sexta-feira, 12 de novembro de 2021

SOCIEDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA FUNDADA POR BOTELHO DO AMARAL - 12 DE NOVEMBRO DE 2021

 

História da língua portuguesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Trecho de poesia
medieval portuguesa
Das que vejo
nom desejo
outra senhor se vós nom,
tan sobejo,
mataria um leom,
senhor do meu coraçom:
fin roseta,
bela sobre toda fror,
fin roseta,
nom me meta
en tal coita voss'amor!
João de Lobeira
(1270?–1330?)

história da língua portuguesa é a história da evolução da língua portuguesa desde a sua origem no noroeste da Península Ibérica até ao presente, como língua oficial falada em Portugal e em vários países de expressão portuguesa.

Em todos os aspectos — fonéticamorfologialéxico e sintaxe — a língua portuguesa é essencialmente o resultado de uma evolução orgânica do latim vulgar trazido por colonos romanos no Século III a.C., com influências menores de outros idiomas e com um marcado substrato céltico. O português arcaico desenvolveu-se no Século V d.C., após a queda do Império Romano e as invasões germânicas, ditas bárbaras, como um dialecto românico, o chamado galego português, que se diferenciou de outras línguas românicas ibéricas. Usado em documentos escritos desde o século IX, o galego-português tornou-se uma linguagem madura no século XIII, com uma rica literatura. Em 1290 foi decretado língua oficial do reino de Portugal pelo rei D.Dinis I. O salto para o português moderno deu-se no renascimento, sendo o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) considerado o marco. A normatização da língua foi iniciada em 1536, com a criação das primeiras gramáticas, por Fernão de Oliveira e João de Barros.

A partir do século XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, a história da língua portuguesa deixa de decorrer exclusivamente em Portugal, abrangendo o português europeu e o português internacional. Em 1990 foi firmado um tratado internacional com o objetivo de criar uma ortografia unificada, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, assinado por representantes de AngolaBrasilCabo VerdeGuiné-BissauMoçambiquePortugal e São Tomé e Príncipe.

Proto-história (séc. III a.C.- séc. XII)

Recentes estudos sugerem que o substrato linguístico dominante no ocidente peninsular possui forte relação com as línguas antigas do Próximo Oriente, como o ugarítico, o acádio, o hebraico antigo ou o assírio. É possível que essa língua tenha acompanhado os povos que migraram ao longo do Mediterrâneo ao longo de milhares de anos desde o Neolítico. Tanto a toponímia, como a própria língua Portuguesa (bem como a castelhana, a catalã, e provençal) parecem mostrar essa relação.[1] Curiosamente já no século XIX o Cardeal D. Francisco de S. Luiz Saraiva, conhecido popularmente por "Cardeal Saraiva", publicou um trabalho intitulado Glossário de Vocábulos Portuguezes Derivados de Línguas Orientaes e Africanas Excepto a Árabe, em que se demonstrava que muitas palavras do português encontram paralelo no hebraico antigo, no caldaico e mesmo no persa. Contudo este conhecimento foi ignorado, tendo--se retomado a tese da impossibilidade de encontrar a língua do povo que foi colonizado pelos romanos. Também no final do século XX, Moisés Espírito Santo publicou vários e assinaláveis estudos sobre o tema, mas o meio universitário português tem sido reticente à mudança de paradigma. A visão tradicional, geralmente reproduzida, é fortemente latinista e quase ignora totalmente a língua falada pelo povo que foi conquistado por Roma. Os textos a seguir seguem essa linha de pensamento, estando portanto em desacordo com as ideias mais recentes.

O português tem um substrato céltico/lusitano,[2] originado nas línguas faladas pelos povos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da Península. Várias escritas testemunham a existência de línguas paleo-hispânicas. Em Portugal destaca-se a escrita do sudoeste dos séculos VII e V a.C. no Baixo Alentejo e Algarve. Não há acordo entre os especialistas sobre a origem destes sistemas de escrita, que poderá estar no alfabeto fenício ou no alfabeto grego, provavelmente relacionados com os contactos comerciais destes povos.

Da língua lusitana, uma língua indo-europeia céltica[3][4] ou relacionada falada entre o Douro e o Tejo, apenas se conhecem cinco inscrições tardias em alfabeto latino, incluindo as de Cabeço das Fráguas,[5] a inscrição do Penedo de Lamas[6] e de Arronches.[7] Da língua galaica,[8] também uma língua céltica[9][10] ou um grupo de línguas e dialetos aparentados com o celtibero, conhecem-se numerosas palavras e frases curtas registadas em inscrições latinas de Oviedo e Mérida, ou glosadas por autores clássicos, que permanecem até hoje para nomear locais, rios ou montanhas. Após séculos de contacto com o latim estas línguas foram absorvidas,[11] mas deixaram a sua marca num dialecto determinante na evolução das línguas portuguesa e galega.

