quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO TEMPLO - 6 DE JANEIRO DE 2022

 

Apresentação de Jesus no Templo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Apresentação do Senhor
Vitral na Igreja de São Nicolau em Örebro, na Suécia.

Apresentação de Jesus no Templo, festividade litúrgica celebrada no dia 2 de fevereiro, celebra um episódio da infância de Jesus. É também a data em que se comemora a Festa da Candelária (festa à luz de velas), uma festa de origem pagã e latina comemorada tradicionalmente em alguns países, que depois se tornou uma festa religiosa cristã[1].

Na Igreja Ortodoxa e em algumas Igrejas Católicas Orientais, ela é uma das doze Grandes Festas, e é por vezes chamada de Hypapante (literalmente "Encontro", em grego); outros nomes tradicionais são Dia de Nossa Senhora das Candeias, ou da Candelária, ou da Purificação da Virgem Maria. Na Igreja Católica Romana, esta festividade religiosa é uma das mais importantes, realizada entre a Festa da Conversão de São Paulo, no dia 25 de janeiro, e a Festa do Trono de São Pedro, no dia 22 de fevereiro.

No rito latino da Igreja Católica, a Apresentação de Jesus no Templo é o quarto Mistério Gozoso do Santo Rosário. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festividade tem sido referida como a festa da Apresentação do Senhor.

Relato bíblico

Apresentação do Senhor
Afresco de Giotto na Capela Scrovegni, em Pádua.

Este episódio foi descrito em Lucas 2:22-40. De acordo com o evangelho, a Virgem Maria e São José levaram o Menino Jesus para o Templo de Jerusalém quarenta dias depois do nascimento para completar o ritual de purificação de Maria após o parto e para realizar a redenção do primogênito, de acordo com a Torá[2]São Lucas explicitamente afirma que José e Maria escolheram a opção disponível para os pobres (os que não podiam comprar um cordeiro[3]), sacrificando «Um par de rolas ou dois pombinhos.» (Lucas 2:24). Levítico 12:1-4 indica que este evento deve se realizar quarenta dias após o nascimento de um menino, daí a Apresentação ser celebrada quarenta dias depois do Natal.

Ao trazer Jesus até o Templo, eles encontraram Simeão. O evangelho relata que Simeão recebeu uma promessa de que ele «ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.» (Lucas 2:26). Simeão então entoou uma oração que ficaria conhecida como Nunc Dimittis (ou "Cântico de Simeão"), que profetiza a redenção do mundo por Jesus:

«Agora tu, Senhor, despedes em paz o teu servo Segundo a tua palavra; Porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste ante a face de todos os povos: Luz para revelação aos gentios, E glória do teu povo de Israel.» (Lucas 2:29-32)

Simeão então profetizou a Maria: «Este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para sinal de contradição. (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que os pensamentos de muitos corações sejam revelados.» (Lucas 2:34-35)

A idosa profetisa Ana também estava no Templo e ofereceu orações e glórias a Deus, contando a todos os que estavam por ali sobre Jesus e seu papel na redenção de Israel (Lucas 2:36-38).

Nome da festa

Na Igreja Católica Romana, a festa é conhecida como "Apresentação do Senhor" nos livros litúrgicos publicados pela primeira vez pelo papa Paulo VI[4] e como "Purificação da Abençoada Virgem Maria" nas edições anteriores. Na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas Católicas Orientais de rito bizantino, como "Festa da Apresentação de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo no Templo" ou como "O Encontro de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo".

Ela é conhecida como "Apresentação de Nosso Senhor" na Igreja Evangélica Luterana da América. Em algumas igrejas protestantes, a festa é conhecida como o "Nomeação de Jesus" (embora, historicamente, ele teria recebido seu nome no oitavo dia após o nascimento, quando ele foi circuncidado.

História

A festa da Apresentação do Senhor é uma das mais antigas festas da Igreja. Há sermões obre ela compostos pelos bispos Metódio de Patara († 312), Cirilo de Jerusalém († 360), Gregório, o Teólogo († 389), Anfilóquio de Icônio († 394), Gregório de Níssa († 400) e João Crisóstomo († 407).

