terça-feira, 16 de novembro de 2021

ALBERTO DE OLIVEIRA - POETA - NASCEU EM 1873 - 16 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Alberto de Oliveira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Alberto d'Oliveira.
Alberto de Oliveira
NascimentoAntônio Mariano de Oliveira
28 de abril de 1857
Saquarema
Morte19 de janeiro de 1937 (79 anos)
Niterói
CidadaniaBrasil
Ocupaçãopoetaprofessorfarmacêuticoescritor

Antônio Mariano Alberto de Oliveira (Saquarema28 de abril de 1857 — Niterói19 de Janeiro de 1937), mais conhecido pelo pseudônimo Alberto de Oliveira, foi um poeta, professor e farmacêutico brasileiro. Figura como líder do Parnasianismo brasileiro, na famosa tríade Alberto de OliveiraRaimundo Correia e Olavo Bilac.

Foi um dos 17 filhos de José Mariano de Oliveira e Ana Maria da Encarnação, uma família que se mistura com a literatura brasileira, dentre eles sua irmã Amélia de Oliveira que foi o grande amor de Olavo Bilac.

Foi secretário estadual de educação, membro honorário da Academia de Ciências de Lisboa e imortal fundador da Academia Brasileira de Letras. Adotou o nome literário Alberto de Oliveira no livro de estreia, após várias modificações dispersas nos jornais.

Biografia

Seu pai, mestre-de-obras, transferiu residência para o município de Itaboraí, onde construiu o teatro. De origem humilde, Antônio foi, seguindo o irmão mais velho, à capital da província, trabalhar como vendedor. Ambos moravam num barracão aos fundos da casa comercial do Sr. Pinto Moreira, em Niterói, vizinhos do pintor Antônio Parreiras, ainda anônimo, com 17 anos, que lembra, ancião, o contato com o "moço" "de andar firme e compassado".

Diplomou-se em Magistério e Farmácia, cursando Medicina (vindo a conhecer Olavo Bilac), até o terceiro ano, mediante grande esforço pessoal, o que lhe rendeu emprego na Drogaria do "Velho Granado". Também abriu um colégio em Niterói.

Casou-se em 1889 com a viúva Maria da Glória Rebelo.

Após a glória literária, destacou-se na política como Oficial de Gabinete do primeiro Presidente de Estado/RJ eleito José Thomaz da Porciúncula (1892-1894), do Partido Republicano Fluminense, marcadamente prudentista (democrático) e antiflorianista (antitotalitário), com a pasta de Diretor Geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro, equivalente ao atual Secretário de Estado de Educação. Durante a tranferência da Capital do Estado de Niterói para Petrópolis (1894), devido às insurreições e revoltas pró e contra a Proclamação da República, permaneceu na Cidade Imperial Serrana, já que a excelência de seu trabalho o manteve no cargo durante o mandato de Joaquim Maurício de Abreu (1894-1897). Foi Professor de Português e Literatura no Colégio Pio-Americano (1905) e na Escola Dramática e Escola Normal (1914), dirigida por Coelho Neto.

Participou da famosa "Batalha do Parnaso", ocorrida no Diário do Rio de Janeiro entre 1878 e 1881 contra o Ultra-romantismo piegas e já desgastado, junto com Teófilo DiasArtur Azevedo e Valentim Magalhães, resgatando as origens do Romantismo dialogadas com aqueles "novos tempos". Reunidos em torno de Artur de Oliveira, num café da Rua do Ouvidor, eram integrantes da vanguarda "Ideia Nova", ao lado de Fontoura Xavier, Carvalho Jr. e Affonso Celso Jr., que lhe prefaciou o Livro de Ema (deslocado da 1a. para a 2a. série das Poesias). Inspirados na Arte Moderna da França, feita por Théophile GautierThéodore de BanvilleCharles Baudelaire e Leconte de Lisle, os "Tetrarcas" do Parnasianismo, e, secundariamente, em Sully Prudhome e José-Maria de Heredia, fizeram todos a maior revolução na poesia brasileira até então, importantíssima para a consolidação da Modernidade do Brasil, no tocante à literatura, a partir da eleição do "Novo" como valor e da "Ruptura" como sistema, tradição.

Caricatura do poeta Alberto de Oliveira, feita pelo pintor Belmiro de Almeida (Museu de Arte de São PauloSão Paulo).

Envolveu-se com os fundadores da inovadora Gazeta de Notícias, Manuel Carneiro e Ferreira de Araújo, publicando poemas posteriormente reunidos no livro Canções Românticas (prefácio de Teófilo Dias) (1878) e conhecendo neste jornal o amigo Machado de Assis, que o citou no famoso artigo "A Nova Geração" (Revista Brasileira, 1879) bem como lhe prefaciou Meridionais (1884), ainda financiadas pelo jornal, livro-chave para a ideia Nova da Nova Geração, só mais tarde referida conceitualmente, "rotulada" ou esquematizada como "estilo parnasiano".

Decorrido apenas um ano, publica, sob encomenda dos leitores, Sonetos e poemas (1885), consagrando-se junto ao público, o que lhe rende um prefácio de T. A. Araripe Jr. ao livro seguinte, Versos e rimas (1895), títulos talvez alusivos a Sonetos e rimas (1880), de Luís Guimarães Jr., também Jovem Poeta, como eram conhecidos esses revolucionários em prol da poesia autêntica sem os clichês românticos. Depois de quatro livros publicados, foi convidado por Machado de Assis para a Fundação da Academia Brasileira de Letras, em 1897, ocasião em que se vê a longevidade do convívio entre o romancista e o poeta.

Com Raimundo Correia e Olavo Bilac, formou a tríade mais representativa da ideia Nova da Nova Geração, hoje chamado Parnasianismo, reunida em sua casa no bairro Barreto, Niterói/RJ, à época capital de província, e depois no seu famoso Solar da Engenhoca, sito à mesma cidade, ou no bairro Neves, São Gonçalo/RJ, residência anterior. Impecável na métrica e correto na forma, sofre uma vaia que parece ainda ecoar desde a Semana de Arte Moderna de 1922, na voz de críticos literários fiéis à ideia modernista. Mário de Andrade, rancoroso pela rejeição dos parnasianos ao seu livro parnasiano Há uma gota de sangue em cada poema (1917), se empenha em retaliar o velho estilo, cuja principal vítima era o poeta de Saquarema, como se vê nos ensaios "Mestres do Passado", publicados no Jornal do Commercio em 1921 e na "Carta Aberta a Alberto de Oliveira", publicada na Revista Estética no. 3, em 1925.

Nos últimos anos de sua vida, proferiu conferência "O Culto da Forma na Poesia Brasileira", (1913, Biblioteca Nacional; 1915, São Paulo) e ainda foi homenageado pelo Jornal do Commercio, em 1917. No mesmo ano, recebeu Goulart de Andrade na Academia Brasileira de Letras. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros, pelo concurso da revista Fon-Fon (1924), título desocupado desde a morte de seu discípulo e amigo Olavo Bilac, falecido em 1918. Em 1935, prestigia o Cenáculo Fluminense de História e Letras, com sua gloriosa presença. Sem dúvida, o Poeta-Professor é "Andarilho Fluminense", semeando Lirismo e Educação em todos os lugares por que passou: Saquarema, Rio BonitoItaboraí, Niterói, São GonçaloPetrópolisCampos e Rio de Janeiro (no seu Estado natal), além de AraxáSão PauloCuritiba.

Seus incontáveis versos falam da pujança da natureza fluminense e dos encantos da mulher brasileira, ambas freqüentemente evocadas pela memória. Os temas da Grécia Antiga, que caracterizam o Parnasianismo de moldes franceses, formam uma pequena minoria da obra, em torno de 10%.

Vê-se sua herma no Jardim do Russel (Rio de Janeiro, capital), obra do escultor Petrus Verdier, ou na sede histórica da Prefeitura Municipal de Niterói (jardim de entrada), obra do escultor H. Peçanha.