A influência celta na língua portuguesa[12] pode ser detectada em várias centenas de palavras como abrunho, barra, bico, vidoeiro, bilha, borba, braga, brio, cais, caminho, camisa, canga, canto, carro, cerveja, choco, colmeia, crica, curro, embaixada, gorar, légua, lousa, menino, minhoca, peça, rego, tojo, tranca, vassalo,[13] manteiga e tona (galaico-português: pele, odre);[14] os topónimos de origem céltica em Portugal destacam-se pelo elemento "briga", que significa “fortaleza”, com em Conímbriga, Arcóbriga (antigo nome de Arcos de Valdevez), Lacóbriga (antigo nome da cidade algarvia de Lagos) e Brigantia (Bragança); o elemento "dunum", que significa “cidade” e surge no topónimo Caladunum (cidade antiga em Trás-os-Montes); frequentemente é também considerada de origem celta a etimologia do nome Portugal, de Portus Cale, sendo Cale um desenvolvimento de "Gall-", com a qual os Celtas se referiam a si próprios (como em "Galiza", "Gália", "Galway") e o do rio Douro (Durus em latim), do celta "dwr", que significa água.[15]

O latim: base linguística (III a.C - V d.C)

Ver artigo principal: Latim e Latim vulgar
Inscrição em latim num marco miliário da Via Nova, que ligava Braga a AstorgaTerras de Bouro, Portugal

Em 218 a.C, os romanos iniciaram a invasão da Península Ibérica, onde viriam a fundar a província romana da Lusitânia, atual centro e sul de Portugal. Quase 200 anos depois, terminadas as guerras Cantábricas, foi constituída a Galécia, atual norte de Portugal e Galiza.

romanização afetou muitas áreas da vida, incluindo a língua. O latimlíngua oficial do Império Romano, passou a ser usado na administração. A sua versão coloquial, o latim vulgar falado em todo o império,[16] foi difundido por soldados, colonos e mercadores vindos de várias províncias e colónias romanas. Estes estabeleceram-se em cidades perto de povoações nativas, mantendo frequentemente os mesmos nomes.

Falar latim era mais um privilégio do que um dever, e começou pelas camadas mais altas da sociedade, que tinham de lidar com a administração romana.[17] A evolução do latim no território correspondente a Portugal ocorreu a dois ritmos:[18] no centro e sul, na Lusitânia, foi adaptado cedo, acompanhando a rápida romanização e maior cosmopolitismo. A norte, na região da Galécia, a tardia romanização, o carácter rural e o isolamento resultaram numa menor assimilação cultural e linguística, que levou ao desenvolvimento de uma variedade de latim com influências da língua galaica.[19][20] A adesão ao cristianismo, introduzido nas cidades da Hispânia a partir do século I e tornado religião oficial do império em 380 pelo imperador hispano Teodósio I, contribuiu para popularizar o latim.

O uso das línguas paleo-ibéricas foi decrescendo, primeiro através do bilinguismo nos centros de ocupação romana, depois limitando-se às regiões isoladas. As línguas pré-romanas nativas acabaram por desaparecer,[21] mas supõe-se que o seu contacto com o latim contribuiu para o desenvolvimento de diversos dialetos nas diferentes regiões da Hispânia. Mesmo a elite educada de hispano-romanos parece ter tido um sotaque peculiar: entre outros, o imperador Adriano, de origem bética, foi alvo de riso ao discursar no senado romano pelo "pronuntians agrestius", um sotaque rústico que o levou a aperfeiçoar o latim.[22][23]

Para alguns autores o fato de a Lusitânia e Galécia estarem incluídas na Hispânia Ulterior (a "Hispânia afastada" na primeira divisão da Península), sob influência da Bética, uma província antiga colonizada pela aristocracia senatorial, explica o latim conservador, que preservou formas arcaicas (como "pássaro"/"pájaro" (passer) e "comer" (comedere) em vez de formas latinas mais recentes ave (avicellus) manger/mangiare (manducare), e que pode explicar parte das diferenças entre o castelhano e o português.[24] Um dos fenómenos mais antigos nesta diferenciação é a "troca dos b pelos v", ou betacismo,[25] provavelmente sob a influência das línguas pré-romanas, com o /v/ muito mais usado no português. No latim clássico não existia o actual som [v]: "via" pronunciava-se "uia" (semelhante ao W inglês). A partir do século I o latim vulgar transformou o /w/ em /β/, que se manteve no espanhol, e que evoluiu para /v/ no português. Exemplos antigos de betacismo incluem a grafia de Nabia/Navia, deusa da mitologia galaica e lusitana,[26] assim como La Habana (em castelhano) e Havana (em português).

O processo de diferenciação dos dialetos que levou ao desenvolvimento de diversos traços individuais das línguas ibero-românicas teria ocorrido ainda no período romano.[27][28][29] Origem de todas as línguas românicas, o latim teria contribuido para quase 90% do léxico do português.

O românico de influência germânica sueva e visigótica

Pormenor do Códice Albeldensis visigótico, c. 976, reprentando Martinho de Dume, com a inscrição Martinus episcopus bracarensis.

A partir de 409,[30] com o Império Romano em colapso, a Península Ibérica foi ocupada por povos de origem germânica, a que os romanos chamavam bárbaros. O território foi então cedido a alguns destes povos como federados: em 410 os suevos estabeleceram na Galécia o reino Suevo, primeiro reino cristão (410-589). Na Lusitânia seriam os visigodos a dominar (411-711).

Estes povos adotaram em grande parte a cultura romana, incluindo as leis, o cristianismo e a língua latina. Com as invasões desapareceram todos os quadros do estado, mas manteve-se de pé a organização eclesiástica, que os suevos adoptaram ainda no século V, seguidos pelos visigodos, e que foi um importante instrumento de estabilidade. Como a maioria da população hispano-romana era cristã, a governação sueva – que se estendeu até Emínio (Coimbra) – baseou-se nas paróquias, descritas no Parochiale suevorum de c. 569.

O latim escrito, com influências germânicas e românicas, manteve-se na Europa como língua franca, litúrgica e jurídica: o latim medieval. No reino Suevo da Galécia, região correspondente ao norte de Portugal e Galiza, destaca-se na liturgia a partir da arquidiocese de Braga, e no direito visigótico. Foi dessa liturgia, por iniciativa de Martinho de Dume – para reforçar a ortodoxia face a tendências pagãs e heréticas do priscilianismo e arianismo – a origem do português ser a única língua românica que usa a terminologia eclesiástica de numeração ordinal para os dias da semana, de segunda-feira a sexta-feira, com registos desde 618.[31]

No entanto, uma vez que as escolas e administração romanas acabaram, o latim vulgar falado perdeu uniformidade, evoluindo de forma diferenciada nas comunidades isoladas. Acredita-se que por volta do ano 600 já não era falado na Península Ibérica,[32] substituído pela evolução das línguas românicas. Na Galécia, ganhou características locais levando à evolução de uma forma primitiva de galaico-português.

A presença germânica, sobretudo os três séculos de domínio visigótico, deixou numerosas palavras na língua portuguesa, sobretudo na onomástica: nomes como RodrigoAfonsoÁlvaroFernandoGonçaloHenrique; toponímia AdãesBaltarGondomarErmesindeEsposendeTagildeGuimarães, Tresmonde, Trasmil; o sufixo -engo (em solarengo, mostrengo) e palavras em regra poéticas ou guerreiras: guerraelmobando, guardar, agasalhar entre outras.[33] Também a letra ç (cê cedilhado) no português moderno teve origem na escrita visigótica, resultando da evolução do Z (ʒ) visigótico.[34][35]

Influência árabe em Portugal

Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento das línguas do sudoeste da Europa desde o ano 1000 até à actualidade, entre as quais o português.
Ver artigo principal: Língua moçárabe

Em 711 tropas muçulmanas vindas do Norte de África ocuparam a Península Ibérica. Rapidamente atravessaram o Douro, terminando o reino visigodo. Às suas investidas escapou um grupo de visigodos acantonado no reino das Astúrias a partir de 718. Os muçulmanos assenhorearam-se do território que designavam em língua árabe Al-Andalus, o qual governaram por cerca de cinco séculos no caso português, e mais de oito séculos na Espanha.

Com a invasão da Península, a língua árabe foi adotada como língua administrativa nas regiões conquistadas. Contudo, a população continuou a falar dialetos românicos, conhecidos coletivamente como moçárabes. A principal influência árabe foi no léxico: o português moderno regista 945 palavras de origem árabe,[36] especialmente em relação à agricultura, comércio e administração, sem cognatos noutras línguas românicas, com exceção do castelhano língua da qual adotou aliás muitas dessas palavras.

A maioria das palavras portuguesas de origem árabe é facilmente identificável pelos prefixos al- (correspondente ao artigo definido árabe o) ou uadi- (que significa rio). Embora aquelas em que al não forme uma sílaba possam ter uma raiz distinta (casos de Alexandre e Alentejo). Entre elas: açúcar, alface, laranja, arroz, alfândega, armazém, bairro, almanaque, álgebra, almirante. A influência árabe é também visível em topónimos árabes em Portugal, principalmente no sul do país, tais como Algarve e Alcácer do Sal e Odemira que foram assimilados à medida que a reconquista foi avançando pelo que atualmente é o centro-sul (Lisboa, Santarém, Palmela) e sul de Portugal.

Português arcaico (séc. XII - séc. XVI)

O galego-português

Ver artigo principal: Língua galego-portuguesa
Apocalipse do Lorvão, manuscrito iluminado de 1180 baseado no Comentário de Beato de LiébanaMosteiro de Lorvão

Entre 740 e 868 a região a norte do Douro foi reconquistada pelos cristãos hispano-góticos, que aí estabeleceram os seus reinos. O documento medieval com traços românicos mais antigo da Península Ibérica data de 775, o Diploma do rei Silo das Astúrias,[37] encontrado na Galiza e preservado no arquivo da catedral de Leão.[38][39] Como este, muitos documentos escritos em latim medieval contêm palavras românicas.[40]

Em Portugal, os mais antigos textos com traços de galego-português são a Doação à Igreja de Sozello, de 870,[41] e a Carta de Fundação e Dotação da Igreja de S. Miguel de Lardosa, de 882.[42] Entre os séculos XII e XIV o galego-português teve um papel especial nos reinos cristãos medievais da Península Ibérica como língua literária, semelhante ao occitano contemporâneo. Foi, quase sem exceção, a única língua usada na composição da poesia lírica trovadoresca dos reinos de LeãoCastelaGaliza e Portugal. A sua importância foi tal que o chamado trovadorismo é considerado a segunda mais importante literatura medieval europeia. O rei de Leão e Castela Afonso X, o Sábio (1221-1284), mecenas do movimento trovadoresco e ele próprio trovador e poeta da língua galego-portuguesa, escreveu ou mandou escrever o cancioneiro sacro Cantigas de Santa Maria em galego-português, que reúne 430 composições musicadas para monofonia.

Ladinho ou linguagem ladinha era o nome que se dava ao puro romance português derivado do Latim, sem mescla de Aravia ou da Gerigonça judenga.[43]

A poesia heroica tinha duas vertentes: a Aravia, usada pelo povo, e o Romance, empregado pelos eruditos. São numerosos os documentos em que a palavra Aravia significou a linguagem plebeia, a gíria e o canto do povo. Para os eruditos o Romance significava a linguagem vulgar.[44] "Para os eruditos do século XV e XVI, a Aravia é a linguagem corrupta com que cristãos e árabes se entendiam, é uma especie de gíria não escrita, e a própria designação de um canto do povo." [...] a Aravia que os Mosarabes falavam eram os dialetos vulgares ou Ladinha cristenga que em breve se iam desenvolver como línguas nacionais. A designação de Aravia passava a significar o cantar-romance, que veio a servir de primeiro elemento tradicional da história." Na comédia Eufrósina, Jorge Ferreira de Vasconcelos refere-se ao termo "germania" como sendo uma forma de aravia, quando escreve : "quando eles querem falam germania [...] senhora que viva convosco pera que me ensineis essa aravia."[45]

Divergência do português e do galego

Testamento de Afonso II de Portugal, de 1214

Em 1143, o reino de Portugal foi formalmente reconhecido pelo Reino de Leão e Castela, no qual o Reino da Galiza estava então incorporado. Como resultado da divisão política, o Galego-Português perdeu a unidade como língua nativa secular do noroeste peninsular. O galego e o português seguiram então caminhos evolutivos independentes, divergindo. O português incorporou elementos árabes durante a reconquista e, no período que se seguiu, dá-se a uniformização em -ão das terminações nasais. O galego foi influenciado pelas línguas leonesa e castelhana.[46]

Os textos escritos em português mais antigos conhecidos são a A Notícia de fiadores (1175),[47] uma pequena lista de nomes que termina com uma única frase, "O Pacto dos irmãos Pais" de c. 1175. Mas o documento que atesta o nascimento oficial da língua portuguesa data de 27 de Junho de 1214, Testamento de D. Afonso II,[47] terceiro Rei de Portugal, consensualmente considerado o texto em escrita portuguesa mais antigo conhecido. Em 1290, concluída a reconquista portuguesa, o rei Dinis I de Portugal decretou que a "língua vulgar" (o galego-português falado) fosse usada em vez do latim na corte, e nomeada "português". O rei trovador, neto e tradutor de Afonso X O Sábio, adotara uma língua própria para o reino, tal como o seu avô fizera com o castelhano. Em 1296 o português foi adaptado pela chancelaria régia e passou a ser usado não só na poesia, mas também na redação das leis e pelos notários.

Na Galiza, a documentação legal em galego-português remonta a 1231, data de um diploma de venda procedente do mosteiro de Melón, no Minho.[48] No entanto, o documento chamado Carta Foral do Boo Burgo é provavelmente mais antigo (c. 1228).[49] Os primeiros textos poéticos datam de c. 1195 a c. 1225. O galego manteve-se a língua escrita mais empregada no Reino de Galiza, tanto no uso legal como na criação literária, para o que contribuíram grandemente as scriptoria da nobreza e da igreja local, na ausência de uma corte real na Galiza. Mas as derrotas dos nobres galegos nas guerras irmandinhas provocaram o fim da autarquia do reino da Galiza, que passa a ser governada por uma delegação real castelhana, que impõe o castelhano como língua oficial. A partir de 1530 dá-se o desaparecimento oficial do galego como língua de cultura, que durou até finais do século XIX, nos chamados "Séculos Escuros", ficando relegado a língua regional, oral, com pouco emprego escrito.[50] O português, por seu lado, desenvolveu-se no único território peninsular independente do domínio linguístico do castelhano.

O quadro seguinte mostra dois trechos em galego-português, um primeiro da cantiga de amor Pois ante vós estou aqui, escrita pelo rei D. Dinis (1261-1325) (tal como foi compilada no Cancioneiro da Biblioteca Nacional e numa versão com a grafia normalizada) e, um segundo, a oração Avé Maria adaptada da Cantiga de Santa Maria n.º 415. À direita, de modo comparativo, uma tradução correlativa em português e galego (sob a ortografia oficial[51]), respectivamente:

Galego-português
(grafia original)
Galego-português
(grafia normalizada)
PortuguêsGalego
Poys ante uos eſtou aqui

Senhor deſte meu coraçõ
Por de9 teede por razon
Por quanto mal por uos ſofri
De u9 q̃rer de mĩ doer
Ou de me leixardes morrer

Pois ante vos estou aqui,

sennor deste meu coraçon,
por Deus, tẽede por razon,
por quanto mal por vos sofri,
de vos querer de min doer
ou de me leixardes morrer.

Pois ante vós estou aqui,

senhora deste meu coração,
por Deus, tende por razão,
por quanto mal por vós sofri,
de vos querer de mim doer
ou de me deixardes morrer.

Pois ante vós estou aquí,

señora deste meu coran
por Deus, tede por razón,
por canto mal por vós sufrín,
de vos querer de min doer
ou de me deixardes morrer.

Ave Maria, chẽa de graça,
Contigo e Deus.
Bẽeita/beenta es tu entre as molleres,
E bẽeito/beento e o fruito do teu ventre, Jesu.

Ave Maria, cheia de graça,
Contigo é Deus.
Benta és tu entre as mulheres,
bento é o fruto do teu ventre, Jesus.

Ave María, chea de graza,
Contigo é Deus.
Bieita es ti entre as mulleres,
bieito é o froito do teu ventre, Xesús.

Português moderno (séc. XVI - séc. XXI)

Normatização: as primeiras gramáticas no Renascimento

Frontispício da primeira edição da Grammatica da Língua Portuguesa de João de Barros, 1540

A publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende em 1516 é frequentemente considerada o marco do fim do "português arcaico".

A partir do século XVI, o renascimento aumentou o número de palavras eruditas importadas para o português e a complexidade da língua. Tal como em várias outras línguas europeias, o interesse pelos estudos humanísticos, em especial a filologia, e o desenvolvimento da imprensa levou à procura da normatização da língua portuguesa.

Em 1536 Fernão de Oliveira publicou a primeira gramática da língua portuguesa, a Grammatica da lingoagem portuguesa,[52] em Lisboa, dedicada a D. Fernando de Almada. A obra do heterodoxo frade dominicano, diplomata, escritor, filólogo e tratadista naval em breve seria seguida. Em 1540, João de Barros, distinto funcionário da coroa e tesoureiro da Casa da Índia, publicou a Grammatica da lingua portuguesa e diversos diálogos morais a acompanhá-la, para ajudar ao ensino da língua materna. Considerada a primeira obra didática ilustrada no mundo,[53] dedicada a informar aos jovens aristocratas, a quem se dirigia, incluia também fundamentos básicos da Igreja Católica.[53]

O interesse pela filologia difundiu o uso de ortografias etimológicas, procurando justificar palavras vernáculas através de raízes latinas ou gregas, genuínas ou imaginadas. Duarte Nunes de Leão, pioneiro no estudo da ortografia portuguesa,[54] na obra Orthographia da lingoa portuguesa, de 1576, foi um dos seus teóricos. O desenvolvimento da imprensa contribuiu para tornar correntes as novas grafias, abundantes em ch, ph, rh, th e y nas palavras de origem grega (archaico, phrase, rhetorica, theatro, estylo, etc.) e ct, gm, gn, mn, mpt nas palavras de origem latina (aucthor, fructo, phleugma, assignatura, damno, prompto), incluindo até falsas etimologias, como a de tesoura escrita thesoura, por sugestão de thesaurus, quando o étimo é tonsoria.

Durante o período da União Ibérica (1580-1640), em que os reinos de Portugal e Espanha estiveram unidos, linguistas espanhóis cogitaram em ser a língua portuguesa um dialeto do castelhano. Essa teoria foi descartada, visto que consistia em ser uma ideia de cunho político, na tentativa de uma maior dominação para com os portugueses, e por não possuir qualquer fundamento línguístico ou histórico.

Expansão com os Descobrimentos

Ver artigo principal: Lusofonia, e Crioulos de base portuguesa
A língua portuguesa no mundo actual:
  Língua materna
  Língua oficial e administrativa
  Língua cultural ou secundária
  Minorias falantes do português

Entre os séculos XV e XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, os portugueses levaram a língua portuguesa a muitas regiões da ÁfricaÁsia e América. Simultaneamente importaram para o léxico português e de várias línguas europeias novas palavras, vindas de terras distantes.

Os primeiros contactos eram assegurados por intérpretes poliglotas, os chamados "lingoas", como Gaspar da Gama e Duarte Barbosa. O português tornou-se a lingua franca nas costas do Oceano Índico e em África, usado não só pela administração colonial e pelos mercadores, mas também entre os oficiais locais e europeus de todas as nacionalidades. Vários reis do Ceilão (actual Sri Lanka) falavam português fluentemente, e os nobres normalmente tinham nomes portugueses. A propagação da língua foi ajudada por casamentos mistos entre portugueses e as populações locais.

A língua portuguesa continuou a gozar de popularidade no sudoeste asiático até ao século XIX. No Ceilão e na Indonésia a língua continuou popular mesmo com várias medidas contra ela levadas a cabo pelos holandeses. Algumas comunidades cristãs que falavam português, na Índia, MalásiaIndonésia e em Sri Lanka, preservaram a sua língua mesmo depois de se isolarem de Portugal. Ao longo dos séculos desenvolveram-se vários crioulos de base portuguesa em África, na Índia, no Sudeste Asiático e em Macau.

Topónimos como Serra Leoa,[55] Lagos (Nigéria)Elmina (Gana), Ano BomNatalGabãoCamarõesBrasilCochinchina,[56] Formosa (Taiwan)Flores (Indonésia) atestam a passagem dos portugueses no século XVI. Várias palavras portuguesas entraram no léxico de outras línguas, tais como "sepatu" (sapato) em indonésio, "keju" (queijo) em malaio, "meza" (mesa) em swahili, "botan" (botão), "kompeitō" (confeito), "kappa" (capa), entre várias palavras japonesas de origem portuguesa. Simultaneamente foram importadas para a Europa palavras ligadas à marinharia e a produtos exóticos como banana, albatroz, cachalote, caju, crioulo, garoupa, sargaço, junco (navio), macaco, mandarim,[57] monçãopagode. Hoje, a maioria dos falantes do português encontram-se no Brasil, na América do Sul.

Base dos primeiros estudos linguísticos fora da Europa

Página do manuscrito do Dicionário Português-Chinês, compilado por Matteo Ricci e Miguel Ruggieri, 1583-1588.

Os esforços missionários do padroado português, sobretudo a atividade missionária jesuíta, levou a que "língua cristã" fosse sinónimo da "língua portuguesa" em muitos locais da Ásia. A expansão de colégios e o pioneirismo das missões fez com que muitos dos primeiros estudos linguísticos europeus, incluindo gramáticas e dicionários, fossem escritos em português.[58] É o caso do primeiro dicionário europeu de chinês-português, c. 1580 por Michele Ruggieri e Matteo Ricci;[59] do dicionário japonês-português "Nippo Jisho", de 1603 por João Rodrigues;[60][61] do dicionário vietnamita-Português-latim publicado em Roma em 1651 por Alexandre de Rhodes.[62]

Destacaram-se nesta ação o Colégio de São Paulo (Macau)[63] como sede dos primeiros sinólogos, e o Colégio de São Paulo (Goa), que introduziu a imprensa na Índia,[64] e levou à primeira impressão e estudos europeus da língua tâmil.[65] Também sob alçada portuguesa, foram os estudos da língua concani (canarim) e da língua marata pelo linguista jesuíta Thomas Stephens.[66] Foram também pioneiros no estudo do sânscrito[67] Roberto de Nobili e João de Brito. No Brasil, José de Anchieta e Luís Figueira desenvolveram os primeiros estudos da língua tupi, incluindo a gramática e dicionário; Luís Mamiani estudou a língua cariri (hoje extintas).[68] Em África, Mateus Cardoso fez a primeira tradução de quicongo c.1625.[69] Na Etiópia, foi estudada intensamente e feitas traduções de ge'ez, a língua litúrgica da Etiópia, até à expulsão dos Jesuitas em 1634.[70]

Ver também

  • Pequeno dicionário comparativo de ortografia em língua portuguesa
  • Ward, A. (1996). A Checklist of Proto-Celtic lexical ItemsOnline at Scribd.

Referências

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Bibliografia

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Ligações externas

SÃO JOSAFÁ - 12 DE NO VEMBRO DE 2021

 

Josafá Kuntsevytch

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Josafá)
Disambig grey.svg Nota: Se procura pelos santos do século III ou IV, veja Barlaão e Josafá.
Josafá Kuntsevich
Nascimentoc. 1580 em VolodimíriaComunidade Lituano-Polaca
Morte12 de novembro de 1623 em VitebskComunidade Lituano-Polaca
Nome nascimentoIvan Kunchych[1]
Nome religiosoJosafá Kuntsevich
Veneração porIgreja Católica Romana
Beatificação16 de maio de 1643Roma por Papa Urbano VIII
Canonização29 de junho de 1867Roma por Papa Pio IX
Festa litúrgica12 de novembro (Igreja Latina

25 de novembro (Igreja Greco-Católica Ucraniana[2]

AtribuiçõesArquieparca de Polatsk
PadroeiroUcrânia
Gloriole.svg Portal dos Santos

Josafá KuntsevytchO.S.B.M.c. 1580 - 12 de novembro de 1623, (em polonês/polacoJozafat Kuncewicz, em lituanoJuozapatas Kuncevičius, em ucranianoЙосафат КунцевичJosafat Kuntsevych) foi um monge polaco-lituano e Arquieparca (Arcebispo) da Igreja Católica Rutena, que foi morto por uma multidão enfurecida no dia 12 de novembro de 1623 em VitebskComunidade Lituano-Polaca (atualmente a Bielorrússia). Josafá é a vítima mais conhecida da perseguição aos católicos que ocorreu em decorrência da União de Brest, e é declarado um mártir e santo na Igreja Católica.

Seu martírio reflete o conflito entre cristãos ortodoxos e católicos que se intensificou após a hierarquia ortodoxa rutena regional confirmar a comunhão com a Igreja Católica Romana pela União de Brest em 1596.

Vida

Contexto político e religioso

As políticas do Rei Sigismundo III Vasa da Polônia sobre a Contrarreforma Comunidade Lituano-Polaca eram para reunir, "por meio de missões para não Católicos, ambos Protestantes e Ortodoxos", todos os cristãos na Igreja Católica[3]. Após negociações preliminares com Sigismundo III e com o Chanceler da Polônia e magnada Jan Zamoyski, uma delegação de bispos da Arquidiocese Metropolitana de Kiev foi enviada para Roma em 1595 para aderirem à União de Brest, com a condição de que os rituals e disciplinas orientais fossem mantidos intactos.[4](p187-203) Boa parte dos bispos Ortodoxos na Comunidade, incluindo Michael Rohozametropolita de Kiev foram signatários da União de Brest em 1596, que fez a Arquidiocese de Kiev retornar à comunhão com a Igreja Católica. Os bispos Ortodoxos que foram signatários e os que não foram excomungaram uns aos outros, porém os que não assinaram estavam em uma posição muito pior que a anterior porque não haviam mais reconhecimento oficial.[4](p204) A União resultou em dois grupos sectários:

Ver artigo principal: União de Brest
  • Aderentes Ortodoxos que assinaram a União de Brest se tornaram Católicos Orientais e ficaram conhecidos como "Uniatas", ou "unici" em polonês.[5](p174-175). Eles ficaram conhecidos como "cismáticos e traidores" pela Igreja Ortodoxa. Estima-se que um terço da população rutena tenha se tornado Uniata em 1620.[6](p88) Os voivodiatos do nordeste também se tornaram predominantemente Uniatas.[7](p42)
  • Aderentes Ortodoxos que rejeitaram a União de Brest continuaram sendo Ortodoxos e ficaram conhecidos como "Desuniatas", ou "dysunici" em Polonês; foram considerados dissidentes religiosos pelo governo.[5] (p174) Os voivodiatos do sudeste se tornaram predominantemente Desuniatas.[7](p42) Desuniatas foram vítimas de vários graus de perseguição pelo Estado com o suporte de Uniatas e do clero católico latino.[8] Os Desuniatas não haviam nenhum líder até uma nova hierarquia ortodoxa da Arquidiocese Metropolitana de Kiev ser sagrada.[9]

Início

Nasceu como Ivan Kuntsevytch em 1580 ou 1584 em Volodimíria, na Comunidade Lituano-Polaca (atualmente na Ucrânia). Foi batizado em uma família relacionada à Igreja Ortodoxa.

Embora seja descendente da nobreza Rutena, seu pai se envolveu em negócios e ocupou o cargo de conselheiro da cidade. Ambos os pais de Kuntsevytch o encorajaram a entrar na vida religiosa. Na escola, Kuntsevytch mostrou ter um talento incomum; estudou Eslavo eclesiástico e memorizou grande parte do Horologion (livro de orações ortodoxo), que a partir desse período começou a ler diariamente. Dessa fonte, Kuntsevytch tirou sua primeira educação religiosa.

Devido à pobreza de seus pais, Kuntsevytch foi aprendiz de um mercante chamado Papovič em Vilnius. Dividido pelo conflito entre diversas seitas religiosas, Ivan se aproximou de um homem chamado Josyf Veliamyn Rutsky, um calvinista que se converteu para a Igreja Latina que logo após transferiu para o Rito bizantino. Rutsky apoiou a recente união à Roma, e sobre sua influência o interesse de Kunsevych na Igreja Católica aumentou.