A mais antiga referência sobre os rituais litúrgicos específicos sobre a festa foram descritos pela freira Egéria durante a sua peregrinação à Terra Santa entre 381 e 384. Ela reportou que 14 de fevereiro era um dia solene em Jerusalém, com uma procissão até a Basílica da Ressurreição de Constantino I, com uma homilia sobre Lucas 2:22 e uma Liturgia Divina. A chamada Itinerarium Peregrinatio ("Itinerário da Peregrinação") de Egéria não oferece, porém, nenhum nome específico para a festa. A data de 14 de fevereiro indica que em Jerusalém, na época, celebrava-se o nascimento de Jesus em 6 de janeiro, dia da Epifania. Nas palavras dela:

Originalmente, a festa era uma celebração menor. Mas então, em 541, uma terrível praga irrompeu em Constantinopla matando milhares. O imperador bizantino Justiniano I, em consulta com o patriarca de Constantinopla, ordenou um período de jejum e oração por todo o Império Bizantino. E, na festa do "Encontro do Senhor", organizou grandes procissões por todas as cidades e vilas, além de um serviço solene de orações (Litia) para pedir a libertação de todos os males e o fim da praga. Em agradecimento, em 542, a festa foi elevada para uma celebração mais solene e passou a ser celebrada por todo o império pelo imperador.

Apresentação do Senhor
1500-01. Por Hans Holbein, o Velho, atualmente no Kunsthalle de Hamburgo, na Alemanha.

Em Roma, a festa aparece no "Sacramentário Gelasiano", uma coleção de manuscritos dos séculos VII e VIII associados com o papa Gelásio I, mas com muitas interpolações e algumas fraudes. É ali que aparece pela primeira vez o novo título da festa, "Purificação da Abençoada Virgem Maria".

Celebrações litúrgicas

Tradicionalmente, a festividade de Nossa Senhora das Candeias (ou da Candelária) era a última festa do ano cristão, que era todo marcado em relação à data do Natal. As festas móveis são calculadas em relação à data da Páscoa.

Cristianismo ocidental

A festividade das Candeias (ou das Candelárias) ocorre passados quarenta dias após o Natal. Tradicionalmente, o termo "Candeias" ou "Candelárias" faz referência à prática na qual o sacerdote, no dia 2 de fevereiro, abençoa as velas de cera de abelha utilizadas nos serviços religiosos do ano todo, algumas das quais são distribuídas entre os fiéis para uso doméstico.

Porém, após as revisões do Concílio Vaticano II, esta festa passou a dar mais importância à profecia de Simeão, sendo retirada a importância das velas benditas e da Purificação da Santíssima Virgem Maria. O Papa João Paulo II ligou a festa com a renovação dos votos religiosos.

Esta festa nunca cai na Quaresma (a Quarta-feira de Cinzas mais cedo possível no ano cai em 4 de fevereiro, quando a Páscoa cai em 22 de março de um ano não bissexto). Porém, nos calendários que tinha um Tempo da Septuagésima, poderia acontecer que o "Aleluia" tinha que ser omitido da liturgia.

Em Portugal

Em Portugal festeja-se no dia 2 de fevereiro a festividade de Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz. Na tradição popular, o estado do tempo neste dia condiciona o tempo para o resto do inverno. Dizendo-se "Nossa Senhora a rir, está o Inverno para vir. Nossa Senhora a chorar está o Inverno a passar." Quer isto dizer que se no dia estiver sol, ainda virá muito "Inverno", se no dia estiver chuva, o inverno já passou.

No Brasil

Para esta festa, compôs o Padre Mestre José Maurício Nunes Garcia em 1808 a "Missa em Fé da Purificação de N. Sr.ª".[5]

Cristianismo oriental

No rito bizantino, a "Apresentação do Senhor" é singular entre as Grandes Festas por combinar elementos de uma Grande Festa do Senhor com os de uma Grande Festa da Teótoco. Ela conta com uma pré-festa de um dia e uma pós-festa de sete.

O feriado é celebrado com uma vigília de noite inteira na véspera e uma celebração da Divina Liturgia na manha seguinte, na qual as velas de cera de abelha são abençoadas.

Outros Símbolos e tradições[6]

França, Bélgica et Suíça francófona

Os crepes são tradicionalmente preparados no dia da Candelária.

A Candelária é sempre celebrada nas igrejas no dia 2 de fevereiro e o presépio de natal deve ser desmontado a partir desta festa, que é a última do ciclo da Natividade. A Candelária é celebrada pelos leigos como o "dia dos crepes": a tradição é atribuída ao Papa Gelásio Primeiro, que distribuía crepes aos peregrinos que chegavam a Roma, mas também podemos ver o costume das Vestais, que durante a Lupercália fizeram uma oferenda de bolos preparados com o trigo da colheita velha para que a próxima fosse boa. Diz-se também que os crepes, pelo seu formato redondo e dourado, lembram o disco solar, evocando o retorno da primavera após o inverno escuro e frio.

Tradição

Ainda hoje existe todo um simbolismo ligado à confecção de crepes. Uma tradição que remonta ao final do século V e ligada a um rito de fertilidade consiste em refogar os crepes com a mão direita enquanto se segura uma moeda de ouro na mão esquerda (por exemplo, um luís de ouro ou, na sua falta, uma moeda qualquer) afim de desfrutar de prosperidade ao longo do ano, o desafio sendo de garantir que o crepe caia bem na frigideira. Diz-se também que o primeiro crepe feito deve ser guardado em um armário para que a próxima colheita seje abundante. Às vezes, se diz que é na parte superior de um armário e que o crepe ali colocado é então considerado como não mofado e como protetor de miséria e pobreza.

Estados Unidos e Canadá

A celebração da Candelária foi geralmente substituída na mídia pelo Dia da Marmota, embora a tradição da Candelária ainda persista com esse nome em várias regiões onde as tradições francesas permanecem vivas, como em Quebec, Acádia, Louisiana, no Vale do Mississippi e no Maine.

Ver também

Referências

  1.  Tradução do artigo da Wikipedia em francês: https://fr.wikipedia.org/wiki/Chandeleur
  2.  Levítico 12 e Êxodo 13:12-15
  3.  Levítico 12:8
  4.  Liturgy of the Hours, 2 February.
  5.  «Missa em Fá da Purificação de N. Sra.»
  6.  Tradução do artigo em francês da Wikipedia: https://fr.wikipedia.org/wiki/Chandeleur#Symbolique

Ligações externas

Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém, Fevereiro de 2011]

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Apresentação de Jesus no Templo

EPIFANIA DO SENHOR - 6 DE JANEIRO DE 2022

 

Epifania

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Epifania (desambiguação).

Epifania (do termo do latim tardio epiphanīa, por sua vez do grego ἐπιϕάνεια, de ἐπιϕανής, "visível", derivado de ἐπιϕαίνομαι, "aparecer") é um sentimento que expressa uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo. Também pode ser um termo usado para a realização de um sonho com difícil realização. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem". O termo é aplicado quando um pensamento inspirado e iluminante acontece, que parece ser divino em natureza (este é o uso em língua inglesa, principalmente, como na expressão "I just had an epiphany", o que indica que ocorreu um pensamento, naquele instante, que foi considerado único e inspirador, de uma natureza quase sobrenatural).

Também pode significar aparição ou manifestação de algo, normalmente relacionado com o contexto espiritual e divino. Do ponto de vista filosófico, a epifania significa uma sensação profunda de realização, no sentido de compreender a essência das coisas, tendo significado similar ao termo insight.

Epifania do Senhor

Ver artigo principal: Epifania do Senhor

É uma celebração religiosa do cristianismo. De acordo com o costume, a festa ocorre dois domingos após o Natal, sendo considerados epifanias três eventos: a Epifania dos magos do oriente, que é celebrada no dia 6 de Janeiro; a Epifania de João Batista no rio Jordão; e a Epifania que tornou-se conhecida como o milagre de Caná.[1]

Na Literatura

Na literatura, a epifania pode ser considerada a forma de se mostrar um conceito. Também é entendido, para o autor, como a maneira de expor claramente suas ideias ao interlocutor, ou seja, tornar suas ideias inteligíveis.

Referências

Ligações externas

  • 'Epicyberfania: é um termo criado a partir da palavra "epifania". Criado com fins acadêmicos. Hipoteticamente, seria um evento de inspiração de profissionais e estudantes da área de tecnologia da informação.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

DIA NACIONAL DO JORNALISTA - NO BRASIL - 5 DE JANEIRO DE 2022

 

Jornalista

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jornalista
Training to be journalists (10730417125).jpg
Nomejornalista, repórter
Tipoprofissão
Setor de atividadeJornalismoComunicação Social
CompetênciasHabilidades de escrita, conhecimento do assunto de que se relata, habilidades interpessoais
Campos de trabalhoMeios de comunicação em massa
Empregos relacionadasporta voz, político
Códigos
CITP2642
IDEO (França)10197
Uma repórter de televisãoAndréia Sadi, em entrevista com o então presidente do Brasil Michel Temer.
Fotojornalistas no Campeonato Mundial de Atletismo 2013
Uma repórter entrevistando Boris Johnson, então Prefeito de Londres

Jornalista é o profissional formado em Jornalismo. É a pessoa responsável pela apuração, investigação e apresentação de notícias, reportagens, entrevistas ou distribuição de notícias ou outra informação de interesse coletivo. O trabalho do jornalista é chamado jornalismo. Um jornalista pode trabalhar com questões gerais ou especializar-se em determinadas áreas. No entanto, a maioria dos jornalistas tendem a se especializar, e cooperando com outros jornalistas, produzir publicações que abrangem muitos tópicos.[1] Por exemplo, um jornalista esportivo cobre notícias dentro do mundo dos esportes, mas este jornalista pode ser uma parte de um jornal que cobre diversos temas. O exercício do Jornalismo é privativo de jornalista. Entre as áreas em que o jornalista trabalha estão o Radiojornalismo, Telejornalismo, Webjornalismo (Jornalismo Digital), Jornalismo Impresso, Assessoria de Imprensa, Assessoria de Comunicação, Assessoria Empresarial, entre outras áreas do Jornalismo e da Comunicação Social. Por ser uma profissão que tem como fatores primordiais a defesa das liberdades de imprensa e de expressão, o jornalista é um dos principais pilares da democracia.

Funções

Um repórter é um tipo de jornalista que pesquisa, escreve, e relata as informações para apresentar em fontes, conduz entrevistas, envolve-se em pesquisas, e faz relatórios. A parte de coleta de informações do trabalho de um jornalista é, às vezes, chamada de reportagem, em contraste com a parte de produção do trabalho, tais como escrever artigos. Os repórteres podem dividir seu tempo entre trabalhar numa sala de redação e sair para testemunhar eventos ou entrevistar pessoas. Os repórteres podem ser designados para um tema específico ou uma área de cobertura.

Dependendo do contexto, o termo jornalista pode incluir vários tipos de editores, escritores editoriais, colunistas, e jornalistas visuais, tais como fotojornalistas (jornalistas que usam o meio da fotografia).

O jornalismo desenvolveu uma variedade de padrões éticos. Enquanto a objetividade e a ausência de viés são a principal preocupação e importância, tipos mais liberais do jornalismo, tais como advocacia jornalística e ativismo, adotam intencionalmente um ponto de vista não-objetivo. Isso se tornou mais predominante com o advento das mídias sociais e blogs, bem como outras plataformas que são usadas para manipular ou influenciar opiniões e princípios sociais e políticos. Essas plataformas geralmente projetam uma polarização extrema, já que as "fontes" nem sempre são responsabilizadas ou consideradas necessárias, a fim de produzir um produto final escrito, televisionado ou outra forma.

Matthew C. Nisbet, que tem escrito sobre comunicação científica,[2] definiu um "jornalista de conhecimento" como um intelectual público que, assim como Walter LippmannDavid BrooksFareed ZakariaNaomi KleinMichael PollanThomas Friedman, e Andrew Revkin, veem seu papel de pesquisadores em questões complicadas factuais ou científicas, as quais os mais leigos não teriam tempo ou acesso à informação para pesquisar por eles mesmos, então comunicando uma versão precisa e compreensível para o público como um professor e conselheiro político.

Lippmann argumentou que a maioria dos indivíduos não tinham capacidade, tempo e motivação para seguir e analisar notícias das muitas questões políticas complexas que preocupavam a sociedade. Nem eles geralmente experimentam diretamente a maioria dos problemas sociais, ou tem acesso direto aos conhecimentos especializados. Essas limitações foram agravadas por uma mídia que tendia para a simplificação excessiva de problemas e reforçar estereótipos, pontos de vista partidário, preconceitos. Como consequência, Lippmann acreditava que o público precisava de jornalistas como ele mesmo, que poderiam servir como analistas especializados, guiando os "cidadãos para uma compreensão mais profunda do que era realmente importante".[3]

Liberdade jornalística

Um diretor de programa define as tarefas para jornalistas de TV

Os jornalistas, por vezes, se expõem ao perigo, particularmente quando relatando em áreas de conflito armado ou em estados que não respeitam a liberdade de imprensaOrganizações como a Committee to Protect Journalists e a Repórteres sem Fronteiras publicam relatórios sobre a liberdade de imprensa e defende a liberdade jornalística. Em novembro de 2011, o Committee to Protect Journalists relatou que 887 jornalista foram mortos no mundo inteiro desde 1992 por homicídio (71%), fogo cruzado ou combate (17%), ou em atribuição perigosa (11%). Os "dez países mais letais" para jornalistas desde 1992 tem sido Iraque (230 mortes), Filipinas (109), Rússia (77), Colômbia (76), México (69), Argélia (61), Paquistão (59), Índia (49), Somália (45), Brasil (31) e Sri Lanka (30).[4]

Committee to Protect Journalists também relata que a partir de 1 de dezembro de 2010, 145 jornalistas foram presos no mundo inteiro por atividades jornalísticas. Números atuais são ainda maiores. Os dez países com o maior número de jornalistas detidos atualmente são Turquia (95),[5] China (34 detidos), Irã (34), Eritreia (17), Birmânia (13), Uzbequistão (seis), Vietnã (cinco), Cuba (quatro), Etiópia (quatro), e Sudão (três).[6]

Além do dano físico, jornalistas são prejudicados psicologicamente. Isso se aplica especialmente para repórteres de guerra. Mas seus escritórios editoriais no país geralmente não sabem como lidar apropriadamente com os repórteres que eles expõem ao perigo. Assim, uma forma sistemática e sustentável de apoio psicológico para jornalistas traumatizados é fortemente necessário. No entanto, apenas programas pequenos e fragmentados de apoio existem até agora.[7]

Newseum em Washington, D.C. é o lar para o Memorial dos Jornalistas, o qual lista os nomes de mais de 2,1 mil jornalistas ao redor do mundo que foram mortos no cumprimento do dever.

Jornalista sentado

Jornalista sentado é um conceito, originalmente do francês “journaliste assis”, e o oposto do “journaliste debout”, jornalista de pé. Como o seu próprio nome sugere, uma das suas características marcantes está no fato do jornalista trabalhar sentado. Outro ponto acerca desse profissional é que o mesmo se relaciona mais ao tratamento do texto, que da própria apuração.[8]

O surgimento do jornalista sentado é bastante associado ao advento da internet e do jornalismo em rede. Contudo, é notório que esse conceito não se limita apenas ao segmento do webjornalismo.

Sabe-se que, ao longo da história do jornalismo, já existiam profissionais com as características de um jornalista sentado nas redações.

No livro “A arte de fazer um jornal diário”, Ricardo Noblat já fala em “grande figura humana”, termo que ele utiliza para referir-se aos trabalhadores da redação que não escreviam bem, tampouco apuravam.

A função desse profissional, em relação ao jornalismo online, é que ele utiliza a informação já pronta de fontes externas, como as agências de notícias, os portais vinculados à rede no qual trabalha e as assessorias de comunicação e/ou imprensa, por exemplo. Ele organiza essa informação recebida a adaptando ao formato desejado. Esse profissional pode ter o contato direto com as fontes, através do telefone, isto é, em situações não tão comuns de sua rotina produtiva.

O fato do advento do jornalista sentado ser muitas vezes associado à explosão do jornalismo em rede pode ser explicado pela emergente característica que este novo status da profissão traz para as redações. A busca por atualizar, cada vez mais rapidamente, os portais de notícia acarreta na necessidade de possuir mais material publicado em curtos períodos. Ou seja, para esse novo modelo de jornalista os textos chegaram a eles quase prontos, precisando de poucas modificações para serem publicados e, consequentemente, atender a urgente demanda do público.

Acerca do conceito, a alguns autores que são adeptos e concordam com o termo como, Ciro Marcondes Filho, Bruno Patino e Estela Serrano. Outros, como o pesquisador Juarez Bahia, desqualificam a noção de jornalista sentando, não o compreendendo como jornalista, pois o profissional não desempenha a função de buscar informação e não faz a apuração junto às fontes. Dessa forma, o profissional não produz notícia e, tão pouco, preza pela veracidade dos fatos.[8]

Referências

  1.  Diderot, Denis. «Journalist»The Encyclopedia of Diderot & d'Alembert: Collaborative Translations Project. Consultado em 1 de abril de 2015
  2.  See, for example, Nisbet, Matthew C. (2009).
  3.  Matthew C. Nisbet (março de 2013). «Nature's Prophet: Bill McKibben as Journalist, Public Intellectual and Activist» (PDF)Discussion Paper Series #D-78. Joan Shorenstein Center on the Press, Politics and Public Policy, School of Communication and the Center for Social Media American University. p. 7. Consultado em 8 de março de 2013
  4.  "887 Journalists Killed since 1992."
  5.  «Number of Jailed Journalists Nearly Doubles in Turkey»Los Angeles Times. 5 de abril de 2012. Consultado em 6 de abril de 2012
  6.  Iran, China drive prison tally to 14-year high. «Iran, China drive prison tally to 14-year high (December 8, 2010). Committee to Protect Journalists. Retrieved November 18, 2011». Cpj.org. Consultado em 16 de abril de 2013
  7.  "staying safe and sane" http://www.dandc.eu/en/article/petra-tabeling-crisis-areas-journalists-are-risk-physical-and-psychological-terms, Petra Tabeling in E+Z/D+C January 2015
  8. ↑ Ir para:a b Pereira, Fábio. «O 'Jornalista Sentado' e a produção da notícia online no CorreioWeb»Em Questão. Consultado em 19 de janeiro de 2017

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