domingo, 28 de fevereiro de 2021

DIA INTERNACIONAL DO ENGOLIDOR DE ESPADAS - 28 DE FEVEREIRO DE 2021

 

Engolimento de espada

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Um engolidor de espadas num espetáculo de rua em Santa FéNovo México.

Engolimento de espada é uma performance, na qual o artista introduz uma espada em sua boca, fazendo-a deslizar pelo esôfago e podendo mesmo chegar ao estômago. O nome dado a este ato é tecnicamente enganador, visto que seus executores têm de suprimir o reflexo de engasgo e não engolir de verdade, enquanto a espada desce garganta abaixo. O engolimento de espada é uma atividade extremamente perigosa e potencialmente mortal, e muitos óbitos e complicações médicas sérias foram provocadas pela tentativa de emular o feito. Alguns engolidores de espadas são oficialmente reconhecidos como membros da Sword Swallowers' Association International (SSAI).[1] Destes, somente uns poucos são engolidores de espadas profissionais em atividade, sendo a parte restante composta por artistas amadores, acidentados ou aposentados.

História da arte

Primórdios

Originada na Índia antes de 2000 A.C.,[2] a arte mortal do engolimento de espadas possui uma longa e variada história. Durante este período, era praticada por faquires como uma demonstração de seu controle corporal e de sua conexão com os deuses.[2]

A migração da arte para outras terras, principalmente a China no século VIII, viu sua transformação de demonstração divina em apresentação teatral. Migrou rapidamente para o Japão, onde tornou-se parte central do teatro acrobático japonês, Sangaku. Esta forma de teatro apresentava várias performances cênicas, incluindo pirofagiaequilibrismomalabarismo e um ilusionismo incipiente.

Difusão no Ocidente

Simultaneamente à migração oriental da arte, ocorreu sua difusão para o norte e oeste, até chegar à Grécia e Roma nos primeiros séculos A.D.. Na Europa ela desenvolveu-se num tipo distinto de performance, associada aos menestréis medievais, que faziam apresentações nas ruas.

O engolimento de espada foi realizado durante a Idade Média como parte do teatro de rua e era popular em festivais e outros grandes encontros. Todavia, com a fundação da Santa Inquisição em 1231, a intolerância religiosa começou lentamente a espalhar sua influência através da Europa. Engolidores de espadas, juntamento com malabaristasmágicosprofetas e outros artistas, viram-se cada vez mais como alvos de perseguição religiosa, sendo condenados como heregesbruxa(o)s e praticantes de artes das trevas.

Declínio e ressurgimento

Embora os praticantes tenham reaparecido com o fim da Inquisição e experimentado o ressurgimento em sua atividade e acolhida por parte do público, foi uma fase de curta duração. O engolimento de espadas começou a desaparecer em meados do século XIX, e chegou a ser mesmo posto fora da lei na Escandinávia em 1893.[2] Isto deveu-se ao declínio do interesse por festivais e teatro de rua e ao interesse crescente por parte do público em artes cênicas mais "sofisticadas" e "apropriadas".

Em 1819, o malabarista e engolidor de espadas indiano Ramo Sammee tornou-se popular nos Estados Unidos após uma breve temporada na Inglaterra. Ele apresentou-se nos Estados Unidos e na Inglaterra até sua morte em Londres, em agosto de 1850.[3] De 1850 até os anos 1890 um pequeno número de engolidores de espadas apresentou-se no Reino Unido, tais como Martha Mitchell (c. 1855) e Signor Benedetti (1863-1895), e nos Estados Unidos, Lawson Peck (anos 1850), Ling Look (c.1872), Signor Wandana (morto em 9 de maio de 1875) e Harry Parsons (morto em dezembro de 1880). Mas o mais famoso engolidor de espadas estadunidense de sua época foi Fred McLone, conhecido pelo público como "Chevalier Cliquot", que apresentou-se de 1878 até o início dos anos 1900.[3]

Popularidade e inovações

Em 1893, o engolimento de espadas foi apresentado na World Columbian Exposition da Chicago World's Fair. Isto marcou o início da popularidade da prática desta arte nos Estados Unidos.[3]

Circos e parques de diversão itinerantes rapidamente tornaram-se os locais dominantes para apresentações de engolidores de espadas. Viajando através da América do Norte e apresentando suas habilidades para o público frequentador, qualquer conexão com religião ou poderes divinos foi logo perdida. Engolimento de espadas tornou-se uma proeza, e como tal, instigou a competição. Enquanto que a prática europeia deu margem a artistas tentando engolir várias espadas ao mesmo tempo, a prática nos Estados Unidos parecia estar mais focado na bizarria e novidades. Isto era compreensível, visto haver um grande número de engolidores de espadas apresentando-se nesta época, e a inovação era o único recurso que os artistas dispunham no seu afã de fazer caixa, para si e seus patrões.