Como monge e arcebispo

Em 1604, quando estava na casa dos 20 anos, Kuntsevytch entrou no Monastério da Trindade da Ordem de São Basílio Magno em Vilnius, quando foi dado o nome religioso de Josafá. Relatos de sua santidade se espalharam rapidamente e inúmeras pessoas começaram a visitar o jovem monge. [carece de fontes] Depois de uma vida nobre como leigo, Rutsky também entrou para a Ordem. Quando Josafá foi ordenado ao diaconato, seus serviços regulares e trabalhos para a Igreja já haviam começado. Como resultado de seus esforços, o número de noviços na Ordem começaram a aumentar, e sob Rutsky - que já havia sido ordenado - um renascimento da vida monástica católica oriental começou entre os rutenos.[10] Em 1609, depois de um estudo privado sob a supervisão do jesuíta Valentin Groza Fabricy, Josafá foi ordenado sacerdote por um bispo católico. Após isso Josafá se tornou hegúmeno (prior) de diversos monastérios. No dia 12 de novembro de 1617 Kuntsevytch foi consagrado como arquieparca coadjutor para a Arquieparquia de Polotsk. Depois ocupou o cargo de arquieparca em março de 1618. [11] Durante seu episcopado, a Catedral de Santa Sofia em Polotsk foi reconstruída.

Kuntsevytch enfrentou uma tarefa difícil de fazer a população local aceitar a comunhão com Roma. Houve uma rígida oposição de certos monges, que temiam a latinização litúrgica do rito bizantino. Como arquieparca, Josafá restaurou as igrejas: publicou um catecismo para o clero com instruções que deveriam ser memorizadas; redigiu regras para a vida sacerdotal e confiou aos diáconos a tarefa de supervisar sua observância; organizou sínodos em diversas cidades e dioceses e opôs firmemente o Grão-duque da Lituânia, que desejou fazer o que Josafá encarou como muitas concessões para a Igreja Ortodoxa. [carece de fontes] Apesar de todos os esforços e ocupações, Kuntsevytch continuou sua devoção religiosa como um monge e nunca deixou de lado seu desejo pela santidade. Por meio de tudo isso, ele teve sucesso em conquistar uma grande parte da população. [12]

A insatisfação aumentou entre os habitantes dos voivodiatos orientais. Em 1618, um bispo desuniata em Mahilou, que aparentemente assinou a União de Brest, resistiu abertamente sua implementação e substituiu o clero uniata com clero desuniata. Foram substituidos os nomes de Timóteo IIpatriarca de Constantinopla e de Osmã IIsultão do Império Otomano na liturgia pelos nomes do Papa Paulo V e do Sigismundo III. A resistência em Mahilou levou a uma maior intervenção do governo contra os desuniatas e em 1619 um decreto judicial condenou os líderes da insurreição a pena capital e devolveu todas as igrejas ortodoxas de volta a Eparquia Católica de Polotsk.[13](p190-191)

Norman Davies escreveu que Kuntsevytch "não era um homem de paz e que foi envolvido em todas as formas de opressão, incluindo as mais severas pelos motivo mais pífio - a recusa de permitir os camponeses ortodoxos de enterrarem seus parentes falecidos em solo consagrado"[5](p174-175) Em outras palavras, Josafá proibiu o enterro de desuniatas em cemitérios uniatas.[7](p42)

Em 1620, de acordo com o historiador Orest Subteiny, na Ucrânia, a violência causada em decorrência da posse de igrejas aumentou e "centenas de clérigos de ambos os lados morreram em confontos que tomaram forma de batalhas de campo". [9]

O historiador Lituano John Szlupas escreveu que os protestantes lituanos teriam um envolvimento secreto com a morte de Kuntsevytch e que Smotrytsky, o principal agente no assassinato, estava em constante comunicação com os reformadores.[14] (p263)

Morte

Referências

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SÃO DIOGO DE ALCALÁ - 12 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Diogo de Alcalá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São Diogo)
Disambig grey.svg Nota: "São Diogo" redireciona a este artigo. Para o santo japonês de mesmo nome, veja São Diogo Kisai.
Diogo de Alcalá
São Diogo por Francisco de Zurbarán
Nascimento14 de novembro de 1400 em San Nicolás del Puerto
Morte13 de novembro de 1463 (62 anos) em Alcalá de Henares
Veneração porIgreja Católica
Canonização10 de julho de 1588 por Papa Sisto V
Festa litúrgica13 de Novembro
AtribuiçõesCrucifixo, rosas
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Diogo de Alcalá (San Nicolás del Puerto1400 — Alcalá de Henares12 de novembro de 1463) foi um religioso católico da Ordem dos Frades Menores.

Foi canonizado pelo papa Sixto V em 1588. Com seu nome em castelhanoSan Diego de Alcalá, foi batizada a cidade californiana de San Diego.

Ver também

Ligações externas

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