terça-feira, 25 de maio de 2021

DIA INTERNACIONAL DAS CRIANÇAS DESAPARECIDAS - 25 DE MAIO DE 2021

 

Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) é uma organização privada sem fins lucrativos estabelecida em 1984 pelo Congresso dos Estados Unidos. Em Setembro de 2013, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o Senado dos Estados Unidos e o Presidente dos Estados Unidos voltaram a autorizar a alocação de 40 milhões de fundos para o NCMEC, como parte do Missing Children’s Assistance Reauthorization Act of 2013 (H.R. 3092; 113th Congress).[1] A atual presidente é a advogada de direitos da criança Patty Wetterling, mãe de Jacob Wetterling.

História

Fundos e anos anteriores

A formação do Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas teve origem em notáveis casos de crianças raptadas, tal como o rapto de 1979 de Etan Patz de 6 anos da Cidade de Nova Iorque, e o rapto e homicídio de 1981 de Adam Walsh de 6 anos de um centro comercial em Hollywood, Flórida. Como a polícia tinha a capacidade de registar e localizar informação sobre carros roubados, armas roubadas e até cavalos roubados com o computador nacional de crime do FBI, acreditava-se que o mesmo devia ser feito para as crianças. Em 1984, o Congresso dos Estados Unidos passou o Missing Children's Assistance Act, que estabeleceu um Centro Nacional de Recursos e Compensação a Crianças Desaparecidas e Exploradas. A 13 de Junho de 1984, o Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas foi formado pelo Presidente Ronald Reagan numa cerimónia na Casa Branca para manter esses recursos. A linha nacional de 24 horas 1-800-THE-LOST, gratuita, para crianças desaparecidas foi também estabelecida.[2]

Primeiramente fundada pelo Departamento da Justiça, o NCMEC actua como uma fonte de informação e recursos para pais, crianças, agências de autoridade, escolas, e comunidades para ajudar a localizar crianças desaparecidas e aumentar a atenção do público sobre formas de prevenir o rapto de criançasabuso sexual de crianças e pornografia infantilJohn Walsh, Noreen Gosch, e outros advogados estabeleceram o centro como resultado da frustração de uma falta de recursos e coordenação entre as autoridades e outras agências governamentais.[citation needed]

O Centro providencia informação para ajudar a localizar crianças dadas como desaparecidas (por rapto parental, rapto de menores, ou fugitivos de casa) e para ajudar crianças abusadas fisicamente e sexualmente. Com esta capacidade de recursos, o NCMEC distribui fotografias de crianças desaparecidas e aceita pistas e informação do público. Também coordena essas actividades com vários estados e agências legais de autoridades.[citation needed]

Durante meados até ao fim dos anos 80, o brinquedo Teddy Ruxpin tornou-se o "Urso falante oficial" do centro no pico da sua popularidade.[3] Devido a esta sociedade, várias histórias tiveram informações extra para as crianças ficarem a salvo de raptos, predadores sexuais, etc. Isto também causou uma série animada para um clip chamado "Protege-te a ti próprio" no qual informação de segurança para crianças era dada por actores infantis famosos.

Em Setembro de 2013, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidoso Senado dos Estados Unidos e o Presidente dos Estados Unidos votou para reautorizar 40 milhões de dólares em fundos para o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas como parte de uma Lei de Reautorização de Ajuda a Crianças Desaparecidas de 2013 (H. R. 3092; 113th Congresso).[1]

O Centro não se especializa apenas em localizar crianças desaparecidas, mas a identificar os falecidos. Existem vários falecidos por identificar no país, alguns deles crianças, adolescentes e jovens adultos. Tal como crianças desaparecidas, posters são criados para os casos e, é possível, mostrar reconstruções faciais forenses do sujeito que mostram uma estimativa da sua aparência enquanto vivo.[4] As reconstruções que o NCMEC cria foram consideradas arte e foram confundidas com fotografias.[5]

Aplicações da procura dos Estados Unidos por crianças

Alicia Kozakiewicz no Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, redondezas de Alexandria, VA

