terça-feira, 1 de março de 2022

TOMAR - CIDADE PORTUGUESA - FERIADO - 1 DE MARÇO DE 2022

 

Tomar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tomar
Município de Portugal
Vista de Tomar.JPG
Vista de Tomar sobre o centro histórico da cidade
Brasão de TomarBandeira de Tomar
Localização de Tomar
Mapa de Tomar
GentílicoTomarense ou Nabantinos
Área351,2[1] km²
População36 444 hab. (2021)
Densidade populacional
N.º de freguesias11
Presidente da
câmara municipal
Anabela Freitas (PS)
Mandato 2021-2025
Fundação do município
(ou foral)
1160 (862 anos)
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Médio Tejo
DistritoSantarém
ProvínciaRibatejo
OragoSão João Batista, Santa Maria dos Olivais [2][3][4]
Feriado municipal1 de março[5][6]
Código postal2300 Tomar
Sítio oficialwww.cm-tomar.pt

Tomar GOC é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito de Santarém, na província do Ribatejo na região do Centro e sub-região do Médio Tejo, tendo 19 654 habitantes (1991).[7]

É sede do município de Tomar[8] com 351,2 km² de área[9] e 40 677 habitantes (2011),[10][11] subdividido em 11 freguesias.[8]

A cidade tem diversos monumentos históricos, dos quais se destacam o Convento de Cristo, declarado Património Mundial, a Igreja de São João Batista, a Igreja de Santa Maria dos Olivais (onde se encontram os restos mortais de Gualdim Pais, grão-mestre templário e fundador da cidade) e a Ermida da Nossa Senhora da Conceição que foi construída com a função de panteão régio. Conta ainda com o Convento de São Francisco que tem uma capela maneirista, o Convento de Santa Iria e a Ermida de São Gregório que detém uma estrutura arquitectónica circular.

Geografia

O município de Tomar é limitado a norte pelo município de Ferreira do Zêzere, a leste por Abrantes, a sul por Vila Nova da Barquinha, a oeste por Torres Novas e a noroeste por Ourém.

A cidade e o município de Tomar são atravessados pelo rio Nabão, que é afluente do rio Zêzere, estando incluída na bacia hidrográfica do Tejo, o maior rio da Península Ibérica.

Situa-se numa das zonas mais férteis de Portugal Continental para a produção de azeite, figo ou a vinha por exemplo.[1]

Economia

turismo constitui hoje uma atividade de primeira importância, já que o Convento de Cristo, principal Monumento da cidade foi considerado Património Mundial pela UNESCO em 1983.

Foi outrora um centro industrial, com fábricas de papel, fiação, derivados de madeira e outras atividades. Comercialmente a cidade acolhe ainda a maior parte dos serviços ligados ao seu passado industrial mas vão surgindo as novas ofertas no nicho turístico, como o artesanato de nova geração, a gastronomia de qualidade e o acompanhamento turístico especializado. A terra é relativamente fértil acolhendo sobretudo a cultura de milho em regadio, o olival e a vinha.

História

Ver artigo principal: História de Tomar

Foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 8 de Junho de 1964.[12]

Cultura

Festividades

Festa dos tabuleiros

Ver artigo principal: Festa dos tabuleiros

É uma festa realizada de 4 em 4 anos no princípio do mês de julho. É uma das manifestações mais antigas de Portugal e a sua origem encontra-se nas festas de colheita à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel, tendo por base a Congregação do Espírito Santo. No Domingo de Pentecostes, juntavam-se ricos e pobres sem distinção, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus. Esta festa manteve as suas características até ao século XVII. As mudanças feitas a partir daí permitiram uma maior grandiosidade à Festa. A tradição continua e as suas cerimónias permanecem: o Cortejo das chegadas dos Bois de nome Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros, a sua bênção, a forma do tabuleiro, os vestidos das raparigas que transportam os Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne. A principal característica desta festa é o desfile ou procissão onde desfilam inúmeros tabuleiros que representam as dezasseis freguesias do concelho. Percorre as principais ruas da cidade, num percurso de 5 km. As ruas enfeitam-se de colchas pendentes nas janelas, onde se encontram milhares de visitantes e são lançadas pétalas, entusiasticamente, sobre o Cortejo. O tabuleiro deve ter a altura da rapariga que o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo. Tabuleiros decorados com flores, pão e espigas de trigo desfilam pelas ruas de Tomar.

