domingo, 21 de novembro de 2021

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA - 21 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Apresentação de Nossa Senhora

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jovem Maria apresentada ao Templo.
No Museu do Palácio Real de Milão

Apresentação da Virgem Maria (no ocidente) ou A Entrada da Mais Sagrada Thetokos no Templo (no oriente) são nomes de uma festa litúrgica celebrada pela Igreja Católica, inclusive as de tradição oriental, e pela Igreja Ortodoxa.

A festa está associada com um evento que não está relatado no Novo Testamento, mas no apócrifo Evangelho de Tiago. De acordo com o relato, os pais da Virgem MariaJoaquim e Ana, que não podiam ter filhos, receberam uma mensagem de que teriam um filho. Como agradecimento pela graça da filha que lhes veio, eles a levaram ainda pequena para o Templo em Jerusalém para consagrá-la a Deus. Versões posteriores da história (como no Evangelho de Pseudo-Mateus e no Evangelho da Natividade de Maria) nos contam que Maria foi levada para o Templo com cerca de três anos de idade para cumprir uma promessa. A tradição conta que ela permaneceu ali para se preparar para o seu futuro papel como Mãe de Deus (Teótoco em grego).

Na tradição oriental, esta é uma das datas nas quais se batizam as meninas nascidas com o nome de Maria (Μαρία).

História

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Série de artigos sobre
Mariologia católica
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Maria, mãe de Jesus
Devoção

Hiperdulia • Imaculado Coração • Sete Alegrias • Sete Dores • Coroa das Lágrimas • Santo Rosário • Escapulário do Carmo

Orações marianas famosas

Ave Maria • Magnificat • Angelus • Infinitas graças vos damos • Lembrai-vos • Salve-rainha

Dogmas e Doutrinas

Mãe de Deus • Perpétua Virgindade • Imaculada Conceição • Assunção ao Céu • Mãe da Igreja • Medianeira e Advogada • Corredentora • Rainha do Céu

Aparições marianas

Crenças reconhecidas ou dignas de culto
Guadalupe • Medalha Milagrosa •
La Salette • Lourdes • Fátima • Campinas • Akita • Prouille


Títulos da Virgem Maria


Virgem Maria na arte

A Apresentação da Virgem Maria por Ticiano (1534-38, Galeria dell'AccademiaVeneza).

O relato da apresentação da Virgem Maria no Templo se baseia principalmente no Evangelho de Tiago, que tem sido datado pelos historiadores em por volta de 200 d.C. A história relata que para agradecer o nascimento da filha Maria, Joaquim e Ana decidiram consagrá-la a Deus e a levaram, aos três anos, para o Templo em Jerusalém. A apresentação de Maria traça paralelos com a do profeta Samuel, cuja mãe, Ana (Hannah), como Ana, também acreditava ser estéril e ofertou o filho como presente a Deus em Siló[1].

Maria permaneceu no Templo até os doze anos[1], quando foi confiada a José, seu novo guardião. De acordo com a tradição copta, Joaquim morreu quando Maria tinha seis anos de idade e sua mãe, quando ela tinha oito[1]. Ainda que sem nenhum fundamento histórico, a tradição serve para demonstrar que Maria, mesmo na infância, já estava completamente dedicada a Deus. É deste relato que que surgiu a festa da Apresentação de Maria[2].

Festa

A festa teria surgido como resultado da dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, construída em 543 pelos bizantinos e patrocinada pelo imperador Justiniano I perto do local do arruinado Templo de Jerusalém[2]. Esta basílica foi destruída pelos persas sassânidas de Cosroes II após a conquista de Jerusalém em 614. A primeira celebração da festa documentada em um calendário é a menção à "Εἴσοδος τῆς Παναγίας Θεοτόκου" ("Entrada da Mais Sagrada Teótoco" [no Templo]) no Menológio de Basílio II, um menológio do século XI do imperador Basílio II Bulgaróctono.

A festa continuou a ser celebrada por todo o oriente, com ocorrências também em mosteiros do sul da Itália no século IX e foi introduzida na nova capela papal em Avinhão em 1372 por decreto do papa Gregório IX[3][4]. Ela finalmente foi incluída no Missal Romano em 1472, mas acabou suprimida por Pio V em 1568[3] e, por isso, não aparece no Calendário tridentino. O papa Sisto V reintroduziu-a no calendário romano em 1585[5] e Clemente VIII fez dela uma um festa dupla maior em 1597[3]. Ela continua como um memória no Calendário Romano Geral Romano.

Celebração litúrgica

Igreja Ortodoxa comemora a Apresentação de Maria em 21 de novembro como uma de suas Doze Grandes Festas. Para as igrejas que ainda seguem o calendário juliano, a data cai em 4 de dezembro. Contudo, independente disto, ela sempre cai durante o Jejum da Natividade mas, no dia da festa, as regras do jejum são flexibilizadas para que peixe, vinho e óleo possam ser consumidos.

Para a Igreja Católica, no dia da Apresentação de Maria, "nós celebramos a dedicação de si própria que Maria fez a Deus desde a sua tenra infância sob a inspiração do Espírito Santo, que preencheu-a com sua graça..."[6]. O papa Paulo VI, em sua encíclica de 1974, Marialis Cultus, escreveu que "apesar de seu conteúdo apócrifo, [a história da Apresentação] apresenta elevados e exemplares valores e avança veneráveis tradições de origem nas igrejas orientais"[2].

As três festas do NascimentoSanto Nome de Maria e a Apresentação no Templo correspondem, no ciclo mariano, com as três primeiras festas do ciclo de Jesus, o Nascimento de Jesus (Natal), o Santo Nome de Jesus e a Apresentação de Jesus no Templo[7]. O dia 21 de novembro é também um dia Pro Orantibus, um dia de oração para as freiras enclausuradas "totalmente dedicadas a Deus em oração, silêncio e retiro"[8].

Legado

Basílica de São Pedro contém uma "Cappella della Presentazione", com um altar dedicado a São Pio X[9].

As Irmãs da Apresentação, também conhecidas como "Irmãs da Apresentação da Abençoada Virgem Maria", um instituto religioso para mulheres católicas romanas, foi fundado em Cork, na Irlanda, por Nano (Honoria) Nagle in 1775. A congregação das "Irmãs da Apresentação de Maria", dedicada à educação dos jovens, foi fundada em 21 de novembro de 1796 em Thueyts, na França, por Marie Rivier[10].

Na arte

As representações ocidentais geralmente se concentram na figura sozinha da jovem Maria subindo os degraus do Templo, tendo deixado para trás os pais e subindo na direção do sumo sacerdote e de outras pessoas no Templo. O tema também é uma das cenas habituais nos ciclos maiores sobre a Vida da Virgem, embora ele não seja geralmente uma das cenas mostradas nos livros de horas.

Galeria

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Peters, Sr. Danielle. "The Holy Land: In the Footsteps of Mary of Nazareth", Marian Library, University of Dayton». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 12 de junho de 2013
  2. ↑ Ir para:a b c «Mauriello, Matthew R., "November 21: Presentation of Mary", Fairfield County Catholic, 1996». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 3 de outubro de 2013
  3. ↑ Ir para:a b c "The Saint Andrew Missal, with Sundays and Feasts," by Dom Gaspar LeFebvre, O.S.B., Saint Paul, MN: The E. M. Lohmann Co., 1952, p. 1684
  4.  William E. Coleman, Ed. "Philippe de Mezieres' Campaign for the Feast of Mary's Presentation," Toronto: Pontifical Institute of Mediaeval Studies, 1981, pp. 3-4.
  5.  "Calendarium Romanum" (Libreria Editrice Vaticana, 1969), pp. 108-109
  6.  "Liturgia das Horas," 21 de novembro
  7.  «"The Presentation of the Blessed Virgin Mary", Passionist Nuns». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 23 de novembro de 2013
  8.  Discurso de Angelus do papa Bento XVI, 19 de novembro de 2006
  9.  "Presentation Chapel", St. Peter's Basilica
  10.  «Sisters of the Presentation of Mary». Consultado em 11 de junho de 2013. Arquivado do original em 10 de outubro de 2012

Ligações externas

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FESTA DE CRISTO REI - 21 de novembro de 2021

 

Cristo Rei

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Cristo Rei (desambiguação).
Cristo Rei, um detalhe da obra de Jan van Eyck.

Cristo Rei é um título de Jesus baseado em várias passagens bíblicas e, em geral, usada por todos os cristãos. A Igreja Católica, a Igreja Anglicana, bem como várias outras denominações cristãs protestantes, incluindo os presbiterianosluteranos e metodistas, celebram, em honra de Cristo sob este título, a Festa de Cristo Rei no último domingo do ano litúrgico, antes que o novo ano comece com o primeiro domingo do Advento, podendo cair entre 20 e 26 de Novembro. A inauguração do Santuário Nacional de Cristo Rei em Portugal foi no dia 17 de maio de 1959[1].

Origens do termo

As principais idéias sobre o reinado de Cristo estão expressas na encíclia Quas Primas do Papa Pio XI, publicada em 1925 e em diversos documentos do Vaticano. O Papa Pio XI instituiu esta solenidade em 1925[2] com o intuito de contra-arrestar o crescimento de correntes de pensamento laicistas que se opunham aos valores cristãos. Cristo é o rei do universo, e deve reinar na sociedade. Seu reino é um reino de justiça, de paz e amor. Não há paz no mundo porque não há paz nas consciências. Apenas Cristo é capaz de conduzir o ser humano aos seus valores mais altos, reinando em suas almas e seus corações.

As origens do reconhecimento do reinado de Cristo se encontram no próprio evangelho. Cristo não reina de acordo com categorias humanas, o seu reinado, esclarece, não é deste mundo. A Cristo pertence o Reino de Deus. Em um importante diálogo com Pilatos, durante o seu juízo, afirma o seu reinado. “Tu és Rei?” Pergunta Pilatos diante no tribunal. “Tu o dizes, eu sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta minha voz” (Jo 18,37). Jesus é rei da verdade. Pilatos pergunta-lhe: “O que é a verdade?” Mas não espera a resposta. (É comum em nossa vida perguntar as coisas para Deus e não querer saber a resposta). O que é esta verdade que é a identificação com Ele próprio? “Eu sou a Verdade e a vida” (Jo 14,6). Ser verdade para Jesus é ser Ele próprio o testemunho da vontade do Pai: Estabelecer no mundo o domínio da misericórdia amorosa da qual o Pai é a fonte. “Graças a esta vontade é que somos salvos” (Hb 10.10). Durante sua vida procura unicamente fazer a vontade do Pai: “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia” (Jo.6,39).

Usos da denominação

O título "Cristo Rei" é frequentemente usado para denominar igrejas, escolas, seminários, hospitais, companhias de navegação e institutos religiosos. Cristo Rei é Jesus Cristo de Nazaré para os protestantes. O termo também foi utilizado por movimentos políticos, como Realistas franceses durante a Rebelião de Vendeia, Cristeros mexicanos que combateram o governo anticlerical do Presidente Plutarco Calles e os guerrilheiros de Cristo Rei - organização paramilitar espanhola - que combateu o governo Franco.

Bibliografia

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Referências

  1.  «História do Santuário – .»cristorei.pt. Consultado em 29 de março de 2021
  2.  «Quas Primas (December 11, 1925) | PIUS XI»www.vatican.va. Consultado em 29 de março de 2021

sábado, 20 de novembro de 2021

OBSERVADOR - 20 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Observador

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