quarta-feira, 5 de maio de 2021

DIA MUNDIAL DO TRÂNSITO E DA CORTESIA AO VOLANTE - 5 DE MAIO DE 2021

 

Trânsito

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: ""Ultrapassagem"" redireciona para este artigo. Para o filme italiano, veja Il sorpasso. Para outros significados, veja Trânsito (desambiguação).
Trânsito visto do alto do Arco do Triunfo, em Paris.

Trânsito é a utilização das vias por veículos motorizados, veículos não motorizados, pedestres e animais de tração, para fins de circulação, parada passageira ou estacionamento.[1] Leis de trânsito são as leis que regem o tráfego e regulamentam os veículos,[2] enquanto que leis da estrada são tanto as leis quanto as regras informais que se desenvolveram ao longo do tempo para facilitar e ordenar o fluxo do trânsito.

Organização

O trânsito prima, geralmente, pela organização, fluindo em faixas de tráfego numa direção particular, com cruzamentos e sinais de trânsito. O trânsito pode ser separado em classes: motorizado ou não motorizado (bicicletascarroças e pedestre). Classes diferentes podem compartilhar limites de velocidade e direitos, ou podem ser segregadas. Alguns países têm leis de trânsito muito detalhadas e complexas, enquanto outros confiam no bom senso dos motoristas e na boa vontade deles em cooperar, evidenciando o bom desenvolvimento da educação para o trânsito.

Tipicamente, a desorganização aumenta o tempo de viagem e acidentes: por conseguinte, aumenta os congestionamentos e conflitos entre motoristas.

Em vias particularmente movimentadas, uma desordem secundária pode persistir num fenômeno conhecido como "ondas de tráfego". Um colapso total da organização pode resultar num engarrafamentos de trânsito.

Simulações do tráfego organizado frequentemente envolvem a teoria das filasprocessos estocásticos e equações de física matemática aplicados ao fluxo de tráfego.

Regras da estrada são as práticas e procedimentos gerais que os utilizadores das estradas seguem, especialmente motoristas e ciclistas. Elas governam as interações entre veículos distintos e pedestres.

Estas regras devem ser distinguidas dos procedimentos mecânicos exigidos para a operação de um veículo. Veja direção.

As regras básicas de trânsito são definidas por um tratado internacional sob a autoridade das Nações Unidas, a Convenção de Viena sobre Tráfego Rodoviário, de 1988. Nem todos os países são signatários da convenção de Viena e, mesmo entre os signatários, podem ser encontradas pequenas variações locais na prática e outros fins.

O Brasil se tornou signatário da Convenção de Viena em 10 de dezembro de 1990 pelo Decreto n.º 85 117, havendo no texto da promulgação apenas algumas pequenas ressalvas.

Código da estrada

Placa utilizada para normalizar o trânsito.

Em muitos países, as regras da estrada são codificadas, discriminando os requisitos legais e as punições para quem quebrá-las.

  • No Brasil, as regras de trânsito são normatizadas por uma lei federal, o CTB - Código de Trânsito Brasileiro, Lei nº 9 503, de 23 de Setembro de 1997.
  • Em Portugal, as regras de trânsito estão definidas pelo Código da EstradaDecreto-Lei nº 44/2005 de 23 de Fevereiro
  • No Reino Unido, as regras são discriminadas no Highway Code, incluindo algumas obrigações, mas também uma série de outros conselhos sobre como dirigir sensatamente e com segurança. Para este segundo conjunto de recomendações, ele enuncia: embora a falha em adequar-se às outras regras do Código não se constitua, por si mesma, em motivo para que uma pessoa seja processada, o Código da Estrada pode ser usado como evidência nos procedimentos judiciais de qualquer corte sobre Leis de Tráfego, para estabelecer responsabilidades. Muitas de suas ex-colônias ainda mantém este aviso.
  • Nos Estados Unidos, as leis de tráfego são regulamentadas pelos estados e municipalidades através de seus respectivos códigos de trânsito. O Departamento de Transportes do governo federal tem algum controle sobre sinalização de vias e segurança veicular, e controle limitado sobre o sistema de rodovias interestaduais (o qual é realmente construído e mantido pelos estados). Todavia, todas as leis estaduais de trânsito e veículos têm elementos comuns. Estas incluem o requisito do seguro veicular obrigatório, regras de direito de passagem, a regra básica de velocidade (vá tão rápido quanto seja seguro nas circunstâncias, até o limite máximo de velocidade autorizado) e a exigência de parar após um acidente. A variação mais comum entre estados está no limite de velocidade máximo; por exemplo, estados rurais como Montana têm limites de velocidade tão altos quanto 75 milhas por hora (120 quilômetros por hora), enquanto o Oregon tem um limite máximo de velocidade de 65 milhas por hora (104 quilômetros por hora) e, no Havaí, este limite é de 60 milhas por hora (97 quilômetros por hora).

