quarta-feira, 11 de agosto de 2021

SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO DE 2021

 

Clara de Assis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Clara de Assis
Representação, a fresco, de Santa Clara por Simone Martini (13121320), localizada na Basílica de São FranciscoAssisItália.
Fundadora da Ordem das Clarissas
Nascimento16 de julho de 1194 em Assis
Morte11 de agosto de 1253 (60 anos) em Assis
Veneração porIgreja Católica
Canonização23 de agosto de 1255Catedral de Anagni por Papa Alexandre IV
Principal temploBasílica de Santa Clara
Festa litúrgica11 de agosto
PadroeiraTelevisão
Gloriole.svg Portal dos Santos

Clara de Assis, em italiano Santa Chiara d'Assisi, nascida Chiara d'Offreducci (Assis16 de julho de 1194[1] — Assis, 11 de agosto de 1253), foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas).

Pertencia a uma família nobre e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.

Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.

O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.

Em outra ocasião, quando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão.

O corpo de Santa Clara, em Assis (Itália).

Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.

Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem as florinhas de São Francisco.[2] Escritos muitos anos após a morte de ambos, é difícil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.


Eventos importantes da vida de Santa Clara de Assis
1194Nascimento de Santa Clara, na casa paterna da praça de São Rufino, em Assis. Filha mais velha de Hortolana e Bernardino.
1200Estabelecimento da Comuna de Assis. A família de Clara, nobre, refugia-se em Corozano, por causa de uma revolução popular. Depois vai para Perugia onde permanece até 1204.
1210Francisco prega na Catedral de São Rufino, Clara pode estar presente. Neste ano é possível terem-se encontrado.
1211Encontros com Francisco: Clara tem 17 anos e Francisco 29.
121218 de março - Domingo de Ramos - Clara sai de casa e se consagra a Deus na Porciúncula. No dia 19, vai para o mosteiro de São Paulo das Abadessas. Pouco depois vai para ermida de Santo Ângelo de Panço4 ou 5 de abril - Ines, irmã de Clara, se junta a ela em Santo Ângelo de Panço. Pouco tempo depois, Francisco leva-as para São Damião. Em agosto entra Pacífica de Guelfúcio, já em São DamiãoFrancisco dá as irmãs sua primeira forma de vida.
1216Por conselho de Francisco Clara aceita a regra de São Bento e o título de abadessa. Mas consegue o "privilégio da pobreza" de Inocêncio III.
1218O papa, Honório III, concede ao Cardeal Hugolino plenos poderes para cuidar das irmãs pobres.
1219Frei Felipe Longo de Atri se torna visitador das Irmãs Pobres.
1220Clara recebe a carta do Cardeal Hugolino, logo após a Páscoa, em que ele a chama de “Mãe da minha Salvação”.
1224Clara começa a estar habitualmente bastante doente.
1225As monjas de Santo Apolinário adotam a forma de vida de São Damião.
1226Francisco compõe o Audite Poverelle.
1227Publicada a bula "Quoties Cordis” que põe as Clarissas aos cuidados dos frades.
122818 de julho - O cardeal Reinaldo lista oficialmente 24 mosteiros.
1234Inês de Praga entra na Ordem. Clara lhe escreve a primeira carta.
1235O Papa, pela carta 'Cum relicata saeculi", quer que Inês aceite propriedades. O que motiva a segunda carta de Clara.
1237Com a bula "Omnipotens Deus" o Papa Gregório IX revoga a "Cum relicata Saeculi"
1238Clara escreve a terceira carta a Inês. E o Papa concede o privilégio da pobreza a Inês.
1240Com a oração diante do Santíssimo, Clara defende a cidade de Assis do ataque dos sarracenos.
12476 de agosto - o Papa Inocêncio IV concede às Clarissas a regra de São Francisco. Clara pode ter começado a escrever seu testamento (só serve de base jurídica).
124817 de julho - Uma bula confirma Reinaldo de Segni como Cardeal protetor das Damas Pobres e dos menores
1250Agrava-se o estado de saúde de Santa Clara, que começa a escrever sua forma de vida definitiva, na redação que conhecemos.
125216 de setembro - O Cardeal Reinaldo aprova a forma de vida de Santa Clara.
1253Clara escreve sua última carta a Santa Inês de Praga. Após uma visita a Clara moribunda, Papa Inocêncio IV manda apressar a aprovação de sua regra pela bula "Solete Anuere", válida só para São Damião.

10 de agosto - A Bula da provação é levada para Clara em seu leito de morte. 11 de agosto - Data da morte de Santa Clara.

125523 de agosto - Canonização de Santa Clara, na Catedral de Anagni. Publicação de sua lenda, escrita por Tomás de Celano. Publicação da bula de Canonização "Clara claris Perclara".
1257Mudança das Irmãs de São Damião para o proto-mosteiro, junto do corpo de Santa Clara. (Ou em 1260?).
1258São Boaventura de Bagnoregio é eleito ministro geral da Ordem dos Frades Menores.
1259Aprovação da Regra de Isabel de Longchamp.

Carta de São Boaventura às Irmãs de São Damião.

12603 de outubro - O corpo de Santa Clara é solenemente trasladado para a basílica que está sendo construída em sua honra ao lado da igreja de São Jorge.

Um decreto do capítulo geral de Barcelona manda frades e irmãs celebrarem a festa da trasladação de Santa Clara, no dia 2 de outubro.

126318 de outubro - Papa Urbano IV promulga uma nova Regra para as Clarissas (nome pelo qual passam a ser conhecidas as “damianitas”), correção da Regra de Isabel de Longchamp.

O capítulo geral dos Frades Menores reconhece como biografia oficial de São Francisco a Legenda Maior, mandando queimar as outras.

1296A bula "Quasdam litteras", do Papa Bonifácio VIII, põe fim às dificuldades de relacionamento, impondo aos Frades Menores que assumam a responsabilidade pelas Clarissas.
185030 de agosto - é descoberto o sarcófago com o corpo de Santa Clara.

23 de setembro - abertura solene do sarcófago.

187230 de outubro - O corpo de Santa Clara é levado para a nova cripta da sua basílica e exposto aos fiéis.
1893Descoberta do original da Regra de Santa Clara no meio de suas roupas.
1915Descoberta das Cartas de Clara a Santa Inês de Praga, na biblioteca de Milão.
1920Descoberta de uma cópia do Processo de Canonização de Santa Clara, na Biblioteca Landau, em Florença.
195814 de fevereiro - Papa Pio XII proclama Santa Clara padroeira da televisão.
1976Descoberta do cântico “Audite Poverelle”, composto por São Francisco para Clara e suas Irmãs.
198212 de novembro - Papa João Paulo II canoniza Santa Inês de Praga.
198711 de abril - Depois de um adequado reconhecimento e de uma nova recomposição, o corpo de Santa Clara volta a seu lugar na basílica para ser venerado por seus fiéis.

Templos em honra de Santa Clara de Assis

Alguns dos templos que foram erigidos em honra de Santa Clara de Assis incluem:

Ver também

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Referências

  1.  Padoan, Paolo (2008). santa clara de assis. São paulo: Paulinas. p. 13
  2.  «Os Fioretti de São Francisco». Consultado em 10 de agosto de 2011

SANTA SUSANA - 11 DE AGOSTO DE 2021

 

Susana de Roma

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Santa Susana de Roma
Estátua de Susana na Catedral de Santiago de Compostela
VirgemMártir
Morte293[1] ou 295[2] em Roma
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa[3]
Principal temploSancta Susanna ad duas domos
Festa litúrgica11 de agosto
PadroeiraSantiago de Compostela[4][5]
Gloriole.svg Portal dos Santos

Susana de Romavirgem mártir cristã do século III, festejada no dia 11 de agosto juntamente com São Tibúrcio.

Vida e obras

De acordo com os Acta sobre a sua vida, Susana e sua família eram parentes do futuro imperador Diocleciano. Ela, o pai, Gabino e seu tio, Caio, eram cristãos e os homens eram sacerdotes e a casa onde moravam era utilizada como uma igreja clandestina. Já os outros dois tios de Suzana, Máximo e Cláudio, eram pagãos. Em 283, Caio foi eleito bispo de Roma e passou a ser conhecido como papa Caio[1][3].

Quando ascendeu ao trono em 284, Diocleciano estabeleceu a tetrarquia e passou a reinar no oriente enquanto que Maximiano reinava no ocidente. Ambos nomearam césares como sucessores e co-imperadores juniores: Maximiano indicou Constâncio Cloro (o pai de Constantino, o Grande) e Diocleciano, Galério. Em 293, para garantir sua sucessão, Diocleciano desejava casar seu jovem sucessor rapidamente (ou, segundo outra fonte, seria com Maximiano[3]), mas sua filha, Valéria, já estava casada e a única jovem solteira da família seria Susana, sua prima. O anúncio do casamento traria a desgraça para ela e a família[1].

Segundo um relato do século VI, Susana recusou-se a casar, encorajada pelo pai e pelo tio a manter seu voto de virgindade. Cláudio e Máximo tentaram convencê-la, mas acabaram convertidos ao cristianismo. O próprio Magêncio (ou Maximiano[3]) também não conseguiu dissuadi-la, o que levantou suspeitas de que todos da família seriam cristãos. Depois de ter sido defendida pela esposa de Diocleciano, a imperatriz Prisca, que seria secretamente cristã[3] (vide Alexandra de Roma).

Em seguida, o cônsul Macedônio ordenasse que Susana realizasse um sacrifício ao deus romano Júpiter para provar sua fé. Quando ela se recusou, ficou evidente que ela era de fato cristã, mas neste ponto os relatos divergem. Segundo uma fonte, o próprio Macedônio ordenou que ela fosse morta[3]. Já em outra, Susana teria sido libertada por ser da família do imperador Diocleciano[1].

Morte e devoção

Quando o imperador, que estava na fronteira oriental, soube da recusa e do motivo, ficou furioso e ordenou a execução de Susana. Ela foi decapitada e seu pai, Gabino, foi morto de fome na prisão. Máximo, Cláudio, a esposa deste, Prepedigna, e os filhos do casal, Alexandre e Cúzia, foram todos mortos[3][1].

O único sobrevivente foi o papa Caio, que se escondeu nas catacumbas[1]. De acordo com seu Acta, ela teria sido decapitada em 295[2], enquanto que no relato do século VI, a data seria 293[1].

No ano de 330, uma basílica foi construída sobre a casa de Susana e dedicada primeiro a São Caio, em homenagem ao papa tio dela. No século VI, o papa Gregório, o Grande, rededicou-a em sua homenagem e ela é conhecida desde então como Sancta Susanna ad duas domos[2].

Sua entrada no Martirológio Romano (dia 11 de agosto) a retrata da seguinte forma:

Em Roma, comemoração de Santa Susana, em cujo nome, que foi mencionado entre os mártires nas listas antigas, a basílica da igreja titular de Caio nas Termas de Diocleciano foi dedicada a Deus no século VI.
 

A festa de Santa Susana que estava inclusa no Calendário Romano de Santos como sendo de observância obrigatória nos santuários de rito romano foi removida em 1969 por causa da natureza lendária dos Acta de seu martírio[7][2].

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g «Santa Susana» (em inglês). SantaSusanna.org. Consultado em 17 de agosto de 2013. Arquivado do original em 28 de novembro de 2006
  2. ↑ Ir para:a b c d Wikisource-logo.svg "Sts. Tiburtius and Susanna" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  3. ↑ Ir para:a b c d e f g «Virginmartyr Susanna» (em inglês). Orthodox Church in America. Consultado em 17 de agosto de 2013
  4.  «BOLETÍN OFICIAL DEL ARZOBISPADO DE SANTIAGO» (PDF) (em espanhol). Arquidiocese de Compostela. Consultado em 17 de agosto de 2013. Arquivado do original (PDF) em 21 de junho de 2013
  5.  «11 CALENDARIO LITURGICO-PASTORAL: SÁBADO. SANTA CLARA, virgen, Memoria obligatoria» (em espanhol). Por Cristo... Mas. Consultado em 17 de agosto de 2013
  6.  Martyrologium Romanum (Libreria Editrice Vaticana, 2001 ISBN 88-209-7210-7)
  7.  Calendarium Romanum (Libreria Editrice Vaticana, 1969), p. 134

Ligações externas

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  • «Santa Susana» (em inglês). Saints SQPN. Consultado em 17 de agosto de 2013. Arquivado do original em 20 de junho 

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