sexta-feira, 19 de novembro de 2021

SÃO ROQUE GONZALEZ - 19 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Roque González de Santa Cruz

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Roque Gonzales)
Roque González de Santa Cruz
Padre Roque González
Presbítero da Companhia de Jesus
NascimentoAssunçãoParaguai 
16 de agosto de 1576
MorteCaibaté 
15 de novembro de 1628 (52 anos)
ProgenitoresMãe: María Santa Cruz
Pai: Bartolomé González de Villaverde
Veneração porIgreja Católica
Beatificação28 de janeiro de 1934
por Papa Pio XI
Canonização16 de maio de 1988
Assunção
por Papa João Paulo II
Festa litúrgica19 de Novembro
Gloriole.svg Portal dos Santos

Roque González de Santa CruzSJ (Assunção, 16 de agosto de 1576 — Caibaté15 de novembro de 1628) foi um religioso santo, natural do Paraguai, que entrou na história do Brasil meridional ao disseminar a religião cristã entre os povos originais das terras do oeste Rio Grande do Sul.

Biografia

Filho de Bartolomé González de Villaverde e María Santa Cruz, nasceu em uma família de sete irmãos: um deles, Pedro, se tornou sacedorte; Gabriel, o mais novo, foi estudar em um Seminário no Peru; outro irmão, chamado de Francisco, casou-se com uma filha de Hernandarias e foi assistente do governador em mais de uma ocasião.

Em 1598, com 22 anos, foi ordenado como sacerdote. Tinha muita admiração pelo trabalho do franciscano Luís de Bolaños, que foi o religioso que fundou as primeiras reduções no Paraguai. Sua vocação era trabalhar na evangelização dos povos nativos, mas cumprindo as ordens do Bispo Martín Ignácio de Loyola (sobrinho do fundador da Companhia de Jesus) exerceu os primeiros nove anos de sacerdócio em Assunção.

Em 9 de maio de 1609, ingressou na Companhia de Jesus.

Em 1610, participou da fundação da Redução denominada como "Nuestra Señora María de los Reyes", que agrupava nativos da etnia guaicurus, em um lugar atualmente denominado como: "Yasocá", localizado a uma légua do Rio Paraguai em frente à cidade de Assunção.[1] Dois anos após o início dos trabalhos, os dois jesuítas foram deslocados para reduções que agrupavam guaranis, onde os resultados eram melhores, sendo que Roque foi encaminhado para a redução de San Ignacio Guazú. Em 1613, outros dois jesuítas reiniciariam os trabalhos naquela redução, mas os guaicurus eram uma etnia particularmente resistente à evangelização, circunstância que levou os jesuítas a abandonar definitivamente aquela redução em 1626.[2][3]

No dia 25 de março de 1615, fundou a redução de "Nuestra Señora de la Encarnación de Itapúa", para agrupar nativos da etnia guarani na margem esquerda do Rio Paraná, onde, atualmente, está localizada a cidade de Posadas na Argentina. Pouco tempo depois, essa redução foi deslocada para a margem direita daquele rio, onde, atualmente, está localizada a cidade de Encarnación, no Paraguai.

Em 1616, fundou a redução de Yaguapohá, para agrupar nativos da etnia guarani.[1]

Juntamente aos padres Afonso Rodrigues e João de Castilho (ou Juan del Castillo na sua forma castelhana original), Roque González foi um dos primeiros evangelizadores nas terras do Sudoeste do Brasil, isto é, no território atualmente pertencente ao sul do Mato Grosso do Sul, oeste do Paraná e Santa Catarina, e do Rio Grande do Sul. Ele foi um homem católico dedicado à ordem dos Jesuítas e exerceu seu trabalho missionário junto aos povos guaranis, no noroeste daquele estado brasileiro.

Roque González era filho de um pai espanhol de família nobre e cresceu em uma família de alta posição social de Assunção, no Paraguai, interagindo desde a infância com pessoas de origem e falas nativas (principalmente guarani). Ali ele onde estudou e foi ordenado sacerdote no 1599. Mais tarde ele se deslocou ao Rio Grande do Sul, em 1619, e logo cativou a simpatia dos habitantes da terra, muito provavelmente e em boa parte por causa de suas habilidades lingüísticas. Segundo o escritor Nelson Hoffmann, autor de Terra de Nheçu, somente depois de sete anos de negociações com o chefe Nheçu que lhe foi permitido estabelecer a comunidade de São Nicolau, precisamente em três de maio de 1626, sendo esta a primeiríssima comunidade colonizadora ao leste do rio Uruguai no atual território rio-grandense.