Foi durante esta época que verificou-se uma duvidosa explosão de criatividade, com o engolimento de espadas longas, espadas quentes, baionetas enfiadas garganta abaixo, tubos de neon acesos e assim por diante. O interesse crescente na arte foi o responsável por estas inovações arriscadas. Realmente, podia-se encontrar engolidores de espadas compartilhando os mesmos cartazes de grandes mágicos tais como Houdini, indicando claramente seu apelo popular.

Europa Ocidental e a Inglaterra também experimentaram um aumento no interesse pelo engolimento de espadas durante este período, com muitas influências transatlânticas.

Durante o final do século XIX e início do século XX, espetáculos itinerantes de mágica vindos do Oriente excursionaram pela Europa e América, trazendo algumas mudanças singulares na técnica-padrão e efeitos totalmente novos (cujos segredos eram motivo de cobiça dos mágicos locais), e que também apresentavam outras façanhas, tais como engolimento de espadas, pirofagiamalabarismo e acrobacias.

No século XX

Em meados do século XX, os circos em geral e os parques de diversões itinerantes em particular entraram em declínio. Hoje nos Estados Unidos, resta somente um destes parques permanentes, o Coney Island Sideshows by the Seashore, em Nova York, e um pequeno número de parques itinerantes. Algumas das causas para o declínio deste tipo de atração está no surgimento dos parques temáticos fixos, repletos de atrações sofisticadas, e no crescimento de outras formas de entretenimento, tais como televisãocinemavídeos e internet.

No século XXI

O engolimento de espadas, tais como a pirofagia e muitas outras artes de espetáculos mambembes, experimentaram uma nova onda de interesse nos últimos anos. Em 2001, foi fundada a Sword Swallowers Association International[1] para interligar os engolidores de espada profissionais ao redor do mundo. Hoje, muitas habilidades consideradas tipicamente circenses ou de parques itinerantes foram apropriadas por artistas autônomos e incorporadas em suas performances, o que deu um novo impulso à estas artes cênicas.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b SSAI
  2. ↑ Ir para:a b c «The History of Sword Swallowing» (em inglês). Consultado em 29 de março de 2009
  3. ↑ Ir para:a b c «Sword Swallower's Hall of Fame» (em inglês). Consultado em 29 de março de 2009

Bibliografia

Ligações externas

são romão - 28 de fevereiro de 2021

 

São Romão de Antioquia
Tela de Francisco de Zurbarán que representa São Romão de Antioquia com a língua na mão e o menino Várulas a seu lado
Morte303 em Antioquia
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Festa litúrgica18 de novembro
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Romão de Antioquia ou São Romão de Cesareia foi um diácono e mártir cristão da Síria que sofreu o martírio em 303, durante as perseguições contra os cristãos do imperador Galério.

Segundo a narrativa de Aurélio Prudêncio, durante as torturas que padeceu nas mãos de Asclepíades, que tinha tentado arrasar a sua igreja na Síria, foi-lhe cortada a língua para que não continuasse a exortar à conversão dos pagãos. A tradição cristã atribui o facto milagroso a São Romão de ter continuado a falar sem língua. Um menino que o presenciava, chamado Várula (ou Várulas), pôs-se a proclamar a divindade de Cristo, o que fez com que fosse igualmente torturado e decapitado frente à sua própria mãe.

O processo do martírio do santo é conhecido em pormenor graças a um longo hino de Aurélio Prudêncio, com quase mil versos compostos em fins do século IV. Outros historiadores eclesiásticos relataram o martírio depois. O milagre de ter conseguido falar já depois de amputada a língua foi um lugar comum do martirológico cristão e até anterior, já que a língua era considerada como instrumento ideal para louvar a divindade.

Iconografia

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Romão de Antioquia

Não há muitas imagens de São Romão na iconografia cristã. A mais conhecida é a de Francisco de Zurbarán em 1638 para a igreja de São Romão de Sevilha (Espanha).

sábado, 27 de fevereiro de 2021

SISMO DO CHILE - 2010 - 27 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Sismo do Chile de 2010

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Sismo do Chile de 2010
Consequência de uma tsunami proveniente do terremoto que atingiu o Chile em 27 de fevereiro de 2010.
Mapa da área atingida pelo sismo de 27 de fevereiro de 2010 na costa do Chile.
Epicentro35° 50' 45,6" S 72° 43' 8,4" O
Profundidade35
Magnitude8,8 MW
Data27 de fevereiro de 2010
Zonas atingidas Chile
Vítimas795 mortes confirmadas[1]

sismo do Chile de 2010 ocorreu ao longo da costa da Região de Maule no Chile[2] em 27 de fevereiro de 2010, às 3h34min na hora local (6h34min UTC), atingindo uma magnitude de 8,8 na escala de magnitude de momento e durando três minutos.[3][4] O terremoto foi sentido na capital Santiago com intensidade VIII na escala de Mercalli (Ruinoso).[5] Tremores foram sentidos em muitas cidades argentinas, incluindo Buenos AiresCórdobaMendoza e La Rioja.[6][7] Outros foram sentidos mais ao sul, como na cidade de Ika no sul do Peru,[8] e até mesmo em algumas regiões no Estado de São Paulo.[9]

Alertas de tsunami foram emitidos por 53 países,[5] e um tsunami foi registrado, com ondas superiores a 2,6 m. no mar de Valparaíso, Chile. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de calamidade". Ela também confirmou a morte de pelo menos 763 pessoas.[10] Muitos outros foram registrados como desaparecidos[11][12][13] Este foi o segundo maior terremoto já registrado no Chile[14], e um dos sete mais poderosos já registrados no mundo[15].

Sismologistas estimam que o terremoto tenha sido tão poderoso que o sismo teria encurtado a duração do dia em 1,26 microssegundos e deslocado o eixo terrestre em 8 cm.[16][17][18]

O epicentro do sismo foi no mar da região de Maule, aproximadamente 8 km a oeste de Curanipe e 185 km a norte-nordeste da segunda maior cidade do Chile, Concepción.[19][20] O terremoto também causou seichas que ocorreram no Lago Pontchartrain ao norte de Nova OrleãesEstados Unidos, localizadas a cerca de 7 600 km do epicentro do terremoto.[21]

Geologia

O sismo aconteceu na subducção da Placa de Nazca sob a placa da América do Sul.

INCÊNDIO DO REICHSTAG - 1933 - 27 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Incêndio do Reichstag

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Incêndio do Reichstag
O Reichstag queimando enquanto os bombeiros tentam apagar o fogo.
ParticipantesMarinus van der Lubbe (acusado pelos nazistas; contestado posteriormente)
LocalizaçãoPalácio do ReichstagBerlim
Data27 de fevereiro de 1933 (88 anos)
ResultadoVan der Lubbe foi executado

Em 27 de fevereiro de 1933, o Reichstag, em Berlim, foi ateado em fogo e, como resultado, foi visto como o acontecimento crucial para o estabelecimento  da Alemanha nazista.[1] Às 21h25 (UTC+1), um posto de bombeiros da cidade recebeu uma chamada pois o alarme do Palácio do Reichstag, o local de encontro do parlamento alemão, anunciava que o prédio estava em chamas. O incêndio começou na câmara de sessão,[2] e quando a polícia e os bombeiros haviam chegado, a Câmara dos Deputados já tinha sido engolida pelas chamas. No interior do edifício, uma minuciosa pesquisa conduzida pela polícia resultou na culpa de Marinus van der Lubbe. Van der Lubbe foi um ativista neerlandês comunista de conselho e pedreiro desempregado que tinha chegado recentemente na Alemanha, ostensivamente para realizar suas atividades políticas. O incêndio foi utilizado pelos nazistas como prova de que os comunistas estavam começando uma "conspiração" contra o governo alemão. Van der Lubbe e quatro líderes comunistas seriam presos posteriormente. Adolf Hitler, que foi empossado como chanceler da Alemanha quatro semanas antes, em 30 de janeiro, incitou o Presidente Paul von Hindenburg a passar um decreto de emergência a fim de contrariar o "impiedoso confronto do Partido Comunista da Alemanha".[3]

Entretanto, o inquérito do incêndio do Reichstag continuou, com o nazismo ansioso para descobrir a cumplicidade do Comintern no fato. No início de março de 1933, foram presos três búlgaros que estavam desempenhando funções cruciais durante a triagem de Leipzig, também conhecida como o "Inquérito do Incêndio do Reichstag": Georgi Dimitrov, Vasil Tanev e Blagoi Popov. Os búlgaros eram conhecidos da polícia da Prússia como ativistas seniores do Comintern, mas ela não tinha ideia do nível de liderança de cada um: Dimitrov era chefe de operações em todos os Comintern da Europa Ocidental.

Historiadores divergem quanto a saber se Van der Lubbe agiu sozinho ou se os nazistas estavam envolvidos. A responsabilidade pelo incêndio do Reichstag permanece um tema de debate em curso e de investigação.

O incêndio na Reichstag de 1933 é citado no livro Ordem e Progresso por Gilberto Freyre republicado em 2015.[4]

Referências

  1.  «Erdoğan's 'Reichstag fire'»POLITICO (em inglês). 17 de julho de 2016. Consultado em 27 de fevereiro de 2021
  2.  Tobias, Fritz

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