Obras

  • Canções Românticas. Rio de Janeiro: Gazeta de Notícias, 1878.
  • Meridionais. Rio de Janeiro: Gazeta de Notícias, 1884.
  • Sonetos e Poemas. Rio de Janeiro: Moreira Maximino, 1885.
  • Relatório do Diretor da Instrução do Estado do Rio de Janeiro: Assembléia Legislativa, 1893.
  • Versos e Rimas. Rio de Janeiro: Etoile du Sud, 1895.
  • Relatório do Diretor Geral da Instrução Pública: Secretaria dos Negócios do Interior, 1895.
  • Poesias (edição definitiva). Rio de Janeiro: Garnier, 1900. (com juízos críticos de Machado de Assis, Araripe Júnior e Afonso Celso)
  • Poesias, 2ª série. Rio de Janeiro: Garnier, 1905.
  • Páginas de Ouro da Poesia Brasileira. Rio de Janeiro: Garnier, 1911.
  • Poesias, 1ª série (edição melhorada). Rio de Janeiro: Garnier, 1912.
  • Poesias, 2ª série (segunda edição). Rio de Janeiro: Garnier, 1912.
  • Poesias, 3ª série Rio de Janeiro: F. Alves, 1913.
  • Céu, Terra e Mar. Rio de Janeiro: F. Alves, 1914.
  • O Culto da Forma na Poesia Brasileira. São Paulo: Levi, 1916.
  • Ramo de Árvore. Rio de Janeiro: Anuário do Brasil, 1922.
  • Poesias, 4ª série. Rio de Janeiro: F. Alves, 1927.
  • Os Cem Melhores Sonetos Brasileiros. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1932.
  • Poesias Escolhidas. Rio de Janeiro: Civ. Bras. 1933.
  • Póstuma. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1944.

Bibliografia sobre Alberto de Oliveira

Livros

  • VÍTOR, Nestor. Alberto de Oliveira (ensaio), 1906. (incluído em Obra crítica, 2 vols., 1973).
  • VIANNA, Oliveira. Alberto de Oliveira: discurso de posse (recepção de Affonso de Taunay). Rio de Janeiro: Acad. Bras. de Letras, 1940.
  • SERPA, Phocion. Alberto de Oliveira (1857-1957). Rio de Janeiro: Liv. S. José, 1957.
  • SOUZA, Sávio Soares de. A outra face de Alberto de Oliveira. Rio de Janeiro, 1957 (livreto da palestra de 21/07/1957 na Prefeitura de Saquarema)
  • CAMPOS, Geir. Alberto de Oliveira (poesia). Rio de Janeiro: Agir, 1959 (Nossos Clássicos, 32)
  • ELMO, Elton. A família de Alberto de Oliveira. Rio de Janeiro: Do Autor, 1979.
  • DANTAS, Olavo. A glória de Alberto de Oliveira. Rio de Janeiro: Do Autor, 1994.
  • CAVALCANTI, Camillo. Alberto de Oliveira: antologia poética (sesquicentenário). Rio de Janeiro: Do Autor, 2007.
  • LUTTERBACH, Edmo Rodrigues. Alberto de Oliveira: o príncipe dos poetas (antologia). Niterói: Nitpress, 2007. (Coleção Introdução aos Clássicos Fluminenses).
  • AZEVEDO, Sânzio de. Os melhores poemas de Alberto de Oliveira. Rio de Janeiro: Global, 2008.
  • Fundamentos Modernos das Poesias de Alberto de Oliveira. (tese de doutorado disponível on-line).

Capítulos de Livros

  • ASSIS, Machado de. A Nova Geração. Revista Brasileira, 1879. (incluído em Crittica literaria, das Obras completas).
  • VERÍSSIMO, José. O Parnasianismo no Brasil; O Sr. Alberto de Oliveira. in: ---. Estudos de literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia/ São Paulo: Edusp, 1977. (2a e 6a séries)
  • GOMES, Eugênio. Alberto de Oliveira; Alberto de Oliveira e o Simbolismo. in: ---. Visões e revisões. Rio de Janeiro: INL, 1958.
  • REIS, Marco Aurélio Mello. Leitura de Alberto de Oliveira. in: OLIVEIRA, Alberto de. Poesias completas (ed. crítica de Marco Aurélio Mello Reis). Rio de Janeiro: Eduerj, 1978.
  • JUNQUEIRA, Ivan. A face erótica de Alberto de Oliveira. in: ---. À sombra de Orfeu. Rio de Janeiro: Nórdica, 1984.
  • CANDIDO, Antonio. No coração do silêncio. in: ---. Na sala de aula: cadernos de análise literária. São Paulo: Ática, 1985.
  • AZEVEDO, Sânzio de. Alberto de Oliveira: a ortodoxia em questão. in: JUNQUEIRA, Ivan. Escolas literárias no Brasil. Rio de Janeiro: Acad. Bras. de Letras, 2004.

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Alberto de Oliveira
Wikisource
Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Alberto de Oliveira

Lorbeerkranz.png Academia Brasileira de Letras

Alberto de Oliveira fundou a cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras, escolhendo como patrono o inconfidente Cláudio Manuel da Costa, mártir

SANTA GERTRUDES DE HEFTA - 16 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Gertrudes de Helfta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Santa Gertrudes)
Disambig grey.svg Nota: "Santa Gertrudes" redireciona a este artigo. Para outros significados, veja Santa Gertrudes (desambiguação).
Santa Gertrudes
Santa Gertrudes por Miguel Cabrera c.1763
Mística
NascimentoEislebenSaxônia-AnhaltAlemanha 
6 de janeiro de 1256
MorteHelftSaxôniaAlemanha 
1302 (46 anos)
Veneração porIgreja Católica
Beatificação
Canonização1677
por Papa Clemente XII
Festa litúrgica16 de novembro
PadroeiraÍndias Ocidentais e Almas do Purgatório
Gloriole.svg Portal dos Santos

Santa Gertrudes de Helfta ou Santa Gertrudes, a Grande (Eisleben6 de janeiro de 1256 — 1302) foi uma beneditina, mística e teóloga alemã.

Biografia

Nada se sabe sobre seus pais, donde se supõe ter sido órfã.

Ainda criança, com cerca de 5 anos, ingressou no mosteiro de Santa Maria de Helfta, sob a direção da abadessa Gertrudes de Hackeborn. Eventualmente é confundida essa com sua abadessa, motivo pelo qual em algumas imagens aparece, erradamente, segurando um báculo. Alguns estudiosos referem-se ao mosteiro como cisterciense, pois foi fundado por sete irmãs da comunidade de Halberstadt.

Santa Gertrudes na Basílica de Nossa Senhora da Assunção do Mosteiro de São Bento na cidade de São Paulo, obra de Adrien Henri Vital van Emelen.

Aí não terá desempenhado cargos importantes, ou ao menos só se conhece que foi cantora e que se dedicou aos estudos. Depois que experimentou a conversão a Deus, iniciou uma caminhada de perfeição na vida religiosa, voltando seus talentos para o estudo das escrituras e teologia. Produziu numerosos textos, mas somente três são conhecidos e isso deve-se à altura em que os cartuxos de Colónia imprimem o Memorial em 1536. Entre eles estão: Revelações do Amor Divino, parcialmente escrito com outras monjas da comunidade, e Exercícios Espirituais. A aceitação e êxito foi enorme, e produziu-se toda uma corrente espiritual em torno a ela que se traduziu em reedições contínuas de seus escritos e numerosas biografias.

Teve várias experiências místicas, incluindo uma visão de Jesus, convidando-a a repousar sua cabeça em seu peito para ouvir seu coração batendo no compasso do divino amor.[1]

Morreu em Helfta, em torno de 1302.

Sua festa é celebrada em 16 ou 17 de Novembro, mas a data exata confunde-se com os registos da abadessa Gertrudes.

Foi canonizada pelo Papa Clemente XII no ano de 1677.

Devoção ao Sagrado Coração

Uma das santas mais estimadas do Ocidente cristão, ela foi uma notável devota precoce do Sagrado Coração de Jesus.[2] O livro 2 do Arauto do Amor Divino é notável na história da devoção cristã, porque suas descrições vívidas das visões de Gertrude mostram uma elaboração considerável da veneração de longa data, mas mal definida, do coração de Cristo. Esta veneração estava presente na crença de que o coração de Cristo derramou uma fonte redentora através da ferida ao Seu lado; uma imagem culminando em sua mais famosa articulação de Bernardo de Claraval em seu comentário sobre o cântico das canções. As mulheres de Helfta, Gertrude acima de tudo, que certamente conheciam os comentários de Bernardo tornaram essa devoção central para suas visões místicas.[3] Gertrude teve uma visão na festa de João Evangelista em 27 de dezembro. Ela estava descansando a cabeça perto da ferida no lado do Salvador e ouvindo as batidas do Coração Divino. Ela perguntou a João se, na noite da Última Ceia, ele havia sentido essas pulsações, por que nunca havia falado sobre o fato. João respondeu que essa revelação havia sido reservada para as eras subseqüentes quando o mundo, depois de esfriado, precisaria disso para reavivar seu amor.

êxtase de Santa Gertrude por Pietro Liberi.

Veneração

Gertrude nunca foi formalmente canonizada, mas um escritório litúrgico de oração, leituras e hinos em sua homenagem foi aprovado por Roma em 1606. A Festa de St. Gertrude foi estendida à Igreja Católica por Clemente XII e hoje é comemorada em 16 de novembro de a data de sua morte. Algumas comunidades religiosas, incluindo os beneditinos, comemoram sua festa em 17 de novembro. O Papa Bento XIV deu a ela o título de "A Grande" para distingui-la da abadessa Gertrude, de Hackeborn, e reconhecer a profundidade de sua visão espiritual e teológica.[4]


Gertrude mostrou "terna simpatia pelas almas do purgatório" e pediu orações por elas. Ela é, portanto, invocada por sofrer almas no purgatório. A oração a seguir é atribuída a St. Gertrude e é frequentemente descrita em seu cartão de oração:

Pai eterno, eu ofereço a você o sangue mais precioso do teu Filho Divino, Jesus, em união com as missas ditas hoje em todo o mundo, por todas as almas sagradas no purgatório, pelos pecadores em todos os lugares, pelos pecadores na igreja universal, pelos que estão em minha própria casa e na minha família. Amém.

Talvez por esse motivo, seu nome tenha sido anexado a uma oração que, de acordo com uma lenda de origem e data incertas (nem encontrada nas Revelações de Santa Gertrudes, a Grande), Cristo prometeu libertar mil almas do purgatório cada vez que foi dito, dizia-se; apesar do fato de que as práticas relativas às supostas promessas de libertar uma ou mais almas do purgatório pela recitação de alguma oração foram proibidas pelo Papa Leão XIII.[5] No entanto, o material encontrado em suas revelações, como a celebração das missas gregorianas pelos que partiram, está bem alinhado com as devoções aprovadas pela Igreja Católica.

Referências

  1.  «CATHOLIC ENCYCLOPEDIA: St. Gertrude the Great»newadvent.org. Consultado em 12 de setembro de 2019
  2.  «St. Gertrude the Great»Catholic News Agency (em inglês). Consultado em 12 de setembro de 2019
  3.  «Illiniois Medieval Association - EMS»ima.wildapricot.org. Consultado em 12 de setembro de 2019
  4.  «Monastery of St. Gertrude»web.archive.org. 16 de maio de 2013. Consultado em 13 de setembro de 2019
  5.  «Prayer of St. Gertrude the Great»www.olrl.org. Consultado em 13 de setembro de 2019

Ligações externas

Santa Gertrudes, Magna, monja, +1303, 16 de Novembro de 2013

SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA - 16 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Margarida da Escócia (santa)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Santa Margarida da Escócia)
Disambig grey.svg Nota: Para outras santas de mesmo nome, veja Santa Margarida.
Margarida
Vitral com a imagem de Margarida na Capela de Santa Margarida, no Castelo de Edimburgo
Rainha da Escócia
Reinado1070 – 13 de novembro de 1093
 
CônjugeMalcolm III da Escócia
DescendênciaEdgar, Rei da Escócia
Alexandre I da Escócia
David I da Escócia
Matilde, Rainha de Inglaterra
Maria, Condessa de Bolonha
CasaWessex (por nascimento)
Dunkeld (por casamento)
Nascimentoc. 1045
 Hungria
Morte16 de novembro de 1093 (48 anos)
 Castelo de EdimburgoEscócia
Sepultado emAbadia de DunfermlineFifeEscócia
PaiEduardo, o Exilado
MãeÁgata
Santa Margarida
Veneração porIgreja Católica
Comunhão Anglicana
Canonização1250 por Papa Inocêncio IV
Principal temploAbadia de Dunfermline
Festa litúrgica10 de junho (em 1693)
16 de novembro (a partir de 1969)
AtribuiçõesLeitura
PadroeiraDunfermlineEscóciaFifeShetland, The Queen's Ferry, Inglaterra

Margarida da Escócia ou Margarida de Wessex (Hungriac. 1045 — Castelo de Edimburgo16 de novembro de 1093), foi rainha consorte da Escócia como esposa de Malcolm III da Escócia.

Biografia

Era filha do Atelingo Eduardo, o Exilado, herdeiro da Inglaterra. Assim, era neta do rei Edmundo, Braço de Ferro. Seu pai tinha fugido dos normandos com Ágata, sua mulher, assim como o seu filho e o verdadeiro rei da Inglaterra, Edgar de Wessex, mais tarde cruzado, e portanto irmão da santa Margarida. Uma irmã, Cristina, era freira em Romsey. Sua mãe, Ágata, era parente de Gisela, esposa de Santo Estêvão da Hungria ou do Imperador Henrique II.

Estátua de Margarida feita pelo escultor francês François Augustin Caunois, presente na Igreja de la Madeleine, em Paris.

A tradição diz que seu pai e seu tio Edmundo foram para a Hungria por segurança, durante o reinado de Canuto II da Dinamarca, mas não se encontram registros na Hungria. Margarida voltou por volta de 1057 à corte de Eduardo o Confessor. Dez anos depois, após a batalha de Hastings, fugiu com o irmão e foi, contra seu desejo, casada.

Morto o pai, com a conquista da Inglaterra pelos normandos, sua mãe Ágata resolveu voltar ao continente mas uma tempestade jogou seu navio na Escócia, onde foram acolhidos por Malcolm III que decidiu tomá-la por esposa. Margarida desejava ser freira, mas o casamento deve ter acontecido entre 1067 e 1070.

Foi rainha devota e muito amada pelo povo pois mudou os modos da corte e seus padrões de comportamento. Os magnatas foram proibidos de embebedar-se e ela usou o dinheiro do reino para ajudar os pobres, alimentá-los, dar-lhes abrigo. Encorajou o comércio exterior e fundou mosteiros e igrejas, incluindo-se a abadia de Dunfermline, construída para abrigar seu maior tesouro, uma relíquia da verdadeira Cruz. Restaurou a Abadia de Iona, na ilha de Iona, que tinha sido fundado por São Columba.

Seu Evangelho ou livro de horas, ricamente adornado com jóias, caiu um dia num rio e foi miraculosamente recuperado, estando hoje na Biblioteca Bodleian em Oxford.

Com seu casamento aproximou as igrejas romana e céltica. Reuniu um sínodo que produziu novos regulamentos para o jejum da Páscoa, a comunhão e alguns abusos quanto aos casamentos em graus proibidos.

Anglicizou e refinou a corte e o marido com suas virtudes, modéstia, beleza rara. Paciência e doçura suavizaram os modos do marido - e converter o Rei é converter o Reino. O marido era analfabeto e bruto se foi tornando cristão e gracioso e seus três filhos reinaram a seguir, e neles a mãe inspirara amor a Deus, desprezo das vaidades terrestres e horror do pecado.

Margarida morreu em 16 de novembro de 1093, no castelo de Edimburgo), tendo sido seu corpo sepultado diante do altar principal da abadia de Dunfermline, em Fife, ao lado do marido o rei Malcolm III da Escócia.

A rainha foi canonizada em 1250 ou 1251 pelo Papa Inocêncio IV e é festejada em 16 de novembro.

Suas relíquias foram transferidas em 19 de Junho de 1259 para um santuário novo, cuja base se vê na parede oriental moderna da igreja restaurada.

Na Reforma, seu crânio passou a pertencer a Maria Stuart, Rainha dos Escoceses, e mais tarde aos jesuítas de Douai, acreditando-se ter sido destruído na Revolução Francesa. George Conn, autor do livro «De duplici statu religionis apud Scots» (Roma 1628), crê que o resto das relíquias, assim como as do seu marido, o rei Malcolm, foram compradas por Filipe II da Espanha e postas em duas urnas no Escorial. Mas quando, no século XIX, o Bispo Gillies de Edimburgo pediu pelo Papa Pio IX sua devolução, não foram encontradas.

Igrejas

Algumas das igrejas dedicadas a Margarida:

Instituições de ensino

Algumas das instituições de ensino nomeadas em honra a Margarida:

Precedido por
Ingibiorg Finnsdottir
Rainha da Escócia
1070 – 13 de novembro de 1093
Sucedido por
Etelreda da Nortúmbria
(possivelmente)

Ligações exteriores

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Margarida da Escócia (santa)

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue