sexta-feira, 21 de maio de 2021

ALMEIRIM - FERIADO - 21 DE MAIO DE 2021

 


Almeirim (Portugal)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outro significado de Almeirim, veja Almeirim.
Almeirim
Município de Portugal
Restaurantes em Almeirim.JPG
Almeirim
Brasão de AlmeirimBandeira de Almeirim
Localização de Almeirim
GentílicoAlmeirinense
Área222,12 km²
População23 376 hab. (2011)
Densidade populacional105,2  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
Pedro Ribeiro (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1483
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Lezíria do Tejo
DistritoSantarém
ProvínciaRibatejo
OragoMártir São Sebastião
Feriado municipalQuinta-feira de Ascensão
Código postal2080
Sítio oficialcm-almeirim.pt

Almeirim é uma cidade portuguesa. Localizada no Ribatejo, pertence ao distrito de Santarém, tem cerca de 11 700 habitantes.[1]

Desde 2002 que está integrada na região estatística (NUTS II) do Alentejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo; continua, no entanto, a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome. Pertencia ainda à antiga província do Ribatejo, hoje porém sem qualquer significado político-administrativo, mas constante nos discursos de auto e hetero-identificação.

É sede do município de Almeirim[2] com 222,12 km² de área[3] e 23 376 habitantes (2011),[4][5] subdividido em 4 freguesias (Almeirim, Benfica do Ribatejo, Fazendas de Almeirim e Raposa)[2] O município é limitado a norte pelo município de Alpiarça, a leste e nordeste pela Chamusca, a sul por Coruche e Salvaterra de Magos, a oeste pelo Cartaxo e a noroeste por Santarém.

História

A ocupação humana da atual área do concelho de Almeirim é muito antiga. Terão sido a proximidade do rio Tejo e a riqueza natural os fatores que terão contribuído para a instalação de homens nesta região. Existem vestígios da presença humana desde a pré-história até à época romana, por todo o vale do Tejo. Exemplos da presença humana no concelho são o concheiro epipaleolítico do vale da Fonte da Moça, os marcos miliários recentemente identificados, pertencentes à via romana que ligava Lisboa a Mérida e ainda a villa romana de Azeitada em Benfica do Ribatejo.

Com as suas magníficas coutadas de caça, que se estendiam por uma grande extensão, a vizinhança de Santarém, as proximidades do Tejo e ainda de Lisboa, com fácil acesso, por via fluvial, Almeirim tornou-se, desde logo, no lugar preferido dos reis da II dinastia e a estância de Inverno frequentada por numerosos membros da Corte, de tal maneira que foi considerada a "Sintra de Inverno", no século XVI.

Almeirim era pois, o ponto ideal para repouso.

Em Almeirim as intrigas palacianas e os amores forjados à sombra dos frondosos jardins do Paço Real eram misturados com a resolução dos mais altos negócios do Reino, tanto se dizia que "punha Cupido a sua aula e tinha El-Rei o seu despacho".

D. João I, entre 1411 e 1423, fez construir o Paço acastelado e as primeiras habitações que vieram contribuir para a criação da vila, depois do rei ter mandado proceder a trabalhos de terraplanagem, colmatagens e drenagens em terrenos paludados na zona da construção. Este Paço Real foi aumentado e melhorado com novas instalações por D. Manuel I que esteve em Almeirim por diversas vezes: todo o ano de 1510, parte de 1513, o Natal de 1514 e todo o período que decorreu entre Outubro de 1515 e Maio de 1516, tendo D. João III seguido o seu exemplo, manifestando a sua predilecção por Almeirim, aliás demonstrado este interesse por toda a dinastia de Avis.

Foi o Paço Real em Almeirim palco de uma das mais problemáticas Cortes da nossa história.

Em 1578, D. Sebastião que visitava Almeirim com frequência, foi levado pelo gosto da aventura e com o ímpeto dos seus verdes anos a oferecer os seus préstimos para a reconquista de Arzila, que os portugueses tinham abandonado em 1550. Não resistindo à superioridade das forças marroquinas, o exército chefiado pelo jovem rei foi derrotado, deixando D. Sebastião a sua vida em Alcácer-Quibir provocando uma situação difícil para o reino.Sem sucessor são abertas as Cortes de Almeirim pelo Cardeal D. Henrique em 11 de Janeiro de 1580 para decidir o problema da sucessão.Nestas Cortes Febo Moniz, como procurador do Povo de Lisboa, dirige-se com voz enérgica ao decrépito Cardeal: "Entregue Vossa Alteza o Reino a um príncipe português e todos lhe beijarão a mão".

Sem nada ser resolvido, as Cortes são dissolvidas e o Reino passa a ser governado por Filipe II de Castela, dando-se início à Dinastia Filipina que iria durar Até 1 de Dezembro de 1640.

Durante o tempo em que Almeirim foi procurada como estância de veraneio, muitas pessoas passearam-se pelas ruas do burgo e povoaram o Paço Real: Gil Vicente, o pai do teatro português, representou, nos Paços da Vila, às Cortes de D. João III, algumas das suas farsas, comédias e autos, como por exemplo, o "Auto da Fé" em 1510; a "Barca da Glória" em 1519; a tragicomédia "Dom Dardos" no casamento da Infanta D. Isabel com Carlos V, em 1525 e em 1526 apresenta a farsa "O Juiz da Beira", a tragicomédia "Templo de Apolo", o "Breve Sumário da História de Deus" e o "Diálogo sobre a Ressurreição".

Foi ainda no Paço Real que Garcia de Resende começou a imprimir o seu Cancioneiro Geral.

O Pórtico do Palácio que começava a ameaçar ruína foi mandado demolir por D. João, Regente em nome de D. Maria I em 1792, facto que só se verificou no século XIX, em 1890.

É possível encontrar na parte antiga da povoação entre S. Roque e as Ribeiras alguns Passos do Calvário e edifícios revestidos a azulejos.

Com importância encontram-se os Palácios da Quinta da Alorna que foi residência de D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, a escritora Alcipe, 4ª Marquesa da Alorna: Palácio do Casal Branco, famoso por ter sido palco de divertimentos tauromáquicos do Rei D. Migue; Quinta de Santa Marta, na freguesia de Benfica do Ribatejo que foi residência do Conde de Atalaia.

Atualmente Almeirim é uma cidade, onde a Sopa da Pedra, o pão típico e o melão são os reis da Gastronomia.

Tem várias áreas de lazer.

População

Número de habitantes [6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
4 2584 9456 3767 9139 3119 88612 80815 02017 04518 01119 22521 15421 38021 95723 376

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Pela lei nº 129, de 02/04/1914, foi constituído o concelho de Alpiarça com lugares desanexados do concelho de Almeirim.

Número de habitantes por Grupo Etário [7]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos4 9445 6573 3454 1914 7124 6184 3894 3754 7813 7093 0603 539
15-24 Anos2 5562 8742 0282 4752 6893 2172 8642 8402 8993 1412 8412 134
25-64 Anos5 7966 3394 1635 4356 6698 0589 40110 19511 00011 18111 79612 566
= ou > 65 Anos5537223846648951 0781 3571 8152 4743 3494 2605 137
> Id. desconh35602924

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Festas e Romarias

  • Festas da Cidade
  • Feira do Melão
  • Festival da Sopa da Pedra

Património arquitectónico

  • Igreja Matriz de S. João Baptista
  • Fontes de S. Roque e do Largo dos Namorados
  • Pórtico do Paço da Ribeira de Muge
  • Praça de Touros de Almeirim - Arena de Almeirim
  • Jardim da República
  • Ermida de Nossa Senhora do Calvário.
  • Fonte dos Namorados
  • Mercado de Almeirim
  • "Escolas Velhas"
  • "Hospital Velho"

Personalidades ilustres

Cultura

Gastronomia

Restaurantes

"O Pinheiro"

"O Forno"

"O Toucinho"

"O Janeiro"

"CISCO- Cozinha Tradicional"

"PAULO'S- Restaurante Marisqueira"

"O Galinha"

"Amigos do Tacho"

"Tasca do Salsa"

"Constantino das Enguias"

"O Zézano

"O Capeto"

"Lota 13"

"SILAS CHEF"

Transportes

TUA- Transportes Urbanos de Almeirim

Artesanato

Cestaria em vime

Louça de barro

Trabalhos em madeira.

Educação

Centro Paroquial de Almeirim

Escola Básica Canto do Jardim "P3"

Escola Básica Moinho de Vento

Escola Básica 2.º e 3.º Ciclos Febo Moniz

Escola Secundária Marquesa de Alorna

Desporto

20 KM de Almeirim

Quintas

Quinta da Alorna

Quinta do Casal Branco

Colectividades

As principais colectividades de Almeirim são:

Política

Eleições autárquicas

Data%V%V%V%V%V%V%V
PSAPU/CDUPSDADPRDINDPSD-CDS
197644,25429,23215,071
197952,39425,022AD19,731
198251,80424,26220,071
198519,15122,37220,64234,983
198929,59224,89215,97125,892
199361,75517,86114,871
199761,78519,51113,901
200158,61517,78116,901
200555,17520,87112,251
200952,88512,5719,51-19,401
201358,90511,511PSD-CDS8,01-11,511
4,99-
201773,88611,1418,42-

Eleições legislativas

Data%
PSPCPPSDCDSUDPAPU/

CDU

ADFRSPRDPSNB.E.PANPàFLCHIL
197643,9822,6514,558,140,89
197934,77APUADAD0,8129,4828,39
1980FRS0,4925,5129,8038,23
198345,5817,655,900,5225,59
198518,7120,843,860,5321,7730,47
198725,65CDU36,852,250,5118,4810,45
199136,5539,072,3813,741,271,45
199556,0020,836,720,6412,190,36
199957,5920,176,0811,060,151,63
200246,6928,437,9210,782,44
200556,8118,204,5710,295,40
200938,8520,0511,0311,5712,19
201131,3930,1612,4610,776,211,00
201540,87PàFPàF10,879,951,1327,530,57
201946,5517,433,748,139,592,010,692,850,86

Freguesias

Freguesias do município de Almeirim.

O município de Almeirim está dividido em 4 freguesias:[2]

Referências

  1.  INE (2013). Anuário Estatístico da Região Alentejo 2012. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 33. ISBN 978-989-25-0214-4ISSN 0872-5063. Consultado em 5 de maio de 2014
  2. ↑ Ir para:a b c Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  3.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  4.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Alentejo. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 101. ISBN 978-989-25-0182-6ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  5.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_ALENTEJO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  6.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  7.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
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