quarta-feira, 2 de março de 2022

JOÃO ALFACINHA DA SILVA - ESCRITOR E GUOIONISTA - MORREU EM 2007 - 2 DE MARÇO DE 2022

João Alfacinha da Silva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Alfacinha da Silva
Nome completoJoão Alfacinha da Silva
Nascimento1949
Montemor-o-NovoPortugal
Morte2 de março de 2007 (58 anos)
Lisboa
Ocupaçãoescritorjornalistaguionista para televisãopublicitário e dramaturgo

João Alfacinha da Silva, que escrevia sob o pseudónimo Alface, (Montemor-o-Novo1949 — Lisboa2 de março de 2007[1]) foi um escritorjornalistaguionista para televisãopublicitário e dramaturgo português.

Carreira

Alface nasceu no Alentejo, mas foi em Lisboa que passou grande parte da sua vida. Após frequentar direito e psicologia, cursos que nunca completou, trabalhou no República, Emissora Nacional e Rádio Comercial; escreveu textos para os programas televisivos "Ensaio" e "Impacto", do produtor João Martins, antes do 25 de Abril; foi um dos fundadores da cooperativa Cinequipa; e coordenou um grupo de argumentistas de telenovelas, na NBP, para a TVI.

A sua estreia literária deu-se em 1977 com Os Lusíadas, em parceria com Manuel Silva Ramos, edição da Assírio & Alvim. Este livro faz parte de uma trilogia, juntamente com As Noites Brancas do Papa Negro (1982) e Beijinhos (1996), editados na Fenda. Em 2004 publica o seu único romance, Cá vai Lisboa, sobre "um presidente da câmara (personagem de ficção mas se calhar com alguns traços de anteriores presidentes da Câmara de Lisboa), que apoiava tudo o que era minorias e, no caso, um grande entusiasta da inserção num santuário do marialvismo lisboeta de um clube gay, patrocina a sua existência em Alfama."[2]

Na época da sua morte encontrava-se a traduzir para a editora D. Quixote as 900 páginas do romance Les Bienveillantes, do norte-americano Jonathan Litell, que ganhou o Prémio Goncourt de 2006.

Morte

Faleceu aos 57 anos de idade,[1] devido a um AVC ocorrido quando participava numa Comunidade de Leitores dedicada ao seu romance, Cá Vai Lisboa, animada por Maria João Seixas, que decorria na Culturgest, em Lisboa. O autor era casado com a pintora Gina Frazão, tinha duas filhas e dois netos. O seu corpo foi velado na Igreja S. João de Brito, em Lisboa, sendo sepultado no Cemitério Municipal de Montemor-o-Novo, terra natal do escritor.

Obras Publicadas

  • Em parceria com Manuel da Silva Ramos:
    • Os Lusíadas (1977)
    • As Noites do Papa Negro (1982)
    • Beijinhos (1996)
  • Livros de contos:
    • Cuidado com os Rapazes (1982)
    • O Fim das Bichas (1999)
  • Histórias Juvenis da série "Família sem Mestre":
    • Um Pai Porreiro Ganha Muito Dinheiro (1977)
    • Uma Mãe Porreira é Pra Vida Inteira (1998)
    • Filhos Assim Dão Cabo de Mim (1999)
    • Avó Não pise o Cocó (2000)
    • A Prima Fica Por cima (2001)
  • Romance:
    • Cá vai Lisboa (2004)

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Adelino Gomes (2 de março de 2007). «Escritor Alface vítima de AVC durante homenagem na Culturgest»Jornal Público. Consultado em 18 de março de 2007. Arquivado do original em 5 de março de 2007
  2.  Adelino Gomes, Maria João Seixas (26 de junho de 2005). «Alface entrevistado por Maria João Seixas: Sou um escritor, um desempregado de longa duração»Jornal Público. Consultado em 26 de julho de 2011 [ligação inativa]}

Ligações externas

ANTÓNIO SERPA - Político - MORREU EM 1990 - 2 de março de 2022

 

