segunda-feira, 26 de abril de 2021

BELMONTE - FERIADO - 26 DE ABRIL DE 2021



Belmonte (Portugal)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Belmonte
Município de Portugal
Villa de Belmonte.jpg
Vista sobre a vila de Belmonte
Brasão de BelmonteBandeira de Belmonte
Localização de Belmonte
GentílicoBelmontense
Área118,76 km²
População6 859 hab. (2011[1])
Densidade populacional57,8  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
António Pinto Dias Rocha (Independente)
Fundação do município
(ou foral)
1211
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoCastelo Branco
ProvínciaBeira Baixa
OragoSão Tiago e Nossa Senhora da Esperança
Feriado municipal26 de Abril

(Primeira missa no Brasil)

Código postal6250
Sítio oficialhttp://www.cm-belmonte.pt/

Belmonte é uma vila portuguesa do distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixaregião do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela, com cerca de 3 500 habitantes.

É sede do município de Belmonte com 118,76 km² de área e 6 859 habitantes (2011),[1] subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Guarda, a leste pelo Sabugal, a sudoeste pelo Fundão e a oeste pela Covilhã.

População

Número de habitantes [2]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
4 7435 2395 6946 5737 2617 3628 1909 5729 8489 1096 5226 7657 4117 5926 859

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [3]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos2 2742 7312 6202 8593 2162 9112 5431 4751 2001 2591 106808
15-24 Anos1 2051 2431 4131 5611 6581 7541 5258201 094965925677
25-64 Anos2 8332 9593 0023 4474 0584 3204 2703 1753 1913 7193 7603 536
= ou > 65 Anos2673333464606037217719801 2801 4681 8011 838
> Id. desconh374428

(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Freguesias

Freguesias do município de Belmonte

O município de Belmonte é constituído por 4 freguesias:

Aldeias Anexas

  • Belmonte Gare (Belmonte)
  • Carvalhal Formoso (Ínguias)
  • Gaia (Belmonte)
  • Malpique (Caria)
  • Monte do Bispo (Caria)
  • Olas (Ínguias)
  • Quinta Cimeira (Maçainhas)
  • Quinta do Meio (Belmonte)
  • Trigais (Ínguias)

Educação

  • Jardim de Infância de Caria
  • Jardim de Infância do Colmeal da Torre[4]
  • Escola Básica do 1º ciclo de S. Marcos (Caria)
  • Escola Básica do 1º ciclo do Colmeal da Torre
  • Centro Educativo de Belmonte (Ensino de 1º ciclo, e com Salas de Apoio em Maçainhas e Carvalhal Formoso)
  • Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral

História

A história da vila remonta ao século XII, quando o concelho municipal recebeu foral de D. Sancho I em 1211.

Belmonte e a vizinha Covilhã, apesar de situados no interior de Portugal estão conotados como poucas regiões portuguesas com os Descobrimentos marítimos Portugueses. Entre as curiosidades que permeiam a história da vila está o facto de que o descobridor do Brasil no século XV, o navegador Pedro Álvares Cabral, ter nascido em Belmonte.

Belmonte é um concelho quase tão antigo como a Nacionalidade. A vila de Belmonte teve foral em 1199 e está situada no panorâmico Monte da Esperança (antigos Montes Crestados), em cujo morro mais rochoso foi construído nos finais do séc. XII o seu castelo que juntamente com os castelos de Sortelha e Vila de Touro, formaram até à assinatura do Tratado de Alcanices (1297), a linha defensiva do Alto Côa, apoiada na retaguarda pela muralha natural da Serra da Estrela e pelo Vale do Zêzere. Por ser tempo de guerras contra leoneses e castelhanos, o castelo de Belmonte foi sendo melhorado nos reinados de D. Afonso III, D. Dinis e D. João I. A bravura e a lealdade da família dos Cabrais, foi sempre lendária e temida, sobretudo a do seu primeiro Alcaide-mor – Fernão Cabral, que uma vez nomeado a título definitivo e hereditário, em 1466 por D. Afonso V, transformará o castelo numa Residência Senhorial Fortificada, onde seu filho Pedro Álvares Cabral viverá os seus primeiros anos de vida. No séc. XIII atesta-se a existência de uma já próspera comunidade Judaica, responsável pela existência de uma sinagoga de que resta uma inscrição datada de 1296, que provavelmente viveria numa judiaria localizada no atual bairro de Marrocos. Em consequência da expulsão dos judeus de Espanha em 1492, pelos Reis Católicos é provável que esta comunidade tenha aumentado, até que em 1496, D. Manuel I decreta a conversão forçada ao catolicismo, seguindo-se uma série de perseguições e a criação de uma comunidade cripto-judaica que sobreviveu ao longo dos séculos, mantendo os seus rituais e tradições. É ainda o mesmo monarca que em 1510 renova o foral de Belmonte. Em 1989 foi oficialmente criada a comunidade judaica de Belmonte, cuja sinagoga foi inaugurada em 1997, atualmente é uma das poucas comunidades com Rabi.[5]

O Homem ocupou estas terras desde a Pré-história como atestam os vestígios megalíticos com cerca de 6 mil anos nas freguesias de Inguias e de Caria. Igualmente importantes são os sinais da proto-história, que assumem novos conceitos e estratégias de ocupação do território. Nesta época privilegiam-se os cumes dos relevos montanhosos como forma de domínio territorial e de ostentação social. É o exemplo do castro da Chandeirinha, na Serra da Senhora da Esperança. Verdadeiramente marcante neste município foi a presença romana. Efetivamente, os romanos atraídos pela riqueza mineira e agrícola desta região, depressa se aperceberam da importância estratégica e económica deste território atravessando-o com vias. Surgem, assim as villae da Quinta da Fórnea na freguesia de Belmonte e de Centum Cellae, na freguesia de Colmeal da Torre. Com a sua imponente torre é um dos mais monumentais sítios da época romana de Portugal e tem sido alvo de várias interpretações históricas e arqueológicas.

Em 1199, D. Sancho I e o Bispo de Coimbra outorgaram Carta de Foral a Belmonte com o intuito de “povoar e restaurar”, assegurando, desta forma, o controlo político da região pela coroa portuguesa.

Em 1258, D. Afonso III concedeu ao bispo de Coimbra, D. Egas Tafes, autorização para a construção da torre de menagem e do castelo nas terras deste concelho. No séc. XIII, Belmonte é já uma vila bastante povoada por cristãos e judeus, justificando a existência de duas igrejas (S. Tiago e Sta Maria) e uma sinagoga. A administração militar (alcaidaria) de Belmonte foi entregue por este rei a Aires Pires Cabral, da família senhorial dos Cabrais.

Na sequência das Guerras Fernandinas e da Crise de 1383/85, atendendo a que “o seu castello de bellmonte he muy despouado por rezam desta guerra”, D. João I concederia Belmonte, por Carta de Couto ao Bispo de Coimbra e, em 1397, à família de Álvaro Gil Cabral, nomeando alcaide do castelo Luís Álvares Cabral, que herdara em Belmonte o morgadio instituído por sua tia Maria Gil Cabral. Em 1466 a família Cabral fixa-se definitivamente em Belmonte, aquando da doação a título hereditário da Alcaidaria-mor do Castelo a Fernão Cabral, recebendo também doação régia de todas as rendas, foros e direitos da vila de Belmonte, de «juro e herdade».

Em 1 de Junho de 1510 Belmonte recebeu nova Carta de Foral no âmbito da Leitura Nova (1496-1520).

Em 1527, Belmonte tinha a segunda maior densidade populacional na comarca de Castelo Branco, e era uma comunidade rural dependente da pecuária e da agricultura e com algum comércio praticado maioritariamente por Judeus.

Apesar disso os Cabrais continuariam a afirmar-se como elite política: entre 1549 e 1550, a culminar uma carreira por altos cargos de nomeação régia, D. Jorge Cabral tornar-se-ia 15.° governador da Índia.[6]

Comunidade judaica

A comunidade de Belmonte abriga um importante facto da história judaica sefardita, relacionado com a resistência dos judeus à intolerância religiosa na Península Ibérica.

No século XVI, aquando da expulsão dos judeus da Península Ibérica, e da reconquista das terras espanholas e portuguesas pelos Reis católicos e por D. Manuel, foi instaurada uma lei que obrigava os judeus portugueses converterem-se ou a deixarem o país.

Muitos deles acabaram abandonando Portugal, por medo de represálias da Inquisição. Outros converteram-se ao cristianismo em termos oficiais, mantendo o seu culto e tradições culturais no âmbito familiar.

Um terceiro grupo de judeus, porém, tomou uma medida mais extrema. Vários decidiram isolar-se do mundo exterior, cortando o contacto com o resto do país e seguindo suas tradições à risca. Tais pessoas foram chamadas de Marranos, uma alusão à proibição ritual de comer carne de porco. Durante séculos os Marranos de Belmonte mantiveram as suas tradições judaicas quase intactas, tornando-se um caso excecional de comunidade criptojudaica. Somente nos anos 70 a comunidade estabeleceu contacto com os judeus de Israel e oficializou o judaísmo como sua religião.

Em 2005 foi inaugurado na cidade o Museu Judaico de Belmonte, o primeiro do género em Portugal, que mostra as tradições e o dia-a-dia dessa comunidade.

Política

Eleições autárquicas

Data%V%V%V%V%V%V
PSAPU/CDUPPD/PSDADPRDIND
197647,49316,10115,831
197924,41134,112AD37,582
198222,10132,06239,072
198518,8313,83-29,21243,062
198937,8523,50-33,66217,901
199322,95118,11150,833
199729,86212,62-50,903
200149,4735,68-38,282
200552,5434,17-38,172
200949,6936,67-30,452
201356,9747,44-26,381
201756,6936,40-31,242

Eleições legislativas

Data%
PSCDSPSDPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNBEPANPàFLCHIL
197644,9316,7714,486,921,18
197936,14ADADAPU1,3438,6614,14
1980FRS1,0340,1712,8636,07
198344,1312,5222,530,4711,68
198525,398,8425,210,889,9220,88
198726,523,8246,85CDU0,656,316,83
199134,353,5350,984,230,852,39
199559,416,3627,310,473,21
199957,216,0726,885,060,82
200248,336,5636,643,741,02
200563,783,3020,754,233,68
200944,026,6025,456,579,75
201137,428,1133,206,515,230,70
201543,44PàFPàF7,9011,050,4227,321,49
201946,522,9519,436,3411,432,440,851,560,34

Desporto

Ao nível do futebol no município existe a União Desportiva de Belmonte, que participa no Campeonato Distrital de Castelo Branco. desde as categorias de formação até aos seniores[7], o clube possui várias valências desportivas, entre elas, a Academia de Golfe da Quinta da Bica.[8]

Na modalidade de futsal existe a União Desportiva Cariense, da freguesia de Caria, que se dedica ás camadas de formação e tem também uma equipa sénior na II.ª Divisão Nacional de Futsal[9], existe ainda o Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Carvalhal Formoso, da aldeia de Carvalhal Formoso, freguesia de ínguias, que tem uma equipa sénior no campeonato distrital.

Património

Nossa Senhora da Esperança na Igreja Matriz de Belmonte
  • Castelo de Belmonte
  • Torre de Centum Cellas
  • Igreja de Santiago
  • Igreja da Sagrada Família - Igreja Matriz (destaque para o altar em talha dourada onde se encontra a venerada Imagem de Nossa Senhora da Esperança, que acompanhou Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500)
  • Capela do Calvário
  • Capela de Santo António
  • Sinagoga
  • Praça do Pelourinho
  • Rua Direita e Judiaria
  • Capela de Santo Antão (na estrada de acesso à Pousada Convento de Belmonte)
  • Fórnea - complexo romano
  • Coreto do Jardim Municipal
  • Parque Natural do Machorro

Cultura

Gastronomia

Em Belmonte destacam-se os licores e compotas, arroz doce, papas de carolo, cabrito na telha, farófias, filhoses, cavacas, biscoitos de azeite, sopas da água do feijão e, com maior destaque, o vinho.

Naturais ilustres

Postscript-viewer-blue.svgVer também a categoria: Naturais de Belmonte (Portugal)

Geminações

O município de Belmonte é geminado com as seguintes cidades:[10][11]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Instituto Nacional de Estatística». INE.pt. 2011
  2.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  3.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  4.  ↑ http://www.ae-pedroalvarescabral.net/index.php/escolas
  5.  «História de Belmonte»
  6.  «Bem Vindos»
  7.  «UD Belmonte na frente do campeonato frente». 06 de outubro de 2014. Consultado em 26 de junho de 2017
  8.  «Academia de Golfe da Quinta da Bica». iGo iGo. Consultado em 26 de junho de 2017
  9.  Nelson Fernandes (8 de outubro de 2016). «UD Cariense goleou na estreia a vencer». Rádio Caria. Consultado em 12 de fevereiro de 2017
  10.  «Geminações de Cidades e Vilas - Belmonte»www.anmp.pt. Consultado em 26 de junho de 2017
  11.  «Geminações de Belmonte». Município

DIA DA PRODUÇÃO NACIONAL, - 26 DE ABRIL DE 2021

 


Produção

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Produção (desambiguação).
Sector de Produção da Natex em Xapuri

Em economia e automação industrialprodução é um processo que consiste na combinação dos fatores de produção com a finalidade de satisfazer necessidades humanas, em termos de bens ou serviços.[1]

Noções gerais

Produção consiste do ponto de vista técnico transformar um bem, ou seja, compreende uma série de operações físicas que modificam certas características de um determinado objeto. Porém, a noção económica de produção, implica a utilidade dos bens produzidos. Assim, do ponto de vista económico, constituirá uma ação de produção toda aquela que torne um objeto útil e portanto faça aumentar a sua utilidade[2] ou ainda é a criação de bens e serviços para suprimir as necessidades do ser humano.[3]

Os produtos

Os produtos são assim os vários bens e serviços úteis que resultam do processo de produção e que ou são consumidos, ou são utilizados num produto posterior.

Considere a produção de um bolo de chocolate, a farinha, os ovos, o chocolate, o sal, o calor, o forno e a mão de obra do boleiro são os fatores de produção.

O bolo de chocolate é o produto.

Ramos de produção

As actividades produtivas abrangem quatro ramos básicos de produção, sendo estes: a agriculturaindústriacomércio e transportes

À medida que os processos económicos se tornaram mais complexos foram-se acrescentando outros, nomeadamente, a produção de bens imateriais que também são de natureza económica.

Tendo em conta a definição supracitada, constituem operações de produção, várias actividades, entre as quais os seguros, o crédito, o armazenamento, a venda, o marketing, a distribuição, a comunicação e a prestação de serviços, pois todas estas actividades acrescentam valor ao bem inicial, fazendo aumentar a sua utilidade.[1]

Produção em espécie e em valor

As produções podem ser expressas nas relativas espécies. Através do número de unidades, do peso, das áreas, dos volumes dos bens produzidos. E pode também a produção ser manifesta em valores. Ou em termos monetários porque a moeda constitui um padrão comum de valores, ou por comparações orientadas para trocas diretas. Neste último caso seria por exemplo, que um litro de azeite produzido por um agricultor vale cinco litros de leite, produzidos por um seu vizinho. É no entanto evidente que são mais seguros os cálculos de produção em espécie, porque as menções a uma bitola comparativa podem refletir variações de posição relativa. Pode, aproveitando o exemplo anterior, escassear o azeite e valorizar-se em relação ao leite ou vice-versa, note que as referidas variações também acontecem quando se recorre a padrões monetários.[1]

Produção de bens de consumo e de capitais

Ver artigo principal: Bens de produção

Importará, distinguir as produções dos diversos bens e muito especialmente saber em que proporções a produção se orientou para bens directos de consumo ou os bens indiretos de capitais, A orientação é relevante, visto o desenvolvimento económico de uma empresa ou comunidade, exigir um certo equilíbrio entre a produção de bens diretos e de bens indiretos.[1]

Ver também

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