Círio de Nª Senhora da Piedade

O Círio de Nª Senhora da Piedade é uma festa que tem lugar nas ruas de Tomar no 1.º domingo de setembro. Um cortejo de oferendas realizado em carros típicos enfeitados com flores de papel percorre a cidade.

Feira de Santa Iria

É feito em honra da padroeira de Tomar (Santa Iria), e decorre normalmente entre a sexta-feira anterior ao dia 20 de outubro, até ao domingo a seguir a esta mesma data, que é o ponto alto das comemorações, quando se efectua a procissão. A feira realiza-se normalmente na Várzea Grande e nos arredores (perto da estação de caminhos-de-ferro e central de camionagem) mas pelo menos no ano de 2018 irá realizar-se no espaço envolvente ao mercado municipal de Tomar.[13] Tem divertimentos, vendedores, exposição de automóveis, motos e tractores agrícolas, e conta ainda com a presença de tasquinhas onde se dá a conhecer alguns dos sabores da região.

Freguesias do município

Freguesias do município de Tomar.

O município de Tomar está dividido em 11 freguesias:[8]

Política

Eleições autárquicas [14]

Data%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PSPPD/PSDCDS-PPFEPU/APUCDUGDUPPCTP/ MRPPADUDPBEPDCPPMPRDMPTINDPTPCHVP
197641,14422,93216,7817,45-4,01-0,97-
58,27 / 100,00
197931,552ADAD8,11-55,0251,81-0,97-AD
69,66 / 100,00
198231,67212,28150,824
66,08 / 100,00
198520,09133,30319,43112,29110,541
61,15 / 100,00
198938,00325,27219,59112,381
62,04 / 100,00
199350,86431,7435,10-5,65-2,04-
63,64 / 100,00
199727,76243,5843,25-20,771
61,24 / 100,00
200122,53262,8153,09-4,77-2,61-
61,37 / 100,00
200518,02142,5243,39-6,02-2,86-21,052
61,01 / 100,00
200920,89234,9635,31-7,32-3,64-19,992
58,79 / 100,00
3,23-
201327,55326,1422,82-9,1912,94-6,88-15,561
53,30 / 100,00
201740,22434,3933,34-7,81-6,02-1,68-
56,93 / 100,00
202139,70434,6633,17-5,51-4,74-CDSCDS6,15-1,22-
53,20 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
PSPSDCDSPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNBEPANPàFLCHIL
197637,9723,5416,945,892,51
197928,03ADADAPU2,7951,009,64
1980FRS1,5252,347,9130,25
198338,5430,2014,030,999,15
198518,0433,1210,670,997,2524,30
198720,5158,114,10CDU1,004,935,30
199127,7357,673,543,840,761,88
199543,3137,4810,260,483,890,35
199943,4736,538,535,080,362,09
200236,8144,128,673,972,58
200543,6730,767,634,586,94
200931,9930,5411,465,7512,30
201125,6640,8812,025,595,851,01
201532,49PàFPàF6,2110,901,2238,710,64
201938,2327,044,354,9510,952,660,791,630,51

População

População de Tomar (1864 – 2021) [15]
1864187818901900191119201930194019501960
21 89425 17527 98731 36034 95136 90739 17944 21046 07144 161
 Aumento 15%Aumento 11,2%Aumento 12,1%Aumento 11,5%Aumento 5,6%Aumento 6,2%Aumento 12,8%Aumento 4,2%Baixa 4,1%
197019811991200120112021
40 75045 67243 13943 00640 67736 444
Baixa 7,7%Aumento 12,1%Baixa 5,5%Baixa 0,3%Baixa 5,4%Baixa 10,4%

Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.

Número de habitantes por grupo etário [16]
 190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos10 55412 34412 01912 35513 69112 09811 36010 49510 3247 6456 2265 262
15-24 Anos5 4606 5226 8987 5917 8308 6637 0245 7707 2066 4495 5904 269
25-64 Anos12 23214 23914 71416 51118 13220 35621 23019 63521 52621 48321 88720 852
>= 65 Anos2 0762 1202 4042 8083 3583 8734 5474 8506 6167 5629 30310 294
desconhecida1016212881161       

Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.

Património

Castelo dos Templários e Convento de Cristo
Igreja de Santa Maria dos Olivais, templo fundado em 1160 por D. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários em Portugal

Personalidades ilustres

Instituições de ensino

Ensino Primário — 1.º Ciclo do Ensino Básico:

  • EB 1 dos Templários — ex-Escola N.º 1 de Tomar.
  • EB 1 Santo António — ex-Escola N.º 2 de Tomar.
  • EB 1 Infante D. Henrique — ex-Escola N.º 3 de Tomar.

Ensino Básico de 2.º e 3.º Ciclos:

  • EB 2,3 D. Nuno Álvares Pereira — antigo edifício da secção masculina da entidade formadora privada, o Colégio Nun'Álvares, comummente conhecida como "Colégio".
  • EB 2,3 Santa Iria — escola de 2.º e 3.º ciclos.
  • EB 2,3 D. Gualdim Pais — escola de 2.º e 3.º ciclos, antiga escola preparatória.

Ensino Secundário:

  • Escola Secundária Jácome Ratton — antiga Escola Industrial e Comercial de Tomar.
  • Escola Secundária de Santa Maria do Olival — escola secundária, comummente conhecida como "Liceu".
  • Escola Secundária D. Nuno Alváres Pereira — também conhecida como Colégio, devido ao facto do edifício ter sido do Colégio Nun'Álvares.

Ensino Público Politécnico e Universitário:

  • Instituto Politécnico de Tomar — Sediado em Tomar, onde tem as seguintes escolas:
    • Escola Superior de Gestão de Tomar
    • Escola Superior de Tecnologia de Tomar

Ensino Profissional:

  • Escola Profissional de Tomar — escola de hotelaria, informática, artes gráficas etc.
  • Escola do Emprego e Formação Profissional

Infraestruturas

Transportes

Ferroviários

Aspeto da gare da Estação Ferroviária de Tomar em 2008
Ver artigo principal: Ramal de Tomar

Estação Ferroviária de Tomar serve a cidade com comboios da CP Regional e CP InterRegional. Situando-se na cidade a estação terminal do Ramal de Tomar, o qual possui 4 apeadeiros e uma estação intermédia que servem diversos locais do concelho, e começando na Lamarosa (concelho de Torres Novas) próxima da cidade do Entroncamento, ligando este ramal à Linha do Norte.

Projeto de funicular

O projeto de um funicular ligando o castelo local à baixa da cidade junto à Capela de São Gregório foi proposto em 2010 por Vítor Silva, engenheiro e funcionário da Câmara Municipal — ainda que na qualidade de cidadão particular.[17] Denominado Funicular da Anunciada, foi apresentado a 5 de Março, num ante-projeto da Efacec, numa sessão pública assistida por menos de vinte pessoas.[17] Datado de setembro de 2007, o projecto apontava para um valor de investimento total de 3,5 M, contemplando uma estimativa de 420 passageiros por hora e um trajecto ligeiramente superior a 300 m, atravessando a Quinta da Anunciada, a norte do castelo.[17][18][19] O desinteresse do Município de Tomar, na pessoa do autarca Corvêlo de Sousa, foi noticiado na semana seguinte.[17]

Rodoviários

De longo curso, regionais e suburbanos

A exploração dos autocarros está a cargo da empresa Rodoviária do Tejo, que presta serviço na região. O terminal rodoviário situa-se na Avenida Combatentes da Grande Guerra ao lado da Estação Ferroviária de Tomar.

Urbanos
Veículos TUTomar em 2019.
Ver artigo principal: TUTomar

Os autocarros urbanos TUTomar prestam serviço na cidade desde 2005[20][21]. Dez anos depois transportava em média 500 passageiros por dia. O serviço têm duas linhas (azul e verde) que efectuam um total de 76 paragens.[22]

Aeródromo

A cerca de 3 km ESE da cidade encontra-se o Aeródromo de Valdonas certificado para Aeronaves Ultraleves.[23][24]

Militares

Na cidade encontra-se o Regimento de Infantaria N.º 15 e o Estabelecimento Prisional Militar.

Filmes rodados em Tomar

  • 2017 The man who killed Don Quixote, realização de Terry Gilliam (rodado entre Abril e Maio de 2017)
  • 2014 A Porta 21, realização de João Marco (com Mário Spencer, Pedro Monteiro, Pedro Viegas)
  • 2011 Pão Nosso (documentário), realização de Mónica Ferreira, João Luz
  • 2010 Beija-me Depressa (curta metragem), realização de José Ricardo Lopes (com Ana GuiomarRui Morrison, Fernando Pires)
  • 2010 Património Mundial Português (documentário), realização de Dário Simãozinho (Filma e Vê) e Fernanda Fernandes (RTP)
  • 2009 Juan de Castillo constructor del mundo (documentário), realização de Alberto Luna Samperio (Etnocantabria)
  • 2009 La reine morte, realização de Pierre Boutron (com Michel Aumont, Gaëlle Bona, Thomas Jouannet)
  • 2008 TravelChannel: World's Most Beautiful sites, Tomar, Portugal (ep. de série de TV), realização de Nicolas Tomă - Gedeon Programmes - NHK
  • 2007 Teresa, el cuerpo de Cristo, realização de Ray Loriga (com Paz Vega, Leonor Watling, Geraldine Chaplin, Eusebio Poncela)
  • 2007 Dot.com, realização de Luís Galvão Teles (com João Tempera, María Adánez, Marco Delgado)
  • 2007 Infante D. Henrique (documentário), realização de José Francisco Pinheiro (com Gonçalo Cadilhe)
  • 2006 Coach Trip (ep. de série de TV), realização de Amanda Wood (com Brendan Sheerin, Andy Love)
  • 2005 Pedro e Inês, (ep. de série de TV) (com Pedro LaginhaAna MoreiraNicolau Breyner), rodado na Mata dos Sete Montes.
  • 2004 O Quinto Império, realização de Manoel de Oliveira (com Ricardo TrêpaLuís Miguel CintraGlória de Matos)
  • 2003 Volpone, realização de Frédéric Auburtin (com Gérard Depardieu, Daniel Prévost, Gérard Jugnot, Robert Hirsch)
  • 2001 Quem És Tu?, realização de João Botelho (com Patrícia Guerreiro, Suzana Borges, Rui Morisson, Rogério SamoraJosé Pinto, Francisco d’Orey e Bruno Martelo)
  • 1985 Atlântida: do outro Lado do Espelho, realização de Daniel del Negro (com Luís LucasTeresa MadrugaRuy de Carvalho)
  • 1957 Les lavandières du Portugal (Lavadeiras de Portugal), realização de Pierre Gaspard-Huit (França), Ramón Torrado (Espanha)
  • 1922 Sereia de Pedra, realização de Roger Lion (filmado em junho e julho de 1922 no Convento de Cristo nas ruínas do Castelo dos Templários)

Geminações

Imprensa

Jornais

  • Jornal Cidade de Tomar (semanário)
  • Jornal "O Templário" (semanário)
  • Jornal Despertar do Zêzere (quinzenário)