Mais tarde o padre Roque González fundou numerosas comunidades cristãs, chamadas Missões ou Reduções, entre elas as aldeias de São Nicolau, Assunção e Todos os Santos do Caaró.

Depois de dois anos e meio de intenso trabalho missionário, os padres Roque González e Afonso Rodrigues foram mortos em Caaró por um grupo de nativos contrários à evangelização cristã, liderados pelo pajé cacique Nheçu, um líder guarani que possuia autoridade máxima na região do atual município de Roque Gonzales, Rio Grande do Sul, e redondezas.

Diz-se que os indígenas que o interceptaram teriam descarregado na cabeça de padre Roque González uma pancada com um machado de pedra ("itaizá") que o deixara morto e, depois, foi despido de suas veste litúrgicas. Em seguida, eles teriam matado o padre Afonso Rodrigues, queimando os cadáveres. O coração de Roque González foi arrancado do peito e trespassado por uma flecha.[4] Dois dias depois, o teria chegado a vez do padre João de Castilho em uma aldeia vizinha, onde morreu após terríveis torturas. Um homem nativo, ainda catecúmeno, que se encontrava presente e que se opôs aos assassinatos, também foi trucidado junto aos missionários em Caaró. Ele é conhecido como o Cacique Adauto. Existem pessoas que acreditam que ele também, futuramente, poderia ter seu nome acrescentado aos nomes dos três mártires canonizados, porém, não existem quaisquer indicadores ou mesmo probabilidades para que isso venha a ocorrer um dia, dadas as extensivas complexas forças e tradições envolvidas.

Em Caaró, município de Caibaté, se encontra o principal santuário de veneração dos Santos Mártires (como ficaram conhecidos), visitado permanentemente por caravanas de romeiros. Ali se realiza cada ano uma grande romaria, no terceiro domingo de novembro.

Aos 28 de janeiro de 1934, o papa Pio XI beatificou os missionários mártires e, aos 16 de maio de 1988, em visita a Assunção, no Paraguai, diante de uma multidão de cerca de 500 mil pessoas, o papa João Paulo II os declarou santos.

Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, declaramos e definimos que o Bem-aventurado Roque González e seus companheiros Afonso Rodrigues e João de Castilho, presbíteros e mártires, são santos e os inserimos no catálogo dos santos, estabelecendo que devem ser venerados com devoção em toda a Igreja.

Processo de canonização

Em 1928, por ocasião do tricentenário do martírio, o processo de canonização foi retomado pela diocese de Uruguaiana, que tinha jurisdição sobre a região onde ocorreu o martírio, sediou o processo canônico. O postulador da causa foi o padre palotinos Frederico Schwinn e o vice-postulador, o padre Thomaz Travi.

Em 1932, o processo de beatificação tinha 790 páginas.

Em 1934, o Papa Pio XI, beatificou os três mártires, desse modo, foi autorizado o culto diocesano ao padre Roque. A partir desse momento se organizam as primeiras romarias ao local do martírio e ganhou impulso a devoção popular ao mártir, além disso, o dia do martírio do Padre Roque González passou a fazer parte do calendário litúrgico de quatro países da América do Sul.

Em 1940, ocorreu, no Rio Grande do Sul, a cura milagrosa de Maria Catarina Stein que sofria de de câncer e estava desenganada pelos médicos. Seu marido prostrou de joelhos diante do Coração do Padre Roque e rezou com muita fé, ao retornar para casa, encontrou a esposa curada. Maria, que estava com 50 anos, viveu por mais 28 anos.

Em 1978, por ocasião dos 350 anos do martírio, o processo foi retomado com o apoio de religiosos e bispos do Rio Grande do Sul, do Uruguai, do Paraguai e da Argentina.

Em fevereiro de 1978, foi realizado um encontro na cidade de Posadas (Argentina), no qual decidiu-se que os três mártires passariam a ser reconhecidos como os "Mártires das Missões".

Em 1983, o Papa João Paulo II promoveu uma reforma para simplificar os processos de canonização.[4]

Ver também

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Roque González de Santa Cruz


Referências

  1. ↑ Ir para:a b Reducciones Jesuitas y Franciscanas. Gran Chaco y regiones fronterizas., em espanhol, acesso em 02 de setembro de 2017.
  2.  HISTÓRIA DOS MBAYÁ-GUAICURÚ:, acesso em 06 de outubro de 2017.
  3.  7.-BREVE BIOGRAFÍA DEL MARTIR SANTIFICADO.[ligação inativa], em espanhol, acesso em 08 de outubro de 2017.
  4. ↑ Ir para:a b O “martírio” e o processo de canonização do padre Roque González de Santa Cruz, acesso em 14 de outubro de 2017.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

ANTIGA BASILICA DE SÃO PEDRO EM ROMA FOI CONSAGRADA NO ANO 360 - 18 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Antiga Basílica de São Pedro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para a moderna basílica, veja Basílica de São Pedro.
Antiga Basílica de São Pedro (destruída)
Basilica Sancti Petri
Gravura da Basílica por volta de 1450
Estilo dominanteRomano
Início da construção326-333
Fim da construção360
ReligiãoIgreja Católica
DioceseDiocese de Roma
Ano de consagraçãoc. 360
Geografia
PaísItália
RegiãoRoma
LocalVaticano
Coordenadas41° 54' 08" N 12° 27' 12" E

Antiga Basílica de São Pedro (em latimBasilica Sancti Petri) foi o edifício que permaneceu, entre os séculos IV e XVI, no local onde está hoje a Basílica de São Pedro, no Vaticano. A construção da basílica começou durante o reinado do imperador romano Constantino I e o local escolhido foi o Circo de Nero. O nome "Antiga Basílica de São Pedro" tem sido utilizado desde o início da construção da nova basílica para distinguir os dois edifícios.[1]

História

A construção foi ordenada pelo próprio Constantino entre 318 e 322[2] e levou por volta de trinta anos para acabar. Nos doze séculos seguintes, a igreja foi gradualmente ganhando importância até finalmente tornar-se o maior destino de peregrinação em toda Roma.

As coroações papais eram realizadas na basílica e, em 800, Carlos Magno foi coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico ali. Num raide sarraceno em 846, foi saqueada e danificada.[3] Os atacantes provavelmente sabiam dos extraordinários tesouros preservados ali e, como a basílica ficava fora da Muralha Aureliana, sabiam que era um alvo fácil. Eles saíram "transbordando com ricos vasos litúrgicos e com ricos relicários que guardavam todas as relíquias recentemente colecionadas".[4] Por causa do trauma provocado, o papa Leão IV construiu a Muralha Leonina e reconstruiu as porções da basílica que foram danificadas.[5]

No século XV, a igreja estava praticamente arruinada, cheia de rachaduras e teias de aranhas. Discussões sobre uma possível reforma da estrutura começaram quando os papas retornaram de Avinhão. Duas pessoas envolvidas no debate eram Leon Battista Alberti e Bernardo Rossellino, que fizeram algumas melhorias na abside e acrescentou parcialmente uma sacada para bênçãos de múltiplos andares à fachada do átrio, um espaço que permaneceu em obras intermitentes até o início da construção da nova basílica. Nesta época, Alberti afirmou que a basílica era uma "abominação estrutural":

Percebi que a Basílica de São Pedro em Roma tem um erro crasso: uma longa e alta parede foi construída sobre uma série contínua de aberturas, sem curvas de reforço e sem contrafortes para dar-lhe suporte... A parede toda foi perfurada por aberturas demais e construída alta demais... Como resultado, a força incessante do vento já deslocou a parede mais de 1,8 metros da vertical; não tenho dúvidas de que, em algum momento, algum... movimento menor a fará ruir...
 

A princípio, o papa Júlio II tinha toda intenção de preservar o histórico edifício, mas logo se convenceu pelo projeto de demoli-lo e construir uma nova igreja. Muitas pessoas na época ficaram chocadas pela proposta, pois o edifício representava a continuidade papal desde São Pedro. O altar original seria preservado na nova estrutura.

Projeto

Planta da basílica.

O design era de uma típica basílica,[7] com a planta similar à das basílicas e salões de audiências romanos, como a Basílica Úlpia, no Fórum de Trajano, e a Aula Palatina, de Constantino, em Tréveris, completamente diferente de qualquer outro templo greco-romano.[8]

Constantino fez o que pôde para que a basílica fosse construída sobre o local do túmulo de São Pedro, o que influenciou o layout do edifício. O Monte Vaticano, na margem oeste do rio Tibre, foi terraplenado e, notavelmente, como o local ficava fora dos limites da cidade antiga, a abside com o altar-mor ficava no extremo oeste para que a fachada pudesse ficar de frente para Roma, no extremo leste (o inverso do costumeiro). O exterior, ao contrário dos templos pagãos, não era muito decorada.[1]

A igreja comportava entre 3 000 e 4 000 de fieis por vez. Ela tinha uma ampla nave central ladeada por dois corredores de cada lado, separados por 21 colunas de mármore, todas oriundas de antigos edifícios romanos.[9] Tinha mais de 110 metros de comprimento, no formato de uma cruz latina, e um teto com cumeeiras suportado por vigas de madeira no interior e com mais de 30 metros centro. No átrio, conhecido como "Jardim do Paraíso", ficava à frente da entrada e tinha cinco portas para a igrejas, uma adição do século VI.

