quinta-feira, 11 de novembro de 2021

DIA DO ARMISTICIO - 11 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Dia do Armistício

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dia do Armistício
Capa do jornal O Paiz no dia 12 de novembro de 1918
Nome oficialDia do Armistício
Data11 de Novembro
SignificadoComemoração da assinatura do armistício entre os Aliados e os Impérios Centrais, efetivamente cessando as hostilidades em todos os frontes ocidentais da Primeira Guerra Mundial
FrequênciaAnual

Dia do Armistício é uma comemoração do fim simbólico da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918. A data comemora o Armistício de Compiègne, assinado entre os Aliados e o Império Alemão em Compiègne, na França, pelo fim das hostilidades na Frente Ocidental[1], o qual teve efeito às 11 horas da manhã — a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês"[2]. Apesar de esta data oficial ter marcado o fim da guerra, refletindo no cessar-fogo na Frente Ocidental, as hostilidades continuaram em outras regiões, especialmente por entre o Império Russo e partes do antigo Império Otomano.

História

A primeira comemoração do Dia do Armistício ocorreu no Palácio de Buckingham, onde o rei Jorge V do Reino Unido organizou um banquete em honra do presidente da França no dia 10 de Novembro de 1919[3]. As futuras comemorações da data ocorreriam no dia 11 de novembro, influenciando também as outras colônias do Império Britânico.

Após a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a maior parte da Commonwealth decidiram unir os eventos do dia do armistício com o Remembrance Day, feriado criado para honrar os militares e civis envolvidos na Segunda Guerra Mundial.

Nos Estados Unidos a data também é comemorada junto com o feriado que honra os envolvidos na Segunda Guerra mundial no Dia dos Veteranos[4].

Celebração no Reino Unido

Celebrações do Dia do Armistício na Filadélfia em 11 de Novembro de 1918.

A celebração formal do armistício acontece anualmente no segundo domingo de novembro (a data mais próxima do dia 11 de novembro) às 11 horas[5]. É marcada por cerimônias em memoriais de guerra em grande parte das cidades e vilas do Reino Unido quando são observados 2 minutos de silêncio e coroas de papoulas são colocadas nos memoriais.

A celebração nacional acontece no Cenotáfio de Whitehall em Londres. Depois dos 2 minutos de silêncio a Rainha Elizabeth II deita a primeira coroa de flores. Desde 2017, devido a sua avançada idade, a Rainha tem assistido a cerimônia da varanda de um edifício diante do Cenotáfio, enquanto seu representante, o Príncipe Charles, coloca uma coroa de papoula nos pés do monumento. Em seguida, outros membros da família real repetem o gesto: o Duque de Cambridge, o Duque de Sussex, o Duque de York, o Conde de Wessex, a Princesa Real, o Duque de Kent e desde 2018, o Príncipe Michael de Kent. O Príncipe PhilipDuque de Edimburgo, não mais participa da cerimônia.

Em seguida, são colocadas coroas pelo Primeiro Ministro, outros políticos, representantes das Marinha RealExército Britânico e Força Aérea RealMarinha Mercante

e por fim representante dos serviços de emergência.

O Bispo de Londres então coordena um breve serviço religioso e a celebração termina com o Hino Nacional God Save the Queen.

Uma parada de veteranos, organizada pela Royal British Legion, desfila pela Avenida Whitehall, fazendo saudação ao Cenotáfio (túmulo vazio em grego), em tributo a todos que morreram nas guerras, mas cujos corpos estão enterrados em outros locais.

A principal homenagem no Remembrance Day é feita no centro de Londres, quando a Rainha, membros da família real, políticos e outras autoridades colocam coroas de flores no Cenotaph, em Whitehall, o monumento erguido justamente para honrar os mortos de guerra. Desde 2017, é o Príncipe Charles que comanda esta homenagem, enquanto a Rainha apenas assiste.

Ver também

Referências

  1.  «100 Anos da Primeira Guerra Mundial»Estadão. Consultado em 31 de outubro de 2018Cópia arquivada em 31 de outubro de 2018
  2.  «11 de novembro de 1918: acaba a Primeira Guerra Mundial»Biblioteca Nacional do Brasil. Consultado em 31 de outubro de 2018Cópia arquivada em 1 de novembro de 2018
  3.  «Banquet in honour of The President of the French Republic, Monday 10th November 1919» (em inglês). Royal Collection Trust. Consultado em 31 de outubro de 2018
  4.  «History of Veterans Day» (em inglês). Department of Veterans Affairs. Consultado em 31 de outubro de 2018
  5.  «Remembrance Day». 10 de novembro de 2018. Consultado em 12 de novembro de 2018
Ícone de esboçoEste artigo sobre tópicos militares é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

DIA MUNDIAL DO ORIGAMI - 11 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Origami

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um elefante a partir de uma nota de dólar.

