febre Amarela Importada pela Barca "Imogene", Tipografia Portuguesa, Lisboa, 1879.
  • Os Typhos de Setúbal, Relatório sobre a Memória acerca dos typhos de Setúbal do sr. Dr. Francisco Ayres do Soveral e Parecer sobre essa memória por Sousa Martins, Imprensa Nacional, Lisboa, 1881.
  • "Movimentos Pupilares Post-Mortem e Intra-Vitam", in Revista de Nevrologia e Psychiatria, Lisboa, 1888.
  • A Tuberculose Pulmonar e o Clima de Altitude da Serra da Estrela, Imprensa Nacional, Lisboa, 1890.
  • Costumes da Occidental Praia - Evolução de uma Lei no Período Metafísico, Físico e Moral (publicado sob o pseudónimo de Zehobb Cêrvador), Tip. da Companhia Nacional Editora, Lisboa, 1890.
  • Discurso pronunciado na inauguração do Mausoléu Sobral na cidade da Guarda, Tipografia da Companhia Nacional Editora, Lisboa, 1894.
  • Comemoração de Louis Pasteur, Discurso feito na Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa, Tipografia Castro Irmão, Lisboa, 1895.
  • Nosografia de Antero, in Antero de Quental, in Memoriam, Porto, 1896.

Notas

Bibliografia

  • PAIS, José Machado. Sousa Martins e suas Memórias Sociais. Sociologia de uma Crença Popular. Lisboa: Gradiva, 1994.
  • REPOLHO, Sara. Sousa Martins: Ciência e Espiritualismo. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2008.

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