Efectivamente em 5 de Setembro de 1995, as aplicações em busca do regresso ou acesso às crianças nos Estados Unidos sob a Convenção de Hague nos Aspectos Civis do Rapto Internacional de Crianças foram processadas pelo NCMEC para o Departamento do Estado dos Estados Unidos, Departamento de Problemas Infantis sob o contracto do Departamento do Estado e para o Departamento da Justiça dos Estados Unidos. A 1 de Abril de 2008, o Departamento de Problemas Infantis voltou a assumir os Deveres da Autoridade Central dos Estados Unidos para processar casos sob a Convenção de Rapto de Hague.[6] Como resultado do seu estado como contracto governamental bem como fundos providenciados pela Lei das Crianças Desaparecidas e Lei da Assistência a Crianças Desaparecidas, o NCMEC recebe (desde 2008) 40 milhões de dólares cada ano do Governo Americano.[7]

Internacional

Em 1998, o Quadro de Directores do NCMEC aprovou a criação de uma organização internacional separada, o Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (ICMEC); os dois agora actuam como organizações irmãs.[8][9][10][11] O ICMEC combate a exploração sexual infantilpornografia infantil, e raptos de crianças.[12][13][14][15] ICMEC recebeu a sua primeira reunião de directores em 1998.[16] Foi oficialmente lançada em Abril de 1999.[11][17]

ICMEC juntamente com o NCMEC dirige uma rede global de crianças desaparecidas de 22 países. ICMEC treinou pessoal das forças legais de 121 países, trabalha com autoridades em mais de 100 países, e tem vindo a trabalhar com as legislaturas de 100 países para adoptar novas leis no combate da pornografia infantil. ICMEC também encoraja a criação de centros nacionais de operações construídos num modelo de parceria público-privada, e lidera finaciamente global e coligações industriais para erradicar a exploração sexual e pornografia infantil. O Instituto da Lei e Política Internacional da Família Koons é o braço das buscas do Centro Internacional. Em Agosto de 2008, foi garantido ao ICMEC "Especial Estado de Consulta" pelo Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), para ajudar as Nações Unidas com a sua experiência sobre a exploração sexual de crianças e o rapto de crianças.[18] O ICMEC também trabalha com a organização intergovernamental INTERPOL, a organização inter-continental Organização dos Estados Americanos (o OAS), e com a Conferência da Lei Privada Internacional de Hague.[19]

NCMEC é uma associada do PACT Pais e Crianças Raptadas Juntos nos Reino Unidos.[citation needed]

Publicações

Em 2007, o NCMEC e a Duracell juntamente com a empresa de relações públicas PainePR produziram um livro de crianças chamado The Great Tomato Adventure: A Story About Smart Safety Choices (A Grande Aventura do Tomate: Uma História Sobre Escolhas Inteligentes de Segurança) juntamente com uma série de ferramentas educacionais para pais e guardiões de crianças mais velhas chamado Teachable Moments Guide. Os livros eram produzidos e publicados pela Arbor Books e prefácio escrito pela actriz, e autora de sucessos para crianças, Jada Pinkett Smith. Ambas as ferramentas foram introduzidas como uma extensão do programa de segurança de sucesso que foi lançado em 2006. O livro foi disponibilizado com download gratuito através do web site Power of Parents..[20]

Quadro e membros notáveis

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «H.R.3092 - E. Clay Shaw, Jr. Missing Children's Assistance Reauthorization Act of 2013»Open Congress
  2.  «The National Center for Missing & Exploited Children»missingkids.com
  3.  Clarity, James F.; Weaver Jr, Warren (26 de setembro de 1985). «BRIEFING; All Hail Bear»The New York Times
  4.  Rodewald, Adam (5 de agosto de 2013). «Unidentified murder victim a 'total nightmare' case for detectives». Consultado em 9 de julho de 2015
  5.  «Missing children group talks about creating sketch for Deer Island girl»My Fox Boston. Fox News. 6 de julho de 2015. Consultado em 9 de julho de 2015
  6.  «Bringing Hague Return Proceedings in the United States». Consultado em 12 de agosto de 2010
  7.  «NCMEC Press Release»
  8.  «Missing Children Website»
  9.  «National Center for Missing and Exploited Children; Law & Legal Definition». uslegal.com
  10.  «Missing Children Organizations; ICMEC (International Centre for Missing and Exploited Children)». Find Madeleine
  11. ↑ Ir para:a b «The Creation of ICMEC». ICMEC
  12.  Donald F. Sprague (2012). Investigating Missing Children Cases: A Guide for First Responders and Investigators. [S.l.]: CRC Press. pp. 167–68. ISBN 1439860637
  13.  Babak Akhgar, Andrew Staniforth, Francesca Bosco (2014). Cyber Crime and Cyber Terrorism Investigator's Handbook. [S.l.]: Syngress. p. 138. ISBN 0128008113
  14.  «Contact Us». ICMEC
  15.  «About the International Centre for Missing & Exploited Children». ICMEC
  16.  «Weekends in the Hamptons, weekdays in Manhattan»New York Social Diary. 22 de junho de 2010
  17.  Christopher Meyer (2011). DC Confidential. [S.l.]: Orion Publishing Group. ISBN 1780220774
  18.  «INTERNATIONAL CENTRE FOR MISSING & EXPLOITED CHILDREN GRANTED SPECIAL STATUS WITH UNITED NATIONS». 12 de agosto de 2008
  19.  Rhona Schuz (2014). The Hague Child Abduction Convention: A Critical Analysis. [S.l.]: A&C Black. pp. 82–83. ISBN 1782253084
  20.  The Great Tomato Adventure: A Story About Smart Safety Choices Arquivado em 23 de junho de 2007, no Wayback Machine.

Links externos

PAPA GREGÓRIO VII - 25 DE MAIO DE 2021

 


Papa Gregório VII

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gregório VII)
Gregório VII
Santo da Igreja Católica
157° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
OrdemOrdem de São Bento
DioceseDiocese de Roma
Eleição22 de abril de 1073
Entronização30 de junho de 1073
Fim do pontificado25 de maio de 1085 (12 anos)
PredecessorAlexandre II
SucessorVítor III
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral22 de maio de 1073
Nomeação episcopal22 de abril de 1073
Ordenação episcopal30 de junho de 1073
Nomeado arcebispo22 de abril de 1073
Cardinalato
Criação6 de março de 1059
por Papa Nicolau II
OrdemCardeal-diácono
TítuloSanta Maria em Domnica
ConsistórioConsistórios de Gregório VII
Santificação
Beatificação1584
por Papa Gregório XIII
Canonização24 de maio de 1728
Roma
por Papa Bento XIII
Festa litúrgica25 de maio
Dados pessoais
NascimentoTuscia,Itália
1020
MorteSalernoItália
25 de maio de 1085 (65 anos)
Nacionalidadeitaliano
Nome nascimentoIldebrando di Soana
SepulturaCatedral de Salerno
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de Papas

Papa São Gregório VII, nascido Hildebrando, (SovanaItáliacirca 1020/1025 — Salerno25 de maio de 1085) foi o 157º papa da Igreja Católica de 22 de abril de 1073 até à sua morte, tendo sido um dos mais influentes e decisivos pontífices a se sentar no trono papal ao longo da história.

Vida e carreira eclesiástica

Nascido na Toscana italiana no seio de uma família de baixa condição social. Segundo o Liber Pontificalis, Gregório figurava entre os “nascidos toscanos, junto à cidadela de Rovacum, de um pai [chamado] Bonizo”,[1] informação corroborada pelo biógrafo papal.[2]

Gregório cresceu no ambiente da Igreja romana ao ser confiado a seu tio, abade do mosteiro de Santa Maria em Aventino, onde fez os votos monásticos. Era, assim, beneditino.

Em 1045 Hildebrando foi nomeado secretário do Papa Gregório VI, cargo que ocuparia até 1046 quando acompanhou esse Papa no seu desterro em Colónia depois de ser deposto num concílio, celebrado em Sutri, e acusado de simonia na sua eleição.[3]

Em 1046 morre Gregório VI, e Hildebrando ingressou como monge no mosteiro de Cluny onde adquiriu as ideias reformistas que regeram o resto da sua vida e que o fariam encabeçar a chamada Reforma gregoriana.[4]

Até 1049 não regressou a Roma, mas é então chamado pelo Papa Leão IX para atuar como legado pontifício, o que lhe permitiu conhecer os centros de poder da Europa. Atuando como legado estava em 1056 na corte alemã, para informar da eleição como Papa de Vítor II quando este faleceu e se escolheu como seu sucessor o antipapa Bento X. Hildebrando opôs-se a esta eleição e conseguiu que se elegesse Papa Nicolau II. Em 1059 é nomeado por Nicolau II, arquidiácono e administrador efetivo dos bens da Igreja, cargo que o levou a alcançar tal poder que se chegou a dizer que dava de comer a Nicolau "como a um asno no estábulo".

Eleição

A sua eleição é considerada fora do padrão habitual. Não era sacerdote quando foi eleito Papa, por aclamação popular, em 22 de Abril de 1073. Sendo uma transgressão da legalidade estabelecida em 1059 pelo concílio de Melfi que decretou que na eleição papal só podia intervir o colégio cardinalício, nunca o povo romano. Não obstante, obteve a consagração episcopal em 30 de junho de 1073.

Muito combativo em favor dos direitos da Igreja, enfrentou o imperador Henrique IV do Sacro Império Romano, em defesa da superioridade do Poder Espiritual sobre o Poder Temporal. Ao longo do século XX, os historiadores vincularam seu nome a um vasto programa de reforma da cristandade, movimento que ficaria conhecido como reforma gregoriana. Todavia, tal vinculação decorre de aspectos controversos, muitos dos quais já submetidos a um profundo revisionismo. Há décadas, estudiosos sugerem que o conceito de "reforma" deve ser superado quando se trata de explicar muitos episódios envolvendo o pontificado gregoriana.[5][6] Foi monge na Abadia de Cluny, considerada a alma da Idade Média. A pedido da Condessa Matilde, perdoou Henrique IV que, entretanto, voltou a rebelar-se contra a Santa Sé. Devido ao seu carácter combativo granjeou inimigos que o exilaram. Ao morrer, fora de Roma, disse a frase que se tornaria famosa: "Amei a justiça e odiei a iniquidade, por isso morro no exílio".

Política interna e reformas

Teve sua vida e obra conduzidas pela convicção da Igreja como obra divina e encarregada de abraçar toda a humanidade, para a qual a vontade de Deus é a lei única, e que, na faculdade de instituição divina, a Igreja coloca-se sobre todas as estruturas humanas, em particular sobre o estado secular. A superioridade da Igreja era para Gregório VII um fato indiscutível.

Em 1075, Gregório VII publica o Dictatus Papae, que são 27 proposições onde expressa as suas ideias sobre o papel do Pontífice na sua relação com os poderes temporais, especialmente com os imperadores do Sacro Império. Estas ideias poderão resumir-se em três pontos principais: O Papa é senhor absoluto da Igreja, estando acima dos fiéis, dos clérigos e dos bispos, e acima das Igrejas locais, regionais e nacionais, e acima dos concílios; O Papa é senhor único e supremo do mundo, todos lhe devem submissão em questões religiosas, incluindo os príncipes, reis e imperadores (entretanto, como diria Harold J. Berman,[7] o Poder Central Eclesiástico tomou para si, além da "espada eclesiástica", a "espada secular"; ou seja, o papa tornou-se a autoridade suprema no espectro espiritual e temporal). A Igreja romana não cometeu nunca erros.

Historiadores como Walter Ullmann[8] e Ian Stuart Robinson[9] afirmam que Gregório centralizava em Roma todas as querelas importantes para intermediação, coincidindo naturalmente numa diminuição do poder dos bispos locais, o que motivou algumas lutas contra as esferas mais altas do clero. Recentemente, esta caracterização do governo gregoriano com marco da centralização política e administrativa da Igreja medieval foi colocada em xeque.[6]

Esta batalha pelos fundamentos da supremacia papal tem o seu apogeu na obrigatoriedade do celibato do clero e no ataque à simonia. Gregório VII não introduziu o celibato mas conduziu a batalha por tal com maior energia do que os seus antecessores. Em 1074 publicou uma encíclica dispensando da obediência aos bispos que permitiam o casamento dos sacerdotes. No ano seguinte, sob fortes protestos e resistência, encoraja medidas contra estes, privando-os dos rendimentos.

O seu pontificado decorreu até 25 de maio de 1085, dia em que morreu em Salerno, abandonado pelos romanos e pela maior parte dos seus apoiantes.


Precedido por
Alexandre II
Emblem of the Papacy.svg
Papa

157.º
Sucedido por
Vítor III


Ver também

Referências

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