Origami[1] (do japonês折り紙, de ori, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.

O Origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que, no entanto, podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente, parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Ao contrário da crença popular, o origâmi tradicional japonês, que é praticado desde o Período Edo (1603-1868), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (retangularcircular etc.).

Segundo a cultura japonesa, aquele que fizer mil grous de origâmi (Tsuru, "grou") teria um pedido realizado - crença esta popularizada pela história de Sadako Sasaki, vítima da bomba atômica.

História

Conforme foram se desenvolvendo métodos mais simples de fazer papel, o papel foi tornando-se menos caro, e o origâmi, cada vez mais uma arte popular. Ainda assim, as pessoas menos abastadas se esforçavam em não desperdiçar papel; guardavam sempre todas as pequenas réstias de papel, e usavam-nas nos seus modelos de origâmi.

Durante séculos, não existiram instruções para se criarem os modelos de origâmi, pois eram transmitidos verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1797, foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata) contendo o primeiro conjunto de instruções de origâmi para dobrar um pássaro sagrado da Índia. O origâmi tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.

Em 1845, foi publicado outro livro (Kan no mado), que incluía uma coleção de aproximadamente 150 modelos de origâmis. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o origâmi espalhou-se como atividade recreativa no Japão.

Não seriam apenas os japoneses a dobrar o papel, mas também os mouros, no Norte de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais. Da Espanha, espalhou-se para a América do Sul. Com as rotas comerciais terrestres, o origâmi entrou na Europa mais tarde, nos Estados Unidos.

Origâmi na Alemanha

Friedrich Fröbel (1782-1852) foi o fundador do Movimento Kindergarten, que iria introduzir as dobragens de papel nas atividades pré-escolares. O Movimento Kindergarten foi levado para o Japão por uma senhora alemã, obtendo considerável aceitação. As dobragens de papel eram ensinadas às crianças e fundiram-se com o tradicional origâmi.

A divisão do origâmi

A grande divisão entre a antiga dobragem do papel e a nova surgiu cerca de 1950, quando o trabalho de Akira Yoshizawa se tornou conhecido. Foi Yoshizawa quem criou a ideia da dobragem criativa (Sasaku Origami) e inventou todo um conjunto de métodos que nada deviam ao origami do passado, permitindo "dobrar" uma série de animais e pássaros. Porém, ainda precisava de duas partes de papel para conseguir animais de quatro patas, o que só viria a ser ultrapassado com a invenção das Bases Blintzed em meados da década de 1950 por outros entusiastas, particularmente o norte-americano George Rhoades. Até lá, apenas era possível "dobrar" animais muito primitivos, incluindo o tradicional porco.

Matemática

A prática e o estudo do origâmi envolvem vários tópicos de relevo da matemática. Por exemplo: o problema do "alisamento da dobragem" (se um modelo pode ser "desdobrado") tem sido tema de estudo matemático considerável, e tem sido mostrado que é um problema NP completo.[2]

Também, é possível resolver qualquer equação cúbica usando apenas dobraduras de papel.[3] Por exemplo, é possível calcular a raiz cúbica de 2, e resolver assim o famoso "problema deliano" da antiga Grécia. Outros problemas clássicos que envolvem equações cúbicas também podem ser similarmente resolvidos, tais como a trissecção de um ângulo e a construção de um heptágono regular.

O problema do origâmi é de grande importância prática. Por exemplo: a "dobragem Miura" é uma dobragem rígida que tem sido usada para levar, para o espaço, grelhas de painéis solares para satélites.

Um mito popular diz que é impossível dobrar uma folha de papel pela metade mais de 8 vezes. A impossibilidade dessa dobra é atribuída ao crescimento exponencial da espessura resultante para as camadas de papel. No entanto, a falsidade do mito foi provada pela estudante de ensino médio Britney Gallivan, em 2002, que modelou o problema matematicamente e conseguiu dobrar 12 vezes uma tira de papel higiênico de 1.200 m de comprimento.[4] O recorde atual é de 13 dobras, obtido pelo Prof. James Tanton e seus alunos de St. Mark’s School (EUA), em 2011.[5]

Variações

Tesselações

Este ramo do origami recentemente tem crescido em popularidade, mas tem uma longa história. Uma tesselação é o recobrimento de uma superfície plana por polígonos sem que existam lacunas entre eles ou sobreposições.

Shuzo Fujimoto foi o primeiro a explorar tesselações de forma sistemática durante a década de 1960. Na mesma época, Ron Resch patenteou alguns padrões como parte de suas explorações em esculturas cinéticas e superfícies desenvolvíveis, embora seu trabalho não seria conhecido pela comunidade de origamistas até a década de 1980. A primeira convenção internacional de tesselações em origami foi realizada em Brasília (Brasil), em 2006.[6] Desde então, o campo tem se expandido rapidamente. Há muitos artistas de tesselações, incluindo Robert Lang (EUA), Alex Bateman (RU), Chris Palmer (EUA), Eric Gjerde (EUA), Joel Cooper (EUA), Christine Edison (EUA), Ray Schamp (EUA), Goran Konjevod (EUA), Christiane Bettens (Suíça), e Jorge C. Lucero (Brasil).

