quarta-feira, 9 de junho de 2021

LUXEMBURGO - INDEPENDÊNCIA EM 1815 PERANTE O IMPÉRIO FRANCÊS - 9 DE JUNHO DE 2021

 


Luxemburgo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Luxemburgo (desambiguação).
Groussherzogtum Lëtzebuerg
Grand-Duché de Luxembourg
Großherzogtum Luxemburg

Grão-Ducado do Luxemburgo
Bandeira do Luxemburgo
Brasão de armas do Luxemburgo
BandeiraBrasão de armas
LemaMir wëlle bleiwe wat mir sin (do luxemburguêsQueremos permanecer o que somos)
Hino nacionalOns Hémécht
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Gentílico: luxemburguês

Localização de Luxemburgo

Localização de Luxemburgo (em vermelho)
Localização na União Europeia (em branco)
Localização na Europa (em cinza)
CapitalLuxemburgo
49°36 N 6°8 E
Cidade mais populosaLuxemburgo
Língua oficialluxemburguêsfrancês e alemão
Governomonarquia constitucional
 - Grão-duqueHenrique
 - Primeiro-ministroXavier Bettel
 - Vice primeiro-ministroEtienne Schneider
IndependênciaHistória 
 - do Império Francês (Tratado de Paris)9 de junho de 1815 
 - 1º tratado de Londres19 de abril de 1839 
 - 2º tratado de Londres11 de maio de 1867 
 - União pessoal23 de novembro de 1890 
Entrada na UE25 de março de 1957 (membro co-fundador)
Área 
 - Total2 586 km² (166.º)
 - Água (%)desprezível
População 
 - Estimativa para 2018602 005[1] hab. (164.º)
 - Densidade186 hab./km² (45.º)
PIB (base PPC)Estimativa de 2018
 - TotalUS$ 67 bilhões (94.º)
 - Per capitaUS$ 110,870 (1.º)
IDH (2019)0,916 (23.º) – muito alto[2]
MoedaEuro¹ (EUR)
Fuso horário(UTC+1)
 - Verão (DST)(UTC+2)
Climatemperado
Org. internacionaisONUOMCConselho da EuropaOTANUE
Cód. ISOLUX
Cód. Internet.lu
Cód. telef.+352
Website governamentalgouvernement.lu

Mapa de Luxemburgo

¹ antes de 1999: franco luxemburguês

Luxemburgo, oficialmente Grão-Ducado do Luxemburgo[3][4] ou de Luxemburgo[Nota 1][5][6][7] (em luxemburguêsGroussherzogtum Lëtzebuerg, em francêsGrand-Duché de Luxembourg, em alemãoGroßherzogtum Luxemburg), é um pequeno Estado soberano situado na Europa Ocidental, limitado pela BélgicaFrança e Alemanha. Luxemburgo tem uma população de pouco mais de meio milhão de pessoas[8] e uma área de aproximadamente 2 586 km².[9]

Sendo uma democracia representativa parlamentar com um grão-duque como monarca constitucional, Luxemburgo é o único grão-ducado ainda existente. O país tem uma economia altamente desenvolvida, com um dos maiores PIB per capita do mundo.[9] A sua importância histórica e estratégica remonta aos tempos da sua fundação, como uma fortaleza romana, no início da Idade Média. Foi um importante bastião espanhol enquanto a Espanha foi a principal potência europeia, influenciando todo o hemisfério ocidental e para além dos séculos XVI e XVII.

Luxemburgo é um membro fundador da União EuropeiaNATOOCDEONUBenelux e da União da Europa Ocidental, o que reflete o consenso político em favor da coesão econômica, política e integração militar. A Cidade de Luxemburgo, a capital e maior cidade, é sede de várias instituições e da União Europeia.

Luxemburgo está no ponto de encontro entre a Europa Românica e a Europa Germânica, empregando costumes de cada uma das diferentes tradições. Trata-se de um país trilíngue, onde o alemão, o francês e o luxemburguês são línguas oficiais. Embora seja um Estado laico, a religião predominante no país é o catolicismo.

História

Ver artigo principal: História de Luxemburgo

A história de Luxemburgo começa com a aquisição de Lucilinburhuc[10] (hoje Castelo de Luxemburgo) por Siegfriedconde de Ardenas, em 963. Em torno desta fortaleza, localizada num promontório, uma cidade foi desenvolvida gradualmente, que se tornou o centro de um pequeno estado de grande valor estratégico. Nos séculos XIV e XV os três primeiros membros da Casa de Luxemburgo reinaram sucessivamente como Imperador Romano-Germânico. Em 1437, a Casa de Luxemburgo sofreu uma crise sucessória, precipitada pela falta de um herdeiro masculino para assumir o trono, que levou a venda do território para Filipe III de Borgonha.[11] Nos séculos seguintes, a fortaleza de Luxemburgo foi continuamente ampliada e reforçada pelos seus sucessivos ocupantes, das casas dos BourbonsHabsburgoHohenzollern e da França, entre outros. Após a derrota de Napoleão em 1815, Luxemburgo foi disputada entre o Reino da Prússia e os Países Baixos. O Congresso de Viena formou o Grão-Ducado de Luxemburgo, em sua união com a Holanda. Luxemburgo também se tornou um membro da Confederação Germânica, como uma fortaleza confederada ocupada por tropas prussianas.[12]

Revolução Belga de 1830-1839 reduziu o território de Luxemburgo por mais da metade, enquanto os predominantemente francófonos da parte ocidental do país foram transferidos para a Bélgica. A independência de Luxemburgo foi reafirmada em 1839 pelo Primeiro Tratado de Londres. No mesmo ano, Luxemburgo juntou-se a Zollverein.[13] A independência e neutralidade de Luxemburgo foram novamente afirmada pelo Segundo Tratado de Londres em 1867, após a Crise de Luxemburgo, que quase levou à guerra entre a Prússia e a França.[14] Depois do último conflito, a fortaleza da confederação foi desmantelada.[15] O Rei dos Países Baixos se manteve Chefe de Estado, bem como Grão-Duque do Luxemburgo, mantendo sua união entre os dois países até 1890. Com a morte de Guilherme III, o trono holandês passou a sua filha Guilhermina, enquanto em Luxemburgo (tempo em que o trono era restrito aos herdeiros do sexo masculino pelo Pacto da Família Nassau) passou a Adolfo de Nassau-Weilburg.[16]

Luxemburgo foi invadido e ocupado pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, mas foi autorizado a manter a sua independência e mecanismos políticos. Foi novamente invadido e sujeito à ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial em 1940, e foi formalmente anexada ao Terceiro Reich, em 1942.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Luxemburgo abandonou sua política de neutralidade, quando se juntou aos Aliados na luta contra a Alemanha. Seu governo, exilado em Londres, criou um pequeno grupo de voluntários que participaram na invasão da Normandia. Tornou-se um membro fundador da Organização das Nações Unidas em 1946 e da NATO em 1949. Em 1957, Luxemburgo tornou-se um dos seis países fundadores da Comunidade Econômica Europeia (mais tarde União Europeia), e em 1999, aderiu ao euro. Em 2005, um referendo sobre o tratado da UE, que estabelece uma constituição para a Europa, teve lugar em Luxemburgo.[17]

Geografia

Clima

Noite de inverno em Luxemburgo

Luxemburgo tem um clima moderadamente continental, com invernos frios e verões moderados.[18][19] A influência do Oceano Atlântico é evidente, mas devido a altitude do país, que varia entre 250 e 500 metros de altitude, não é tão óbvia quanto nas planícies. Precipitação é frequente e relativamente abundante, chegando a 700 mm anualmente no sudeste, 900 mm no sudoeste e 1 000 mm no norte.[20] A classificação climática de acordo com Köppen-Geiger é de clima oceânico temperado.[21]

O inverno é frio, com a média de temperatura em janeiro e fevereiro sendo aproximadamente 0°C.[18] Quando as correntes atlânticas prevalecem, podem haver dias mais temperados, embora nublados e ventosos, e quando as correntes do leste europeu prevalecem podem haver dias mais frios.[18] Na capital, a temperatura mínima recorde é de -20,2 °C, registrada em fevereiro de 1956, enquanto que de 2001 a 2020 a temperatura mínima recorde foi de -15 °C, registrada em fevereiro de 2012.[18]

O verão é moderadamente quente, com noites frias e manhãs temperadas.[18] Às vezes podem haver períodos curtos de calor intenso, que estão a ficar mais comuns devido ao aquecimento global.[18] A temperatura máxima recorde foi registrada em julho de 2019, sendo de 39 °C, com o mês de agosto de 2003 tendo uma temperatura máxima de 38 °C.[18] A estação está repleta de dias chuvosos, quando as correntes do Atlântico prevalecem, dias esses que alternam-se com dias ensolarados e mais quentes.[18]

Mapa topográfico de Luxemburgo

Topografia

O país é dividido em duas áreas geográficas distintas: Oesling e Gutland. Oesling, no norte, é a área de maior altitude e cobertura florestal do país.[22] É um platô de arenito, com uma altitude média de 450 metros de altidude, cortado por vales e rios que estão organizados em volta do rio Sûre, que corre pelo centro-norte de Luxemburgo antes de fluir ao rio Mosel.[22] As colinas florestadas e vales da região têm numerosos castelos, que atraem turistas.[22] O solo infértil da região foi melhorado imensamente depois de 1890, devido a um fertilizador obtido como um subproduto da indústria do aço.[22] O ponto mais alto do país localiza-se nessa região, o Kneiff, a 560 metros de altitude.[23]

O centro-sul do país, conhecido como Gutland em alemão e Bon Pays em francês (que significa "Boa terra" em ambas as línguas), é caracterizado por planícies e terras férteis, com uma altidude média mais baixa de que na Oesling, a 245 metros.[22][24] A região é muito mais densamente povoada que o norte, tendo a capital, Luxemburgo, e outras pequenas cidades industriais como Esch-sur-Alzette.[22] Uma região mineradora de ferro encontra-se no sudoeste, próximo a fronteira francesa, e no centro-leste há uma floresta de fais conhecida como Müllerthal.[24]

Demografia

País de origem de estrangeiros em Luxemburgo.
 Portugal
  
95.516
 França
  
46.938
 Itália
  
22.465
 Bélgica
  
19.953
 Alemanha
  
13.015
 Espanha
  
6.801
 Reino Unido
  
5.766
 Romênia
  
5.092
 Polônia
  
4.708
 Holanda
  
4.207

Em janeiro de 2020, a população de Luxemburgo era de 626 108 habitantes, em comparação com 314 900 em 1961 e estimados 127 000 em 1800.[25][26] Enquanto em 1961 a porcentagem de estrangeiros em relação a população era de 13,2%, em 2020 era de 47,4%, com portugueses consistindo o maior grupo de não-luxemburgueses vivendo em Luxemburgo.[26] Três línguas principais são faladas em Luxemburgo: luxemburguês, francês e alemão, com o inglês também sendo uma língua popular e o português, devido a imigração portuguesa.[27][28] A maioria da população luxemburguesa identifica-se com a Igreja Católica Romana, com outras religiões populares incluindo protestantismo, judaísmo e islamismo e liberdade religiosa assegurada na Constituição Luxemburguesa.[29]

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (STATEC), a população de Luxemburgo em 1° de janeiro de 2020 era de 626 108 habitantes.[30] A população vem aumentando nos últimos trinta anos, tendo uma população de 372 mil habitantes em 1988. Esse aumentando dá-se principalmente devido a imigração, com 47,35% da população formada por estrangeiros, a maioria destes vindos de outros países europeus (88,08%), dos quais 94,93% vinham de países da União Europeia. Portugueses somavam 15,6% da população, franceses 7,6%, italianos 3,7%, belgas 3,3% e alemães 2,1%.[28] A densidade demográfica de Luxemburgo em 2020 era de 242,1 habitantes por quilômetro quadrado, sendo mais alta nos cantõs de Luxemburgo e Esch, e as cidades mais densas sendo as capitais dos respectivos cantões (Luxemburgo e Esch-sur-Alzette). Pessoas entre 0 e 14 anos são 15,98% da população, de 15 a 64 formam 69,52% e mais de 65 anos somam 14,50%. O número de pessoas idosas vem subindo nos últimos anos, contudo a uma velocidade moderada, devido a imigração de grupos mais jovens ao país.[30]

Línguas mais faladas em Luxemburgo.
Luxemburgo Luxemburguês
  
65,61%
França Francês
  
63,17%
Alemanha Alemão
  
49,56%
Reino Unido Inglês
  
30,72%
Portugal Português
  
20,96%
Itália Italiano
  
8,25%
Países Baixos Holandês
  
4,02%

A língua nacional é o luxemburguês, uma língua moselle-franconiana. Em 2017 o governo definiu uma estratégia para promoção do luxemburguês, com a língua tornando-se mais popular devido ao conhecimento da mesma ser um requisito para obter a nacionalidade luxemburguesa. A língua legislativa é o francês, e as línguas oficiais administrativas e judiciais são as línguas supracitadas, além do alemão. Alemão e francês também são usados em jornais impressos e para comunicação oficial. Além das três línguas oficiais, as faladas pelos imigrantes também são populares, principalmente o inglês, português e italiano. O sistema educacional é multilíngue, utilizando o luxemburguês como língua primária e adicionando francês, alemão e inglês no currículo, progressivamente.[30]

Luxemburgo é um Estado secular, com a constituição definindo liberdade de prática religiosa e de expressão de crenças religiosas. O Estado contribui financeiramente às maiores religiões estabelecidas no país, incluindo cristianismo, judaísmo e islamismo.[30] A vasta maioria da população (90%) identifica-se com a Igreja Católica, outras religiões populares incluem protestantismo, judaísmo e islamismo.[29] Valores étnicos são transmitidos na educação por meio de um curso chamado vie et société (vida e sociedade). Esse curso aborda a diversidade cultural, filosófica e religiosa.[30]

Política

O Luxemburgo é uma democracia parlamentar, liderada por um monarca constitucional. Nos termos da constituição de 1868, o poder executivo é exercido pelo grão-duque e pelo gabinete, que é composto de vários outros ministros. O governador tem o poder de dissolver o legislativo e restabelecer um novo, enquanto o grão-duque tem aprovação judicial. No entanto, desde 1919, a soberania tem residido na corte suprema.[31]

O poder legislativo é investido na Câmara dos Deputados, uma legislatura unicameral de sessenta membros, que são eleitos diretamente para cinco anos a partir de quatro círculos eleitorais. Um segundo corpo, o Conselho de Estado (Conseil d'Etat), composto por vinte e um cidadãos nomeados pelo grão-duque, assessora a Câmara dos Deputados na elaboração da legislação.[32]

O grão-ducado tem três tribunais inferiores (juízes de paz, em Esch-sur-Alzette, a cidade do Luxemburgo e Diekirch), dois tribunais distritais (Luxemburgo e Diekirch) e um tribunal superior de justiça (Luxemburgo), que inclui corte de justiça e a corte de cassação. Há também um tribunal administrativo e uma corte administrativa, bem como um tribunal constitucional, todos os quais estão localizados na capital. O atual chefe do Estado é o grão-duque Henrique de Luxemburgo.

Subdivisões

Distritos do Luxemburgo

O Luxemburgo é dividido em três distritos que, por sua vez, estão subdivididos em 12 cantões, cada um com 116 comunas.

Os distritos são:

  1. Diekirch
  2. Grevenmacher
  3. Luxemburgo

Economia

Campo em Alscheid

Luxemburgo caracteriza-se por uma economia de boa renda e crescimento contínuo; tem o maior Produto Nacional Bruto per capita do mundo com 61 220 dólares, além de baixos índices de inflação e desemprego. Em 2011, de acordo com o FMI, o Luxemburgo foi o segundo país mais rico do mundo, com um PIB per capita numa base de paridade de poder de compra (PPC) de 80 119 dólares.[33] Luxemburgo é o 13º no Índice de Liberdade Econômica da The Heritage Foundation,[34] 26º no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, e 4º no índice de qualidade de vida da Economist Intelligence Unit.[35]

O setor industrial era dominado inicialmente pelo aço, mas tornou-se diversificado ao incluir os ramos químico e de borracha. O crescimento no setor financeiro corresponde a aproximadamente 22% do PIB e compensou o declínio do aço. A maioria de bancos tem amplas transações estrangeiras.

A agricultura é baseada em pequenas fazendas de familiares. Boa parte da economia de Luxemburgo depende dos trabalhadores estrangeiros. Embora Luxemburgo, como todos os membros da União Europeia, tenha sofrido influência das dificuldades da economia mundial, o país manteve uma taxa de crescimento razoavelmente forte e usufrui de um alto padrão de vida.[36]

No segmento do comercio exterior, seus maiores parceiros são os países vizinhos, Bélgica e Holanda que juntos fazem parte do Benelux, uma organização econômica que estabelece uma área de livre comercio e circulação de pessoas entre esses três países.

mercado de trabalho luxemburguês representa 445 000 empregos ocupados por 120 000 luxemburgueses, 120 000 residentes estrangeiros e 205 000 trabalhadores fronteiriços (na sua maioria franceses). Estes últimos pagam os seus impostos no Luxemburgo, mas a sua formação e direitos sociais são pagos pelo seu país de residência. O mesmo se aplica aos pensionistas. O governo luxemburguês sempre se recusou a partilhar parte das suas receitas fiscais com as colectividades territoriais fronteiriças francesas. Este sistema é visto como uma das chaves para o crescimento económico do Luxemburgo, mas em detrimento dos países fronteiriços.[37]

Infraestrutura

Transporte

Estação de Luxemburgo

Luxemburgo possui sistemas eficientes de transporte rodoviário, ferroviário e aéreo, além de facilidades de transportes públicos e serviços. A rede rodoviária tem passado por uma significativa modernização nos últimos anos, com 147 km de estradas ligando a capital aos países limítrofes. O advento da ligação de alta velocidade TGV até Paris levou à renovação da estação ferroviária da cidade, e um novo terminal de passageiros do Aeroporto de Luxemburgo foi recentemente inaugurado. Há ainda planos para introduzir bondes na capital e linhas de trens leves nas zonas adjacentes, nos próximos anos.

Cultura

Edward Steichen, fotógrafo e pintor luxemburguês

A produção cultural de Luxemburgo foi ensombrada pela de seus vizinhos, mas continua viva e vibrante, sobretudo por ter sido durante a maior parte de sua história um país profundamente rural e, portanto, capaz de manter uma série de tradições populares que deram lastro à produção atual. Existem vários museus notáveis, localizados principalmente na capital, entre eles o Museu Nacional de História e Arte (MNHA), o Museu Histórico da Cidade de Luxemburgo e o novo Grão-Duque Jean Museu de Arte Moderna (Mudam). O Museu Nacional de História Militar (MNHM), em Diekirch, é especialmente conhecido por suas representações da Batalha do Bulge. A própria cidade do Luxemburgo é um bem a ser preservado: está na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, em função da importância histórica de suas fortificações.

O país tem dado ao mundo alguns artistas de renome internacional, incluindo os pintores Joseph Kutter e Michel Majerus, bem como o fotógrafo Edward Steichen. A exposição de Steichen The Family of Man (A Família do Homem) está agora instalada em caráter permanente em Clervaux e foi registrada no Programa Memória do Mundo da UNESCO.

Luxemburgo foi a primeira cidade a ser designada Capital Europeia da Cultura duas vezes. A primeira vez foi em 1995. Em 2007, a Capital Europeia da Cultura foi estabelecida em uma imensa zona transfronteiriça, constituída pelo Grão-Ducado de Luxemburgo; o Sarre e a Renânia-Palatinado, na Alemanha; a região da Valónia e da parte de língua alemã da Bélgica; e a região de Lorena, na França. O evento foi uma tentativa de promover a mobilidade e o intercâmbio de ideias atravessando fronteiras em todos os domínios: físico, psicológico, artístico e emocional.

Feriados
DataNome em portuguêsLocalObservações
23 de junhoFeriado nacionalTodo o paísA festa nacional luxemburguesa celebra o aniversário do soberano. Em 1961, um decreto grão-ducal fixa o dia da festa nacional a 23 de junho, independentemente do dia-aniversário do soberano. Embora a soberana da altura, a grã-duquesa Charlotte, festejasse o seu aniversário a 23 de janeiro, foi decidido celebrar o aniversário a 23 de junho, quando a meteorologia mais se apropria às festividades nacionais. O seus sucessores, os grão-duques Jean (aniversário a 5 de Janeiro, reinou entre 1964 e 2000) e Henri (aniversário a 16 de abril), não alteraram a data, que já entrou nos costumes da população.

Ver também

Notas

  1.  O uso de artigo no nome próprio Luxemburgo é mais comum no português europeu, sendo mais raro no português brasileiro, como afirma o linguista Carlos Rocha no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Existem exceções à regra, como o caso do Dicionário Michaelis (brasileiro) que usa Luxemburgo com artigo.

Referências

  1.  «Population» (PDF). Consultado em 14 de julho de 2018
  2.  «Human Development Report 2019» (PDF) (em inglês). Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas. Consultado em 17 de dezembro de 2020
  3.  Serviço das Publicações da União Europeia. «Anexo A5: Lista dos Estados, territórios e moedas»Código de Redacção Interinstitucional. Consultado em 19 de dezembro de 2012
  4.  «Substituição do Representante Permanente do Grão Ducado do Luxemburgo junto da UE». europa.eu. 18 de dezembro de 2012. Consultado em 18 de dezembro de 2012
  5.  Rocha, Carlos (18 de dezembro de 2012). «O uso de artigo definido com Mónaco e outros nomes de países»Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Consultado em 18 de dezembro de 2012No português do Brasil todos os nomes em questão [onde se inclui Luxemburgo] se usam efetivamente sem artigo, pelo que se infere das definições dos gentílicos correspondentes que estão disponíveis em dicionários elaborados nesse país.
  6.  «Verbete "luxemburguês"»iDicionário Aulete. Lexikon Editora Digital. Consultado em 19 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 1 de março de 2014. (lu.xem.bur.guês) sm. 1. Pessoa nascida no grão-ducado de Luxemburgo a. 2. De Luxemburgo; típico dessa grão-ducado ou de seu povo.
  7.  «Verbete "luxemburguês"»Dicionário de Português Online Michaelis. Editora Melhoramentos / UOL. Consultado em 19 de dezembro de 2012lu.xem.bur.guês adj (top Luxemburgo+ês) 1 Que diz respeito ao Luxemburgo, grão-ducado entre a Alemanha, a França e a Bélgica. 2 Natural do Luxemburgo. sm Habitante ou natural do Luxemburgo.
  8.  «World Bank» (em inglês). World Bank. 2012. Consultado em 14 de setembro de 2013
  9. ↑ Ir para:a b «Luxembourg» (em inglês). CIA World Factbook. 24 de junho de 2010. Consultado em 10 de julho de 2010
  10.  Kreins 2003, p. 20.
  11.  Kreins 2003, p. 39.
  12.  Kreins 2003, p. 70.
  13.  Kreins 2003, p. 76.
  14.  Kreins 2003, pp. 80–81.
  15.  Kreins 2003, p. 81.
  16.  Kreins 2003, p. 84.
  17.  «Timeline: Luxembourg - A chronology of key events» BBC News Online, 9 September 2006. Retrieved 8 October 2006.
  18. ↑ Ir para:a b c d e f g h «Climate - Luxembourg» (em inglês). Climates to Travel. Consultado em 3 de maio de 2021
  19.  «Luxembourg - Climate» (em inglês). Nations Encyclopedia. Consultado em 3 de maio de 2021
  20.  «Climate in Luxembourg, Luxembourg» (em inglês). Weather and Climate. Consultado em 3 de maio de 2021
  21.  «LUXEMBOURG CLIMATE SUMMARY» (em inglês). Climate Data. Consultado em 3 de maio de 2021
  22. ↑ Ir para:a b c d e f «Luxembourg History - Geography» (em inglês). Britannica. Consultado em 4 de maio de 2021
  23.  «Highest Points of Luxembourg» (em inglês). Éislek. Consultado em 4 de maio de 2021
  24. ↑ Ir para:a b «Landforms & Waterways of Luxembourg» (em inglês). USA Today. Consultado em 4 de maio de 2021
  25.  «Population in Luxembourg: who are the Luxembourgish residents?» (em inglês). Just Arrived. Consultado em 4 de maio de 2021
  26. ↑ Ir para:a b Aaron O'Neill (2 de março de 2021). «Population of Luxembourg 1800-2020» (em inglês). Statista. Consultado em 4 de maio de 2021
  27.  «What languages do people speak in Luxembourg?» (em inglês). luxembourg.public.lu. Consultado em 4 de maio de 2021
  28. ↑ Ir para:a b «A small, but open society» (em inglês). luxembourg.public.lu. Consultado em 4 de maio de 2021
  29. ↑ Ir para:a b «Luxembourg» (PDF) (em inglês). jsis.washington.edu. Consultado em 4 de maio de 2021
  30. ↑ Ir para:a b c d e «Population: Demographic Situation, Languages and Religions» (em inglês). Comissão Europeia. 28 de agosto de 2020. Consultado em 4 de maio de 2021
  31.  «Constitution of Luxembourg» (PDF). Service central de législation. 2005. Consultado em 23 de julho de 2006
  32.  «Structure of the Conseil d'Etat». Conseil d'Etat. Consultado em 23 de julho de 2006. Arquivado do originalem 19 de junho de 2006
  33.  «Report for Selected Countries and Subjects»www.imf.org. Consultado em 7 de agosto de 2019
  34.  «Index of Economic Freedom: Promoting Economic Opportunity and Prosperity by Country»www.heritage.org(em inglês). Consultado em 7 de agosto de 2019
  35.  «World Life Quality Index 2005» (PDF). Economist Intelligence Unit. 2005. Consultado em 7 de agosto de 2019
  36.  «Economic Survey of Luxembourg 2006». OECD. 2006. Consultado em 23 de julho de 2006
  37.  «« Le miracle de la croissance luxembourgeoise a un nom, celui de frontalier »»Le Monde.fr (em francês). 17 de fevereiro de 2021. Consultado em 10 de maio de 2021

Bibliografia





FIM DO CONGRESSO DE VIENA - 1815 - 9 DE JUNHO DE 2021


 

Congresso de Viena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa da Europa após o Congresso de Viena.

Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que aconteceu na capital austríaca, entre setembro de 1814 e junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica na primavera anterior. Este congresso pretendia também restaurar os tronos das famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão (como a restauração dos Bourbons).[1]

Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de maio de 1814),[2] em que se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos países vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo reassumido o poder da França em Março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão na Batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815.[3]

Objetivo

O objetivo foi reorganizar as fronteiras europeias afim de resgatar os limites territoriais e geográficos anteriores à Revolução Francesa, sistematicamente alteradas pelas conquistas de Napoleão, e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime. Após o fim da época napoleônica, que provocou mudanças políticas e econômicas em toda a Europa, os países vencedores (ÁustriaRússiaPrússia e Reino Unido) sentiram a necessidade de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução.[4] Foi então criada a Santa Aliança, um acordo político selado entre as grandes potências monarquistas da Europa: Império Russo, Império Austríaco e Reino da Prússia. Estabelecida entre os soberanos europeus que pretendiam propagar os princípios da Fé cristã e, no fundo, manter o absolutismo como filosofia do Estado e sistema político dominante na Europa.

Tempos depois, a Santa Aliança evoluiu e, graças a novos acordos, se tornou a Quádrupla Aliança, com a entrada da Inglaterra, ainda em 1815, e posteriormente a Quíntupla Aliança, com a entrada da França, em 1818. A Inglaterra, apesar de ter participado de coligações formadas com o intuito de combater Napoleão Bonaparte, nunca aderiu à Santa Aliança, por conta da ideologia antiliberal que estava no centro do grupo, e também pelo fato de ter interesses no comércio com as colônias. No entanto, Lord Castlereagh, negociador inglês, por entender que a aliança tinha como última finalidade por a Inglaterra à margem das questões políticas europeias, propôs a criação da Quádrupla Aliança, reunindo a Inglaterra e as três potências signatárias da Santa Aliança, com o objetivo de realizar consultas quando fosse necessário, de acordo com a situação política do continente. A Quíntupla Aliança se reuniu pela última vez no Congresso de Verona, em 1822, com o objetivo de solucionar problemas relacionados à Revolução Grega e à intervenção francesa na Espanha. Nos últimos encontros, pôde-se observar o crescente antagonismo entre França e Inglaterra, principalmente em questões relacionadas à autodeterminação das nações, à unificação italiana e à Questão Oriental.

Medidas

Foram adotados uma política e um instrumento de ação:

  • Política: Restauração legitimista e compensações territoriais.
  • Instrumento de AçãoSanta Aliança, aliança político-militar reunindo exércitos da Rússia, Prússia e Áustria prontos para intervir em qualquer situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de intervir nas independências da América. Contra isso foi criada a "Doutrina Monroe" (América para os Americanos).[2]

Participantes

O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado.[3][4] Francisco I, Imperador da Áustria, foi o anfitrião das reuniões de conferência.

Portugal é representado por três Ministros Plenipotenciários: D. Pedro de Sousa HolsteinConde de PalmelaAntónio de Saldanha da Gama, diplomata destacado na Rússia, e D. Joaquim Lobo da Silveira, diplomata destacado em Estocolmo.[5]

Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.

Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur WellesleyDuque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.[6]

Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.

França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.[6]

Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.

O congresso nunca teve uma sessão plenária de facto: as sessões eram informais entre as grandes potências.[1] Devido à maior parte dos trabalhos ser feito por estas cinco potências (com, algumas questões dos representantes de EspanhaPortugalSuécia e dos estados alemães), a maioria das delegações pouco tinha que fazer, pelo que o anfitrião, Francisco I, Imperador da Áustria, oferecia entretenimento para as manter ocupadas. Isto levou a um comentário famoso pelo Príncipe de Ligne: le Congrès ne marche pas; il danse (o Congresso não anda; ele dança).[4]

Princípios

As diretrizes fundamentais do Congresso de Viena foram: o princípio da legitimidade, a restauração, o equilíbrio de poder e, no plano geopolítico, a consagração do conceito de "fronteiras geográficas":[6]

  • O princípio da legitimidade, defendido sobretudo por Talleyrand a partir do qual se consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam antes da Revolução Francesa, garantindo com isso que os Bourbons retornassem ao poder com a anuência dos vencedores. Atendia os interesses dos Estados vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas ao mesmo tempo buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o acesso não foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova organização geopolítica da Europa.[7]
  • O princípio da restauração, que era a grande preocupação das monarquias absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a Europa na mesma situação política em que se encontrava antes da Revolução Francesa, que guilhotinou ao rei absolutista e criou um regime republicano, a República, que acabou com os privilégios reais e instituiu o direito legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos absolutistas defendiam a intervenção militar nos reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.
  • O princípio do equilíbrio, defendeu a organização equilibrada dos poderes econômico e político europeus dividindo territórios de alguns países, como, por exemplo, a Confederação Alemã que foi dividida em 39 Estados sendo a Prússia e a Áustria como líderes, e anexando outros territórios a países adjacentes, como o caso da Bélgica que foi anexada aos Países Baixos.
Em 1815, as fronteiras da Europa foram refeitas, quando suas raízes já haviam sido sacudidas pelos exércitos de Napoleão

Outra decisão importante das grandes potências reunidas em Viena foi a consagração da ideia de equilíbrio do poder. Segundo essa perspectiva, considerava-se que só fora possível o fenômeno Napoleão na Europa porque ele havia juntado uma tal soma de recursos materiais e humanos que, aliados à sua capacidade política e militar, provocaram todo aquele período de guerras.[7]

As grandes potências decidiram então dividir os recursos materiais e humanos da Europa, de tal maneira que uma potência não pudesse ser mais poderosa que a outra (equilíbrio de poder); sendo assim, nenhum outro Napoleão se atreveria a desafiar seu vizinho, sabedor de que este contaria com os mesmos recursos.

Sendo esse o critério estabelecido, trataram de pô-lo em prática, resultando num mapa europeu em que as etnias e as nacionalidades não foram levadas em consideração, tal como aconteceu com a partilha da Polônia, por exemplo. Tal critério foi crucial para que as minorias étnicas, sentindo-se desprezadas e não representadas, quase à beira da marginalidade social, se revoltassem principalmente contra as nações mais multiétnico-culturais, como exemplo polonesessérviosmagiares e eslavos. As revoluções de 1848 foram uma notória consequência, bem evidente em países como a Áustria e os estados germânicos.

Uma vez estabelecida a paz, haveria a necessidade de manutenção de exércitos. Os estadistas reunidos em Viena foram unânimes em responder afirmativamente. Tratava-se de manter forças armadas exatamente para preservar a paz alcançada. A garantia da paz residia, a partir de então, na preservação das fronteiras geográficas estabelecidas justamente para evitar que qualquer potência viesse a romper o equilíbrio, anexando recursos de seus vizinhos e pondo em risco todo o sistema de estados europeus. O princípio geopolítico das "fronteiras geográficas" perdurou até o término da Segunda Guerra Mundial, quando esse conceito foi substituído pelo conceito de "fronteiras ideológicas", no contexto da Guerra Fria.

Consequências

  • Reconstrução das monarquias absolutistas;
  • A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia;[7]
  • A Áustria anexou a região dos Bálcãs;
  • Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas;
  • Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
  • A Suécia e a Noruega uniram-se;
  • A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno;
  • A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos;
  • Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, a Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação;
  • Restabelecimento dos Estados Pontifícios;
  • Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.
  • O Ducado de Malve foi exaltado Reino de Malve. Tendo Franz Karl Johann Georg Metternich-Winneburg, filho do Chanceler Metternich da Áustria assumido o trono do país, já que era casado com Isadora Marie Nappolaska, filha do Duque Gerard de Malve que foi deposto após a conquista napoleônica. Franz Metternich-Winneburg assumiu para si o nome de Frederic, tornando-se rei aos 17 anos de idade. A união de Frederic e Isadora e a exaltação de Malve como Reino deu origem a uma nova dinastia, a Beilstein - Loctea.
  • No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105 do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Apesar de sua inicial resistência a esta disposição, a Espanha terminaria por ratificar o tratado mais tarde, em 7 de Maio de 1817, nunca havendo entretanto cumprido esta disposição ou restituído o território oliventino a Portugal.
  • Com a derrota de Napoleão e a subsequente paz duradoura na Europa, a Inglaterra aumentou sua influência pelos mares e consequentemente expandiu seus territórios e colônias.

O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa. Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu-se:

  • o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse;
  • a condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador;
  • medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus;
  • e, de suma importância, um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Bloy, Marjie (30 de abril de 2002). «The Congress of Vienna, 1 November 1814 – 8 June 1815». The Victorian Web. Consultado em 9 de janeiro de 2009
  2. ↑ Ir para:a b Article XXXII. See Harold Nicolson, The Congress of Vienna, chap. 9.
  3. ↑ Ir para:a b «Congesso de Viena (1814 - 1815)». Mundo educação. Consultado em 9 de junho de 2012
  4. ↑ Ir para:a b c «Congesso de Viena». Cola na Web. Consultado em 9 de junho de 2012
  5.  «Congresso de Viena, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Portugal». Consultado em 4 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de agosto de 2016
  6. ↑ Ir para:a b c "[Castlereagh, during his stay in The Hague, in January 1813] induced the Dutch to leave their interests entirely in British hands." On page 65 of Nicolson (1946).
  7. ↑ Ir para:a b c «Conservadores restauram o Antigo regime». UOL - Educação. Consultado em 9 de junho de 2012

Bibliografia

  • King, David (2008). Vienna 1814; how the conquerors of Napoleon made love, war, and peace at the Congress of Vienna. [S.l.]: Crown Publishing Group. p. 334. ISBN 978-0-307-33716-0
  • Magnoli, DemetrioHistória da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 85-7244-396-7
  • , Harold. The Congress of Vienna: A Study in Allied Unity, 1812-1822. Grove Press, 2000. ISBN 080213744X

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