Rádios

Referências

  1. ↑ Ir para:a b CM Tomar. «Geografia». 31-10-2014. Consultado em 16 de novembro de 2016
  2.  Diocese de Santarém. «Vigarias e Paróquias». Consultado em 16 de novembro de 2016
  3.  Agência Ecclesia. «PARÓQUIA (São João Batista)». Consultado em 16 de novembro de 2016
  4.  Agência Eclesia. «PARÓQUIA (Santa Maria dos Olivais)». Consultado em 16 de novembro de 2016
  5.  Instituto dos registos e do notariado. «Feriados Municipais». 22-08-2016. Consultado em 16 de novembro de 2016
  6.  Cidade de Tomar. «Feriado Municipal: 852 anos da fundação de Tomar por Gualdim Pais». 01-03-2012. Consultado em 16 de novembro de 2016
  7.  INE (2013). Anuário Estatístico da Região Centro 2012. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 33. ISBN 978-989-25-0217-5ISSN 0872-5055. Consultado em 5 de maio de 2014
  8. ↑ Ir para:a b c Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  9.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 13 de novembro de 2017
  10.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 120. ISBN 978-989-25-0184-0ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  11.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  12.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Cidade de Tomar". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de outubro de 2014
  13.  Elsa Ribeiro Gonçalves (mediotejo.net). «Tomar - Feira de Santa Iria muda da Várzea Grande para espaço envolvente ao mercado». 02-05-2018. Consultado em 12 de maio de 2018Cópia arquivada em 12 de maio de 2018
  14.  «Concelho de Tomar : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 17 de dezembro de 2021
  15.  Recenseamentos Gerais da PopulaçãoInstituto Nacional de Estatística
  16.  INE
  17. ↑ Ir para:a b c d Câmara de Tomar descarta funicular entre cidade e Convento de Cristo” O Mirante 2010.03.18
  18.  Sebastião Barros: “Debates, tapetes rolantes e funiculares” Tomar a Dianteira 2010.03.14
  19.  Sebastião Barros: “Um funicular para remediar” Tomar a Dianteira 2010.03.06
  20.  Transportes Urbanos”, no sítio da Câmara Municipal de Tomar
  21.  Elsa Ribeiro Gonçalves: “TuTomar” Jornalismo Regional 2005.09.19
  22.  CM Tomar. «TUTomar - Transportes Urbanos de Tomar». 18-09-2015. Consultado em 17 de novembro de 2016
  23.  NAV Portugal, E.P.E. «Valdondas - Manual VFR» (PDF). Janeiro 2015. Consultado em 16 de novembro de 2016
  24.  CAVOK.pt. «Valdonas». 19-08-2015. Consultado em 16 de novembro de 2016
  25. ↑ Ir para:a b Associação Nacional de Municípios Portugueses. «Geminações de Cidades e Vilas». Consultado em 16 de novembro de 2016
  26. ↑ Ir para:a b ANACOM. «Estações do Continente». 12-09-2016. Consultado em 18 de novembro de 2016

Ligações externas

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DIA MUNDIAL DA PROTECÇÃO CIVIL - 1 DE MARÇO DE 2022

 

Defesa civil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Símbolo internacional da defesa e proteção civil.

defesa civil ou proteção civil (AO 1945: protecção civil) é o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar os desastres naturais e os incidentes tecnológicos, preservar a moral da população e restabelecer a normalidade social.

Dependendo do país e da época, a defesa civil é também referida por termos como "defesa passiva", "segurança civil" ou "gestão de emergências".

Definição

A defesa ou proteção civil constitui o processo contínuo pelo qual todos os indivíduos, grupos e comunidades gerem os perigos num esforço de evitar ou de amenizar o impacto resultante da concretização daqueles perigos. As ações a tomar dependem em parte das percepções do risco por parte dos a ele expostos. Uma defesa ou proteção civil eficiente baseia-se na integração de planos de emergência, com envolvimento de agentes governamentais e não governamentais a todos os níveis. As atividades desenvolvidas a qualquer nível irão afetar os outros níveis. É comum colocar a responsabilidade pela defesa ou proteção civil governamental a cargo de instituições especializadas ou integrada na estrutura convencional dos serviços de emergência.

Contudo a defesa ou proteção civil deverá começar no nível mais baixo e só deverá passar para o próximo nível organizacional quando os recursos do nível antecedente estiverem esgotados.

Designação

Em diversos países, desde o final da Guerra Fria, o termo "defesa civil" tem vindo a ser substituído por outros alternativos como "proteção civil" ou "gestão de emergências". A antiga defesa civil focalizava-se sobretudo na proteção dos civis contra ataques militares, sobretudo ataques aéreos, sendo inicialmente também conhecida como "defesa passiva". O moderno pensamento focaliza-se sobretudo na proteção da população civil em tempo de paz, além da sua proteção também em tempo de guerra. Na sequência da mudança da focalização da guerra para a paz, na década de 1970, alguns países europeus começaram a substituir o termo "defesa civil" pelo de "proteção civil" que acabou por se tornar quase universal no âmbito da União Europeia. Numa mudança semelhante, os Estados Unidos, substituíram o termo "defesa civil" por "gestão da emergência" ("emergency management" em inglês). Por outro lado, em alguns países, os termos "defesa civil" e "proteção civil" não são exatamente sinónimos. Por exemplo, nos países que seguem a doutrina da defesa total - que implica uma defesa onde são empregues todos os recursos nacionais - a defesa civil constitui um conceito mais alargado que o de proteção civil, incluindo todas as componentes não militares da defesa nacional. No âmbito desta doutrina, a defesa civil engloba a própria proteção civil e ainda outras componentes como a defesa cultural, a defesa económica, a segurança ambiental e a segurança interna.

História

Pré-História

Não se tem notícia do início do uso deste mecanismo de defesa na História da humanidade. Apesar de muito se ter falado e escrito, as informações são contraditórias.

A família humana, acredita-se, tem vários milhões de anos, e a espécie humana remonta de centenas de milhares de anos. No início da sua existência sobre o planeta os humanos sobreviviam pela coleta e caça de alimentos. Eram nômades, perambulando sempre atrás de alimento e água. Armavam acampamentos e ao tornarem-se escassos os meios de subsistência iam-se para outras paragens. Acredita-se que os homens caçavam e as mulheres coletavam, esta divisão e as atribuições de responsabilidade entre ambos era eqüidistante. Provavelmente os grupos eram compostos por parentes consanguíneos e chegavam a dezenas de indivíduos. A caça era somente para a obtenção de alimento e nunca esporte. Os meninos na adolescência caçavam pequenos mamíferos e pássaros através do uso de arcos e flechas além de pequenas armadilhas. Os machos adultos já utilizavam técnicas de aproximação furtiva e ataque combinado para o abate da presa. Os caçadores ao observar os rastros dos animais sabiam o que eram, a quantidade e outros dados necessários para efetuar a observação e o planejamento do ataque. Neste ponto é importante para a sobrevivência do bando o trabalho em equipe e principalmente a comunicação.

Pode-se dizer que a cultura pré-histórica foi baseada em parte pela habilidade de observação, comunicação e ataque combinado através do trabalho em equipe dos componentes do bando. Logo, a caça passou a ser a garantia por muitas de gerações da defesa dos humanos da morte por inanição. Pode-se deduzir que bons caçadores com o passar do tempo acabariam por se transformar futuramente em bons guerreiros.

Comunidades

Pela própria predisposição humana para a caça, a coleta de alimentos e o trabalho em grupo, iniciou-se provavelmente o sentimento de comunidade. Esta tinha a necessidade da proteção dos indivíduos e da prole para poder sobreviver.

No início os humanos revezavam-se ao cuidar dos aglomerados contra agentes que causavam danos à comunidade, estabelecendo-se estrategicamente de forma a proteger-se de ataques de animais e de situações de risco. Sempre havia alguém em guarda, em algum local estratégico. Isto é biológico, muitos animais agem desta forma para proteger a espécie de ataques, de inundações, incêndios entre outros perigos. Nas culturas silvícolas, principalmente nas regiões mais afastadas na Selva Amazônica, interior de Portugal, muitas nações indígenas ainda usam deste artifício para proteger as aldeias, segundo Roger Fouts em "O Parente Mais Próximo", Editora Objetiva 1988, os chimpanzés também possuem mecanismos de defesa e vigilância em suas comunidades.

O provável início das guerras das defesas do grupo

Acredita-se que os conflitos entre grupos sempre existiram, desde fases muito anteriores à pré-humana, principalmente quando a escassez de alimentos forçava a grupos atacarem-se mutuamente, havendo inclusive, o fenômeno da antropofagia, como detectado em alguns grupos silvícolas nas Américas (Neste caso, há que se separar a antropofagia por necessidade alimentícia, proteica, da ritualística), havendo muitas vezes a necessidade de uma atenção maior na prevenção à ataques.

Com o advento do uso de armas para a caça, estas também começaram a ser usadas nos conflitos entre grupos que muitas vezes disputavam território, desta forma, os seres humanos inventaram provavelmente a guerra armada, logo, iniciou-se um ciclo de catástrofes não naturais que punham a sobrevivência do grupo em xeque.

Em virtude de uma defesa mais eficiente provavelmente surgiram as paliçadaspalafitas, e outros artifícios para a proteção da comunidade. Sempre quando se tinha uma comunidade, havia aqueles que eram os responsáveis para dar o alarme em caso de algum tipo de calamidade, seja natural, ou não. Estas ações foram observadas nas populações indígenas XavantesJurunas e Caiabis, cuja cultura tecnológica estava ainda na era pré histórica, em 1950 pelos indigenistas Villas Boas, no interior da Amazônia.

Uma vez que os humanos deixaram a vida nômade, surgiram as aldeiasvilas e cidades, tendo a defesa do grupo se desenvolvido de tal forma, que acabou se tornando um sistema de ataque e defesa distanciando-se desta forma da população, pois, começou a servir a quem detinha o poder. Desta forma, a população como um todo começou a deixar de ser protegida. A comunidade foi distanciada pelos detentores do poder através daqueles que deveriam os protetores desta.

Diferenças culturais de defesa civil

No Ocidente ao contrário do Oriente, a população começou a ser deixada à sua própria sorte, não tendo do poder público uma proteção adequada.

No caso do Império Chinês, havia sistemas bem delineados de defesa civil, as cidades eram planejadas de forma a proteger os colonos em caso de guerra, e, em caso de calamidades os imperadores chineses e sua administração tinham uma completa rede de informação e socorro à população comum.

Já no Ocidente não era bem assim, nas Grécia e Roma antigas, a população externa ao aglomerado urbano, era relevada a sua própria sorte, pois, com as cidades cercadas por muralhas, uma vez fechadas, em caso de ataques ou catástrofes, somente eram abertas após a cessação do perigo, o envio de ajuda era muito escasso.

Surgimento de metodologias de defesa da população

Quanto mais avançarmos no tempo, mais estamos sujeitos à catástrofes naturais e artificiais, desta forma, surgiu modernamente um sistema humano de defesa civil desvinculado das forças armadas, porém vinculado ao poder público, pois é responsabilidade do Estado a proteção da população.

Na Idade Média, devido ao aumento dos aglomerados humanos, às condições precárias de circulação, de construções interligadas e de grande quantidade de material inflamável, cidadãos se organizaram para o combate a incêndios. Acredita-se que foram os franceses os primeiros a se organizar desta forma.

À medida que a humanidade se desenvolveu, aumentando desta forma a complexidade social, aumentaram também as possibilidades de calamidades públicas devido ao aumento demográfico.

A moderna defesa civil

Com o advento da Segunda Guerra Mundial, os ataques atingiam indistintamente a população e os exércitos, pois os grandes complexos industriais estavam inseridos nas grandes cidades. Logo, com taxa de urbanização elevada conseqüentemente a densidade demográfica também seria elevada

O povo seria atingido de forma mais direta pelos grandes bombardeios, que não mensuravam alvos e sim a destruição em massa, logo a diminuição do moral, não somente da tropa, mas de toda uma nação.