Outras variações

  • Kusudama
  • Modular
  • Bill folding
  • Block folding
  • Padrão de dobrasCrease Pattern, ou CP (crease pattern significa padrão de dobras, nada mais é que as dobras de qualquer origami desenhadas em um papel, mas não pode ser considerada uma variação de dobragem de origami)

Artistas

  • Akira Yoshizawa (吉澤 章, Yoshizawa Akira) - criador do repertório moderno de modelos e simbologia
  • Bruno Ferraz[7] - Psicologo, Arteterapeuta, autor de livros sobre origami. Estuda o origami e suas aplicações terapêuticas. Membro fundador do GOZZ (grupo origami zig zag).
  • Carlos Genova - autor de livros sobre origâmi no Brasil
  • Gualba Pessanha - usando o nome artístico de "Plim Plim', fazia programas de tevê sobre dobraduras de papel. Autor de vários livros sobre origami.
  • Eric Joisel - Francês famoso pelas suas criações ultrarrealistas que combinam dobras simétricas com detalhes únicos
  • Isa Klein - criadora de muitos origamis e kusudamas, tem blog, canal no youtube e fanpage. Faz exposições e ensina alguns de seus trabalhos.[8]
  • Issei Yoshino - Um dos primeiros a criar modelos complexos, famoso pela composição multimodular de esqueletos de Tiranossauro e Triceratops.
  • Jeremy Shafer - Americano, membro do OrigamiUSA, publica o folheto BARF e é criador de vários modelos.
  • John Montroll - Autor com mais de 15 livros de origâmi, grande divulgador no Ocidente da arte.
  • Jo Nakashima - Possui um canal no YouTube, no qual publica vídeos ensinando e apresentando modelos de vários artistas incluindo os seus.
  • Jorge C. Lucero - Professor de matemática e especialista em modelos geométricos.[9]
  • Kade Chan - Criador de alguns modelos de seres mitológicos
  • Kunihiko Kasahara - especialista em origâmis poliédricos e animais
  • Lena das Dobraduras - autora de livros sobre origâmi com contação de histórias no Brasil
  • Makoto Yamaguchi - autor japonês especialista em kusudamas
  • Mari Kanegae - autora de livros sobre origami no Brasil
  • Nicolas Terry - Artista francês conhecido por suas obras com estilo cartunizado
  • Peter Engel - Influente artista de origâmi e teórico
  • Robert Harbin - Popularizou o origami na Inglaterra, apresentou uma série de curtas intitulada Origami, produzido pela Thames Television da ITV
  • Robert J. Lang - Um dos maiores mestres do origami atual, autor de inúmeros livros e famoso pela criação de muitos modelos animais
  • Satoshi Kamiya (神谷 哲史, Kamiya Satoshi) - Considerado um gênio do origami, criador de modelos considerados supercomplexos,
  • Seiji Nishikawa - um dos criadores do Origami Tanteidan
  • Shuki Kato - Criador de vários modelos famosos como: Western Dragon e Zoanoid Dragon
  • Tomoko Fuse (布施 知子, Fuse Tomoko) - criadora de várias séries de máscaras e origâmis modulares
  • Toshikazu Kawasaki (川崎敏和, Kawasaki Toshikazu) - matemático japonês famoso por várias dobraduras geométricas, incluindo a Rosa de Kawasaki
  • Tadashi Mori - criador de vários origamis e kusudamas, tem vários vídeos ensinando e apresentando modelos de vários artistas incluindo os seus.

Ver também

Referências

  1.  Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 928.
  2.  M., Bern; B., Hayes (1996). «The Complexity of Flat Origami»Proceedings of the 7th Annual ACM-SIAM Symposium on Discrete Algorithms. Atlanta, EUA: ACM-SIAM. p. 175-183. ISBN 0898713668
  3.  Lucero, Jorge C. «O problema deliano». Sociedade Brasileira de Matemática. Revista do Professor de Matemática62: 25-28
  4.  «Folding paper in half 12 times». The Historical Society of Pomona Valley. Consultado em 20 de julho de 2015. Arquivado do original em 2 de novembro de 2005
  5.  «Students break record by folding toilet paper 13 times». New Scientist TV. 2012. Consultado em 20 de julho de 2015
  6.  Christiane Bettens. «First Origami Tessellation Convention». Flickr. Consultado em 6 de setembro de 2015
  7.  «Bruno Ferraz - site com artigos, fotos, vídeos, diagramas»
  8.  «Convention 2014 Special Guests - Isa Klein». OrigamiUSA. Consultado em 20 de junho de 2015
  9.  Blanc, Valéria (21 de novembro de 2002). «Cálculo das formas». Brasília. Correio Braziliense. 30 páginas

