quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

MOURÃO - VILA PORTUGUESA - FERIADO - 2 DE FEVEREIRO DE 2022

 

Mourão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Mourão (desambiguação).
Mourão
Município de Portugal
Brasão de MourãoBandeira de Mourão
Localização de Mourão
GentílicoMouranense
Área278,63 km²
População2 663 hab. (2011)
Densidade populacional9,6  hab./km²
N.º de freguesias3
Presidente da
câmara municipal
João Fortes (PPD/PSD.CDS-PP)
Mandato 2021-2025
Fundação do município
(ou foral)
1296
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Alentejo Central
DistritoÉvora
ProvínciaAlto Alentejo
OragoNossa Senhora das Candeias
Feriado municipal2 de fevereiro (Nossa Senhora das Candeias)
Sítio oficialCM Mourão

Mourão é uma vila raiana portuguesa, no distrito de Évora, região Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com 1 768 habitantes (2011).

A vila de Mourão é sede do município de Mourão com 278,63 km² de área[1] e 2 663 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 3 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município do Alandroal, a leste pela Espanha, a sueste por Barrancos, a sul por Moura e a oeste por Reguengos de Monsaraz.

Esta vila ficou imortalizada por Frei António das Chagas que escreveu o poema "Mouram Restaurado", referindo-se à sua reconquista durante a Guerra da Restauração, dedicando-o ao seu comandante e o organizador de tamanho feito Joanne Mendes de Vasconcelos[5]. O município merece ser visitado.

Com uma história muito rica, foi no seu território que ocorreu a batalha de Mourão entre portugueses e castelhanos, vencida pelos primeiros em 1477,[6][7] no decorrer da Guerra de Sucessão de Castela.

Ao contrário do que acontece em algumas outras localidades raianas de Portugal e Espanha (como ÉvoraElvasCastelo Rodrigo ou Zamora) não existe em Mourão nenhum feriado municipal, cerimónia oficial regular ou reconstituição teatral que assinale estas vitórias militares (restauração de Mourão em 28 de Outubro de 1657 ou batalha de Mourão em 1477).

População

Número de habitantes [8]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
3 2473 8553 8733 8554 1544 2685 0645 4885 7205 8154 0393 4873 2733 2302 663

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [9]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos1 1661 3971 1471 5601 6681 4451 4731 015776649527412
15-24 Anos6516838549139141 073882590490429393320
25-64 Anos1 6391 8751 9752 2402 4902 6822 9802 2251 5891 5091 5521 248
= ou > 65 Anos165208146267357455480650632686758683
> Id. desconh120156

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Freguesias

Freguesias do município de Mourão.

O município de Mourão está dividido em 3 freguesias:

Património

Política

Eleições autárquicas [10]

Data%V%V%V%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PSFEPU/APU/CDUPPD/PSDCDS-PPPSNPSD-CDSINDMPTPPMCH
197667,25422,851
57,44 / 100,00
197922,64133,67239,432
76,53 / 100,00
198234,21235,11225,991
73,88 / 100,00
198545,79248,913
74,00 / 100,00
198929,07237,93228,631
74,40 / 100,00
199333,26220,86130,67211,57-0,93-
70,48 / 100,00
199757,1949,14-22,9916,59-
76,46 / 100,00
200156,5044,61-26,5217,97-
73,02 / 100,00
200546,8833,81-CDS-PPPPD/PSD45,712
77,00 / 100,00
200948,1838,87-27,88210,04-
73,30 / 100,00
201346,5338,67-41,302
75,30 / 100,00
201745,4938,40-36,1125,95-CDS-PPCDS-PP
72,42 / 100,00
202136,8028,12-CDS-PPPPD/PSD47,1434,95-
72,59 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
PSPCPPSDCDSUDPAPU/

CDU

ADFRSPRDPSNB.E.PANPàFLCHIL
197638,0228,9111,0810,871,46
197924,81APUADAD1,6735,9028,28
1980FRS0,8333,9635,0224,18
198332,3322,833,260,3935,35
198519,7124,072,940,8928,4816,24
198717,45CDU40,362,590,4920,759,94
199130,7344,722,9213,410,581,17
199554,3525,275,240,289,68
199959,9022,544,988,080,300,73
200252,3233,374,336,010,50
200561,7821,943,425,593,85
200946,3324,375,069,498,92
201137,3734,367,1610,314,080,93
201549,46PàFPàF10,496,050,1527,340,08
201943,4725,953,3410,665,001,110,374,170,09

Ligações externas

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  2.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Alentejo. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 99. ISBN 978-989-25-0182-6ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  3.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_ALENTEJO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  4.  Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  CHAGAS, António das, O.F.M. 1631-1682, Mouram restaurado em 29. de Outubro de 1657 : offerecido ao senhor Joanne Mendes de Vasconcellos, Tenente General da Provincia do Alemtejo / por Antonio da Fonseca Soares. - Lisboa : na officina de Henrique Valente de Oliveira, impressor delRey nosso Senhor, 1658.
  6.  Ver Vida e feitos d’El Rei D.João II, cronista Garcia de Resende, capítulo XVI (Como el Príncipe conquistó Alegrete y como hizo retirar al Maestre de Santiago que con dos mil lanzas venia a atacar Évora).
  7.  Ver também o cronista Damião de Góis (1724). Chronica do Principe D. Joam, capítulo XCVI, p. 361-365.
  8.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  9.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  10.  «Concelho de Mourão : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 26 de dezembro de 2021


Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Mourão

DIA MUNDIAL DAS ZONAS HÚMIDAS - 2 DE FEVEREIRO DE 2022

 

Zona úmida

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Terra úmida no condado de MarshallIndiana.
Disambig grey.svg Nota: "Charco" redireciona a este artigo. Para o vulcão de La Palma (1712), veja Charco (La Palma).

Zonas úmidas (português brasileiro) ou zonas húmidas (português europeu), também chamadas no Brasil de áreas úmidas são áreas de pântanoscharcospauissapaisturfas — permanentes ou temporários —, que normalmente albergam uma grande biodiversidade, tanto em termos de plantas como de animais aquáticos, ou os que se alimentam daqueles.[1]

Podem ter água estagnada ou corrente, docesalobra ou salgada, incluindo áreas de água marinha com menos de seis metros de profundidade na maré baixa, como os mangais e recifes de coral. Podem ser alimentados por água subterrânea, por rios ou por outras zonas húmidas e podem estar secos durante uma parte do ano, mas o período em que se encontram inundadas é suficiente para manter o ecossistema vivo. As áreas úmidas apresentam dificuldades em sua definição, devido tanto à diversidade de ambientes com estas características, como pela dificuldade de estabelecer sua delimitação, uma vez que são ambientes extremamente dinâmicos.[2]

O conceito de zona úmida surgiu em 1971, durante a Convenção de Ramsar, no Irã, quando foi celebrado um tratado intergovernamental com o objetivo de promover ações nacionais e internacionais para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais das zonas úmidas. Esta convenção instituiu o dia 2 de fevereiro como o Dia Mundial das Zonas Úmidas. Hoje são 150 países que aderiram ao tratado.[3]

Papel ecológico

As zonas húmidas são por vezes consideradas ecótonos, zonas de transição entre o rio ou o mar e o ambiente terrestre. Apesar de muitas vezes possuirem espécies próprias, como as espécies de árvores do mangal, ou o caniço, em zonas alagadas de água doce, abrigam geralmente espécies de animais aquáticos próprias dos ecossistemas terrestres circundantes. Em termos de mamíferos, várias espécies utilizam estes ecossistemas para se alimentarem dos vegetais e frutas que ali se desenvolvem e doutros pequenos animais, para além de poderem ser locais de banho ou abeberagem de animais maiores.[1] Ao abrigar e alimentar a fauna local, as diversas espécies migratórias e espécies dos ecossistemas associados, as zonas úmidas são consideradas locais de reprodução, repouso, nidificação e hibernação.[2]

Algumas espécies características destes habitats são as aves que se alimentam de peixes e outros animais aquáticos, como os pelicanosflamingos e várias espécies de garças e águias. Muitas destas populações encontram-se em estado crítico de conservação, quer por redução ou perda de qualidade do seu habitat preferencial, quer pela sua utilização excessiva pelo homem.

Pela sua biodiversidade e fácil acesso, as zonas húmidas são importantes áreas para o ecoturismo, como a observação de aves e outros animais, ou mesmo como balneários. Muitas das espécies, principalmente de plantas, podem ainda ser utilizadas pelo homem de forma sustentável, tendo assim um valor económico direto.

Outro importante papel que estas zonas jogam no meio ambiente é o controlo de cheias, por suportarem um grande volume de água. Por sua vez, os mangais protegem a costa da erosão marinha e são inclusivamente responsáveis pelo avanço da linha de costa.[4]

Conservação

Durante muitos anos, com o desenvolvimento industrial, muitas zonas húmidas foram aterradas para fins de habitaçãoindústria ou para rodovias.[5]

A ação humana vem causando a degradação ou destruição das zonas úmidas, quer por aterro para expansão urbana e construção de infraestrutura, quer por drenagem para a plantação de monoculturas florestais exóticas, ou prática da agricultura intensiva. Como estas regiões estão situadas em áreas baixas, a erosão das encostas leva ao depósito de sedimentos nos banhados. Todos estes fatores têm grande impacto sobre a biodiversidade, gera a fragmentação das massas de água, impactando da colonização da fauna e flora.

Com o avanço dos conhecimentos sobre o papel destes ecossistemas e da responsabilidade ambiental, nos últimos anos muitos países têm legislação virada à sua conservação. Na arena internacional, foi assinada a 2 de Fevereiro de 1971 a Convenção de Ramsar ou "Convenção sobre as Zonas Húmidas de Importância Internacional, especialmente enquanto «Habitat» de Aves Aquáticas". Ao abrigo desta convenção, muitas zonas húmidas foram consideradas "de importância internacional", sendo que os países que as albergam obrigam-se a promover o seu estudo e conservação, para o que podem beneficiar de financiamento e assistência internacional.[6]

Áreas de Ramsar no Brasil[3]

Área do Pantanal Matogrossense na América do Sul
Fotografia aérea do Pantanal Matogrossense

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense é considerada a maior área úmida do planeta. Abriga pelo menos 4.700 espécies entre incluindo plantas e animais vertebrados, sendo 3.500 espécies de plantas (árvores e vegetações aquáticas e terrestres), 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos. Em 1998, o bioma foi decretado Patrimônio Nacional, pela Constituição brasileira. Em 2000, tornou-se Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Além do Pantanal, são sítios Ramsar:

Ver também

Referências

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