Limites de velocidade

Sinal para pedestres

Os limites de velocidades dependem de vários aspectos com respeito as condições das estradas e os principais são,

  • a visibilidade,
  • a aderência (piso asfáltico) e
  • compensação de inclinação nas curvas e são estabelecidos por especialistas em engenharia rodoviária que dependem da ancoragem do manto asfáltico para veículos anormalmente pesados, aos quais é comum reservarem um sub-limite como margem de segurança.

Quanto mais alta for a velocidade ou o peso de um veículo, mais comprometedora torna-se a frenagem. Em consequência, muitos países do mundo limitam a velocidade máxima permitida para evitar as colisões ou erosão (deslizamento da pista).

Para que os limites de velocidade sejam respeitados, nos Estados Unidos, é comum que a polícia patrulhe as ruas e use equipamentos especiais como o radar móvel, para medir a velocidade dos veículos. No Brasil e em alguns países europeus, existem dispositivos computadorizados que detectam automaticamente a velocidade dos veículos e batem uma fotografia da placa de identificação para posterior notificação.

Outro mecanismo interessante desenvolvido na Alemanha é a Grüne Welle, ou onda verde, que é um indicador que mostra a velocidade ideal para viajar encontrando apenas semáforos em verde. Isto encoraja os motoristas a viajar na velocidade sugerida. De Córdoba a Villa Carlos Paz, na Argentina, foi instalado o sistema de onda verde com sugestão de velocidade.

Assim como o lado da via, as regras de prioridade também diferem entre os países.

Prioridade

Trânsito pela direita em Portugal (Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, à hora de ponte vespertina): luzes vermelhas nas faixas efluentes, brancas nas afluentes.

Na maioria das cidades modernas, o semáforo constitui o principal sinalização do trânsito. Com a opção de regulagem do tempo de preferência, cada via pode ser ajustada para levar em conta fatores tais como diferenças no volume de tráfego, fato esse que, em si, já definiria a prioridade. Entretanto, existem exceções: em outros locais que não possuem esses recursos, são as trajetórias dos veículos que irão coincidir em deslocamentos que regularão a prioridade de um veículo sobre o outro.

Embora nas grandes cidades a prioridade seja sempre indicada pelos sinais de trânsito ou marcas rodoviárias, e cada cruzamento siga o conceito de via principal e via secundária (exceto aqueles controlados por semáforos), como é no Reino Unido e também na Europa continental e todo o resto do mundo, em muitos locais, na ausência de semáforos ou marcas viárias, a prioridade padrão é dar passagem para quem cruza pela direita. É a chamada priorité-à-droite francesa.

De modo geral, já existe uma regra que estabelece o direito de passagem ao veículo que se encontra à direita e o condutor que procede da esquerda deverá, por regra geral, ceder a passagem. Embora alguns lugares estabeleçam o contrário, essa regra é universal e consta no Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar.

Na França, até os anos 1980, a regra da priorité à droite (dar passagem pela direita) foi empregada na maioria das rotundas, na qual o tráfego dentro do girador dava passagem ao tráfego entrando no girador. Contudo, a regra geral atualmente aplicada é que quem está no girador tem a preferencial.

Avenida Prestes Maia, em São PauloBrasil, perto da hora do rush, já mostrando uma considerável densidade de tráfego.

A maioria dos giradores franceses têm, agora, sinais que dão a preferência ao tráfego dentro do girador, mas ainda restam algumas exceções notáveis que operam na regra antiga, tais como a Place de l'Étoile ao redor do Arco do Triunfo. O trânsito neste girador em particular é tão caótico que as companhias de seguro francesas julgam qualquer acidente ocorrido no girador como de mútua responsabilidade. A regra padrão de dar passagem pela direita usada na Europa Continental causa problemas para muitos motoristas britânicos e irlandeses que estão acostumados a tomar a direita da via, a menos que lhes seja dito especificamente para dar passagem.

Um padrão comum que define a "prioridade" é que as vias, geralmente a de menor tamanho, tenha uma marcação indicando que ela "cede a vez" para motoristas da outra via. Isto pode ser feito sob a forma de um sinal de "pare", linhas tracejadas pintadas no pavimento ou outros dispositivos. Motoristas que se aproximam vindos da estrada com o sinal de parada ou dispositivo equivalente, precisam parar antes da interseção e somente prosseguir quando ocorre uma interrupção no tráfego da outra via. Alguns países também incluem uma travessia de pedestres próximo ao sinal de parada e, neste caso, os motoristas que se aproximam devem também permitir que os peões cruzem a via antes de avançar. A este respeito, é prática comum em muitos países que os motoristas parem imediatamente quando um pedestre começa a atravessar a via na "faixa de pedestre".

Ultrapassagem

Ultrapassagem se refere à manobra de passar à frente de um veículo que se desloca na mesma direção, na mesma faixa de tráfego e em menor velocidade. Em vias de duas ou mais pistas, quando há linha divisória simples seccionada ou dupla seccionada à esquerda daquele que ultrapassa, o motorista pode ultrapassar quando for seguro. Em vias de múltiplas pistas de rolamento, na maioria das jurisdições, a passagem (não ultrapassagem) é permitida nas faixas mais 'lentas' (ver faixas abaixo).

No Brasil, existe um código informal utilizado pelos caminhoneiros, o qual regulamenta uma ultrapassagem segura através do piscar das setas. O acionamento do pisca para a esquerda sinaliza ao veículo que vem à retaguarda que a ultrapassagem não pode ser feita. Já o pisca para a direita indica, aos veículos que vem à retaguarda, que a ultrapassagem pode ser efetuada com segurança. Os motoristas contam também com trocas de sinais dos faróis para indicar algum perigo mais adiante como uma colisão ou outra situação que envolva algum perigo.

Faixas ou vias de trânsito

Avenida Torquato Tapajós, em Manaus, com oito faixas e tráfego pesado.

Quando uma rua é larga suficiente para acomodar vários veículos deslocando-se lado a lado, teoricamente é costumeiro que o trânsito seja organizado em faixas, isto é, corredores de tráfego paralelos cada um com sua velocidade. No entanto, na prática, essa teoria não funciona por vários motivos e situações diferentes.

Algumas vias possuem uma faixa para cada direção de deslocamento e outras possuem múltiplas faixas para cada direção, com marcas na pavimentação para indicar claramente os limites de cada faixa e a direção do deslocamento a ser utilizado. Em outros países, as faixas não têm nenhuma marcação e os motoristas as seguem mais por instinto do que por estímulo visual.

Em vias que possuem múltiplas faixas seguindo na mesma direção, os motoristas podem geralmente mudar de faixas da forma como lhes aprouver, mas devem fazê-lo de modo a não causar inconveniências aos outros motoristas, e respeitar a preferencial. O princípio básico aplicado é que quem vai mudar de faixa deve observar se outro veículo não está em processo de ultrapassagem, visto que quem faz conversões, ou mudança de faixa, não tem prioridade sobre o quem transita em linha reta.

Em Portugal, a expressão faixa de rodagem, corresponde ao todo, isto é, à porção da via de comunicação destinada à circulação de veículos (parte da via pública especialmente destinada ao trânsito de veículos[3]), enquanto que o termo via de trânsito corresponde às subdivisões que a faixa de rodagem pode ter (zona longitudinal da faixa de rodagem destinada à circulação de uma única fila de veículos[3]), apesar de incorretamente se designar muitas vezes na linguagem corrente as subdivisões de uma faixa de rodagem por faixas de rodagem, ou seja, atribuindo, à parte, a designação do todo.

Designação e ultrapassagem

A identificação habitual para as divisões das autoestradas divididas em faixas, é que a mais lenta seja aquela mais próxima à margem da via, e por conseguinte a mais veloz seja, sucessivamente, a faixa imediatamente vizinha.

Ao dirigir pela esquerda (mão inglesa):

  • A faixa destinada ao tráfego mais rápido fica à direita
  • A faixa destinada ao tráfego mais lento fica à esquerda
  • A maioria das saídas das autoestradas fica à esquerda
  • ultrapassagem é permitida à direita, e a passagem, algumas vezes, à esquerda.

Ao dirigir pela direita:

  • A faixa destinada ao tráfego mais lenta fica à direita
  • A faixa destinada ao tráfego mais rápida fica à esquerda
  • A maioria das saídas das autoestradas fica à direita.
  • A ultrapassagem é permitida à esquerda, e a passagem, sem mudança de faixa, poderá ser permitida à direita desde que em velocidade incompatíveis.

Nos Estados Unidos, a faixa interior representa a faixa mais rápida, mas, no Reino Unido, significa a faixa mais lenta.

Geralmente, se espera que os motoristas se mantenham na faixa mais lenta, exceto quando ultrapassando; todavia, quando o tráfego se torna mais intenso, todas as faixas são utilizadas. Muitas áreas nos Estados Unidos não têm quaisquer leis sobre permanecer nas faixas mais lentas exceto quando em ultrapassagem. Nestas áreas, diferentemente de muitas partes na Europa, é permitido ao tráfego ultrapassar por qualquer lado, mesmo numa faixa lenta. Esta prática é conhecida nos Estados Unidos como passar pela direita, onde é comum, e ultrapassar por dentro e undertaking (infrapassagem) no Reino Unido.

Vias expressas e vias de trânsito rápido

Em grandes metrópoles, mover-se de uma parte a outra da cidade através de ruas e avenidas comuns pode demandar tempo considerável, visto que a velocidade do tráfego é frequentemente reduzida por passagens de nível, áreas de manobra exíguas, pistas estreitas e falta de um limite de velocidade mínimo. Por isso, tem se tornado prática comum em grandes cidades a construção de vias expressas ou vias de trânsito rápido, as quais são vias com acesso limitado e que se estendem por grandes distâncias sem quaisquer entroncamentos.

As expressões "via expressa" e "via de trânsito rápido" têm significados variados em diferentes jurisdições; todavia, existem dois tipos diferentes de vias usadas para prover acesso de alta velocidade através de áreas urbanas:

  • via de trânsito rápido é uma estrada de rodagem divididas em múltiplas pistas com acesso totalmente controlado e sem interseções em nível (ou seja, sem pontos de parada). Algumas vias de trânsito rápido são denominadas vias expressas, superautoestradas ou estradas pedagiadas, dependendo do costume local. O acesso às vias de trânsito rápido é totalmente controlado; a entrada e a saída da via somente é permitida em alguns pontos específicos.
  • via expressa é geralmente uma grande avenida multipistas (como a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro), com algumas passagens de nível (embora usualmente apenas nos locais onde há interseção com outras vias expressas ou arteriais).

Manobras

Congestionamento veicular causado por um protesto, em Bangkok.

Frequentemente, é necessário que um veículo deixe de trafegar numa linha reta e adentre uma outra via. As luzes indicadoras de direção (pisca-piscas no Brasil) são utilizadas com frequência como forma de indicar, aos demais motoristas, que o veículo irá mudar de direção; pisca-pisca somente à esquerda indica que a manobra irá ser executada para a esquerda, e pisca-pisca somente à direita indica que a manobra irá ser executada para a direita.

A mudança de curso geralmente significa que o veículo que pretende mudar de direção terá de reduzir a velocidade ou mesmo parar antes de efetuar a manobra, e isto pode trazer incômodos para veículos que venham atrás e que não desejem realizar idêntica manobra. É por este motivo que pistas dedicadas e sinais de trânsito específicos são por vezes utilizados no intuito de melhorar o fluxo de tráfego. Em interseções congestionadas, onde uma pista protegida seria ineficaz ou não poderia ser construída, virar a esquerda ou direita pode ser inteiramente proibido, e exige-se que os motoristas contornem o quarteirão para realizar a manobra desejada.

Em vias de múltiplas faixas, espera-se que os condutores que desejem mudar de direção movam-se para a faixa mais próxima da direção para a qual desejam manobrar. Por exemplo, o tráfego que pretenda virar à direita deverá mover-se para a faixa mais à direita antes do próximo cruzamento. Da mesma forma, o tráfego que pretenda seguir para a esquerda, deverá mover-se para a faixa mais à esquerda. Essa regra não deve ser observada em rodovias, onde deve haver deslocamento para o acostamento obrigatoriamente. Onde não houver acostamento, a manobra deve ser executada mais a frente, e isso ainda onde for permitido, pois em vias de faixas múltiplas essa manobra de conversão obrigatoriamente deve ser executada em viadutos ou locais apropriados.

Em certas partes do mundo, o tráfego irá se adaptar a padrões informais que surgem naturalmente, em vez de impostos pela força de lei; no Brasil, por exemplo, é comum que os motoristas observem (e confiem) nos sinais de mudança de direção feitos por outros motoristas antes de dobrar à esquerda ou à direita.

Em muitos locais do mundo, também apenas se pode andar na pista esquerda se não houver trânsito.

Ruas de mão única

Em sistemas mais sofisticados, tais como os de grandes cidades, este conceito é levado mais além: algumas ruas são marcadas como de "mão única" e, nestas ruas, todo o tráfego deve fluir em somente uma direção. Um motorista que deseja chegar a um local que já tenha ultrapassado, deve usar outras ruas para poder retornar. O uso de ruas de mão única, a despeito dos inconvenientes que possa trazer para alguns indivíduos, pode melhorar consideravelmente o fluxo de tráfego, visto que geralmente permite que o tráfego se mova mais rápido e simplifique as interseções.

Travessia de pedestres

Travessia de pedestres com semáforo em Mong Kok, em Hong Kong.

O aspecto real das faixas de segurança varia consideravelmente, mas as duas aparências mais comuns são: (1) uma série de faixas brancas paralelas ou (2) duas longas linhas brancas horizontais. A primeira é geralmente a preferida, visto que sobressai mais conspicuamente contra o calçamento escuro.

Algumas faixas de segurança também são acompanhadas de um semáforo, o qual faz com que os veículos parem em intervalos regulares para que os pedestres possam passar. Alguns países utilizam sinais de pedestres "inteligentes", onde os pedestres devem apertar um botão para registrar sua intenção de atravessar a via. O sinal de trânsito utilizará a informação para se autoprogramar, ou seja, quando nenhum pedestre estiver presente, o sinal não irá parar o tráfego desnecessariamente.

Travessias de pedestres sem sinais de trânsito também são comuns.[4] Neste caso, a lei de trânsito geralmente determina que o pedestre tem o direito de passagem ao atravessar, e que os veículos devem parar quando um pedestre atravessa a via na faixa própria. O quanto isto é respeitado varia muito de acordo com o país e a cultura de trânsito local.

Onde não houver faixa de pedestre, esses devem se deslocar para os cruzamentos, onde os veículos têm a obrigação de reduzir a velocidade e, ainda que não haja a faixa de pedestre, é o local mais apropriado para travessias de pedestre, que devem proceder deslocamentos em ângulos aproximadamente retos, perfazendo a menor distância de travessia.

Trânsito não controlado

Também chamado de trânsito livre, ocorre na ausência ou insuficiência das marcas viárias e semáforos. Geralmente esse tipo de trânsito ainda hoje é encontrado em estradas mal pavimentadas ou em regiões sem estradas, como grandes áreas de estacionamento, postos de gasolina, nos desertos e estradas lamacentas, que tornam, impraticável, a padronização pretendida em código e adotada pelos técnicos de trânsito, a qual é dependente das facilidades do meio urbano.

Nesse caso, se a estrada for larga, os motoristas tendem naturalmente a manter o veículo no lado apropriado ditado pela posição do volante, se a via é estreita só o fazem no momento da aproximação. Em áreas abertas, como nos desertos, podem, os motoristas, ultrapassarem uns aos outros livremente desde que sejam respeitados os critérios mínimos de preferência, que são os mesmos aplicados nas leis marítimas.

Em algumas situações (como na confluência de centros comerciais), a via determinada (preferencial) nos cruzamentos é a mais movimentada. Nesse caso, a via dominante flui normalmente até que ocorra uma interrupção desse fluxo, momento no qual automaticamente se inverte a dominância, e a outra via onde os veículos aguardavam em fila flui. No cruzamento de vias perpendiculares (que se cruzam), um engarrafamento de trânsito só ocorre se não for respeitada a preferencial prevista nas leis de trânsito (tanto marítimas como terrestres).

Preempção de trânsito

Acidente automobilístico envolvendo pedestre em Goiás. Em casos como esse, uma passarela de pedestres seria a solução para evitar acidentes.

Em alguns países desenvolvidos, é parte integrante das estradas equipamentos especiais que permitem que os veículos de resgate do serviços de emergência possuam uma faixa seletiva e, em alguns casos, a prioridade de circulação, alterando, para verde, todos os semáforos ao longo do caminho. A tecnologia por trás destes métodos evoluiu de painéis na sede do Corpo de Bombeiros (que permitiam ligar e controlar os sinais verdes em determinados corredores de circulação prioritários) para sistemas ópticos (que podem ser comandados diretamente dos equipamentos individuais de combate ao fogo)[carece de fontes].

Sistemas de transporte inteligentes

Os Sistemas de Transporte Inteligentes (ITS, na sigla em inglês) constituem-se num conjunto de hardwaresoftware e operadores que permitem um melhor monitoramento e controle de tráfego a fim de optimizar o fluxo de veículos.[5] Como a quilometragem rodada pelos veículos continua a aumentar dramaticamente ano após ano, e a quilometragem de vias construídas não cresce no mesmo passo, isto tem levado ao incremento dos congestionamentos de trânsito. Como uma solução efetiva rumo à optimização do tráfego, o ITS apresenta uma série de tecnologias para reduzir os congestionamentos pelo monitoramento do fluxo de tráfego através do uso de sensores e câmeras remotas, e em consequência redirecionar o tráfego via VMS (Variable Message Boards ou quadros de mensagens variáveis), rádio HAR (Highway Advisory Radio) e outros sistemas. Em acréscimo, a rede de autoestradas (particularmente naquelas com pedágio) têm sido crescentemente equipadas com infraestrutura adicional de comunicações e controle para permitir que o pessoal de controle de tráfego monitore condições meteorológicas e tenha condições de enviar equipes de socorro antes que a situação na via se deteriore por conta das más condições do tempo.

No Brasil, na década de 1960, a Rede Ferroviária Federal manteve, por alguns anos, um sistema ferroviário muito seguro de transporte de veículos na rota Rio de Janeiro-São Paulo. Tratava-se de vagões abertos que serviam de plataforma para o transporte de dois ou mais caminhões carregados. Uma só locomotiva era suficiente para puxar 100 vagões, o que permitia cobrir os 300 quilômetros sem desgaste físico do motorista e ajudante. Atualmente, o avanço dessas tecnologias já se sente nos trens de alta velocidade na França, onde a tendência é transformar os motorneiros numa espécie de "ascensoristas de elevador", tirando-lhes todos os comandos, como já acontece também com o sistema metropolitano de trens subterrâneos.

Ver também

Referências

  1.  Free Webs. «O que é Trânsito?». Consultado em 4 de fevereiro de 2012
  2.  Turminha do MPF. «As leis de Trânsito». Consultado em 4 de fevereiro de 2012
  3. ↑ Ir para:a b http://www.segurancarodoviaria.pt/codigo/show/3
  4.  Criança Segura. «Normas de pedestre». Consultado em 4 de fevereiro de 2012
  5.  Sistema Redes. «NTU». Consultado em 4 de fevereiro de 2012

Cortesia ao Volante


O termo cortesia, no âmbito do comportamento humano, refere-se a qualidade de uma pessoa que é cortês. Pode significar uma maneira delicada e civilizada de agir, cumprimentar ou mesmo um gesto de doação ou favor para outra pessoa. Cortesia também pode ser dar prioridade à maneira de expressão, ação e gestos de outrem e esperar momento oportuno para expor e defender suas convicções, concordando ou discordando gentilmente. A expressão popular "fazer cortesia com chapéu alheio" é utilizada pejorativamente quando se consegue admiração de um ato às custas de outrem ( respeito).


DIA MUNDIAL DA HIGIENE DAS MÃOS - 5 DE MAIO DE 2021

 


Higiene

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lavar as mãos, um dos hábitos higiênicos.

Higiene é o conjunto de conhecimentos e técnicas que visam a promover a saúde e evitar as doenças.[1] Entre as doenças que a higiene procura evitar, estão as doenças infecciosas, contra as quais ela se utiliza da desinfecçãoesterilização e outros métodos de limpeza.

Etimologia

O termo "higiene" se originou do termo francês hygiène, que, por sua vez, se originou do termo grego υγιεινή [τέχνη] (hygieiné [téchne]), que se originou do também grego hygieinós,[1] ou "o que é saudável". Hygieinós se originou do termo grego ὑγιής (hugiēs), "são, saudável". Este último termo também deu origem ao nome da deusa grega da saúde, limpeza e sanitariedade, Hígia.

Descrição

Consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para os seres humanos. Sanitização advém de sanidade, que, em amplo sentido, significa ordem perfeita de funcionamento. A higiene compreende hábitos que visam a preservar o estado original do ser, que é o bem-estar e a saúde perfeita.

Às técnicas de manutenção e preservação do bem-estar, saúde perfeita e harmonia funcional do organismo, dá-se o nome de hábitos sanitizantes ou hábitos higiênicos.

Muitas das doenças infectocontagiosas existentes são encontradas em locais com baixos padrões de higiene. Elas são contidas pela implementação de padrões de higiene, através da conscientização da população e instrução de novas metodologias que ensinam como a sociedade deve comportar-se em relação à sua higiene. Há quatro tipos de higiene: a pessoal, a coletiva, a mental e a ambiental

Tipos

Individual

É um conjunto de hábitos de higiene e asseio com que cuidamos da nossa saúde,que viram normas de vida em carácter individual, como:

  • Banho - Tomar banho frequentemente. Existem várias opiniões e estudos sobre a frequência ideal, não havendo uma regra única. A necessidade de tomar banho depende da atividade física e do clima. Segundo os dermatologistas, Zeichner e Ranella Hirsch, "tomar banho demasiadas vezes pode ser prejudicial para a saúde, pois seca e irrita a pele, elimina as bactérias boas e cria pequenas fissuras na epiderme que nos colocam sob maior risco de infeção."[2] Nesse sentido, os dois médicos defendem que os pais não devem dar banho aos filhos todos os dias, visto que a exposição à sujidade em idades mais jovens torna a pele mais forte, prevenindo futuras alergias, inflações e eczemas. .
  • Assepsia - O uso de desodorante é bastante útil, especialmente no verão. No entanto devem ser evitados os que inibem a produção de suor. Segundo vários estudo a utilização de desodorizante pode ser negativa para a saúde, e cita-se o INCA - "Em janeiro de 2004 foi publicado na revista Journal of Applied Toxicology um artigo assinado por pesquisadores da University of Reading, na Grã-Bretanha (GB), demonstrando a presença de altas concentrações de parabenos em tecidos retirados de tumores mamários de mulheres que usavam este tipo" de produtos[3].
  • Lavar as mãos - sempre que necessário, especialmente antes das refeições, antes do contato com os alimentos e depois de utilizar a casa de banho.
  • Higiene oral - Os dentes e a boca devem ser escovados depois da ingestão de alimentos, usando um creme dental com flúor. Uma higiene inadequada dos dentes dá origem à cárie dentária.
  • Água potável - Beber água tratada, mineral ou filtrada.
  • Fazer uma alimentação equilibrada, com alimentos mais naturais.

Coletiva

É o conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade de forma a direcioná-las a um conceito geral de higiene. A higiene coletiva é também um conjunto de normas para evitar nossas doenças e de outras pessoas também, para preservar a vida de todos. Crianças de três a quatro anos de idade tem a capacidade de assimilar e repassar o conhecimento, hábitos saudáveis por meio de ações educativas podem ser absorvidas desde a infância.

Mental

Dá-se o nome de "higiene mental" à qualquer prática que visa a prevenir doenças mentais.[1] Segundo a teoria psicanalítica, um exemplo de higiene mental é a verbalização: ela evitaria conflitos sociais e doenças psicossomáticas.

Ambiental

Higiene ambiental é um conceito relacionado com a preservação das condições sanitárias do meio ambiente de forma a impedir que este prejudique a saúde do ser humano. Inclui, por exemplo, cuidar do lixo, varrer a casa, lavar os alimentos antes de comer etc. (A higiene ambiental precária pode desencadear doenças respiratórias e alérgicas. Para reduzir a manifestação dessas doenças, uma casa que contenha pessoas alérgicas deve estar sempre limpa, livre da poeira, ácaros e fungos. Manter longe de si os bichos de pelúcia, os tapetes e cortinas pode ajudar, assim como manter o lar bem conservado, com paredes bem pintadas, sem infiltrações ou mofo.)

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 895.
  2.  «Com que regularidade devemos, afinal, tomar banho?»SAPO Lifestyle
  3.  «Utilização de antitranspirantes e o câncer de mama»

Ligações externas

ALMEIDA FARIA - ESCRITOR - NASCEU EM 1943 - 5 DE MAIO DE 2021

 


Almeida Faria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Almeida Faria
Almeida Faria aos 19 anos de idade.
Nome completoBenigno José Mira de Almeida Faria
Nascimento6 de maio de 1943 (77 anos)
Montemor-o-NovoPortugal Portugal
PrémiosPrémio de Revelação "Romance do Ano" (1962)

Prémio Aquilino Ribeiro (1979)
Prémio D. Dinis (1980)
Prémio Revelação de Ficção APE/IPLB (1982)
Medalha de Mérito Cultural (1998)
Prémio Vergílio Ferreira (2000)

Género literárioRomanceconto
Magnum opusRumor Branco

Benigno José Mira de Almeida Faria, conhecido como Almeida Faria (Montemor-o-Novo6 de Maio de 1943) é um escritor português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Montemor-o-Novo.

Carreira

Frequentou as Faculdades de Direito e de Letras da Universidade de Lisboa, sendo licenciado em Filosofia.

Viveu como escritor residente (1968-1969) nos Estados Unidos (International Writing ProgramIowa City) e em Berlim, onde fez parte do Berliner Künstlerprogramm no qual participaram, entre outros, Witold GombrowiczMichel ButorMichel FoucaultPeter Handke e Mario Vargas Llosa

Tem colaborado em diversas publicações colectivas, nomeadamente em revistas alemãs, brasileiras, francesas, holandesas, italianas, suecas e norte-americanas. O seu nome encontra-se na lista de colaboradores da publicação académica Quadrante [1] (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. Os seus romances foram objecto de várias teses universitárias na ItáliaHolandaBrasilFrança e, mais recentemente, também em Portugal.

Foi professor convidado da Universidade Nova de Lisboa.

Obra

Romance

Narrativa de Viagem

  • O Murmúrio do Mundo. Lisboa, Tinta-da-China, (2012)

Teatro

  • A Reviravolta. Lisboa, Caminho, 1999
  • Vozes da Paixão. Lisboa, Caminho, (1998)[3]

Contos

  • Os Passeios do Sonhador Solitário (1982)
  • Vanitas: 51 Avenue D'Iéna (1996)

Ensaio

  • Do Poeta-Pintor ao Pintor-Poeta (1988)

Traduções

Traduções das suas obras

  • Os seus livros estão traduzidos em várias línguas.

Prémios

Notas

  1.  Ana Cabrera. «Ficha histórica:Quadrante – a revolta de uma elite perante a crise da universidade» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de março de 2015
  2.  Com ilustrações de Mário Botas.
  3.  Adaptação ao teatro, em verso livre, de A Paixão. A peça foi estreada, em 1998, em Lisboa no Centro Cultural de Belém.
  4.  Cf. a página da Fundação da Casa de Mateus Arquivado em 13 de abril de 2012, no Wayback Machine. (consultado em 4 de Fevereiro de 2010)
  5.  Ver o regulamento do prémio Arquivado em 12 de janeiro de 2010, no Wayback Machine. e a notícia da atribuição em 2010 Arquivado em 8 de julho de 2011, no Wayback Machine.

Ligações externas


    SÃO MÁXIMO DE JERUSALÉM - 5 DE MAIO DE 2021

     

    Máximo III de Jerusalém

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    (Redirecionado de São Máximo de Jerusalém)
    Disambig grey.svg Nota: Para outros santos santos de mesmo nome, veja São Máximo.
    São Máximo de Jerusalém
    Bispo de JerusalémConfessor
    Nascimento? em ?
    Mortec. 348 d.C. em ?
    Veneração porIgreja Católica
    Festa litúrgica5 de maio (ocidente)
    9 de maio (oriente)
    Gloriole.svg Portal dos Santos

    Máximo III de Jerusalém foi um santo e bispo de Jerusalém entre aproximadamente 333 d.C. até a sua morte, em 348 d.C. Ele foi o terceiro bispo da cidade com este nome, os anteriores sendo personagens muito mais obscuros, com episcopados no século II.[1]

    Vida e obras

    Durante uma das perseguições em seu tempo, ele foi torturado e, por isso, se tornou confessor,[2] emboras as fontes modernas não concordem sobre se isto aconteceu durante o imperador romano Galério Maximiano ou durante o reinado dos co-imperadores Diocleciano e Maximiano. Ele era um padre em Jerusalém e, diz Sozomeno,[3] era tão popular entre o povo por conta de seu bom caráter e por ser um confessor que quando São Macário tentou apontá-lo como bispo de Lida (também conhecida como Dióspolis), a população insistiu para que le ficasse em Jerusalém. Com a morte de Macário, Máximo se tornou bispo da cidade e estava presente, em 335, no Primeiro Sínodo de Tiro, subscrevendo ali a condenação de Atanásio de Alexandria (ele alega ter sido enganado, segundo Sócrates Escolástico[4]).

    Com o retorno de Atanásio do exílio, por volta de 346 d.C., Máximo convocou um sínodo local em Jerusalém, reunindo dezesseis bispos palestinos que então receberam de volta o bispo exilado. Sócrates Escolástico[5] relata que Máximo "restaurou a comunhão e o estatuto" a Atanásio, com este recebendo o apoio que precisava contra os arianos e Máximo avançando o plano dos bispos de Jerusalém de fazer com que sua  fosse igual em status com a sé metropolitana de Cesareia Marítima (a qual era subordinada), algo que viria a acontecer em 451 d.C., no Concílio de Calcedônia.[1][6][7][8][9] Sozomeno transcreve a epístola que o concílio enviou em apoio a Atanásio.[10]

    O sucessor de Máximo na sé de Jerusalém foi também um santo, São Cirilo, embora não seja claro o processo. Sozomeno[11] e Sócrates[12] dizem que Máximo foi deposto em favor de Cirilo por Acácio de Cesareia e Patrófilo de Citópolise morte, e que Acácio e Cirilo o depuseram em favor deste.[13] Seja como for a sucessão, Cirilo e Acácio se tornariam amargos inimigos durante os próximos anos, discordando tanto na controvérsia ariana quanto nos termos de precedência de cada uma de suas sés.[1][14][15]

    Igreja Católica comemora a sua festa em 5 de maio,[16] enquanto que a Igreja Ortodoxa o faz em 9 de maio[17]

    Referências

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