O altar da Antiga Basílica de São Pedro continha diversas colunas salomônicas. De acordo com a tradição, Constantino teria retirado-as do Templo de Salomão para utilizá-las na igrejas, mas é mais provável que elas tenham sido retiradas de alguma igreja oriental. Quando Bernini construiu o baldaquino de São Pedro para cobrir o novo altar da basílica moderna, inspirou-se no formato torcido das antigas colunas. Oito das colunas originais estão preservadas como pilares da nova basílica.

Mosaicos

O mosaico "Navicella" (1305–1313) do átrio é atribuído a Giotto. O gigantesco mosaico, encomendado pelo cardeal Jacopo Stefaneschi, ocupava toda a parede sobre a arcada da entrada, de frente para o átrio, e representava São Pedro andando sobre a água. Esta obra extraordinária foi quase toda destruída durante a construção da nova basílica no século XVI, mas alguns fragmentos foram preservados. "Navicella" significa "navio pequeno", uma referência ao barco que domina a cena e cuja vela, cheia com os ventos da tempestade, pairava no horizonte. Este tipo de representação de uma cena marítima só se conhecia em antigas obras de arte.

A nave terminava com um arco triunfal decorado com um mosaico de Constantino e São Pedro apresentando um modelo da igreja a Cristo. Nas paredes, cada uma com onze janelas, estavam afrescos de várias pessoas e cenas do Antigo e do Novo Testamento.[10]

O fragmento de um mosaico do século VIII, "Epifania", é um dos raríssimos restos da decoração medieval da Antiga Basílica de São Pedro a sobreviverem. Ele está hoje na sacristia de Santa Maria in Cosmedin e é prova da altíssima qualidade dos mosaicos destruídos. Outro exemplo, uma Madona em pé, está num altar lateral da Basílica de São Marcos, em Florença.

Túmulos

Desde a época da crucificação e sepultamento de São Pedro, em 64 d.C., acredita-se que no local esteja o túmulo de São Pedro, sobre o qual já havia um pequeno santuário. Com prestígio cada vez maior, a igreja foi sendo ricamente decorada com estátuas, móveis e candelabros elaborados e com cada vez mais túmulos e altares laterais.[1] Na época da destruição, a estrutura estava completamente preenchida por túmulos e corpos de papas e santos e ossos continuaram a ser encontrados durante a construção até pelo menos 1544.

A maioria dos túmulos foi destruída durante a demolição e os que restaram foram levados para a nova basílica e para algumas outras igrejas de Roma.

Juntamente com as repetidas translações das antigas catacumbas de Roma e com os dois grandes incêndios na Basílica de São João de Latrão, no século XVI, a reconstrução da basílica foi responsável pela destruição de aproximadamente metade de todos os túmulos papais conhecidos. Por isto, Donato Bramante, o arquiteto-chefe da nova basílica, é lembrado como "il Ruinate" ("o arruinador").

Ver também

Galeria

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Boorsch, Suzanne (inverno de 1982–1983). «The Building of the Vatican: The Papacy and Architecture». The Metropolitan Museum of Art Bulletin40 (3): 4–8
  2.  Marian Moffett, Michael Fazio, Lawrence Wodehouse, A World History of Architecture, 2nd edition 2008, pp. 135
  3.  Davis, Raymond, The Lives of the Ninth-Century Popes (Liber pontificalis), (Liverpool University Press, 1995), 96.
  4.  Barbara Kreutz (1996). Before the Normans: Southern Italy in the Ninth and Tenth Centuries. University of Pennsylvania Press pp. 25–28.
  5.  Rosemary Guiley, The Encyclopedia of Saints, (InfoBase Publishing, 2001), 208.
  6.  William Tronzo (2005). St. Peter's in the Vatican. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 16. ISBN 0-521-64096-2
  7.  Sobocinski, Melanie Grunow (2005). Detroit and Rome. [S.l.]: The Regents of the Univ of Michigan. p. 77. ISBN 0-933691-09-2
  8.  Garder, Helen; et al. (17 de março de 2004). Gardner's Art Through the Ages With Infotrac. [S.l.]: Thomas Wadsworth. p. 219. ISBN 0-15-505090-7
  9.  Garder, Helen; et al. (17 de março de 2004). Gardner's Art Through the Ages With Infotrac. [S.l.]: Thomas Wadsworth. p. 619. ISBN 0-15-505090-7
  10.  "Old Saint Peter's Basilica." Encyclopædia Britannica. 2006.

Bibliografia

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Antiga Basílica de São Pedro

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue