| | | | “Os Jogos Olímpicos vão realizar-se, custe o que custar” | Na semana em que se assinalaram os 100 dias para o arranque dos Jogos de Tóquio, e de forma paradoxal a tudo o que tinha vindo a ser reiterado, bastou uma declaração de Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrata (LDP), para se voltarem a ouvir soar os alarmes. “É uma grande oportunidade para o Japão e para a cidade de Tóquio mas qual é o objetivo dos Jogos Olímpicos se forem responsáveis pela propagação de infeções? Nesse momento vamos ter de tomar uma decisão. Se for impossível, então devem ser cancelados”, admitiu, numa entrevista à TBS. Quando já se tinha passado essa fase e eram discutidas as medidas para a realização do maior evento desportivo mundial nas melhores condições dentro do atual contexto de pandemia, algo mudou. Mas será mesmo assim? Ou a frase que ecoou um pouco por todo o lado funcionou sobretudo como um aviso? | É tudo uma questão de contexto, nesta altura desfavorável para os organizadores locais da competição. Vários exemplos: 1) o número de novos casos tem aumentado de forma exponencial no país (sobretudo em Osaka mas também em Tóquio) e a perspetiva para as próximas semanas não é a melhor; 2) a percentagem de japoneses que não pretendem que os Jogos se realizem este verão é cada vez maior; 3) os números da população vacinada no Japão ficam nesta altura muito aquém daquilo que era previsível; 4) não podendo mudar as “regras do jogo” a meio, a organização espera que o máximo de países avance com a vacinação dos seus atletas por forma a mitigar eventuais grandes surtos sabendo que existirão sempre alguns casos durante a competição (e Portugal vai entrar nesse leque, algo confirmado esta semana). No entanto, as hipóteses de um novo adiamento ou mesmo de um cancelamento são quase nulas. E é aqui que recuperamos a frase supracitada no arranque do texto. | O “custe o que custar” referido pelo primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, aponta em vários sentidos. Logo à cabeça, houve um investimento total de 21 mil milhões de euros em infraestruturas, organização e demais gastos para receber os Jogos. Depois, a própria organização já assumiu que haverá apenas adeptos locais nas bancadas – com tudo aquilo que isso tem de impacto a nível de turismo e receitas. Em paralelo, e entre medidas que vão apertando na “bolha” que será criada, os atletas já sabem que só poderão chegar no máximo cinco dias antes e que deverão deixar a Aldeia Olímpica nas 48 horas seguintes – obrigando a uma adaptação quase recorde ao fuso horário, às condições e ao contexto das respetivas provas. Uma frase, vários significados. Mas, “custe o que custar”, os Jogos Olímpicos deverão mesmo realizar-se. Mais do que o “quando”, vai discutir-se o “como”. | | “Custe o que custar”, no sentido de “fazemos todos os sacrifícios necessários para atingir a vitória” | Todos os olhos nacionais estarão focados nos próximos três dias entre Lisboa, que recebe a partir desta sexta-feira o Campeonato da Europa de judo, e Portimão, que recebe nova prova do Mundial de MotoGP no domingo. | No Altice Arena, a Seleção terá um total de 18 atletas a tentar superar as quatro medalhas do Europeu de 2008 e/ou as três finais do Europeu de 2011, numa prova que ao contrário do que seria previsível ainda vai contar para a qualificação olímpica. Também por isso, e por ser muito “colado” à última edição da competição em Praga (novembro de 2020), mais de metade dos campeões em título não estarão presentes, mantendo-se vários líderes mundiais de diferentes categorias de peso. Os principais destaques nacionais serão Telma Monteiro (-57kg), que tentará a 15.ª medalha noutros tantos Europeus, e Jorge Fonseca (-100kg), que tem um dos quadros mais difíceis a nível de categorias, mas estarão também em ação Catarina Costa (-48 kg), Maria Siderot (-48 kg), Joana Diogo (-52 kg), Joana Ramos (-52 kg), Wilsa Gomes (-57kg), Rodrigo Lopes (-60 kg), João Crisóstomo (-66 kg), André Diogo (-66 kg), Bárbara Timo (-70 kg), João Fernando (-73 kg), Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Anri Egutidze (-81 kg), Manuel Rodrigues (-81 kg), Diogo Brites (-100 kg) e Vasco Rompão (+100kg). | No Autódromo Internacional do Algarve, Miguel Oliveira regressa à pista onde conseguiu a segunda vitória no Mundial de MotoGP, desta vez com a equipa de fábrica da KTM e o objetivo de ultrapassar as duas provas iniciais de 2021 no Qatar. Depois da primeira sessão de treinos livres, ainda com algumas zonas da pista molhada, a segunda sessão de treinos livres arranca às 14h10, ficando para sábado a terceira (9h55) e quarta (13h30) sessões de treinos livres antes da Q1 (14h10) e da Q2 (14h35). A corrida, que assinala ainda o regresso do hexacampeão Marc Márquez, realiza-se no domingo (13h). Este fim de semana volta também a Fórmula 1 com a segunda prova da temporada, o Grande Prémio da Emilia Romagna, depois da vitória de Lewis Hamilton no Bahrain. | | “Custe o que custar”, no sentido de “doa a quem doer, esta é a realidade” | O Campeonato abriu mesmo de vez para oito jornadas escaldantes depois de mais um empate do Sporting, desta vez em Alvalade frente ao Famalicão. Os leões até conseguiram igualar o registo da melhor série de sempre na prova sem derrotas mas perderam mais dois pontos e têm agora apenas seis de vantagem com um calendário complicado pela frente e onde terão de enfrentar as próximas três partidas sem Rúben Amorim no banco, depois de ter sido expulso no final do último encontro com um relatório polémico que gera visões (e opiniões) distintas. Em contrapartida, os rivais diretos não perdoaram: o FC Porto ganhou em Tondela e reforçou as palavras de Sérgio Conceição que promete luta até ao fim, enquanto o Benfica confirmou o bom momento com uma goleada em Paços de Ferreira que teve Seferovic como MVP e um Darwin Núñez emocionado no regresso aos golos. | Esta semana haverá também jornada dupla na Primeira Liga: na 27.ª ronda, o Sporting desloca-se ao Algarve para defrontar o Farense (esta sexta-feira, 21h), antes da receção do Benfica ao Gil Vicente (sábado, 18h) e da viagem do FC Porto à Madeira para defrontar o Nacional (domingo, 17h30); na 28.ª jornada, o Sporting volta a jogar primeiro recebendo em Alvalade o Belenenses SAD (quarta-feira, 21h15), seguindo-se o Portimonense-Benfica (quinta-feira-feira, 19h) e o FC Porto-V. Guimarães (quinta-feira, 21h). E depois há Sp. Braga-Sporting… | | “Custe o que custar”, no sentido de “pagamos o que for preciso para atingir aquilo que queremos” | A segunda mão dos quartos da Champions entre Chelsea e FC Porto mostrou que muitos milhões não têm por si só de fazer grandes equipas. Aliás, e globalmente, os dragões nunca foram assim tão inferiores aos blues ao longo de 180 minutos como os orçamentos de ambos os conjuntos poderiam fazer antever. No entanto, aqueles erros individuais no primeiro encontro em Sevilha acabaram por ser determinantes para a eliminação da formação azul e branca, que ganhou apenas por 1-0 à boleia de uma fantástica boleia de Taremi nos descontos, que ficou como última imagem de uma campanha que rendeu ao clube 73,5 milhões de euros (e vai somar ainda a isso o valor do market pool) e que terminou com palavras azedas no final entre Thomas Tuchel e Sérgio Conceição. | O Chelsea, que após um ano sem poder contratar abriu os cordões à bolsa e investiu quase 250 milhões de euros no seu plantel, volta às meias-finais da Liga dos Campeões e terá agora pela frente o Real Madrid, clube com mais títulos europeus e que mostrou em Liverpool ter recuperado (mesmo com um empate sem golos na segunda mão) aquela maturidade competitividade que lhe permitiu ganhar três troféus consecutivos também com Zidane numa equipa onde só falta Ronaldo. Na outra meia-final, o Manchester City, que voltou a ganhar em Dortmund com Rúben Dias a anular Haaland, terá pela frente o PSG, que afastou o Bayern apesar da derrota no Parque dos Príncipes pela margem mínima. Ou seja, contas feitas, a origem do dinheiro do investimento pode ser de diferentes países e magnatas mas há três novos ricos a desafiar um dos últimos clubes “à antiga” pelo título. | Na Liga Europa, os favoritos seguiram em frente e também aqui sobraram apenas equipas do Big Five das ligas do Velho Continente. O Manchester United de Bruno Fernandes voltou a ganhar ao Granada de Domingos Duarte (lesionado) e Rui Silva, encontrando agora nas meias-finais a Roma de Paulo Fonseca, que eliminou o Ajax após um empate em Itália, ao passo que no outro jogo o Villarreal de Unai Emery, que voltou a bater o Dínamo Zagreb (agora por 2-1), terá pela frente ao Arsenal, que depois de um empate com o Slavia goleou em Praga por 4-0. | | “Custe o que custar”, no sentido de “dar luta até ao final quaisquer que sejam os obstáculos que surjam pela frente” | A Liga espanhola ficou definitivamente em aberto quando estamos a oito jornadas do final. O Atl. Madrid, que não podia contar com Luis Suárez, Marcos Llorente, Thomas Lemar e Moussa Dembelé e que ficou cedo sem João Félix com um problema no tornozelo que o próprio Diego Simeone admite não ser fácil de debelar, não foi além do empate em Sevilha frente ao Betis, ficando assim com apenas um ponto de vantagem sobre o Real Madrid, que derrotou o Barcelona (que está a dois da liderança) num clássico escaldante que terminou com a dúvida se voltará a haver Messi no maior jogo do país. Os colchoneros recusam a ideia de queda livre mas, mesmo estando à frente, partem quase como outsiders nas apostas – algo que acontecia também quando chegaram a ter dez pontos de avanço sobre os rivais. Seguem-se duas rondas quase seguidas, com o Atl. Madrid a receber o Eibar (domingo, 15h15) e o Huesca (quinta-feira, 18h), o Real Madrid a jogar fora com Getafe (domingo, 20h) e Cádiz (quarta-feira, 21h) e o Barcelona a defrontar o Getafe (quinta-feira, 21h) depois de discutir mais um título esta temporada, neste caso a Taça do Rei de 2020/21 frente aos bascos do Athl. Bilbao (sábado, 20h30). | Na Premier League, o Manchester City foi surpreendido em casa pelo Leeds mas continua com mais 11 pontos do que o Manchester United (menos um jogo), que derrotou em Londres o Tottenham. Esta ronda, os citizens deslocam-se a Birmingham para defrontarem o Aston Villa (quarta-feira, 20h15) e os red devils recebem em Old Trafford o Burnley (domingo, 16h), ao passo que o conjunto de José Mourinho defronta fora o Everton (esta sexta-feira, 20h) antes de jogar em casa com o Southampton (quarta-feira, 18h). Nota ainda para Leeds-Liverpool (segunda-feira, 20h) e para o Wolverhampton-Sheffield United (sábado, 20h15) numa semana que ficou marcada pela negativa com a grave lesão de Pedro Neto que irá retirar o extremo português do Campeonato da Europa. | Já na Serie A, o Inter, que derrotou o Cagliari pela margem mínima, está cada vez mais perto do título mas a Juventus, que venceu o Génova, tem ainda aquela muito remota esperança em revalidar o scudetto apostando quase todas as fichas nas duas próximas jornadas, que terão encontros como Atalanta-Juventus (domingo, 14h), Nápoles-Inter (domingo, 19h45), AC Milan-Génova (domingo, 11h30), Spezia-Inter (quarta-feira, 19h45), AC Milan-Sassuolo (quarta-feira, 17h30), Juventus-Parma (quarta-feira, 19h45) ou Roma-Atalanta (quinta-feira, 17h30). Nota ainda para a Bundesliga onde André Silva continua a brilhar com 23 golos em 26 jogos, que terá uma ronda importante para decidir os primeiros lugares da classificação com o RB Leipzig-Hoffenheim (esta sexta-feira, 19h30), o Wolfsburgo-Bayern (sábado, 14h30) e o B. Mönchengladbach-Eintracht (sábado, 14h30). | Lá fora, as grandes penalidades acabaram por tirar dois títulos a Abel Ferreira, com o Palmeiras a perder com o Flamengo a Supertaça do Brasil após 18 penáltis (e com duas possibilidades de fechar o desempate) e a voltar a sair derrotado diante do Defensa y Justicia na Supertaça Sul-Americana, jogada também em Brasília. |
| EU, A TV E UM COMANDO | | O JOGO EM PALAVRAS | | PÓDIO | 1 | | | Portugal goleou mais uma vez a Noruega no Seixal, reforçou primeiro lugar do apuramento já garantido para o Europeu e estreou mais dois jovens, Silvestre e Tomás Paçó, com o primeiro a marcar (4-0). |
| 2 | | | Benfica não ganhava ao Barcelona desde o triunfo nos penáltis em 2015/16, ano do último título europeu, mas goleou agora catalães por 6-2 e apurou-se para Final Four da Liga Europeia 100% nacional. |
| 3 | | | O AJM/FC Porto assegurou pela primeira vez o título de campeão português de voleibol feminino, ao vencer na receção ao Leixões por 3-2, no terceiro jogo da final. |
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| O CASO | | FUTEBOL | | Liga chegou a acordo com Bet.pt para substituir NOS como naming sponsor (voltará assim a Liga Bwin) mas Betano diz que foi enganada e admite, numa carta enviada aos clubes, levar o caso aos tribunais. | |
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