António Serpa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António Serpa
Presidente do Conselho
de Ministros de Reino de Portugal Portugal
Período14 de janeiro de 1890 até 14 de outubro de 1890
Antecessor(a)José Luciano de Castro
Sucessor(a)João Crisóstomo
Dados pessoais
Nome completoAntónio de Serpa Pimentel
Nascimento20 de novembro de 1825
CoimbraReino de Portugal Portugal
Morte2 de março de 1900 (74 anos)
LisboaReino de Portugal Portugal
NacionalidadePortugal Português
ProgenitoresMãe: Ana Rita Freire Pimentel
Pai: Manuel de Serpa Machado
Alma materUniversidade de Coimbra
EsposaAnne Zoé Bernex Philipon
PartidoPartido Regenerador
ProfissãoMatemáticoprofessor universitáriomilitaradministrador e político

António de Serpa Pimentel (Coimbra20 de novembro de 1825 — Lisboa2 de março de 1900) foi um dos políticos portugueses mais destacados das últimas décadas do século XIX. Foi deputado e conselheiro de Estado, ministro, líder do Partido Regenerador, e de 14 de Janeiro a 11 de Outubro de 1890 Presidente do Conselho de Ministros de um dos governos da Monarquia Constitucional portuguesa.[1]

Biografia

António nasceu em Coimbra a 20 de Novembro de 1825, filho do Dr. Manuel de Serpa Machado (1784-1858) e de sua esposa D. Ana Rita Freire Pimentel (1784-1875), irmã do 1.º Visconde de Gouveia.[1]

Pretendendo seguir carreira militar, em 1842 assentou praça como aspirante de infantaria. Ingressando posteriormente na Universidade de Coimbra, doutorou-se em Matemática no ano de 1846. Teve colaboração em várias publicações periódicas, nomeadamente na Ilustração Luso-Brasileira[2] (1856-1859) e na Revista Universal Lisbonense(1841-1859).

Percurso político

Iniciou-se na vida política sendo eleito deputado em 1856 por Oliveira de Azeméis. Em 31 de Janeiro de 1876 foi nomeado Conselheiro de Estado efectivo. A 12 de Agosto de 1886, era presidente do Tribunal de Contas.

Em 16 de Março de 1859 foi nomeado Ministro das Obras Públicas num ministério organizado pelo Duque da Terceira cargo que ocupou até 1 de Julho de 1860, e, interinamente, a pasta de Ministro da Guerra de 24 de Abril de 1859 a 1 de Maio de 1862.[1]

A 11 de Outubro de 1872 era chamado a ocupar a pasta de Ministro da Fazenda do ministério de Fontes Pereira de Melo. Foi encarregado de ir a Paris pedir a mão da princesa D. Amélia de Orleães para o então príncipe D. Carlos.

De 11 de Novembro de 1881 a 24 de Outubro de 1883, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros. Em Julho de 1887, falecido Fontes Pereira de Melo, foi escolhido para chefe do Partido Regenerador.

Foi Juiz Conselheiro e 6.° Presidente do Tribunal de Contas de 12 de Agosto de 1886 até à sua morte a 2 de Março de 1900.[3]

Na sequência do ultimato britânico de 1890, que levou à queda do ministério progressista de José Luciano de Castro, foi encarregado de formar novo governo a que presidiu desde 13 de Janeiro a 15 de Setembro de 1890.

Família e morte

António de Serpa Pimentel casou em Lisboa, na Igreja Paroquial de Santa Catarina, em 16 de Julho de 1862 com D. Anne Zoé Bernex Philipon (Bouches-de-RhôneAix-en-Provence, 24 de Junho de 1840 - Santos-o-Velho (Lisboa), 25 de Novembro de 1916), de quem teve dois filhos e duas filhas:

Faleceu aos 74 anos de idade, na Rua da Cova da Moura, número 1,[4] freguesia de Santos-o-Velho, onde residia, vítima de paragem cardíaca súbita, encontrava-se com a saúde fragilizada devido a uma gripe, mas continuaria a trabalhar. O seu funeral teve honras de estado, sendo conduzido por um coche da Casa Real ao Cemitério dos Prazeres, onde foi sepultado em jazigo de família.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Serpa Pimentel»Porto Editora. Infopédia. Consultado em 20 de novembro de 2012
  2.  Rita Correia (19 de Agosto de 2008). «Ficha histórica: A illustração luso-brazileira : jornal universal (1856;1858-1859)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de Novembro de 2014
  3.  «Galeria dos Presidentes desde 1849»Tribunal de Contas. Consultado em 4 de Setembro de 2021
  4.  «Diário Illustrado - 3 de Março de 1900» (PDF). Biblioteca Nacional Digital. 3 de Março de 1900. Consultado em 29 de Dezembro de 2017

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