Ligações externas

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Origami

ANTÓNIO MARIA LISBOA - POETA - MORREU EM 1953 - 11 DE NOVEMBRO DE 2021

 

António Maria Lisboa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António Maria Lisboa
Nome completoAntónio Maria Lisboa Júnior
Nascimento1 de agosto de 1928
AjudaLisboaPortugal
Morte11 de novembro de 1953 (25 anos)
Santa EngráciaLisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoPoeta surrealista
Magnum opusIsso Ontem Único...: poema e outros textos

António Maria Lisboa Júnior (Lisboa1 de Agosto de 1928 — Lisboa11 de Novembro de 1953) foi um poeta português.

Biografia

Era filho de José de Noronha Lisboa, um proprietário lisboeta, e de Micaela do Céu da Silva, de Terras de Bouro, que foram para África, depois da morte do filho.

Apesar da sua evidente preferência pelas artes e letras, foi obrigado pelo pai a frequentar o Ensino Técnico, que detestava. A partir de 1947 forma, com Pedro Oom e Risques Pereira, um pequeno grupo à parte das actividades dos surrealistas, adoptando uma postura inconformista diante da transformação do surrealismo numa escola, no que acabaria por conduzir ao abjeccionismo, termo em que convergem os princípios da estética surrealista e uma postura poética de «insubmissão permanente ante os conceitos, regras e princípios estabelecidos».[1] Em Março de 1949, parte para Paris, onde permanece por dois meses. Datam provavelmente dessa curta estada os seus primeiros contactos com o Hinduísmo, a Egiptologia, e o Ocultismo em geral. Escreveu Erro Próprio (1950), o principal manifesto do surrealismo português. Colaborou na revista Pirâmide[2] publicada entre 1959 e 1960 e foi redactor de Afixação Proibida, em colaboração com Mário Cesariny, amigo que o acompanhou até aos últimos dias de vida. Atormentado por dificuldades existenciais, morreu de tuberculose com apenas vinte e cinco anos, na Rua das Beatas, 36, terceiro andar direito (Santa Engrácia, Lisboa). Está enterrado no Alto de São João.

Ainda que inserida no surrealismo, a obra de António Maria Lisboa (em parte publicada postumamente por Luiz Pacheco na editora Contraponto) caracteriza-se por uma faceta ocultista e esotérica que a torna muito particular. Lisboa prefere intitular-se «metacientista», e não surrealista, porque, como argumenta numa carta a Mário Cesariny, a «Surrealidade não é só do Surrealismo, o Surreal é do Poeta de todos os tempos, de todos os grandes poetas». Em 1977 foi publicado um volume com a sua obra completa organizado por Cesariny. Na introdução, este salientou não só o facto de a destruição dos manuscritos operada por familiares do poeta constituir uma perda irreparável para a história do surrealismo português, como o facto de a sua morte prematura parecer encimar um itinerário fulgurante ao longo do qual poesia e vida constituíram uma unidade indissolúvel. Escreveu ainda acerca de António Maria o seguinte: [3]

Preocupado com uma verdadeira aproximação às culturas exteriores à tão celebrada civilização ocidental, há na sua poesia uma busca incessante de um futuro tão antigo como o passado. Pode, e decerto deve, ser considerado o mais importante poeta surrealista português, pela densidade da sua afirmação e na direcção desconhecida para que aponta.

Obras

  • Afixação Proibida (1949);
  • Erro Próprio (1950);
  • Ossóptico (1952);
  • Isso Ontem Único (Lisboa, 1953);
  • A Verticalidade e a Chave (Lisboa, 1956);
  • Exercícios sobre o Sonho e a Vigília de Alfred Jarry seguido de O Senhor Cágado e o Menino (Lisboa, 1958);
  • Uma Carta: Estrela da Ilha em Puros Ministros (Lisboa, 1958)
  • Poesia de António Maria Lisboa (org. Mário Cesariny, Lisboa, 1962)

Referências

  1.  Pedro Oom, cit. in MARTINHO, Fernando J. B., Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50, 1996, p. 64
  2.  Daniel Pires (1999). «Ficha histórica: Pirâmide : antologia (1959-1960)» (PDF)Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1941-1974) | Lisboa, Grifo, 1999 | Vol.II, 1º Tomo | pp. 46Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 20 de março de 2015
  3.  in Poesia de António Maria Lisboa, Assírio & Alvim, Lisboa, 1980

Ligações externas

Ícone de esboçoEste artigo sobre uma pessoa é um esboço relacionado ao Projeto Biografias. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue