sábado, 20 de março de 2021

EQUINÓCIO DA PRIMAVERA - 20 DE MARÇO DE 2021

 







Equinócio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Equinócio da primavera)
Ficheiro:Insolacao Terra Solsticios Equinocios Primeiro-Semestre-2013.ogv
A insolação terrestre durante o primeiro semestre do ano de 2013.
Ficheiro:Insolacao Terra Solsticios Equinocios Segundo-Semestre-2013.ogv
A insolação terrestre durante o segundo semestre do ano de 2013.
Data e hora UTC dos solstícios e equinócios entre 1950 e 2025
AnoEquinócio
Março
Solstício
Junho
Equinócio
Setembro
Solstício
Dezembro
DiaHoraDiaHoraDiaHoraDiaHora
19502104:352123:352314:432210:13
19512110:252205:242320:362216:00
19522016:132111:122302:232121:43
19532022:002116:592308:052203:31
19542103:532122:542313:552209:24
19552109:352204:312319:402215:10
19562015:202110:232301:342120:59
19572021:162116:202307:262202:48
19582103:052121:562313:082208:39
19592108:542203:492319:082214:34
19602014:422109:422300:582120:25
19612020:312115:302306:422202:19
19622102:292121:242312:352208:15
19632108:192203:042318:232214:01
19642014:092108:562300:162119:49
19652020:042114:552306:052201:40
19662101:522120:332311:432207:28
19672107:362202:222317:372213:16
19682013:212108:132223:262118:59
19692019:082113:352305:062200:43
19702100:562119:422310:582206:35
19712106:382201:192316:452212:23
19722012:212107:062222:322118:12
19732018:122113:002304:212200:07
19742100:062118:372309:582205:55
19752105:562200:262315:552211:45
19762011:492106:242221:482117:35
19772017:422112:132303:292123:23
19782023:332118:092309:252205:20
19792105:222123:562315:162211:09
19802011:092105:472221:082116:56
19812017:022111:442303:052122:50
19822022:552117:222308:462204:38
19832104:382123:082314:412210:29
19842010:242105:022220:322116:22
19852016:132110:442302:072122:07
19862022:022116:292307:582204:02
19872103:512122:102313:452209:45
19882009:382103:562219:282115:27
19892015:282109:532301:192121:22
19902021:192115:322306:552203:06
19912103:012121:182312:472208:53
19922008:472103:142218:422114:43
19932014:402108:592300:222120:25
19942020:272114:472306:192202:22
19952102:142120:342312:132208:16
19962008:032102:232218:002114:05
19972013:542108:192223:552120:07
19982019:542114:022305:372201:56
19992101:452119:492311:312207:43
20002007:352101:482217:282113:37
20012013:212107:382223:042119:21
20022019:162113:242304:552201:14
20032101:002119:102310:472207:04
20042006:492100:572216:302112:42
20052012:332106:462222:232118:35
20062018:262112:262304:032200:22
20072100:072118:062309:512206:08
20082005:482023:592215:442112:04
20092011:442105:452221:182117:47
20102017:322111:282303:092123:38
20112023:212117:162309:042205:30
20122005:142023:092214:492111:11
20132011:022105:042220:442117:11
20142016:572110:512302:292123:03
20152022:452116:382308:212204:48
20162004:302022:342214:212110:44
20172010:292104:242220:022116:28
20182016:152110:072301:542122:23
20192021:582115:542307:502204:19
20202003:502021:442213:312110:02
20212009:372103:322219:212115:59
20222015:532109:14230:402121:48
20232021:242114:582306:502203:27
20242003:062020:512212:442109:21
20252009:012102:422218:192115:03

Na astronomia, o equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste).[1]

No referencial da Terra, o Sol se move ao longo do ano sobre a Eclíptica, que se estende sobre as treze constelações que formam o Zodíaco incluindo a constelação de Ofiúco. Entre o plano eclíptico e o plano equatorial celeste há um ângulo esférico de 23,5 graus, aproximadamente, e estes planos interceptam-se definindo uma reta. Esta reta intercepta a esfera celeste em dois pontos. Em definição equivalente, o equinócio corresponde ao momento em que o Sol, em sua trajetória ao longo do Zodíaco, encontra-se sobre um dos pontos definidos pela interseção entre o plano eclíptico, o plano equatorial terrestre e a esfera celeste.[2][3][4]

O equinócio ocorre duas vezes no ano, em março e em setembro. No equinócio ambos os hemisférios da Terra encontram-se igualmente iluminados pelo Sol.[5]

O ponto do céu que o Sol ocupa no equinócio de março define o ponto vernal. Devido à precessão dos equinócios, a localização do ponto vernal ao longo dos milênios não é fixa. Atualmente, encontramo-nos na era dos Peixes; ou seja, em dias atuais o ponto vernal localiza-se na constelação dos Peixes. No equinócio de setembro o Sol localiza-se na constelação da Virgem.[6]

Equinócio

A palavra equinócio vem do latimaequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do sol é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.[7]

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro, quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.[1][8]

As datas dos equinócios variam de um ano para o outro, devido aos anos trópicos (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não se encaixa necessariamente no mesmo dia.[9] O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e - portanto - mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior.[10] Ao longo de cada sequência de três anos comuns as datas tendem a se adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso, devido à intercalação do dia 29 de fevereiro. Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto implica que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendam a ocorrer cada vez mais cedo.[11] Dessa forma, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, a partir de 2044,[12] passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só vai desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.[13]

Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais depressa do que quando está mais longe (afélio).[10]

Equinócio de março de 2017 - pôr-do-sol visto no lugar de Pizzo Vento, Fondachelli-FantinaSicília

Referências culturais

Equinócio de março de 2017 - pôr-do-sol visto no lugar de Argimusco, Montalbano EliconaSicilia

Em várias culturas nórdicas ancestrais, o equinócio da primavera era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com a Páscoa da religião cristã.[14]

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Equinócio. Características do equinócio». Brasil Escola. Consultado em 19 de março de 2020
  2.  «A Polêmica do 13º Signo». Planetário - Ufsc. Consultado em 19 de março de 2020
  3.  «Trigonometria Esférica - Astronomia e Astrofísica». astro.if.ufrgs.br
  4.  Amador, Péricles Palha, Cap (20 de março de 2018). «EQUINÓCIO». QAWASQAR. Consultado em 19 de março de 2020
  5.  «Hemisférios são iluminados igualmente no equinócio». Vestibular - UOL. Consultado em 19 de março de 2020
  6.  Varella, Irineu Gomes (19 de fevereiro de 2007). «Astronomia & Astrofísica 025 - Equinócio de Outono». Astronomia & Astrofísica. Consultado em 19 de março de 2020
  7.  NEMIROFF, Robert; BONNELL, Jerry (23 de setembro de 2010). «Equinox and the Iron Sun» (em inglês). NASA. Consultado em 1 de setembro de 2015
  8.  «O que é Equinócio?». Toda Matéria. Consultado em 19 de março de 2020
  9.  «Oscar Brisolara: SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO». Oscar Brisolara. 18 de junho de 2016. Consultado em 19 de março de 2020
  10. ↑ Ir para:a b Sousa, Rafaela. «Solstício e equinócio: o que são, datas e estações do ano». Brasil Escola. Consultado em 19 de março de 2020
  11.  Rodrigues, Elisabete (20 de março de 2014). «Primavera começa esta quinta-feira, dia 20 de março, às 16h57». Sulinformacao. Consultado em 19 de março de 2020
  12.  http://www.astro.uni.torun.pl/~kb/Papers/EMP/PersianC-EMP.htm
  13.  «Começou hoje oficialmente a Primavera». Narrativa Diária. 20 de março de 2016. Consultado em 19 de março de 2020
  14.  Eggers, Tuane (7 de março de 2012). «Projeto de Astronomia realiza atividade para desvendar o equinócio de outono». Univates. Consultado em 19 de março de 2020

DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE - 20 DE MARÇO DE 2021

 

Felicidade

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Felicidade (desambiguação).

Felicidade pode ser definido por um momento em que há a percepção de um conjunto de sentimentos prazerosos. A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vão desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem, ainda, o significado de bem-estar espiritual ou paz interior. Existem diferentes abordagens ao estudo da felicidade - pela filosofia, pelas religiões ou pela psicologia. O ser humano sempre procurou a felicidade. Filósofos e religiosos sempre se dedicaram a definir sua natureza e que tipo de comportamento ou estilo de vida levaria à felicidade plena.

A felicidade é o que os antigos gregos chamavam de eudaimonia, um termo ainda usado em ética. Para as emoções associadas à felicidade, os filósofos preferem utilizar a palavra prazer. É difícil definir, rigorosamente, a felicidade e sua medida. Investigadores em psicologia desenvolveram diferentes métodos e instrumentos, a exemplo do Questionário da Felicidade de Oxford,[1] para medir o nível de felicidade de um indivíduo. Esses métodos levam em conta fatores físicos e psicológicos, tais como envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade, idade, renda etc.

Evolução histórica das reflexões sobre a felicidade

Zoroastro, profeta iraniano que teria nascido entre os séculos XVII e XIV a.C., criou uma doutrina religiosa, o zoroastrismo, que se baseava numa luta permanente entre o bem e o mal. Quando Zoroastro perguntou, à divindade do bem, Aúra-Masda, sobre o que seria felicidade na terra, a resposta teria sido: "Um lugar ao abrigo do fogo e dos animais ferozes; mulher; filhos; e rebanhos de gado".[2]

Por volta do século 6 a.C., na China, dois filósofos apontaram dois caminhos para se atingir a felicidade: Lao Tsé defendeu que a harmonia na vida podia ser alcançada através da união com o tao, ou seja, com as forças da natureza.[3] Já Confúcio enfatizou o dever, a cortesia, a sabedoria e a generosidade como elementos que permitiriam uma existência feliz.[4]

dalai lama Tenzin Gyatso defende a autorreflexão e a serenidade como caminhos para se atingir a felicidade

A felicidade é um tema central do budismo, doutrina religiosa criada na Índia por Sidarta Gautama por volta do século VI a.C. Para o budismo, a felicidade é a liberação do sofrimento, liberação esta obtida através do Nobre Caminho Óctuplo. Segundo o ensinamento budista, a suprema felicidade só é obtida pela superação do desejo em todas as suas formas. Um dos grandes mestres contemporâneos do budismo, o dalai lama Tenzin Gyatso, diz que a felicidade é uma questão primordialmente mental, no sentido de ser necessário, primeiramente, se identificar os fatores que causam a nossa infelicidade e os fatores que causam a nossa felicidade. Uma vez identificados esses fatores, bastaria extinguir os primeiros e estimular os segundos, para se atingir a felicidade[5]. O dalai lama ainda enfatiza a importância da disposição mental para se atingir a felicidade: sem uma disposição mental adequada, de nada adianta a posse de fatores externos, como riqueza, amigos etc. E a disposição mental adequada para a felicidade baseia-se sobretudo na serenidade.[6]

Mahavira, um filósofo indiano contemporâneo de Sidarta Gautama, enfatizou a importância da não violência como meio de se atingir a felicidade plena. Sua doutrina perdurou sob o nome de jainismo.[7]

Para o filósofo grego Aristóteles, que viveu no século IV a.C., a felicidade é uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem. O homem, diferente de todos os outros seres vivos, é dotado de linguagem (logos), e a atividade que há de melhor no homem deve ser realizada de acordo com a virtude, então, aquele que organizar os seus desejos de acordo com um princípio racional terá uma ação virtuosa e a vida de acordo com a virtude será considerada uma vida feliz. Assim, a felicidade, para o filósofo grego, é uma atividade da alma de acordo com um princípio racional, isto é, uma atividade de acordo com a virtude. Por isso, ela está ligada à ideia de satisfação. Com isso, vemos que a concepção aristotélica de felicidade diverge em muito da concepção contemporânea, por exemplo, que considera a felicidade como a paz de espírito ou um estado durável de emoções positivas. Para Aristóteles, um homem feliz é um homem virtuoso. Nesse sentido, muitas vezes se sugere que o termo eudaimonia não seja traduzido, destacando a diferença do que concebemos atualmente como felicidade. A palavra eudaimonia é composta por "eu" ('bom') e "daimōn" ("espírito"). Trata-se de um dos conceitos centrais na ética e na filosofia política de Aristóteles.[8]

Epicuro, filósofo grego que viveu nos séculos IV e III a.C., defendia que a melhor maneira de alcançar a felicidade é através da satisfação dos desejos de uma forma equilibrada, que não perturbe a tranquilidade do indivíduo[9].

Pirro de Élis, filósofo grego contemporâneo de Epicuro, também advogava que a felicidade residia na tranquilidade, porém divergia quanto à forma de se alcançar a tranquilidade. Segundo Pirro, a tranquilidade viria do reconhecimento da impossibilidade de se fazer um julgamento válido sobre a realidade do mundo. Tal reconhecimento livraria a mente das inquietações e geraria tranquilidade. Este tipo de pensamento é, historicamente, relacionado à escola filosófica do ceticismo[10].

Outra escola filosófica grega da época, o estoicismo, também defendia a tranquilidade (ataraxia) como o meio de se alcançar a felicidade. Segundo essa escola, a tranquilidade poderia ser atingida através do autocontrole e da aceitação do destino[11].

Para Aristóteles, a felicidade pode ser atingida pela prática do bem

Jesus Cristo defendeu o amor como o elemento fundamental para se atingir a harmonia em todos os níveis, inclusive no nível da felicidade individual. Sua doutrina ficou conhecida como cristianismo.

Maomé, no século VII, na Península Arábica, enfatizou a caridade e a esperança numa vida após a morte como elementos fundamentais para uma felicidade duradoura, eterna[12].

O cristianismo, após a morte de Jesus, aprimorou-se institucionalmente e dividiu-se em vários ramos. Um deles, o catolicismo, produziu muitos filósofos famosos, como Tomás de Aquino, que, no século XIII, descreveu a felicidade como sendo a visão beatífica, a visão da essência de Deus.


O cristianismo, após a morte de Jesus, aprimorou-se institucionalmente e dividiu-se em vários ramos. Um deles, o catolicismo, produziu muitos filósofos famosos, como Tomás de Aquino, que, no século XIII, descreveu a felicidade como sendo a visão beatífica, a visão da essência de Deus.

O filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau defendeu que o ser humano era, originalmente, feliz, mas que o advento da civilização havia destruído esse estado original de harmonia. Para se recuperar a felicidade original, a educação do ser humano deveria objetivar o retorno deste à sua simplicidade original[13].

Na Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, os filósofos Jeremy Bentham e John Stuart Mill criaram o utilitarismo, doutrina que dizia que a felicidade era o que movia os seres humanos. Segundo o utilitarismo, os governos nacionais têm, como função básica, maximizar a felicidade coletiva e bem estar.[14].

positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857) enfatizou a ciência e a razão como elementos que deveriam nortear o ser humano na busca da felicidade. Esta felicidade seria baseada no altruísmo e na solidariedade entre todo o gênero humano, formando a chamada "religião da humanidade".

O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) defendeu o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes, como elemento fundamental para se atingir a felicidade humana.

O psiquiatra Sigmund Freud (1856-1939), o criador da psicanálise, defendia que todo ser humano é movido pela busca da felicidade, através do que ele denominou princípio do prazer. Porém essa busca seria fadada ao fracasso, devido à impossibilidade de o mundo real satisfazer a todos os nossos desejos. A isto, deu o nome de "princípio da realidade". Segundo Freud, o máximo a que poderíamos aspirar seria uma felicidade parcial[15].

psicologia positiva - que dá maior ênfase ao estudo da sanidade mental e não às patologias - relaciona a felicidade com emoções e atividades positivas[16]. Segundo essa percepção, o homem estaria responsável pela própria felicidade, sem depender dos outros ou de um deus. Assim, o indivíduo deve se condicionar psicologicamente, a partir de atitudes como ser positivo, ser grato, fazer o bem. Dessa forma, o ato de fingir ser feliz seria uma maneira de se condicionar a estar feliz[17].

economia do bem-estar defende que o nível público de felicidade deve ser usado como suplemento dos indicadores económicos mais tradicionais, como o produto interno bruto, a inflação etc.

Estudos científicos iniciados em 1970 por David T. Lykken, geneticista e professor de Psicologia da Universidade de Minnesota, indicam que a felicidade também depende de fatores hereditários. O autor e outros pesquisadores afirmam que, quanto ao bem-estar subjetivo, dependemos em parte da “grande loteria genética que ocorre no momento da concepção” – daí resultaria o fato de as pessoas serem predominantemente otimistas ou pessimistas.[18] Outros estudos científicos recentes têm procurado achar padrões de comportamento e pensamento nas pessoas que se consideram felizes. Alguns padrões encontrados são:

  • capacidade de adaptação a novas situações
  • buscar objetivos de acordo com suas características pessoais
  • riqueza em relacionamentos humanos
  • possuir uma forte identidade étnica
  • ausência de problemas
  • ser competente naquilo que se faz
  • enfrentar problemas com a ajuda de outras pessoas
  • receber apoio de pais, parentes e amigos
  • ser agradável e gentil no relacionamento com outras pessoas
  • não superdimensionar suas falhas e defeitos
  • gostar daquilo que se possui
  • ser autoconfiante
  • pertencer a um grupo[19]
  • independência pessoal

Hoje, o conceito de felicidade está intimamente atrelado ao "culto do indivíduo". Ser feliz é o resultado de um "projeto de produção da felicidade", segundo Joel Birman[20]. Essa percepção confere maior autonomia ao indivíduo e relaciona felicidade à qualidade de vida e à autoestima. Por isso, a depressão se torna o maior sofrimento na modernidade: ser infeliz é o "fracasso perf

SÃO MARTINHO DE DUME - 20 DE MARÇO DE 2021

 


Martinho de Dume

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(Redirecionado de São martinho de dume)
São Martinho de Dume
Representação de São Martinho de Dume numa miniatura do Códice Albeldensis, c. 976 (Biblioteca do Mosteiro de San Lorenzo de El EscorialMadrid). À esquerda, junto da cabeça do santo, pode-se ler Martinus episcopus bracarensis.
Nascimento518
Morte20 de março de 579 (61 anos) em Bracara Augusta
Festa litúrgica20 de março em Portugal e na Igreja Ortodoxa5 de dezembro no Calendário Romano; 22 de outubro na Diocese de Braga
PadroeiroDiocese de Braga
Gloriole.svg Portal dos Santos

Martinho de Dume ou Martinho de Braga (Panónia, c.510/5 – Braga, 579/80), também conhecido como Martinho DumienseMartinho Bracarense ou Martinho da Panónia, foi um bispo de Braga e de Dume considerado santo pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa.[1] Martinho nasceu na Panónia, actual Hungria, no século VI. É conhecido como o "apóstolo dos suevos", por ser considerado o maior responsável pela sua conversão do arianismo ao catolicismo. Também é conhecido por nominar os dias da semana em língua portuguesa.[2]

Biografia

Estudou grego e ciências eclesiásticas no Oriente. De volta ao Ocidente, dirigiu-se para Roma e para a França, para continuar os estudos,[3] onde visitou o túmulo do seu conterrâneo Martinho de Tours.

Estabeleceu um mosteiro em Dume, uma aldeia das proximidades de Bracara Augusta, a partir do qual começou a irradiar a sua pregação. Estabeleceu a Diocese de Dume (caso único na história cristã – confinada ao referido Mosteiro de Dume a que presidia), da qual foi primeiro bispo, em 556.[3] Depois, por vacatura da diocese bracarense, em 569, foi feito metropolita dessa região de Braga, então capital do Reino Suevo. Consta na tradição e documentos que ele mesmo fundou a igreja e mosteiro de São Martinho de Tours, em Cedofeita, Porto. Esta cidade era um importante posto militar e administrativo suevo.

Reuniu o Concílio de Braga em 563, tendo proibido que se cantassem muito dos hinos e cantos de carácter popular que estavam incluídos nas missas e noutras celebrações. Ao longo dos anos, a música litúrgica foi sendo fixada no Cantochão, mas o povo, apoiado num substrato musical muito antigo, apoderou-se de alguns destes cânticos da Igreja e popularizou-os, dando-lhes a sua interpretação própria.

Para além de batalhador pela ortodoxia contra os arianos, foi também um fecundo escritor. Entre as principais obras, citamos: Escritos canônicos e litúrgicos. Destacou-se também como tradutor (designadamente, dos Pensamentos dos padres egípcios).

Estátua de S. Martinho de Dume

Martinho de Dume é também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas; de facto, considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para os designar (Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies), donde os modernos dias em língua portuguesa (segunda-feiraterça-feiraquarta-feiraquinta-feirasexta-feirasábado e domingo), caso único entre as línguas novilatinas, dado ter sido a única a substituir inteiramente a terminologia pagã pela terminologia cristã.

Isto explica o facto de os mais antigos documentos redigidos em português, fortemente influenciados por este latim eclesiástico, não terem qualquer vestígio da velha designação romana dos dias da semana, prova da forte acção desenvolvida por Martinho e seus sucessores na substituição dos nomes.

Martinho tentou também substituir os nomes dos planetas, mas aí já não foi tão bem sucedido, pelo que ainda hoje os chamamos pelos seus nomes clássicos pagãos.[carece de fontes]

Morreu no dia 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de Dúmio. Para si compôs o seguinte epitáfio: Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da missa. Tendo-te seguido, ó patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo

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