No caso do Japão (bombas atômicas) e Alemanha, os norte-americanos e seus aliados lançavam de seus aviões bombas poderosas o suficiente para destruir quarteirões inteiros e abrigos subterrâneos, onde se protegiam mulheres e crianças. A população civil era estrategicamente visada para reduzir o moral dos exércitos inimigos. A defesa civil teve papel importante no socorro às vítimas, principalmente no Japão.

O sistema de defesa civil dos orientais é muito mais antigo e eficaz do que do ocidente. Devido alto grau de organização e mobilização dos japoneses, o ataque norte-americano a Hiroshima e Nagasaki, foi absorvido por toda a comunidade que reagiu rapidamente e com precisão, apesar dos imensos estragos e impacto físico e psicológico. Quando das explosões das bombas atômicas no Japão, de um total de 500.000 pessoas, aproximadamente 200.000 foram evacuadas, em torno 150.000 morreram, 80.000 só em Hiroshima, mais de 100.000 ficaram feridas em ambas cidades. Em dez dias as indústrias japonesas da região atingida estavam trabalhando com 70% de sua capacidade.

Na Alemanha, após os bombardeios gigantes, a população ficou paralisada. Não havia uma defesa civil eficiente e organizada, apesar da máquina de guerra alemã ser invejável. Portanto, uma defesa civil organizada e treinada é de suma importância para a mobilização de toda uma população em casos de emergências e calamidades públicas, formando assim, uma rede de ajuda e socorro.

Defesa e proteção civil por países

Brasil

Ver artigo principal: Defesa civil no Brasil

A organização sistêmica da defesa civil no Brasil, se deu pela criação do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINPDEC), em 1988, sendo reorganizado em agosto de 1993 e atualizado em 2005.

O Sistema Nacional de Defesa Civil, tem atualmente um Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), um grupo de apoio a desastres (GADE) que tem a finalidade de fortalecer os órgãos de defesa civil locais.

Portugal

Ver artigo principal: Proteção civil em Portugal

Em Portugal, proteção civil é a atividade desenvolvida pelo Estadoregiões autónomasautarquias locais, cidadãos e por todas as entidades publicas ou privadas com finalidade de prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave, ou catástrofe, atenuar os seus efeitos e proteger as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram. O organismo responsável por planear, coordenar e executar a política portuguesa de proteção civil é a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Outros países

Em outros países, os sistemas de defesa e proteção civil assumem as seguintes designações:

Fases da Defesa Civil

Entre as principais ações da Defesa Civil podem ser destacadas:

  • Preparação:
  • Mitigação:
  • Prevenção: medidas adotadas visando a não ocorrência de desastres ou a preparação da população para os inevitáveis;
  • Resposta: quando todo o esforço é feito no sentido de se evitar perdas humanas ou patrimoniais na área atingida por desastres;
  • Recuperação: investimentos que objetivam o retorno, no menor tempo possível, das condições de vida comunitária existentes antes dos eventos.

Aprendizagem

Toda experiência adquirida durante desastres mostra a importância das ações preventivas, o que deve ser feito através da realização de:

  • Cursos;
  • Publicação de matérias técnicas e informativas;
  • Realização de eventos;
  • Desenvolvimento de Planos Preventivos diversos;
  • Desenvolvimento de Planos de Contingência;
  • Planos Preventivos para Defesa Civil Específicos para desabamentos;
  • Planos Preventivos de Defesa Civil para Enchentes;
  • Plano Preventivo de Defesa Civil para acidentes dos mais diversos (Químicos, radioativos, etc);
  • Treinamentos e palestras em comunidades e Escolas;
  • Demonstrações públicas de equipamentos e de ações através de simulações para cativar a população, desta forma angariar novos voluntários;
  • Simulacros.

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