domingo, 21 de março de 2021

DIA INTERNACIONAL DA FLORESTA - 21 DE MARÇO DE 2021

 




Floresta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Fotografia aérea de uma pequena parte da Amazônia brasileira próxima a Manaus
Taiga vista da Denali Highway, Cordilheira do Alasca

Floresta é uma área com alta densidade de árvores.[1] Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, as florestas ocupavam em 2006 cerca de 4 bilhões de hectares ou aproximadamente 30% da superfície terrestre.[2] As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores principalmente de ordem climática.[3][4][2] As florestas são o ecossistema terrestre dominante da Terra e são distribuídas ao redor do globo.[5] De acordo com a definição amplament


piamente utilizada, da Organização para a Alimentação e a Agricultura, as florestas cobriam 41 km² do globo em 1990 e 39.9 km² em 2015.[6]

A mais conhecida floresta é a floresta Amazônica, maior que muitos países. Erroneamente considerada o Pulmão do Mundo, não é, pois foi comprovado cientificamente que a floresta Amazônica consome cerca de 65% do oxigênio que produz (com a fotossíntese) com a respiração e transpiração das plantas. A taiga siberiana é a maior floresta do mundo, sendo que este bioma estende-se para além da Sibéria, nomeadamente, pelo Alasca, Canadá, Gronelândia, Norte da Europa e Japão.[7]

Índice
1 Origem
2 Formação
3 Dossel florestal
4 Brasil
4.1 Classificação do IBGE (2012)
4.2 Outras categorias
4.2.1 Florestas tropicais úmidas
4.2.2 Florestas esparsas ou pouco densas
4.2.3 Florestas aciculifoliadas
5 Ver também
6 Referências
7 Ligações externas
Origem

A origem das árvores e florestas no Devoniano Central foi um ponto de virada na história da Terra, marcando mudanças permanentes na ecologia terrestre, ciclos geoquímicos, níveis atmosféricos de CO2 e clima. Um sistema de raízes amplo, em solos fósseis na região de Catskill, perto do Cairo, Nova York, mostrando a presença de árvores com folhas e madeira, evidenciaram árvores de 385 milhões de anos que existiam durante o período devoniano.[8]

Formação

As florestas podem ser de formação natural ou artificial: Uma floresta de formação natural é o habitat de muitas espécies de animais e plantas, e a sua biomassa por unidade de área é muito superior se comparado com outros biomas. Além disso, a floresta é uma fonte de riquezas para o homem: fornece madeira, resina, celulose, cortiça, frutos, bagas, é abrigo de caça, protege o solo da erosão, acumula substâncias orgânicas, favorece a piscicultura, cria postos de trabalho, fornece materiais para exportação, melhora a qualidade de vida.

As florestas plantadas são aquelas implantadas com objetivos específicos, e tanto podem ser formadas por espécies nativas como exóticas. Este é o tipo de florestas preferido para o uso em processos que se beneficiem da uniformidade da madeira produzida, como a produção de celulose ou chapas de fibra, também chamadas de placas de fibra, por exemplo. Semelhante às culturas agrícolas, o cultivo de florestas passa pela implantação; um período de crescimento onde são necessários tratos silviculturais e um período de colheita. Apesar do recente progresso no setor de reflorestamento para a produção de celulose, desde a Revolução Industrial, 50% das florestas da época foram destruídas.[9]

Dossel florestal
Área do dossel de uma árvore

Dossel florestal é o estrato superior das florestas, que ao que tudo indica guarda a maior biodiversidade do planeta, contendo, segundo estimativas, até 65% das formas de vida das florestas tropicais, nas quais tal cobertura atinge de 30 a 60 m de altura.[10]

Devido à dificuldade de acesso e observação é um ambiente ainda pouco conhecido. A partir da década de 1980, contudo, biólogos e ecólogos passaram a ter interesse em pesquisas nesse campo, passando a adaptar técnicas de escalada, utilizadas em alpinismo, para ascensão às copas das árvores. Essa técnica passou a ser conhecida como arvorismo.[10]

O maiores dosseis do mundo são as coberturas florestais da Amazónia e do Congo.[11][12]

Brasil
Classificação do IBGE (2012)

Segundo a classificação da vegetação brasileira do IBGE (2012, p. 134), as subcategorias da classe de formação florestal são:[13]

subgrupo de formação: floresta ombrófila densa (floresta tropical pluvial);
subgrupo de formação: floresta ombrófila aberta (faciações da floresta ombrófila densa);
subgrupo de formação: floresta ombrófila mista (floresta de araucária, mata de araucária, pinheiral);
subgrupo de formação: floresta estacional sempre verde (floresta estacional perenifólia);
subgrupo de formação: floresta estacional semidecidual (floresta tropical subcaducifólia);
subgrupo de formação: floresta estacional decidual (floresta tropical caducifólia).
Outras categorias

Aqui há uma classificação quanto ao tipo de vegetação que compreende uma floresta, não confundir com tipos de biomas, que em muitos casos tem nomes como "floresta temperada".

Florestas tropicais úmidas
Ver artigo principal: Floresta tropical

São as florestas com a maior biodiversidade do planeta, isso devido a sua localização (seguindo a linha do equador entre os trópicos) no qual não há limitação de luz, água e temperatura extremas. Na floresta tropical, as árvores são sempre verdes e de folhas largas, caracteristicamente cobertas por trepadeiras (lianas) e epífitas. Devido a sua grande diversidade de espécies, torna-se um ambiente muito frágil para a degradação uma vez que se extinguindo uma espécie interfere-se em toda a cadeia de relações entre espécies.

Precipitação anual 2000 mm a 4000 mm.

Florestas esparsas ou pouco densas
Ver artigo principal: Savana

Podem ser encontradas em faixas também intertropicais, mas não têm alta densidade, savanas, pradarias com árvores ou grupos de árvores espalhadas, encontram-se em regiões quentes, porém, com uma ou duas épocas de secas prolongadas em que os incêndios constituem uma parte importante do ambiente. Instalam-se nos climas tropicais na África, Ásia e Austrália. No Brasil trata-se do cerrado. As estações são reguladas pela precipitação mais do que pela temperatura, como ocorre nos campos temperados. As gramíneas são intercaladas por árvores e arbustos tortuosos. Fauna abundante em variedade de espécies.As savanas tropicais necessitam de muita luz, onde há alternância de períodos de chuva e de seca, como as savanas tropicais da região oeste do Sudão localizadas em terrenos planos.

Precipitação de 1.000 a 1.500 mm

Florestas aciculifoliadas

Floresta aciculifoliadas, são florestas com predomínio de coníferas, já que esse tipo de floresta se encontra em clima subártico, com degelo de solo no verão. Assim, essas árvores têm diversas adaptações especiais para a conservação de água e proteção contra frio extremo, como o tipo de folhagem apresentada, aculiforme, ela é uma florestas sempre verdes, que são encontradas no bioma da taiga.

Precipitação anual de 400 a 850 mm.

Ver também
Maiores florestas
Floresta ombrófila densa
Floresta ombrófila
Florestas da Península Ibérica
Kayas das Florestas Sagradas dos Mijikenda
Floresta portuguesa
Referências

DIA MUNDIAL DA POESIA - 21 DE MARÇO DE 2021

Poesia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Poesia (desambiguação).

poesia, ou texto lírico, é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos ou críticos, ou seja, ela retrata algo em que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. Poesia, segundo o modo comum de falar, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.[1] O sentido da mensagem poética também pode ser, ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos e a possibilidade desses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.[2]

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal). É a arte de poetizar que nos permite exprimir aquilo que está dentro de nós. Também pode ser encarado, como o modo de uma pessoa se expressar usando recursos linguísticos e estéticos.

ÍnHistória

Trovadores: imagem do Cancioneiro da Ajuda, século XIII
Wisława Szymborska (1923-2012), que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1996, foi umas das poetisas mais conhecidas do mundo.
A tábua Dilúvio da Epopeia de Gilgamexe em acadiano, por volta do segundo milênio a.C.
Ver artigos principais: História da poesia e Teoria literária

A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita.[3] Muitas obras antigas, desde os vedas indianos (1700–1200) e os Gatas de Zoroastro (1200–900 a.C.), até a Odisseia (800–675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas.[4] A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monólitospedras rúnicas e estelas.

O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamexe, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro.[5] Outras antigas poesias épicas incluem os épicos gregos Ilíada e Odisseia, os livros iranianos antigos AvestáGatas e Iasna, o épico nacional romano Eneida, de Virgílio, e os épicos indianos Ramaiana e Maabárata.

Os esforços dos pensadores antigos em determinar o que faz a poesia uma forma distinta, e o que distingue a poesia boa da má, resultou na "poética", o estudo da estética da poesia. Algumas sociedades antigas, como a chinesa através do Shi Jing (Clássico da Poesia), um dos Cinco Clássicos do confucionismo, desenvolveu cânones de obras poéticas que tinham ritual bem como importância estética. Mais recentemente, estudiosos têm se esforçado para encontrar uma definição que possa abranger diferenças formais tão grandes como aquelas entre The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer e Oku no Hosomichi de Matsuo Basho, bem como as diferenças no contexto que abrangem a poesia religiosa Tanaquepoesia romântica e rap.[6]

O contexto pode ser essencial para a poética e para o desenvolvimento do gênero e da forma poética. Poesias que registram os eventos históricos em termos épicos, como Gilgamexe ou o Épica dos Reis, de Ferdusi,[7] serão necessariamente longas e narrativas, enquanto a poesia usada para propósitos litúrgicos (hinossalmossuras e hádices) é suscetível de ter um tom de inspiração, enquanto que elegia e tragédia são destinadas a invocar respostas emocionais profundas. Outros contextos incluem cantos gregorianos, o discurso formal ou diplomático,[8] retórica e invectiva políticas,[9] cantigas de roda alegres e versos fantásticos, e até mesmo textos médicos.[10]

O historiador polonês de estética Władysław Tatarkiewicz, em um trabalho acadêmico sobre "O Conceito de Poesia", traça a evolução do que são na verdade dois conceitos de poesia. Tatarkiewicz assinala que o termo é aplicado a duas coisas distintas que, como o poeta Paul Valéry observou, "em um certo ponto encontram união. […] A poesia é uma arte baseada na linguagem. Mas a poesia também tem um significado mais geral […] que é difícil de definir, porque é menos determinado: a poesia expressa um certo estado da mente.[11]

Gêneros poéticos

Ficheiro:Mar Salgado.ogv
Poesia lírica recitada com a epígrafe Mar Salgado

Permitem uma classificação dos poemas conforme as suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, eloquente, abordando temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do género épico, destaca-se a epopeia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. O poema é a forma em que está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.

Licença poética

Ver artigo principal: Licença poética

A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").

A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.

Poesia contemporânea

poesia contemporânea está a ser produzida com palavras que pulam para “fora da página”. A nova corrente literária, que explora a plataforma da Web não apenas em termos de divulgação, mas também no que se refere à criação, tem chamado a atenção dos estudiosos. O professor Jorge Luís Antônio, autor do livro Poesia Digital: teoria, história, antologias, afirmou a um jornal brasileiro sobre esses artistas recentes: “Alguns fazem apresentações em público, na mesma linha dos dadaístas do Cabaret Voltaire, no começo do século XX. Outros fazem poesia ‘cíbrida’ [contração de ‘híbrido’ e ‘cibernético’], com uso de arte, design e tecnologia. O importante é que todos focam nos aspectos poéticos”.

Considerações semiológicas

A poesia digital é marcada pela natureza multimidiática. A palavra ganha novos valores ao interagir com recursos sonoros e de vídeo. Não raro é o uso da tridimensionalidade para efeitos de criação artística. Ela pode ser considerada resultado de negociações semióticas com a tecnologia; são elas a mediação, transmutação e intervenção. A mediação poeta-máquina possibilita a assimilação de neologismos e conceitos tecnológicos, ambos aplicados como temas e expressões poéticas. É quando o poeta realiza a semiose (no sentido peirciano) poesia-computador, tomando conhecimento do significado cultural da máquina, que passa a ter valor em sua arte verbal. Outro nível de mediação ocorre na mudança da função predominante da máquina – de pragmática, referencial e objetiva para poética. Isso se dá quando o poeta assimila a linguagem da máquina e intervém nela, lançando mão da criatividade de que dispõe.

Contexto histórico

A relação entre poesia e tecnologia assemelha-se a alguns conceitos da literatura na medida em que repete as teorias “imitativa” e “expressiva” da arte (o Realismo). A realidade interior e exterior é simulação para a tecnologia computacional e a expressão é uma recriação do mundo tecnológico através da arte da palavra. O tecnopoeta, ciente de tal tecnopólio, que é avassalador, encontra-se cercado de uma realidade tecnocentrista que se lhe serve como linguagem poética. Da mesma forma, o poeta romântico na Revolução Industrial criava um mundo subjetivo e idealizado como resposta à realidade extenuante da industrialização. A linguagem tecnológica se transforma em tecnopoética, sedo que a cultura não se rende à tecnologia, mas sofre a intervenção do poeta para fazer dela outra forma de comunicação.

Ver também

Referências

  1.  ALMEIDA (sXVI) apud MUHANA, 2006
  2.  ARISTÓTELES. Poética, IX-50
  3.  Muitos estudiosos, particularmente aqueles que pesquisaram a tradição homérica e os épicos orais dos Balcãs, sugerem que a escrita antiga mostra traços nítidos de velhas tradições orais poéticas, incluindo o uso de frases repetidas como blocos construídos em grandes unidades poéticas. Uma forma rítmica e repetitiva poderia fazer uma longa história mais fácil de ser lembrada e recontada, antes da escrita estar disponível como uma ajuda para a memória.
  4.  Para uma breve discussão recente, ver Frederick Ahl and Hannah M. Roisman. The Odyssey Re-Formed. Ítaca, Nova Iorque: Cornell University Press, (1996), p. 1–26, ISBN 0-8014-8335-2. Outros sugerem que a poesia não necessariamente precedeu a escrita. Veja, por exemplo, Jack Goody. The Interface Between the Written and the Oral. Cambridge, England: Cambridge University Press, (1987), p. 98, ISBN 0-521-33794-1
  5.  N.K. Sanders (Trans.). The Epic of Gilgamesh. London, England: Penguin Books, edição revisada (1972), p. 7–8
  6.  Ver, por exemplo, Grandmaster Flash and the Furious Five. "The Message", Sugar Hill, (1982).
  7.  Abolqasem Ferdowsi (Dick Davis, Trans.). Shahnameh: The Persian Book of Kings. Nova Iorque: Viking, (2006), ISBN 0-670-03485-1
  8.  Por exemplo, no mundo árabe, a diplomacia foi muito executada através da forma poética, no século XVIVejaNatalie Zemon Davis. Trickster's Travels. Hill & Wang, (2006), ISBN 0-8090-9435-5
  9.  Exemplos de invectiva política incluem poesia difamatória e o epigramas de Marcial e Catulo
  10.  Na Grécia Antiga, trabalhos médicos e acadêmicos muitas vezes eram escritos em forma de métricas. Um milênio e meio depois, muitos dos textos médicos de Avicena foram escritas em versos.
  11.  Władysław Tatarkiewicz, "The Concept of Poetry, " Dialectics and Humanism, vol. II, nº 2 (primavera de 1975), p. 13

Bibliografia

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