| | | As contas eram relativamente fáceis de fazer mas a qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo vai obrigar a engenharias inesperadas via playoff. E engenharias é tudo menos um termo inocente, olhando para o que se passou desde que Mitrovic, em cima do minuto 90, gelou a Luz com o golo da vitória da Sérvia que deu justiça ao marcador e fez com que muitos puxassem dos lenços (e até, ou sobretudo, das máscaras) para manifestar o descontentamento pela exibição e pela forma como Portugal abordou aquela que seria uma final rumo ao Qatar. Mais do que nunca, Fernando Santos foi o centro das críticas. E respondeu por isso. | Em entrevista no Jornal da Noite da TVI, o selecionador voltou a recordar os dois títulos inéditos alcançados na equipa principal (Campeonato da Europa em 2016 e Liga das Nações em 2019), fez um mea culpa sem ser bem um mea culpa quando assumiu a oscilação nas exibições que a equipa tem vindo a mostrar nos últimos jogos, garantiu que mantém a“relação pessoal e profissional excelente” com os jogadores e assegurou que, nesta fase, continua a ser a pessoa certa para levar Portugal ao Mundial. “Se for eliminado no playoff? Não vai acontecer, mas se isso acontecer eu saio”, destacou, entre outras considerações como as dificuldades que a Seleção tem vindo a revelar sempre que defronta equipas que apresentam linhas defensivas a três. | Havia quem defendesse uma troca técnica imediata mas a solução nunca esteve verdadeiramente em cima da mesa e é com Fernando Santos que Portugal enfrentará o playoff, onde pode começar por defrontar Áustria, Macedónia do Norte, Ucrânia, Polónia, Turquia ou Rep. Checa e no encontro decisivo poderá ter pela frente Itália, Escócia, País de Gales, Rússia ou Suécia (ou uma equipa não cabeça de série que surpreenda). Uma coisa é certa: existe o cenário real que há muito não se via de se duvidar sobre um apuramento para uma fase final depois de sucessivas participações desde o Europeu de 2000. E aquilo que o desaire com a Sérvia mostrou é que Portugal se apresenta hoje como o seu principal adversário. Resolvida essa parte, aproxima-se das equipas de primeira linha; perdendo-se nesse caminho, não ganha às de segunda linha. | | As competições de clubes já regressaram, não com o Campeonato mas com a Taça de Portugal e aquela velha máxima de que não há mesmo jogos fáceis apesar dos diferentes escalões das equipas em competição. Foi isso que ficou patente em Alvalade esta quinta-feira, com o Sporting a precisar de ir ao banco procurar o jackPote do costume para superar o Varzim com um golo nos últimos minutos num encontro marcado pela lesão de Jovane Cabral. Esta sexta-feira entra em campo o Benfica, que recebe o P. Ferreira (20h45), ao passo que no sábado há FC Porto-Feirense (20h15). Pode consultar na agenda desta newsletter todos os restantes encontros desta quarta eliminatória que envolvem equipas do primeiro escalão nacional até segunda-feira. | Seguem-se as competições europeias e uma jornada fundamental para as três equipas portuguesas na Liga dos Campeões. Na terça-feira (20h), o Benfica desloca-se a Barcelona para testar a nova versão blaugrana de Xavi, sendo que uma vitória vale a subida ao segundo lugar, um empate mantém o apuramento em aberto mas uma derrota coloca a luta pela qualificação resumida à Liga Europa. No dia seguinte, também às 20h, é a vez de FC Porto e Sporting jogarem nesta quinta jornada: os leões apuram-se diretamente com uma vitória por dois ou mais golos frente ao B. Dortmund, ficam muito perto caso vençam, mantêm tudo em aberto se empatarem e vão para a Liga Europa se perderem; os dragões, que jogam em Inglaterra diante do já apurado Liverpool, sabem que vão ficar sempre a depender de si para o apuramento na última ronda mas se vencerem e o Atl. Madrid perder na receção ao AC Milan até se podem qualificar de forma direta nesta ronda. | Nota de relevo para o Benfica, neste caso na Liga dos Campeões feminina, ao alcançar a primeira vitória de sempre na fase de grupos na Suécia frente ao Häcken com um golo de Catarina Amado nos descontos. Apesar de haver hipóteses matemáticas para isso, o apuramento é ainda uma missão hercúlea mas o sinal que ficou é mais um passo muito importante não só para as encarnadas mas para as restantes equipas nacionais. | | Portugal não tem jogado como habituou os adeptos de hóquei em patins nos últimos anos, nomeadamente como jogou quando se sagrou campeão mundial em 2019. Não está a defender como tão bem fazia, não está a ter a mesma fluidez em ataque organizado e nas transições, não tem no melhor momento algumas das suas principais individualidades. Foi por isso que, após a goleada com a Alemanha, perdeu com a França e não foi além do empate com a Itália. No entanto, há algo que não muda: o coração guerreiro da equipa. E foi isso que valeu uma épica vitória diante da Espanha por 10-9 a apenas 14 segundos do final. Renato Garrido pediu um “jogo sério” entre Espanha e França esta sexta-feira (18h30) mas a Seleção ainda depende de terceiros para chegar à final deste sábado no Multiusos de Paredes (20h): terá de esperar que os franceses não percam ou que os espanhóis ganhem por mais do que dois golos para poder sonhar antes do jogo com Andorra (21h45). | Ainda nas modalidades, e depois do final do Mundial de MotoGP que marcou a despedida do ícone Valentino Rossi, a Fórmula 1 tem a antepenúltima corrida da época no Qatar (domingo, 14h) numa altura em que Max Vestappen soma mais 14 pontos na liderança do Mundial do que Lewis Hamilton. Um pouco depois, todas as atenções ficam centradas em Milão, onde arranca às 16h a final do ATP Finals depois da vitória de Garbiñe Muguruza no WTA Finals realizado em Guadalajara, no México. Nota ainda para os Mundiais de trampolins que se estão a realizar no Azerbaijão, para os Campeonatos Nacionais de judo e para o dérbi do futsal, com o Sporting a receber o Benfica no Pavilhão João Rocha no domingo (20h) depois da vitória encarnada no mesmo duelo mas no voleibol (quarta-feira) e do triunfo verde e branco no andebol (sábado). | No entanto, a história da semana foi outra e promete não estar terminada: apesar de ter enviado um email ao WTA dizendo que não está desaparecida e que nunca terá sido alvo de qualquer agressão sexual por parte do ex-vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli, ninguém acredita que a tenista Peng Shuai esteja segura (ou sequer que tenha escrito o email) e são cada vez mais as vozes que pedem para que se investigue toda a situação como Naomi Osaka ou Serena Williams, até porque a jogadora não mais voltou a aparecer. |
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