segunda-feira, 25 de outubro de 2021

DIA DA INFORMAÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO - 24 DE OUTUBRO DE 2021

 

Informação

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Informação em modo ECB codificada em imagem.

Informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita (impressa ou numérica), oral ou audiovisual. É resultante do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (humano, animal ou máquina) que a recebe.[1]

Le Coadic, pesquisador da área da Ciência da Informação, destaca que o valor da informação varia conforme o indivíduo, as necessidades e o contexto em que é produzida e compartilhada. Uma informação pode ser altamente relevante para um indivíduo e a mesma informação pode não ter significado algum para outro indivíduo.[2]

Informação enquanto conceito carrega uma diversidade de significados, do uso quotidiano ao técnico. Genericamente, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de restriçãocomunicaçãocontroledadosformainstruçãoconhecimentosignificadoestímulopadrãopercepção e representação de conhecimento.

É comum nos dias de hoje ouvir-se falar sobre a Era da Informação, o advento da "Era do Conhecimento" ou sociedade do conhecimento. Como a sociedade da informação, a tecnologia da informação, a ciência da informação e a ciência da computação em informática são assuntos e ciências recorrentes na atualidade, a palavra "informação" é frequentemente utilizada sem muita consideração pelos vários significados que adquiriu ao longo do tempo, tornando-se portanto, no principal recurso da sociedade no século XXI.

As novas tecnologias, os novos mercados, as novas mídias, os novos consumidores desta Era da Informação e do conhecimento, conseguiram transformar o mundo em uma grande sociedade, globalizada e globalizante.

Etimologia

De acordo com o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, informação vem do latim informatio,onis, ("delinear, conceber ideia"), ou seja, dar forma ou moldar na mente, como em educação, instrução ou treinamento.

A palavra do grego antigo para forma era μορφή (morphe; cf. morfo) e também εἶδος (eidos) "tipo, ideia, forma, 'aquilo que se vê', configuração", a última palavra foi usada famosamente em um sentido filosófico técnico por Platão (e mais tarde Aristóteles) para denotar a ou essência de algo (ver Teoria das ideias).

Informação como mensagem

Informação é o estado de um sistema de interesse (curiosidade). Mensagem é a informação materializada.

Informação é a qualidade da mensagem que um emissor envia para um ou mais receptores. Essa informação, comporta um elemento de sentido, um significado transmitido a um ser consciente por meio da mensagem transmitida. Informação é sempre sobre alguma coisa (tamanho de um parâmetro, ocorrência de um evento etc.). Vista desta maneira, a informação não tem de ser precisa. Ela pode ser verdadeira ou mentirosa, ou apenas um som (como o de um beijo). Mesmo um ruído inoportuno feito para inibir o fluxo de comunicação e criar equívoco, seria, sob esse ângulo, uma forma de informação. Um ruído é usado na teoria da comunicação para se referir a qualquer coisa que interfira na comunicação.[3] Todavia, em termos gerais, quanto maior a quantidade de informação na mensagem recebida, mais precisa ela é.

Este modelo assume que há um emissor definido e ao menos um receptor. Refinamentos do modelo assumem a existência de uma linguagem comum entendida pelo emissor e ao menos por um dos receptores. Uma variação importante identifica a informação como algo que pode ser comunicado por uma mensagem do emissor para um receptor capaz de compreender a mensagem. Todavia, ao exigir a existência de um emissor definido, o modelo da informação como mensagem não acrescenta qualquer significado à ideia de que a informação é algo que pode ser extraída de um ambiente, por exemplo, através de observação, leitura ou medição.

Informação é um termo com muitos significados dependendo do contexto, mas como regra é relacionada de perto com conceitos tais como significado, conhecimento, instrução, comunicação, representação e estímulo mental. Declarado simplesmente, informação é uma mensagem recebida e entendida. Em termos de dados, podem ser definida como uma coleção de factos dos quais conclusões podem ser extraídas. Existem muitos outros aspectos da informação visto que ela é o conhecimento adquirido através do estudo, experiência ou instrução. Mas, acima de tudo, informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados numa forma que se some ao conhecimento da pessoa que o recebe. A teoria da comunicação analisa a medida numérica da incerteza de um resultado. A teoria da comunicação tende a usar o conceito de entropia da informação, geralmente atribuído a Claude Shannon.[4] Outra forma de informação é a informação Fisher, um conceito de R.A. Fisher.

Mesmo que informação e dados sejam frequentemente usados como sinônimos, eles realmente são coisas muito diferentes. Dados representam um conjunto de fatos não associados e como tal, não têm utilidade até que tenham sido apropriadamente avaliados. Pela avaliação, uma vez que haja alguma relação significativa entre os dados e estes possam mostrar alguma relevância, são então convertidos em informação. Agora, estes mesmos dados podem ser usados com diferentes propósitos. Assim, até que os dados expressem alguma informação, não são úteis.

Medindo a entropia da informação

A visão da informação como mensagem entrou em destaque com a publicação em 1948 de uma influente dissertação de Claude ShannonA Mathematical Theory of Communication.[4] Esta dissertação fornece as fundações da teoria da informação e dota a palavra informação não somente de significado técnico mas também de medida.[5] Se o dispositivo emissor é igualmente capaz de enviar qualquer um dentre um conjunto de  mensagens, então a medida preferida da "informação produzida quando uma mensagem é escolhida do conjunto" é o logaritmo da base dois de  (esta medida é chamada auto-informação). Neste artigo, Shannon prossegue:

Um meio complementar de medir informação é fornecido pela teoria algorítmica da informação. Em resumo, ela mede o conteúdo de informação duma lista de símbolos baseando-se em quão previsíveis eles são, ou, mais especificamente, quão fácil é computar a lista através de um programa de computador: o conteúdo de informação de uma seqüência é o número de bits do menor programa capaz de computá-lo. A seqüência abaixo deveria ter uma medida de informação algorítmica muito baixa dado que é um padrão perfeitamente previsível e a medida que o padrão continua, a medida não deveria alterar-se. A informação de Shannon deveria retornar a mesma medida de informação para cada símbolo, visto que são estatisticamente aleatórios, e cada novo símbolo incrementaria a medida:

123456789101112131415161718192021

É importante reconhecer as limitações da teoria de informação tradicional e da teoria algorítmica de informação da perspectiva do significado humana. Por exemplo, ao referir-se ao conteúdo significante de uma mensagem, Shannon observou: "freqüentemente, mensagens possuem significado; estes aspectos semânticos da comunicação são irrelevantes para o problema de engenharia. O aspecto significativo é que a mensagem real é uma selecionada de um conjunto de mensagens possíveis" (grifo no original).

Michael Reddy observou que "'sinais' da teoria matemática são 'padrões que podem ser trocados'. Não há mensagem contida no sinal, os sinais expressam a capacidade de escolher dentre um conjunto de mensagens possíveis." Em teoria da informação, "o sistema deve ser projetado para operar com qualquer seleção possível, não apenas com aquela que será realmente escolhida, visto que esta é desconhecida ao tempo do projeto".

É considerada hoje em dia como um importante recurso que intervém no desenvolvimento, na sobrevivência e na normalização do relacionamento entre os povos.[7]

Informação como padrão

Imagem de uma zebra construída em ASCII, sistema utilizado para codificar informações em computadores.

Informação é qualquer padrão representado. Esta visão não assume nem exatidão nem partes que se comuniquem diretamente, mas em vez disso, assume uma separação entre o obje(c)to e sua representação, bem como o envolvimento de alguém capaz de entender este relacionamento. Logo, este ponto de vista parece exigir uma mente consciente. Considere-se o seguinte exemplo: a estatística econômica representa uma economia, todavia de forma não precisa. O que é geralmente denominado como dados em computaçãoestatística e outros campos, são formas de informação neste sentido. Os padrões eletromagnéticos numa rede de computadores e dispositivos periféricos estão relacionados a algo além do padrão em si mesmo, tais como caracteres de texto para serem exibidos e entradas de tecladoSinaissignos e símbolos estão também nesta categoria.[8] Por outro lado, de acordo com a semiótica, dados são símbolos com uma sintaxe determinada e informação são dados com uma determinada semântica. Pintura e desenho contém informação ao nível em que representam algo tal como uma miscelânea de objetos sobre uma mesa, um retrato ou uma paisagem. Em outras palavras, quando um padrão de alguma coisa é transposta para o padrão de alguma outra coisa, o último é a informação. Este tipo de informação ainda assume algum envolvimento da mente consciente, seja da entidade construindo a representação, ou da entidade que a interpreta.

Informação e Semiótica

Beynon-Davies [9][10] explica o conceito multi-facetado de informação em termos de sinais e de sistemas de signos-sinais. Os signos em si, podem ser considerados em termos de quatro níveis inter-dependentes, camadas ou ramos da semiótica: pragmática, semântica, sintaxe e empirismo. Estas quatro camadas servem para conectar o mundo social, por um lado com o mundo físico ou técnico, por outro lado ...

Pragmática está preocupada com o propósito de comunicação. A pragmáticas relaciona a questão dos sinais com o contexto no qual os sinais são usados. O foco da pragmática é sobre as intenções dos agentes reais subjacentes ao comportamento comunicativo.[11] Em outras palavras, a pragmática estabelece uma ligação do idioma com a ação.

Semântica se preocupa com o significado de uma mensagem transmitida em um ato comunicativo. A semântica considera o conteúdo da comunicação. A semântica é o estudo do significado dos sinais - a associação entre sinais e comportamento. A semântica pode ser considerada como o estudo da relação entre símbolos e seus referentes ou conceitos, particularmente a forma como os sinais se relacionam com o comportamento humano.[12]

Sintaxe está preocupada com o formalismo utilizado para representar uma mensagem. A sintaxe como uma área estuda a forma de comunicação em termos de lógica e gramática dos sistemas de signos. A sintaxe é dedicada ao estudo da forma e não ao conteúdo de sinais e sistemas de signos.

Outras visões da informação

Informação como estímulo sensorial

Frequentemente, a informação é vista como um tipo de estímulo a um organismo ou a um determinado dispositivo. Neste sentido, a informação é um conhecimento inscrito ou gravado sob uma forma escrita, oral ou audiovisual. A informação comporta então um elemento de sentido, sendo um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem veiculada em um meio que pode ser impresso, um sinal elétrico, uma onda sonora, etc.[13]

Informação como uma influência que leva a transformação

Informação é qualquer tipo de padrão que influencia a formação ou transformação de outros padrões. Neste sentido, não há necessidade de que uma mente consciente perceba, muito menos reconheça, tal padrão.

Informação como uma propriedade na física

Informação tem um papel bem definido em física. Exemplos disto incluem o fenômeno da armadilha quântica, onde partículas podem interagir sem qualquer referência a sua separação ou à velocidade da luz.

Informação e dados

As palavras informação e dados, são intercambiáveis em muitos contextos. Todavia, não são sinônimos. Por exemplo, de acordo com a observação de Adam M. Gadomski (1993), dados são tudo que pode ser processado e as informações são dados que descrevem um domínio físico ou abstra(c)to. Knuth aponta que o termo dados se refere a representação do valor ou quantidade medida ao passo que informação, quando usada em um sentido técnico, é o significado daquele dado.[14]

Informação como registros

Registros (ou registosPE) são uma forma especializada de informação. Essencialmente, registros são informações produzidas como subprodutos de actividades comerciais ou transações, ou conscientemente como um registo de tais actividades ou transações e retidas em virtude do seu valor. Primariamente o seu valor é como evidência das atividades da organização, mas eles também podem ser conservados por seu valor informativo. O gerenciamento de registros (Records management) de sons garantem que a integridade dos registros seja preservada enquanto forem necessários.

Informação como transformador da sociedade

Vivemos uma Sociedade da Informação construída com base nas tecnologias da comunicação e informação, fluindo através de velocidades e quantidades inimagináveis e representando uma profunda mudança na organização da sociedade e da economia. A informação passa a ser o principal fator de produção, capaz de interferir em qualquer contexto social. Tecnologias de comunicação e informação estão adentrando na sociedade de modo a facilitar a recepção, o uso e a geração dessas informações, em pró do desenvolvimento sociocultural.

Referências

  1.  Serra, J. Paulo (2007). Manual de Teoria da Comunicação. Covilhã: Livros Labcom. p. 93-101. 203 páginas. ISBN 978-972-8790-87-5
  2.  LE COADIC, Yves-François. A ciência da informação. Brasília:Briquet de Lemos 1996.
  3.  Petzold, Charles (2000). Code. The Hidden Language of Computer Hardware and Software (em inglês). Redmond: Microsoft Press. p. 72-73. 393 páginas. ISBN 0-7356-1131-9
  4. ↑ Ir para:a b Shannon, Claude E.; Weaver, Warren (1949). The Mathematical Theory of Communication (em inglês). Illinois: Illini Books. 117 páginas. Library of Congress Catalog Card nº 49-11922
  5.  Salomon, David (2000). Data Compression. The Complete Reference 2 ed. Nova Iorque: Springer. p. 279. ISBN 0-387-95045-1
  6.  The Bell System Technical Journal, Vol. 27, p. 379, (Julho de 1948).
  7.  Blackburn, Perry L. (2007). The Code Model of Communication (PDF). [S.l.]: SIL International. ISBN 1-55671-179-4
  8.  Niemeyer, Luci (2007). Elementos de Semiótica Aplicados ao Design 2ª ed. Rio de Janeiro: Novas Idéias/2AB Editora. p. 35. ISBN 85-86695-31-9
  9.  Beynon-Davies, P. (2002). Information Systems: an introduction to informatics in Organisations. Basingstoke, UK: Palgrave. ISBN 0-333-96390-3
  10.  Beynon-Davies, P. (2009). Business Information Systems. Basingstoke, UK: Palgrave. ISBN 978-0-230-20368-6
  11.  Barros, Diana Luz Pessoa de (2005). Teoria Semiótica do Texto 4ª ed. São Paulo: Ática. ISBN 85-08-03732-5
  12.  Gudwin, Ricardo; Queiroz, João. «V - Symbols:Integrated Cognition and Language». Semiotics and Intelligent Systems Development. Hershey: Idea Group Publishing. p. 130. ISBN 1-59904-063-8|
  13.  Oliveira, Marlene de (coordenadora) (2005). Ciência da Informação e Biblioteconomia. Novos Conteúdos e Espaços de Atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG. ISBN 85-7041-473-0
  14.  Knuth, Donald E. Selected Papers on Computer Science. Cambridge: Cambridge University Press. p. 1-2. 274 páginas. ISBN 1881526-91-7

Bibliografia

  • BEKENSTEIN, Jacob D. (Agosto, 2003). Informação no universo holográficoScientific American. Recuperado de Reference Center.
  • BRETON, P. & PROULX S (1989). L’explosion de la communication; la naissance d’une nouvelle ideologie. Paris: La D’couverte, 1989.
  • FLORIDI, Luciano, (2005). 'Is Information Meaningful Data?', Philosophy and Phenomenological Research, 70 (2), pp. 351 – 370. Disponível online em Floridi.
  • FLORIDI, Luciano, (2005). 'Semantic Conceptions of Information', The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Edição de Inverno, 2005), Edward N. Zalta (ed.). Disponível online em Semântica.

Ver também

Ligações externas

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Informação

DIA DAS NAÇÕES UNIDAS - 24 DE OUTUBRO DE 2021

 

Dia das Nações Unidas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dia das Nações Unidas
Nome oficialDia das Organização das Nações Unidas
Outro(s) nome(s)Dia da ONU
Celebrado portodo o mundo
TipoInternacional
Data24 de outubro
Frequênciaanual

Dia das Nações Unidas, ou Dia da ONU, é comemorado em 24 de outubro desde 1948, como aniversário da entrada em vigor, em 1945, da Carta das Nações Unidas. A celebração foi determinada em 1947 pela Assembleia Geral de forma que o dia fosse "dedicado a fazer serem conhecidos pelos povos do mundo os objetivos e conquistas da ONU e a obter apoio para" a sua obra.[1] A data compõe a Semana da ONU, que vai de 20 a 26 de outubro.

Em 1971 a Assembleia Geral adotou a Resolução 2 782, que declarou que como feriado internacional o Dia das Nações Unidas e recomenda que seja observado como um feriado público por todos os estados-membros.[2]

Comemoração

O Dia das Nações Unidas tem sido tradicionalmente marcado em todo o mundo por reuniões, debates e exposições sobre as realizações e metas da instituição. Em 1971, a Assembleia Geral recomendou que os estados-membros observem a data como um feriado público.

Várias escolas internacionais em todo o mundo também comemoram a diversidade cultural de seus corpos discentes (de estudantes) no Dia das Nações Unidas (embora o evento não seja, necessariamente, comemorado em 24 de outubro). As celebrações incluem muitas vezes uma apresentação de performances culturais à noite, e uma feira de alimentos onde são oferecidas comidas típicas de todo o mundo.

Nos Estados Unidos, o Presidente emite a cada ano uma proclamação do Dia das Nações Unidas desde 1946. A mais recente proclamação foi emitida por Barack Obama.[3]

Dia de Informação sobre o Desenvolvimento Mundial

O Dia de Informação sobre o Desenvolvimento Mundial da ONU também é comemorado em 24 de outubro desde 1972.

Referências

  1.  Assembleia Geral das Nações Unidas A/RES/168(II) Resolução 168 sessão 2 em 31 de outubro de 1947 (acessado em 10 de fevereiro de 2017)
  2.  Assembleia Geral das Nações Unidas A/RES/2782(XXVI) Resolução 2782 sessão -1 em 6 de dezembro de 1971 (acessado em 10 de fevereiro de 2017)
  3.  «Presidential Proclamation -- United Nations Day, 2013» (em inglês). Casa Branca. 23 de outubro de 2013. Consultado em 28 de agosto de 2016
Ícone de esboçoEste artigo sobre a ONU é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

SÃO CRISPIM e SÃO CRISPINIANO - (Irmãos e Médicos) - 25 DE OUTUBRO DE 2021

 

Crispim e Crispiniano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Crispim e Crispiniano foram dois irmãos que se tornaram santos católicos após terem sido martirizados pelos romanos.[1]

Ficaram conhecidos por serem sapateiros, e por uma lenda no qual teriam ajudado uma criança pobre e sua mãe, que lhes deu abrigo durante uma perseguição. Por isso são considerados padroeiros dos sapateiros.[1]

Na Umbanda, assim como Cosme e Damião, são sincretizados com os Ibejis.[2]

História

Nascido em uma família nobre romana no século III d.C., Crispim e Crispiniano fugiram da perseguição por sua fé, terminando em Soissons, onde pregaram o cristianismo aos gauleses enquanto faziam sapatos à noite. Embora se afirme que eram irmãos gêmeos, isso não foi provado.[3]

Eles ganhavam o suficiente com seu comércio para se sustentar e também para ajudar os pobres. Seu sucesso atraiu a ira de Rictus Varus, governador da Gália belga,[4] que os torturou e jogou no rio com pedras de moinho em volta do pescoço. Embora eles tenham sobrevivido, eles foram decapitados pelo Imperador c. 285–286.[4]

Veneração

O dia da festa dos Santos Crispim e Crispiniano é 25 de outubro.[5] Embora esta festa tenha sido removida do calendário litúrgico universal da Igreja Católica Romana após o Concílio Vaticano II, os dois santos ainda são comemorados naquele dia na edição mais recente do martirológio da Igreja Romana.

No século VI, uma basílica imponente foi erguida em Soissons sobre os túmulos desses santos, e Santo Eligius, um famoso ourives, fez um santuário caro para o chefe de São Crispiniano.[3]

Eles são os santos padroeiros dos sapateiros, fabricantes de luvas, rendeiros, curtidores e tecelões.[6]

Referências culturais

Batalha de Azincourt foi travada no dia da festa de São Crispim. Ele foi imortalizada por Shakespeare no Dia Discurso de São Crispin (às vezes chamado de "Band of Brothers Speech") para da sua peça Henrique V. Além disso, para o Festival do Dia do Verão no terceiro ato de Die Meistersinger , Wagner faz a guilda dos sapateiros entrar cantando uma canção de louvor a São Crispim.

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