terça-feira, 14 de dezembro de 2021

SÃO JOÃO DA CRUZ - 14 DE DEZEMBRO DE 2021

 

João da Cruz

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(Redirecionado de São João da Cruz)
Disambig grey.svg Nota: Se procura pelo frei português, veja João da Cruz Salgado de Castilho. Se procura outros significados, veja São João.
João da Cruz
Fundador; Doutor da Igreja (Doctor Mysticus)
NascimentoFontiverosÁvilaEspanha 
1542[1]
MorteÚbedaJaénEspanha 
14 de dezembro de 1591 (49 anos)
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Anglicana e Igreja Luterana
Beatificação25 de janeiro de 1675
por Papa Clemente X
Canonização27 de dezembro de 1726
por Papa Bento XIII
Festa litúrgica14 de Dezembro
PadroeiroVida contemplativa; consagrados; místicos; poetas espanhóis[2]
PadroeiraTúmulo de São João da Cruz, em SegóviaEspanha
Gloriole.svg Portal dos Santos

João da CruzO.C.D. (em castelhanoJuan de la Cruz) foi um místicosacerdote e frade carmelita espanhol venerado como santo pelos católicos. Nascido em Fontiveros, em Castela a Velha, foi um dos mais importantes expoentes da Contrarreforma.

Grande reformador da Ordem Carmelita, é considerado, juntamente com Santa Teresa de Ávila, o fundador dos Carmelitas Descalços. João também é conhecido por suas obras literárias e tanto sua poesia quanto suas investigações sobre o crescimento da alma são consideradas o ápice da literatura mística e se destacam entre as grandes obras da literatura espanhola.

João da Cruz foi canonizado em 1726 por Bento XIII e é um dos Doutores da Igreja Católica Apostólica Romana.

Biografia

Primeiros anos

João da Cruz nasceu Juan de Yepes y Álvarez[3] numa família de conversos (descendentes de muçulmanos ou judeus convertidos ao cristianismo) em Fontiveros, perto de Ávila, uma cidade de aproximadamente 2 000 habitantes na época.[4][5] Seu pai, Gonzalo, trabalhava como contador para parentes mais ricos que trabalhavam no comércio da seda. Porém, em 1529, depois de se casar com Catalina, uma órfã de classe inferior, Gonzalo foi rejeitado pela família e acabou sendo forçado a trabalhar com a esposa como tecelão.[6] Ele morreu em 1545, quando João tinha por volta de sete anos.[7] Dois anos depois, o irmão mais velho de João, Luís, morreu, provavelmente por má nutrição resultado da penúria em que vivia a família depois da morte do principal provedor. Depois disso, Catalina mudou-se com João e Francisco, seu outro filho ainda vivo, para Arévalo em 1548 e, três anos depois, para Medina del Campo, onde finalmente conseguiu um emprego como tecelã.[8][9]

Em Medina, João entrou numa escola para cerca de 160[10] crianças pobres - geralmente órfãos - e recebeu uma educação básica, principalmente a doutrina cristã, além de alguma comida, roupas e um lugar para viver. Lá, foi escolhido para servir como acólito num mosteiro vizinho de freiras agostinianas.[8] Nos anos seguintes, João trabalhou no hospital e estudou humanidades na escola jesuíta entre 1559 e 1563; a Companhia de Jesus era uma organização recém-criada na época, fundada apenas alguns anos antes por Santo Inácio de Loyola. Em 1563,[11] João entrou para a Ordem Carmelita e adotou o nome de "João de São Matias".[8]

No ano seguinte (1564),[12] professou seus votos como carmelita e viajou para Salamanca, onde estudou teologia e filosofia na prestigiosa universidade da cidade (na época, uma das quatro grandes da Europa, juntamente com ParisOxford e Bolonha) e no Colegio de San Andrés. A estadia teria poderosa influência sobre suas obras posteriores, pois lecionava ali Frei Luis de León (estudos bíblicos: exegesehebraico e aramaico), um dos mais destacados estudiosos em seu campo e o autor de uma controversa tradução do Cântico dos Cânticos para o espanhol (na época, traduções da Bíblia para outras línguas eram proibidas na Espanha).

Desenho de Cristo crucificado visto "de cima" de João da Cruz que inspirou Salvador Dalí a pintar seu "Cristo de São João da Cruz" (que pode ser visto aqui).

Reforma de Teresa de Ávila

João foi ordenado sacerdote em 1567 e deixou clara sua intenção de juntar-se à estrita ordem dos cartuxos, que o atraía por encorajar a contemplação solitária e silenciosa. Uma viagem de Salamanca até Medina del Campo, provavelmente em setembro do mesmo ano, mudou seus planos.[13] Em Medina, João encontrou-se com uma carismática freira carmelita chamada Teresa de Jesus, que estava na cidade para fundar seu segundo convento.[14] Ela contou-lhe sobre seus projetos para reformar a Ordem Carmelita, que visavam purificá-la ao reintroduzir a observância da regra original, de 1209, que havia sido relaxada pelo papa Eugênio IV em 1432.

De acordo com ela, a maior parte do dia e da noite deveria ser dedicada à recitação da liturgia das horas, aos estudos e leituras devocionais, à celebração da missa e a períodos de contemplação solitária. Para os frades, haveria ainda um tempo dispendido na evangelização da população vizinha ao mosteiro.[15] A abstinência completa de carne e longos períodos de jejum deveriam ser observados a partir da Festa da Exaltação da Cruz (14 de setembro) até a Páscoa. Haveria ainda longos períodos de silêncio, especialmente entre as completas e a prima. As roupas deveriam ser mais rústicas e mais simples do que as que passaram a ser utilizadas depois de 1432.[16] Além disso, todos deveriam obedecer à injunção contra o uso de calçados (que também havia sido relaxada em 1432) e foi desta última observância que os seguidores de Teresa entre os carmelitas passaram a ser chamados de "descalços", distinguindo-os dos frades e freiras não reformados.

Teresa pediu a João que desistisse dos cartuxos para segui-la. Depois de um ano final estudando em Salamanca, em agosto de 1568 João viajou com Teresa de Medina para Valladolid, onde ela planejava fundar outro convento. Depois de passar algum tempo com Teresa ali, aprendendo mais sobre esta nova forma de vida carmelita, em outubro do mesmo ano, acompanhado pelo frade Antonio de Jesús de Heredia, João partiu para fundar um novo mosteiro para frades, o primeiro a seguir os princípios de Teresa. Eles receberam permissão para utilizar uma casa em ruínas em Duruelo (no meio do caminho entre Ávila e Salamanca), que havia sido doado a Teresa. Em 28 de novembro de 1568, o mosteiro[17] foi finalmente inaugurado e, no mesmo dia, João mudou seu nome para "João da Cruz".

Logo depois, em junho de 1570, os frades se mudaram de sua sede em Duruelo, que estava pequena, para a cidade vizinha de Mancera de Abajo. Depois, João mudou-se novamente para fundar uma nova comunidade em Pastrana (outubro) e outra em Alcalá de Henares, que tornar-se-ia uma casa de estudos dedicada ao treinamento de seus frades. Em 1572,[18] João foi para Ávila a convite de Teresa, que era na época prioresa do Mosteiro da Visitação na cidade, em 1571, e tornou-se o diretor espiritual e confessor dela, das 130 freiras que viviam no mosteiro e da população da cidade.[8] Em 1574, João acompanhou Teresa quando numa viagem para fundar um novo mosteiro em Segóvia, retornando a Ávila em seguida. É provável que ele tenha permanecido ali até 1577.[19]

Em algum momento entre 1574 e 1577, enquanto rezava numa cabana com vista para o santuário, João teve uma visão de Cristo crucificado que o levou a criar seu famoso desenho visto "de cima" (ou "do alto"). Em 1641, este desenho foi emoldurado em Ávila e, em 1951, inspirou o artista Salvador Dalí a pintar "Cristo de São João da Cruz".

Auge das tensões com a Ordem Carmelita

O período entre 1575 e 1577 assistiu ao aumento das tensões entre descalços e carmelitas espanhóis por causa das reformas de Teresa e João. Desde 1566, elas vinham sendo supervisionadas por visitantes canônicos da Ordem dos Pregadores (dominicanos), um em Castela e outro na Andaluzia, com amplos poderes: podiam mudar os membros de uma casa para outra e até mesmo de uma província para outra, podiam ajudar superiores religiosos em suas funções e nomear outros, entre carmelitas ou dominicanos. Em Castela, o visitante era Pedro Fernández, que prudentemente balanceou os interesses de descalços e não reformados.[20]

Na Andaluzia, mais para o sul, porém, onde o visitante era Francisco Vargas, as tensões aumentaram por causa de sua visível preferência pelos frades descalços. Francisco pediu-lhes que fundassem mosteiros e conventos em várias cidades, contradizendo explicitamente as ordens do prior geral carmelita, que era contra a expansão dos descalços na região. Como resultado, o capítulo geral carmelita se reuniu em Placência, na Itália, em maio de 1576 para tratar destes eventos na Espanha, que ameaçavam sair do controle. A decisão foi suprimir totalmente as casas descalças.[8] Kavanaugh (1991) afirma que o objeto seria apenas as casas da Andaluzia. E. Allison Peers, Complete Works, Vol. I, p. xxvii (1943) afirma que seriam todos os mosteiros descalços com exceção de dois.

Contudo, a medida não foi imposta de imediato. Primeiro por que o rei Filipe II apoiava algumas das reformas de Teresa e não concedeu a permissão necessária para que a ordem de fechamento fosse aplicada com rigor. Além disso, os descalços contavam também com o apoio do núncio papal no Reino da Espanha, Nicolò Ormaneto, bispo de Pádua, que podia, em última instância, visitar e reformar qualquer ordem religiosa em sua jurisdição. Depois de receber um pedido de intervenção dos descalços, Ormaneto substituiu Vargas como visitante na Andaluzia (onde o conflito começou) por Jerónimo Gracián, um sacerdote da Universidade de Alcalá, que, na realidade, era um carmelita descalço.[8] Em janeiro de 1576, João foi preso em Medina del Campo por frades não reformados, mas acabou solto, depois da intervenção do núncio.[8] Porém, quando Ormaneto morreu, em 18 de junho de 1577, João ficou sem seu maior aliado e seus adversários aproveitaram a oportunidade.

Anos finais e reconhecimento

Sepulcro em Segóvia, Espanha
Sepulcro em Úbeda, Espanha

Na noite de 2 de dezembro de 1577, um grupo de carmelitas contrários às reformas invadiram a casa de João em Ávila e o prenderam. Ele havia recebido ordens de alguns superiores contrários às suas ideias a deixar Ávila e voltar para sua casa original, mas ele se recusou alegando que seu trabalho havia sido aprovado pelo núncio espanhol, uma autoridade superior,[21] o que resultou em sua prisão. Ele foi levado para um mosteiro em Toledo, que era, na época, o mosteiro carmelita mais importante em Castela, abrigando provavelmente uns 40 frades.[22][23] João foi acusado de desobedecer às ordens de Placência e, apesar de seus argumentos, acabou sendo condenado à prisão. Encarcerado no mosteiro, João foi mantido sob um regime brutal que incluía uma surra de chicote em público ao menos uma vez por semana e um isolamento completo numa cela minúscula (3m x 2m) que mal abrigava seu corpo. Com exceção das raras ocasiões nas quais recebia permissão para utilizar uma lamparina, João era obrigado a subir num banco para conseguir ler seu breviário utilizando a luz que escapava do cômodo vizinho através de um buraco na parede. Ele não podia trocar de roupas e era alimentado apenas com pão, água e restos de peixe salgado.[24] Foi neste período que João compôs grande parte de seu famoso poema "Cântico Espiritual" (além de outros menores) em papel fornecido por um outro frade que era encarregado de vigiar sua cela.[25] João finalmente conseguiu escapar nove meses depois, em 15 de agosto de 1578, através de uma pequena janela que existia na cela vizinha depois de conseguir soltar as dobradiças da porta de sua cela.

Depois de um período de convalescença, primeiro entre as freiras de Teresa em Toledo e, depois de seis semanas no Hospital de Santa Cruz,[26] João retomou suas reformas. Em outubro de 1578 ele se reuniu em Almodóvar del Campo com outros defensores da reforma, cada vez mais conhecidos como "carmelitas descalços". Lá, parte como resultado da resistência de outros carmelitas, os rebeldes decidiram solicitar do papa a separação formal da nova ordem.[27]

Nesta reunião, João foi nomeado superior de El Calvario, um mosteiro isolado de cerca de trinta frades a dezoito quilômetros de Beas, no alto das montanhas da Andaluzia.[28] Nesta época, ele conheceu Ana de Jesús, a superiora das freiras descalças da cidade, por conta de suas visitas semanais (sempre aos sábados) à cidade. Em El Calvario, João compôs a primeira versão de seus comentário sobre o "Cântico Espiritual", provavelmente a pedido das freiras de Beas.

Em 1579, João mudou-se para Baeza, uma cidade de cerca de 50 000 habitantes, para servir como reitor de uma nova escola, o Colegio de San Basilio, que visava apoiar os estudos dos carmelitas descalços da Andaluzia. O colégio foi inaugurado em 13 de junho de 1579 e João permaneceu no cargo até 1582, dispendendo boa parte de seu tempo na função de diretor espiritual dos frades e da população local.

O ano de 1580 foi muito importante para a resolução do conflito com os carmelitas. Em 22 de junho, Gregório XIII assinou um decreto intitulado Pia Consideratione autorizando a separação. O frade dominicano Juan Velázquez de las Cuevas foi encarregado de fazer valer a decisão papal. No primeiro capítulo geral da nova ordem, realizado em Alcalá de Henares em 3 de março de 1581, João da Cruz foi eleito um dos "definitores" da comunidade e foi ele quem escreveu a primeira constituição da ordem. Na época (1581), havia 22 casas, 300 frades e 200 freiras na ordem dos Carmelitas Descalços.[29]

Em novembro de 1581, João foi enviado por Teresa para ajudar Ana de Jesús na fundação de um convento em Granada. Chegando à cidade em janeiro do ano seguinte, ela fundou imediatamente o convento enquanto João seguiu para o mosteiro masculino de Los Martires, do lado de Alhambra, tornando-se o prior em março em 1582.[30] Foi ali que ele soube da morte de Teresa em outubro do mesmo ano.

Em fevereiro de 1585, João viajou para Málaga e fundou ali um outro convento descalço. Em maio, no capítulo geral realizado em Lisboa, João foi eleito vigário provincial da Andaluzia, um cargo que exigia que ele viajasse com frequência, visitando anualmente as casas da ordem na região. Nesta época, ele fundou sete novas casas e viajou por - estima-se - 25 000 quilômetros.[31]

Em junho de 1588, João foi eleito terceiro conselheiro do vigário-geral dos Carmelitas Descalços, padre Nicolas Doria. Para exercer a função, teve que se mudar para Segóvia, em Castela, onde acumulou também a função de prior do mosteiro local. Em 1590/91, depois de discordar da reforma de Doria da liderança da ordem, João foi demitido e enviado por ele, em junho, para um mosteiro isolado na Andaluzia chamado La Peñuela. Lá, caiu enfermo e teve que viajar para o mosteiro em Úbeda para se tratar. Sua condição se deteriorou e João morreu ali em 14 de dezembro de 1591, vitimado por uma erisipela.[27]

Veneração

Na manhã seguinte à morte de João, um grande número de moradores de Úbeda foi ao mosteiro para ver o corpo; na confusão, muitos conseguiram levar partes de seu hábito como relíquia. O corpo foi inicialmente enterrado ali, mas, a pedido do mosteiro de Segóvia, acabou sendo secretamente levado para lá em 1593. A população de Úbeda,, descontente com a mudança, enviou mensageiros para pedir ao papa a devolução do corpo ao túmulo original e Clemente VIII, impressionado pelo pedido, ordenou em 15 de outubro, isso fosse feito. No fim, numa solução de compromisso, os superiores da ordem decidiram que o mosteiro em Úbeda receberia uma perna e um braço do corpo que estava em Segóvia (o outro braço de João havia sido removido quando o corpo passou por Madrid em 1593). Uma mão e a outra perna permaneceram em exibição num relicário no Oratório de San Juan de la Cruz de Úbeda, um mosteiro construído em 1627 e ligado ao principal mosteiro carmelita descalço da cidade, fundado em 1587.[32]

A cabeça e o torso permaneceram em Segóvia, onde foram venerados até 1647, quando foram novamente enterrados por ordens de Roma, que desejava evitar a veneração de restos mortais sem aprovação oficial. Na década de 1930, os restos de João foram novamente desenterrados e estão ainda hoje abrigados num sarcófago de mármore sobre um altar especial construído, na época, numa capela lateral.[32]

Os esforços para beatificar João começaram com a coleta das informações sobre sua vida entre 1614 e 1616 e ele foi beatificado em 1675 por Clemente X. Em 1726, ele foi canonizado pelo papa Bento XIII. Quando sua festa foi adicionada ao Calendário Geral Romano, em 1738, o dia escolhido foi 24 de novembro por que a data de sua morte estava impedida por conta da então existente da oitava da Festa da Imaculada Conceição.[33] Este obstáculo foi removido em 1955 e, em 1969, Paulo VI mudou a data para o "dies natalis" ("nascimento no céu") do santo, 14 de dezembro.[34] A Igreja da Inglaterra comemora João como "Professor da Fé" na mesma data. Em 1926, ele foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Pio XI depois de uma opinião definitiva dada por Reginald Garrigou-Lagrange O.P., professor de filosofia e teologia da Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino em Roma[35] e João passou a ser conhecido também como "Doctor Mysticus".

Edições de suas obras

Suas obras foram publicadas pela primeira vez em 1618 por Diego de Salablanca. As divisões numéricas da obra, ainda utilizadas pelas edições modernas do texto, foram introduzidas por Salablanca (elas não existiam nos originais de João) para ajudar a tornar a obra mais manuseável para o leitor.[36] Esta edição não traz o "Cântico Espiritual" e também omite ou adapta algumas passagens, provavelmente por medo de infringir alguma regra da Inquisição.

O "Cântico Espiritual" foi incluído pela primeira vez na edição de 1630, produzida pelo frade Jeronimo de San José, em Madri. Esta edição foi muito utilizada por editores posteriores e as dos séculos XVII e XVIII passaram a, gradualmente, incluir alguns poemas e cartas adicionais.[37]

Obras literárias

A Subida do Monte Carmelo segundo a primeira edição de 1618 de Diego de Astor.
Segundo Dicken,[38] esta imagem não é uma representação fiel do pensamento de João e nem é fiel ao desenho original de João. Ela foi publicada pela primeira vez em 1929 e é uma cópia de 1759 da original (perdida), quase certamente desenhada pelo próprio João. É esta, porém, que acabou influenciando as representações do "Monte", como a que aparece na edição veneziana de 1748 e na genovesa de 1858 das obras de João.

João da Cruz é amplamente considerado como um dos principais poetas da língua espanhola. Apesar de seus poemas contarem com menos de 2 500 versos, dois deles - o "Cântico Espiritual" e "A Noite Escura da Alma" - são considerados obras-primas da poesia espanhola, tanto do ponto de vista estilístico formal quanto por seu rico simbolismo. Suas obras teológicas são majoritariamente comentários sobre estes poemas. Todas as suas obras forma escritas entre 1578 e sua morte em 1591, o que resultou numa grande consistência de ideias apresentadas neles.

O "Cântico Espiritual" é uma écloga na qual a noiva (representando a alma) procura um noivo (representando Jesus) e está ansiosa por tê-lo perdido; ambos se regozijam ao se reencontrar. Ela pode ser vista como versão espanhola livre do Cântico dos Cânticos numa época que traduções da Bíblia para o vernáculo eram proibidas. As primeiras 31 stanzas do poema foram compostas em 1578 durante o período que João esteve preso em Toledo e foram lidas pelas freiras em Beas, que as copiaram. Nos anos subsequentes, João acrescentou novas stanzas e atualmente existem duas versões: uma com 39 e outra com 40, com algumas delas colocadas em ordem diferente. A primeira versão do comentário sobre o poema foi escrita em 1584 a pedido da madre carmelita descalça Ana de Jesús de Granada. Uma segunda versão, mais detalhada, foi escrita em 1585-6.[39]

A "Noite Escura" (que depois emprestou seu nome ao termo cristão) narra a jornada da alma de sua casa corpórea até sua união com Deus. Ela acontece durante a noite, que representa as agruras e dificuldades que ela encontra ao se desprender do mundo e alcançar a luz da união com o Criador. Há diversos passos nesta noite, relatados em sucessivas stanzas. A ideia principal do poema é a dolorosa experiência pela qual as pessoas passam em suas tentativas de amadurecer espiritualmente para unirem-se a Deus. O poema foi provavelmente escrito em 1578 ou 1579 e um comentário de João sobre as duas primeiras stanzas e a primeira linha da terceira, em 1584-5.[40]

A "Ascensão do Monte Carmelo" é um estudo mais sistemático da empreitada asceta de uma alma buscando a união perfeita com Deus e dos eventos místicos que acontecem neste caminho. Embora o poema se inicie como um comentário sobre a "Noite Escura", rapidamente o formato muda e, tendo comentado sobre as duas primeiras stanzas, torna-se um tratado. Ele foi composto em algum momento entre 1581 e 1585.[41]

Uma obra com apenas quatro stanzas', "Chama Viva do Amor", descreve uma intimidade maior conforme a alma responde ao amor divino. Ele foi escrito numa primeira versão em Granada entre 1585 e 1586, aparentemente em apenas duas semanas[42] e numa segunda versão quase idêntica em La Peñuela em 1591.

As obras de João juntamente com seu "Dichos de Luz y Amor" e as obras de Santa Teresa de Ávila são as mais importantes obras em espanhol e influenciaram profundamente os escritores espirituais posteriores no mundo todo. Entre eles, T. S. EliotSanta Teresinha do Menino JesusEdith Stein e Thomas Merton. João influenciou também filósofos como Jacques Maritain, teólogos como Hans Urs von Balthasarpacifistas como Dorothy DayDaniel Berrigan e Philip Berrigan e artistas como Salvador Dalí. A dissertação teológica de São João Paulo II versava sobre a teologia mística de São João da Cruz.

Influências intelectuais

Permanece um debate em aberto as principais influências sobre o pensamento de João da Cruz. As principais estão detalhadas abaixo.

Escrituras

Em primeiro lugar, João foi claramente influenciado pela Bíblia. Imagens bíblicas são comuns tanto em seus poemas como em suas prosas - no total, há 1 583 citações explícitas e 115 implícitas em sua obra.[43] A influência do Cântico dos Cânticos sobre o "Cântico Espiritual" é frequentemente lembrada, tanto na estrutura do poema - um diálogo entre dois nubentes, o relato das dificuldades em se encontrarem e o "coro de fora do palco" que comenta sobre a ação - como também na ação em si e nas imagens das frutas, a adega de vinho, a pomba e as flores, que ecoam temas do Cântico dos Cânticos.[43]

Além disso, João revela, em pontos específicos, a influência do Ofício Divino, o que demonstra como João, imbuído da linguagem e dos rituais da Igreja, faz uso, por vezes, de frases e da linguagem eclesiástica.[44]

Estudos iniciais

Para obter um entendimento melhor sobre as influências intelectuais a que João da Cruz foi exposto em seus primeiros anos (e para isolar os fatores que definiram sua teologia pouco usual), muitos estudiosos tentaram reconstruir o curso provável das classes que João assistiu enquanto esteve em Salamanca entre 1563 e 1567, vivendo no Colégio Carmelita de San Andrès e estudando na Universidade de Salamanca. No século XX, passou a ser amplamente aceito que João estudou em ambos, um pensamento que não existia nas biografias do século XVII, que ignoram quaisquer classes em San Andrès.[45]

Se ele estudou de fato em San Andrès, João certamente teria sido exposto às doutrinas de Miguel de Bolonha e João Baconthorpe, sendo este último o foco principal dos carmelitas espanhóis da época.[46] Não há, porém, sinais inequívocos da influência de nenhum deles nas obras de João. Talvez nada mais se possa dizer sobre a influência de Baconthorpe dado que ele era um "acadêmico sutil e eclético que não hesitou em discordar de Aquino em diversos temas importantes"; é possível "que conhecer suas obras possa ter ajudado João a evitar uma aderência cega às doutrinas tomistas".[47]

Na Universidade de Salamanca, há um amplo consenso sobre as variadas influências intelectuais a que João pode ter sido exposto. Na época, havia ali cadeiras sobre Tomás de Aquino, Duns Escoto e Guillaume Durand.[48] Assume-se geralmente que João estudou ali sobre o pensamento de Aquino, o que explica a influência dele na estrutura escolástica de suas obras.

Porém, a crença que João teria sido estudado nos dois colégios tem recebido muitas críticas.[49] Argumenta-se, em primeiro lugar, que é incerto se existia de fato classes sobre as artes clássicas e teologia em San Andrès antes de 1571, que uma reconstrução da grade de aulas da Universidade de Salamanca demonstra que haveria pouco tempo para mais estudos no Colégio de San Andrès e que o que havia em San Andrès (se é que havia algo) era, provavelmente, ensaios, preparação de aulas, mas nada oficial - o que torna a ideia de que João teria sido sistematicamente exposto aos pensamentos de Baconthorpe menos provável.[50] O estudioso Bazares, de forma controversa, questiona até mesmo se João teria estudado na Universidade de Salamanca. Os cursos de filosofia que João provavelmente frequentou sobre lógica, filosofia natural e filosofia moral podem ser reconstruídos, mas Bezares argumenta que João teria abandonado seus estudos em 1568 para se juntar a Teresa e não se formou, o que significaria que ele não estudou em Salamanca.[51]

Outro argumento levantado sobre o período que ele estudou em Salamanca por estudiosos tentando explicar a origem do pensamento místico de João é que ele teria sido exposto, em detalhes, ao pensamento místico. Na primeira biografia de João, publicada em 1628, alega-se, com base em informações obtidas de companheiros de estudo de João, que ele, em 1567, frequentou um grupo de estudos especial sobre escritores místicos, principalmente Pseudo-Dionísio e São Gregório Magno.[52] Uma grande importância foi imputada a esta evidência por escritores subsequentes. Porém, outros duvidaram sem, contudo, negarem que João de fato possa ter estudado teologia mística na época.[53]

Resumindo, não existe consenso sobre os primeiros anos dos estudos de João e sobre o que influenciou seu pensamento. Embora uma lista de teólogos que certamente lecionaram no período em que ele esteve em Salamanca, as evidências não são suficientes para que se defina com certeza quem o influenciou.

Pseudo-Dionísio

Influência na Espanha
Verso do "Cântico Espiritual" num monumento em Ávila.
Verso de "A Noite Escura da Alma" no local onde estão as ruínas do convento onde João ficou preso em Toledo.

Raramente se discute que a estrutura geral da teologia mística de João e sua linguagem sobre a união da alma com Deus foi influenciada pela tradição pseudo-dionisiana.[54] Porém, não é claro se João teve acesso direto às obras dele ou se esta influência se deu através de outros autores posteriores.

O principal conduíte da espiritualidade de Pseudo-Dionísio na literatura místico-asceta sobre a oração contemplativa do século XVI (como a de João da Cruz e Teresa de Ávila) parece ter sido a tradição "recogido" de Francisco de Osuna, Bernardino de Laredo e outros.[55] O foco de Osuna no "recogimiento" ("relembrança") como forma de rezar é semelhante à discussão de João sobre a oração e pode ter sido uma influência.[56]

Místicos medievais

É também amplo consenso que João pode ter sido influenciado pelas obras de outros místicos medievais, embora haja muito debate sobre que doutrina exatamente teria influenciado suas obras e sobre como ele pode ter sido exposto às ideias deles.

A possibilidade de João ter sido influenciado pelos chamados "místicos da Renânia" - como Meister EckhartJohannes TaulerHenrique Suso e João de Ruysbroeck - tem sido proposta por alguns autores,[57] que acreditam que João foi influenciado mais pelo misticismo alemão que, talvez, por Gregório de NíssaPseudo-DionísioSanto AgostinhoSão Bernardo, a Escola de São Vítor e "A Imitação". Liz Carmichael defende que apenas Tauler teria influenciado-o[58] argumentando que os três sinais de João pelo qual a "noite dos sentidos" pode ser reconhecida são derivados da obra "Instituições", atribuída, na época de João, a Tauler (eram, na verdade, uma compilação de trechos de vários autores alemães da época). "Instituições" foi publicada em latim em 1548 e em castelhano em 1551. A hipótese dela é que João deve ter tido contato com a obra em Salamanca, especialmente se ele de fato estudou autores místicos enquanto esteve lá. Além dos místicos da Renânia, outros defendem que ele teria sido influenciado pelos vitorinos e Boaventura.[59] Em épocas mais recentes, Peter Tyler defende que João adota um estilo literário - o chamado "discurso performático" - da linhagem tradicional de Pseudo-Dionísio, dos vitorinos, de Jean Gerson e de intermediários como Francisco de Osuna.[60]

Poesia secular espanhola

Porém, um forte argumento também pode ser defendido para a tese que João teria sido influenciado pela literatura espanhola da época. O primeiro a fazê-lo foi Dámaso Alonso,[61] que acreditava que, além de se basear nas Escrituras, João estava transformando temas profanos não-religiosos, derivados de músicas populares ("romanceros"), em poesia religiosa. Alonso argumentou que João foi particularmente influenciado pelos poetas renascentistas espanholas Garcilaso de la Vega e Boscán. João parece ter utilizado o formato dos versos de Garcilaso em sua própria poesia, principalmente no "Cântico Espiritual", "Noite Escura" e "Chama Viva". Além das várias imagens bíblicas já citadas, os poemas de João revelam vários símbolos renascentistas de amor pastoral - proeminentes em Garcilaso e Boscán - como sereiasrouxinóisninfas, pombos e pastores.[43] Além disso, no prólogo da "Chama Viva", João afirma que "a composição das linhas líricas é como as que, em Boscán, receberam um significado religioso".[62]

Outros, ainda, tem questionado as evidências de como, precisamente, João pode ter sido influenciado pelos dois poetas espanhóis. Dámaso Alonso defendeu que João deve ter lido uma edição recém-publicada em 1575 dos poetas lançada em Ávila logo depois de ter sido preso em Toledo e que esta leitura teria sido uma influência chave que reacendeu as memórias de João em relação ao que havia lido de Garcilaso quando era um jovem estudante entre os jesuítas de Medina del Campo. Porém, Peter Thompson discorda, argumentando que não se sabe se João de fato teria conhecido Garcilaso quando jovem e que, portanto, a influência do poeta sobre a obra do santo seria exagerada.[63]

Influência islâmica

Uma teoria possível - e controversa - sobre as origens das imagens místicas de João é que ele teria sido influenciado por fontes islâmicas. A tese foi proposta de forma detalhada pela primeira vez por Miguel Asín Palácios e foi mais recentemente defendida pela estudiosa porto-riquenha Luce Lopez Baralt.[64]

Peter Tyler, porém, apresenta uma série de objeções a esta tese. Primeiro, lembra ele, as metáforas apresentadas por Luce, apesar de presentes em certas fontes islâmicas em outras partes do mundo muçulmano, não foram sempre proeminentes nas fontes islâmicas da Andaluzia e do norte da África. Segundo, seja como for, João utiliza-as de forma diferente. Em terceiro lugar - e crucialmente - parece ter havido muito pouca interação cultural entre cristãos e muçulmanos na Espanha no final do século XVI, com fontes existindo em diversas línguas sem serem traduzidas de uma para outra, além do óbvio fato de que todos os muçulmanos já estavam obrigados, na época, a sair da Espanha. Tyler conclui que "há suficientes antecedentes medievais para muitas das metáforas que João emprega para sugerir que devemos procurar nas fontes cristãs e não nas muçulmanas".[65] Como indicou José Nieto, na busca de uma ligação entre o misticismo cristão espanhol e o misticismo islâmico, faria mais sentido uma referência à tradição neoplatônica e experiências místicas comuns do que uma influência direta entre elas.[66]

Ver também

Referências

  1.  Não se sabe o dia. Os registros paroquiais se perderam num incêndio em 1546 e a única evidência séria é uma inscrição na pia batismal da igreja, datada de 1689. A data de 24/06, que é também o dia de São João, é por vezes citada, mas é possível que seja apenas uma conjectura. Veja E Allison Peers, Spirit of Flame: A Study of St John of the Cross, (London: SCM Press, 1943), p. 11.
  2.  Em 1952, o Ministério Nacional para a Educação da Espanha nomeou-o patrono dos poetas. O mesmo ministério repetidamente autorizou e aprovou a inclusão das obras de João no cânon dos escritores espanhóis.
  3.  Rodriguez, Jose Vincente (1991). God Speaks in the Night. The Life, Times, and Teaching of St. John of the Cross'. Washington, DC: ICS Publications. 3 páginas
  4.  C. P. Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night, London: SPCK, 2002, p. 27.
  5.  Norman Roth, Conversos, Inquisition, and the Expulsion of the Jews from Spain, Madison, WI: The University of Wisconsin Press, 1995, pp. 157, 369
  6.  Desmond Tillyer, Union with God: The Teaching of St John of the Cross, London & Oxford: Mowbray, 1984, p. 4
  7.  Gerald Brenan, St John of the Cross: His Life and Poetry (Cambridge: Cambridge University Press, 1973), p. 4
  8. ↑ Ir para:a b c d e f g Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. pp. 9–27. ISBN 0-935216-14-6
  9.  Matthew, Iain (1995). The Impact of God, Soundings from St John of the Cross. [S.l.]: Hodder & Stoughton. 3 páginas. ISBN 0-340-61257-6
  10.  C. P. Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night, London: SPCK, 2002, p. 31
  11.  Kavanaugh (1991) indica a data de 24 de fevereiro. Porém, E. Allison Peers (1943), p. 13, nota que embora esta data, dia da festa de São Matias, seja assumida como correta, o padre Silvério postula uma outra, em agosto ou setembro.
  12.  Em algum momento entre 21 de maio e outubro. Veja E. Allison Peers, Spirit of Flame: A Study of St John of the Cross (London: SCM Press, 1943), p. 13
  13.  E. Allison Peers (1943, p. 16) sugere que a viagem seria para visitar um mosteiro cartuxo nas redondezas;Richard P. Hardy, The Life of St John of the Cross: Search for Nothing (London: DLT, 1982), p. 24, argumenta que a razão era a realização da primeira missa de João
  14.  E. Allison Peers, Spirit of Flame: A Study of St John of the Cross (London: SCM Press, 1943), p. 16
  15.  Desmond Tillyer, Union with God: The Teaching of St John of the Cross (London & Oxford: Mowbray, 1984), p. 8
  16.  Richard P. Hardy, The Life of St John of the Cross: Search for Nothing (London: DLT, 1982), p. 27
  17.  É possível que ele tenha abrigado apenas três homens segundo E. Allison Peers (1943), p. 27, ou cinco segundo Richard P. Hardy, The Life of St John of the Cross: Search for Nothing (London: DLT, 1982), p. 35
  18.  O mês geralmente é indicado nas fontes como sendo maio. E. Allison Peers, Complete Works Vol. I (1943, xxvi), concordando P. Silverio, acredita que foi depois, mas certamente antes de 27 de setembro
  19.  Richard P. Hardy, The Life of St John of the Cross: Search for Nothing (London: DLT, 1982), p. 56.
  20.  Ele é, possivelmente, o mesmo Pedro Fernández que se tornou bispo de Ávila em 1581. Foi ele que nomeou Teresa em 1571 como prioresa em Ávila, mas que também mantinha boas relações com o prior provincial carmelita de Castela.
  21.  Bennedict Zimmermann. «Ascent of Mt. Carmel, introductory essay THE DEVELOPMENT OF MYSTICISM IN THE CARMELITE ORDER». Thomas Baker and Internet Archive. Consultado em 11 de dezembro de 2009|pages = 10,11
  22.  C. P. Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night (London: SPCK, 2002), p. 48. Thompson lembra que muitas biografias mais antigas afirmaram que o número de frades em Toledo era oitenta, um número cuja única fonte era a biografia espanhola de Crisogno. Alain Cugno (1982) afirma que eram 800 frades, o que Thompson assume ser um erro de impressão. Porém, como detalha o próprio Thompson, o número real de frades foi reconstituído a partir da comparação de vários documentos existentes em 1576: 42 frades pertenciam àquela casa, dos quais apenas 23 moravam ali; o resto estava ausente por vários motivos. Essa conta foi feita por J. Carlos Vuzeute Mendoza, 'La prisión de San Juan de la Cruz: El convent del Carmen de Toledo en 1577 y 1578', A. García Simón, ed, Actas del congreso internacional sanjuanista, 3 vols. (Valladolid: Junta de Castilla y León, 1993) II, pp. 427-436
  23.  Peter Tyler, St John of the Cross (New York: Continuum, 2000), p. 28. O priorado foi destruído em 1936 e não existe mais - no local hoje está o estacionamento municipal de Toledo
  24.  Desmond Tillyer, Union with God: The Teaching of St John of the Cross, (London & Oxford: Mowbray, 1984), p. 10
  25.  Dark night of the soul. Tradução para o inglês de Mirabai Starr. ISBN 1-57322-974-1 p. 8.
  26.  Peter Tyler, St John of the Cross (New York: Continuum, 2000), p. 33. O hospital ainda existe e é hoje uma galeria de arte municipal em Toledo
  27. ↑ Ir para:a b Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. pp. 18–22. ISBN 0-935216-14-6
  28.  C. P. Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night, London: SPCK, 2002, p. 117
  29.  CP Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night, London: SPCK, 2002, p119
  30.  Richard P. Hardy, The Life of St John of the Cross: Search for Nothing (London: DLT, 1982), p. 90.
  31.  C. P. Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night, London: SPCK, 2002, p. 122. Uma viagem que teria sido feita majoritariamente a pé ou no lombo de uma mula por causa das estritas regras que governavam a forma na qual os frades descalços podiam viajar.
  32. ↑ Ir para:a b Richard P Hardy, The Life of St John of the Cross: Search for Nothing, (London: DLT, 1982), pp113-130
  33.  Calendarium Romanum (Libreria Editrice Vaticana, 1969), p. 110
  34.  Calendarium Romanum (Libreria Editrice Vaticana, 1969), p. 146
  35.  http://www.avvenire.it/Cultura/Pagine/il-tomista-assalto.aspx Accessed 17 Feb., 2014
  36.  Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. p. 354. ISBN 0-935216-14-6
  37.  The Complete Works of Saint John of the Cross. Traduzida e editada por E. Allison Peers, a partir da edição crítica de Silverio de Santa Teresa. 3 vols. (Westminster, MD: Newman Press, 1943). Vol. I, pp. l-lxxvi
  38.  Eric Truman Dicken, The Crucible of Love, (1963), pp. 238-242
  39.  Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. pp. 461–8. ISBN 0-935216-14-6
  40.  Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. pp. 461–8. ISBN 0-935216-14-6
  41.  Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. p. 34. ISBN 0-935216-14-6
  42.  Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. p. 634. ISBN 0-935216-14-6
  43. ↑ Ir para:a b c Tyler, Peter (2010). St John of the Cross. New York: Continuum, p. 116
  44.  Como em "Chama Viva" (1.16 e 2.3). Veja John Sullivan, 'Night and Light: the Poet John of the Cross and the Exultet of the Easter Liturgy', Ephemerides Carmeliticae, 30:1 (1979), pp. 52-68.
  45.  Esta tese foi proposta tanto por Jean Baruzi, Saint Jean de la Croix (1924) quanto por Crisgono de Jesus Sacramentado, San Juan de la Cruz (1929).
  46.  Crisogono, 1958, p. 35
  47.  Steven Payne, John of the Cross and the Cognitive Value of Mysticism: An Analysis of Sanjuanist Teaching and its Philosophical Implications for Contemporary Discussions of Mystical Experience (1990), p. 5
  48.  Crisogono (1958), pp. 33-35
  49.  By L. Rodríguez-San Pedro Bezares, 'La Formación Universitaria de Juan de la Cruz', Actas del Congreso Internacional Sanjuanista (Valladolid, 1993)
  50.  Bezares, pp. 14-23
  51.  Bezares, p19
  52.  A biografia de 1628 de João foi escrita por Quiroga. A informação está em Crisogono (1958), p. 38
  53.  Eulogio Pacho (1969), pp. 56-59; Steven Payne, John of the Cross and the Cognitive Value of Mysticism: An Analysis of Sanjuanist Teaching and its Philosophical Implications for Contemporary Discussions of Mystical Experience (1990), p. 14, n. 7)
  54.  João menciona Pseudo-Dionísio explicitamente quatro vezes— S2.8.6; N2.5.3; CB14-15.16; Ll3-3.49. Luis Girón-Negrón, 'Dionysian thought in sixteenth-century Spanish mystical theology', Modern Theology, 24(4), (2008), p699
  55.  Luis Girón-Negrón, 'Dionysian thought in sixteenth-century Spanish mystical theology'. Modern Theology, 24(4), (2008), pp. 693–706.
  56.  Nieto, Mystic, Rebel, Saint: A Study of St. John of the Cross, (1979), p. 130
  57.  J. Orcibal, S Jean de la Croix et les mystiques Rheno-Flamands (Desclee-Brouwer, Presence du Carmel, no. 6); Crisogono (1929), I, 17
  58.  Liz Carmichael, "Appendix", in Norbert Cummins, Freedom to Rejoice: Understanding St John of the Cross, (1991).
  59.  A Benedictine of Stanbrook Abbey, Mediaeval Mystical Tradition and John of the Cross,(London: Burns & Oates, 1954) defendem a influência de ambos e também dos místicos alemães e holandeses.
  60.  Peter Tyler, St John of the Cross (New York: Continuum, 2010).
  61.  Dámasco Alonso, La poesía de San Juan de la Cruz (Madrid, 1942)
  62.  Kavanaugh, Kieran (1991). «General Introduction: Biographical Sketch». In: Kieran Kavanaugh. The Collected Works of St John of the Cross. Washington: ICS Publications. pp. 461–8. ISBN 0-935216-14-6. Kavanaugh (1991, p. 640) lembra ainda que estas linhas não são, na verdade, de Boscán, mas de Garcilaso, embora a confusão entre os dois fosse comum na época, pois as obras deles foram publicadas juntas.
  63.  Tyler, p. 117, Peter Thompson, St. John of the Cross: Songs in the Night (London: SPCK, 2002)
  64.  Luce Lopez Baralt, Juan de la Cruz y el Islam (1990)
  65.  Peter Tyler, St John of the Cross (2010), pp. 138-142
  66.  José Nieto, Mystic, Rebel, Saint: A Study of St. John of the Cross (Geneva, 1979)

Bibliografia

Obras de João da Cruz

Outras obras

  • Howells, E. "Spanish Mysticism and Religious Renewal: Ignatius of Loyola, Teresa of Avila, and John of the Cross (16th Century, Spain)", in Julia A. Lamm, ed., Blackwell Companion to Christian Mysticism, (Oxford: Wiley-Blackwell, 2012)
  • Kavanaugh, K. John of the Cross: doctor of light and love (2000)
  • Matthew, Iain. The Impact of God, Soundings from St John of the Cross (Hodder & Stoughton, 1995)
  • Nau, Sr. Pascale-Dominique. When God Speaks: Lectio Divina in Saint John of the Cross and the Ladder of Monks (Rome: Lulu.com, 2011)
  • Payne, Stephen. John of the Cross and the Cognitive Value of Mysticism (1990)
  • Stein, EdithThe Science of the Cross (translated by Sister Josephine Koeppel, O.C.D. The Collected Works of Edith Stein, Vol. 6, ICS Publications, 2011)
  • Williams, RowanThe wound of knowledge: Christian spirituality from the New Testament to St. John of the Cross (1990)
  • Wojtyła, K.Faith According to St. John of the Cross (1981)

Ligações externas

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

DIA DO VIOLINO -. 13 DE DEZEMBRO DE 2021

 

História do violino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

violino, a viola e o violoncelo foram fabricados no início do século XVI, na Itália. A evidência mais antiga de sua existência está nas pinturas de Gaudenzio Ferrari da década de 1530, embora os instrumentos da Ferrari tivessem apenas três cordas. O Academie musicale, um tratado escrito em 1556 por Philibert Jambe de Fer, fornece uma descrição clara da família dos violinos, tal como a conhecemos hoje.

É provável que os violinos tenham sido desenvolvidos a partir de vários outros instrumentos de cordas dos séculos XV e XVI, incluindo a vielarabeca e lira da braccio. A história dos instrumentos de corda na Europa remonta ao século IX com a lira bizantina (ou lūrāgrego: λύρα).

Desde sua invenção, os instrumentos da família dos violinos sofreram várias mudanças. O padrão geral do instrumento foi estabelecido no século XVII por lutieres como a prolífica família AmatiJakob Stainer, do Tirol, e Antonio Stradivari, com muitos fabricantes na época e desde então seguindo seus modelos.

História antiga

Os dois primeiros instrumentos de cordas friccionadas são o ravanastrão e o omerti encontrados na Índia e feitos de um cilindro oco de madeira de sicômoro. Eles eram tocados à maneira de um violoncelo.[1] Também na China, outro instrumento de arco de duas cordas foi o erhu.[2] O ancestral direto de todos instrumentos de arco e cordas é o árabe rebab (ربابة), que evoluiu para a lira bizantina pelo século nono e mais tarde na rabeca europeia.[3][4] Em Gales, o equivalente foram os crwths de três e seis cordas.[5] O geógrafo persa ibne Cordadebe (século IX), foi o primeiro a citar a lira bizantina de arco como um instrumento típico dos bizantinos e equivalente ao rabab (ربابة) usado no mundo muçulmano desde o início do século VIII.[6][7] A lira bizantina se espalhou pela Europa para o oeste e, nos séculos XI e XII, os escritores europeus usam os termos fiddle e lira intercambiável quando se referem a instrumentos de arco (Encyclopædia Britannica. 2009). Entretanto, o rabab foi introduzido na Europa Ocidental, possivelmente através da Península Ibérica, e ambos os instrumentos de arco se espalharam amplamente por toda a Europa, dando à luz vários instrumentos de arco europeus. Durante o Renascimento, a rabeca ocorreu em diferentes tamanhos e tons: soprano, tenor e baixo. As versões menores do instrumento eram conhecidas na Itália como ribecchino e na França como rubechette.[8]

Ao longo dos séculos que se seguiram, a Europa continuou a ter dois tipos distintos de instrumentos de arco: um, relativamente quadrado, portado nos braços, conhecido com o termo italiano família lira da braccio; o outro, com ombros inclinados e mantido entre os joelhos, conhecido com o termo italiano lira da gamba (ou viola da gamba, que significa viola para a perna).[9] Durante o Renascimento, as gambas eram instrumentos importantes e elegantes. A família muito bem-sucedida de violas com trastes apareceu na Europa apenas alguns anos antes do violino.[10] Elas acabaram perdendo terreno para a família lira da braccio mais sonora (e originalmente vista como menos aristocrática) do violino moderno.

Surgimento do violino

"Madonna das Laranjeiras", de Gaudenzio Ferrari, de 1529 a 1530. Em baixo, à esquerda do centro, está um bebê tocando um violino de três cordas
A cúpula de Madonna dei Miracoli em Saronno, com anjos tocando violino, viola e violoncelo.

O primeiro registro claro de um instrumento semelhante ao violino vem de pinturas de Gaudenzio Ferrari. Em sua Madonna da Laranjeira, pintada em 1530, um querubim é visto tocando um instrumento de arco que claramente tem as marcas dos violinos. Alguns anos depois, em um afresco dentro da cúpula da igreja de Madonna dei Miracoli em Saronno, os anjos tocam três instrumentos da família dos violinos, correspondentes a violino, viola e violoncelo. Os instrumentos retratados pela Ferrari têm tampos dianteiros e traseiros abaulados, cordas que alimentam cravelhames com cravelhas laterais, e buracos em forma de f. Eles não têm trastes. A única diferença real entre esses instrumentos e o violino moderno é que o de Ferrari tem três cordas e uma forma curvada mais extravagante.[11] Não está claro exatamente quem fez esses primeiros violinos, mas há boas evidências de que eles se originam do norte da Itália, nas proximidades (e na época da órbita política) de Milão. Não apenas as pinturas da Ferrari estão nesta área, mas na época cidades como Bréscia e Cremona tinham uma grande reputação pelo artesanato de instrumentos de corda.

A evidência documental mais antiga para um violino está nos registros da tesouraria de Savóia, que pagou por "trompettes et vyollons de Verceil", ou seja, "trompetes e violinos de Vercelli", a cidade onde Ferrari pintou sua Madonna do Laranjeira. O primeiro uso escrito existente do termo italiano violino ocorre em 1538, quando "violini Milanesi" (violinistas milaneses) foram levados a Nice ao negociar a conclusão de uma guerra.[12]

O violino rapidamente se tornou muito popular, tanto entre músicos de rua e a nobreza, o que é ilustrado pelo fato de que Carlos IX de França encomendou uma ampla gama de instrumentos de corda na segunda metade do século XVI.[13] Por volta de 1555, a corte francesa importou de uma banda de dança de violinistas italianos e em 1573, durante uma celebração de Catarina de Médici, "a música foi a mais melodiosa que já se viu e o balé foi acompanhado por cerca de trinta violinos tocando muito agradavelmente uma melodia de guerra", escreveu um observador.[14]

O mais antigo violino sobrevivente confirmado, datado dentro, é o "Charles IX" de Andrea Amati, produzido em Cremona em 1564, mas o rótulo é muito duvidoso. O Metropolitan Museum of Art tem um violino Amati que pode ser ainda mais antigo, possivelmente datado de 1558, mas, assim como o Charles IX, a data não é confirmada.[15] Um dos mais famosos e certamente o mais primitivo é o Messiah Stradivarius (também conhecido como 'Salabue') feito por Antonio Stradivari em 1716 e muito pouco tocado, talvez quase nunca e em um estado como novo. Agora está localizado no Museu Ashmolean de Oxford.

Os primeiros fabricantes

Instrumentos com aproximadamente 300 anos de idade, especialmente os fabricados por Stradivari e Guarneri del Gesù, são os mais procurados por artistas e colecionadores (geralmente mais ricos). Além da habilidade e reputação do fabricante, a idade de um instrumento também pode influenciar o preço e a qualidade. O violino possui 70 partes, na verdade 72 se os tampos superior e inferior forem feitos de dois pedaços de madeira. Cada uma das partes separadas é indispensável.[16] Os mais famosos fabricantes de violinos, entre o século XVI e o século XVIII, incluíram:

Influências entre luteiros
Um violino da família real britânica do século XVII (por volta de 1660), intricadamente entalhado, exposto no Victoria and Albert Museum em Londres.

Transição do barroco para a forma moderna

Entre os séculos XVI e XIX, ocorreram várias mudanças, incluindo:

  • A escala foi feita um pouco mais comprida para poder tocar as notas mais altas (no século XIX).
  • A escala foi inclinado um pouco mais, para produzir ainda mais volume à medida que orquestras cada vez maiores se tornaram populares.
  • Quase todos os instrumentos antigos foram modificados, incluindo o alongamento do braço em um centímetro, em resposta ao aumento do tom que ocorreu no século XIX.
  • A barra harmônica de quase todos os instrumentos antigos ficou mais pesada para permitir uma maior tensão nas cordas.
  • Os luteiros clássicos "pregavam" e colavam os braços do instrumento no bloco superior do corpo antes de colar a caixa de ressonância, enquanto os luteiros mais tarde encaixavam o braço no corpo depois de montá-lo completamente.
  • queixeira foi inventada no início do século XIX por Louis Spohr.[17]

Os resultados desses ajustes são instrumentos significativamente diferentes em som e resposta daqueles que deixaram as mãos de seus criadores. Independentemente disso, a maioria dos violinos hoje em dia é construída superficialmente semelhante aos instrumentos antigos.

Violinos comerciais

Nos séculos XIX e XX, numerosos violinos foram produzidos na França, Saxônia e Mittenwald no que é hoje a Alemanha, no Tirol, hoje parte da Áustria e Itália, e na Boêmia, agora parte da República Tcheca. Cerca de sete milhões de instrumentos da família de violinos e baixos, e muito mais arcos, foram enviados de Markneukirchen entre 1880 e 1914. Muitos instrumentos do século XIX e início do século XX enviados da Saxônia foram de fato fabricados na Boêmia, onde o custo de vida era menor. Enquanto as oficinas francesas em Mirecourt empregavam centenas de trabalhadores, os instrumentos saxões/boêmios eram feitos por uma indústria caseira de "trabalhadores qualificados, na maioria anônimos, rapidamente produzindo um produto simples e barato".[18]

Hoje, esse mercado também vê instrumentos vindos da China, Romênia e Bulgária.

Invenções recentes

Violinofone

Mais recentemente, o violino Stroh (violinofone) usou amplificação mecânica semelhante à de um gramofone não eletrificado para aumentar o volume do som. Alguns violinos Stroh têm uma pequena campana de "monitoramento" apontada para o ouvido do músico, para audibilidade em um palco alto, em que a campana principal aponta para a plateia. No final do século XIX e início do século XX, antes que a amplificação eletrônica se tornasse comum, os violinos Stroh eram usados principalmente no estúdio de gravação. Esses violinos com campanas direcionais melhor se adequavam às demandas da tecnologia da indústria de gravação inicial do que o violino tradicional. Stroh não foi a única pessoa que fez instrumentos dessa classe. Mais de vinte invenções diferentes aparecem nos livros de patentes até 1949. Frequentemente confundidos com Stroh e alternadamente conhecidos como violas Stroh, phonofiddles, violinos-de-campana, violino-corneta ou violino-trompete, esses outros instrumentos caíram na obscuridade comparativa.

A história do violino elétrico abrange todo o século XX. O sucesso dos dispositivos elétricos de amplificação, gravação e reprodução encerrou o uso do violino Stroh nas transmissões e gravações. Os violinos acústico-elétricos têm um corpo oco com fendas sonoras e podem ser tocados com ou sem amplificação. Os violinos elétricos de corpo sólido produzem muito pouco som por conta própria e exigem o uso de um sistema de reforço de som eletrônico, que geralmente inclui equalização e também pode aplicar efeitos sonoros.

Os violinos elétricos podem ter quatro cordas, ou até sete cordas. Como a resistência dos materiais impõe limites à corda superior, ela geralmente é afinada para E5, com cordas adicionais afinadas em quintas abaixo do habitual G3 de um violino típico de quatro cordas. O violino elétrico de cinco cordas mostrado na galeria abaixo foi construído por John Jordan no início do século XXI e está afinado em CGDA E.

Bibliografia

Boyden, David (1965). The History of Violin Playing from its origins to 1761. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-316315-2.

Leitura adicional

Referências

  1.  Steinhardt, Arnold (2006). Violin DreamsHoughton Mifflin. New York: [s.n.] ISBN 978-0-618-36892-1
  2.  Steinhardt. Violin Dreams. [S.l.: s.n.]
  3.  «Rabab»Encyclopædia Britannica
  4.  «Lira | musical instrument»Encyclopædia Britannica
  5.  Steinhardt. Violin Dreams. [S.l.: s.n.]
  6.  Margaret J. Kartomi: On Concepts and Classifications of Musical Instruments. Chicago Studies in Ethnomusicology, University of Chicago Press, 1990
  7.  Bachmann, Alberto (24 de julho de 2013). An Encyclopedia of the ViolinCourier Corporation. [S.l.: s.n.] ISBN 9780486318240
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