quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

ANO DO RATO - ANO NOVO CHINÊS - 4658 - 25 DE FEVEREIRO DE 2021

 

Ano-Novo Chinês

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Ano-Novo Chinês
New Year Scene.jpg
Comemoração do Ano-Novo Chinês em MeizhouChina.
Celebrado porColônias chinesas
TipoReligioso
Ano de 202025 de janeiro
Ano de 202112 de fevereiro

Ano-Novo Chinês é uma referência à data de comemoração do ano-novo adotada por diversas nações do oriente que seguem um calendário tradicional distinto do ocidental, o calendário chinês.[1]

As diferenças entre os dois calendários fazem com que, todos os anos, a data de início de cada Ano-Novo Chinês caia em uma data diferente do calendário ocidental. O calendário chinês é lunissolar, leva em consideração tanto as fases da lua como a posição do sol. O Ano-Novo Chinês começa na noite da lua nova mais próxima do dia em que o sol passa pelo décimo quinto grau de Aquário.

Os chineses relacionam cada novo ano a um dos doze animais que teriam atendido ao chamado de Buda para uma reunião. Apenas doze teriam se apresentado e, em agradecimento, Buda os transformou nos signos da astrologia chinesa. Os doze animais do horóscopo chinês a que correspondem os anos chineses, de acordo com a ordem que teriam se apresentado a Buda na lenda acima citada, são: ratobúfalo/boitigrecoelhodragãoserpente/cobracavalocarneiro/cabramacacogalocachorro/cão e o javali/porco.

Desta forma, se 2008 foi o ano do rato, 2009 foi atribuído ao boi (búfalo), 2010 ao tigre, 2011 ao coelho e assim por diante. Em 2020 se celebra o ano do rato e em 2021 será o ano do búfalo/boi que se inicia em 12 de fevereiro.

Práticas

Envelopes vermelhos

Compradores em loja com produtos para o Ano-Novo Chinês em Singapura

Tradicionalmente, os envelopes vermelhos (língua cantonesalai sze or lai see) (利是, 利市 ou 利事; Pinyin: lìshì); (Mandarin: 'hóngbāo' (红包); Hokkien: 'ang pow' (POJ: âng-pau); Hakka: 'fung bao'; são dados durante a celebração do Ano-Novo Chinês, de casais ou dos mais velhos para os mais jovens solteiros. É muito comum que adultos e jovens casais deem envelopes vermelhos para crianças.

Os envelopes vermelhos são também conhecidos como 壓歲錢/压岁钱 (yàsuìqián, originalmente 壓祟錢/压祟钱, literalmente, o dinheiro usado para reprimir ou suprimir os espíritos malignos) durante este período.[2]

Os envelopes vermelhos geralmente contém dinheiro, em quantias que variam de alguns reais até valores de centenas de reais. De acordo com o costume, a quantia presenteada deverá sempre em números pares, pois os números ímpares geralmente são utilizados para as quantias de dinheiro dadas durante cerimônias funerais (帛金: báijīn). O número 8 (八, bā) para os chineses, por exemplo é considerado como o número da sorte (por causa do homófono "fortuna"), e é muito comum que as pessoas sejam presenteadas nos Estados Unidos com envelopes vermelhos contendo US$8. O número seis (六, liù) também é considerado como um número da sorte, pois soa como 'suave' (流, liú), no sentido de se ter um ano suave, tranquilo, calmo.

Números ímpares e pares - no que tange às auspiciosidades - são determinados tanto pelo primeiro dígito quanto pelo último. Trinta e cinquenta, por exemplo, são números com casa decimal ímpar, portanto apropriados para cerimônias funerais. Entretanto, é comum e aceitável que se dê envelopes vermelhos utilizando um única nota - de 10 ou 50 yauns. É costumeiro que notas sejam dadas totalmente novas. Tudo relacionado ao Ano-Novo Chinês deverá ser novo, visando atrair sorte e fortuna.

O ato de pedir envelopes vermelhos é chamado de (Mandarin): 讨紅包 tǎo-hóngbāo, 要利是. (Cantonese): 逗利是. Uma pessoa casada não pode recusar o pedido, pois isto significa que ela seria desafortunada no ano-novo. Os envelopes vermelhos são geralmente dados por casais casados às crianças mais jovens da família. De acordo com o costume, as crianças desejam aos mais velhos feliz ano-novo, felicidade, saúde e boa sorte antes de aceitarem os envelopes. Os envelopes então são mantidos fechados sob o travesseiro durante sete dias após o Ano-Novo Chinês, porque dormir sobre o envelope simboliza boa sorte e fortuna.

Os japoneses também tem o costume de presentear com envelopes com dinheiro durante o ano-novo, tradição chamada de Otoshidama.

Troca de presentes

Adicionalmente aos envelopes vermelhos, os quais são geralmente dados do mais velhos aos mais novos, pequenos presentes (comida ou doces) são também trocados entre amigos e parentes (de diferentes famílias) durante o Ano-Novo Chinês. Os presentes usualmente são trazidos quando há a visitação a amigos e parentes. Os presentes podem ser frutas (tipicamente laranjas, e nunca peras), bolosbiscoitoschocolatesrebuçados, ou algum outro presente singelo.[3]

Mercados

Mercados ou feiras locais são montados conforme a aproximação do ano-novo, se caracterizando por serem ao ar livre e comercializarem produtos como flores, brinquedos, roupas e até mesmo fogos de artifício. Em alguns lugares a prática de compra da ameixeira perfeita é bastante próxima da tradição natalícia de comprar a árvore de natal.

Fogos de artifício

Um chinês soltando fogos de artifício durante o Ano-Novo Chinês em Xangai.

Na China antiga caules de bambu eram preenchidos com pólvora com o objetivo de criar pequenas explosões para afastar espíritos malignos. Nos tempos modernos, este método eventualmente evoluiu através do uso de panchões,[4] os quais são geralmente amarrados a um longo barbante, podendo então ser pendurado. Cada panchão é envolto em papel vermelho, já que o vermelho é considerado auspicioso, com pólvora no seu interior. Por serem dezenas ou centenas, e estarem unidos pelo barbante, assim que aceso, o panchão libera estrondosos sons de estalos, pequenas explosões ensurdecedoras, as quais se acredita que espantarão os espíritos malignos. A queima dos panchões também significa o momento de diversão do ano, parte essencial das celebrações de Ano-Novo Chinês. [5]

Música

"Feliz ano-novo!" (chinês: 新年好呀, Gong xi gong xi , literalmente ‘New Year's Good, Ya!’) é uma canção popular para as crianças na época de ano-novo.[6] A melodia é parecida com a canção Oh, Minha querida, Clementina.

  • Chorus:
Feliz ano-novo! Feliz ano-novo! (chinês: 新年好呀!新年好呀!)
Feliz ano-novo a vocês todos! (chinês: 祝贺大家新年好!)
Nós cantamos, nós dançamos. (chinês: 我们唱歌,我们跳舞。)
Feliz ano-novo para vocês todos! (chinês: 祝贺大家新年好!)

Vestuário

As roupas utilizadas durante todo o ano-novo geralmente são da cor vermelha ou de cores vibrantes, pois os chineses acreditam que a cor vermelha afugenta os espíritos malignos e a má sorte. As pessoas também vestem roupas novas da cabeça aos pés para simbolizar um novo começo em um novo ano. Vestir novas roupas também significa a posse de pertences suficientes para usar e vestir no novo ano. O vermelho é a cor da sorte (fortuna).

Retrato da família

Tirar fotografias é uma cerimônia importante quando os familiares se reúnem. A foto deve ser tirada na entrada (hall) ou em frente da casa. O membro masculino mais velho da família se senta ao centro.

Simbolismo

Um carácter invertido "福 (fú)" é sinal de boa sorte.

Assim como outras culturas, o Ano-Novo Chinês incorpora elementos com profundos significados. Um exemplo é o caracter  (chinês: 福, língua cantonesa e hakkafook, , literalmente ‘bênção, felicidade’) exibido na entradas das casas em vermelho em formato de diamante, sendo usualmente pendurado de cabeça para baixo, pois o carácter chinês 倒 (dào) "de cabeça para baixo", é homófono de 到 (dào) "chegar" em todas variedades da língua chinesa, simbolizando então a chegada de sorte, felicidade e prosperidade.

Para as pessoas que falam cantonês, a palavra fook invertida soa como "verter", significando então "verter a sorte"/"desperdiçar sorte", o que simboliza má sorte, por isso a comunidade cantonesa não o pendura de cabeça para baixo. Vermelho é a cor predominante nas celebrações de ano-novo. O vermelho é o símbolo da felicidade ou do prazer, e esta cor simboliza virtude, a verdade e a sinceridade. Nas óperas chinesas, a face de um artista pintada de vermelho pode denotar um personagem sagrado ou leal, ou até mesmo um imperador. Balas, bolos, decorações e muitas outras coisas associadas com o ano-novo e suas cerimônias são coloridos de vermelho. O som da palavra “vermelho” ( 紅, hóng) é “hong” em Mandarim (Hakka: Fung; língua cantonesa: Hoong) que também significa “próspero.” Portanto, a cor vermelha é e soa como auspiciosa.

Nianhua

Nianhua é um tipo de bloco de madeira de impressão colorida utilizado para decorações de ano-novo.[7]

Flores

A seguir são relacionados os arranjos mais populares para o ano-novo que estão disponíveis em feiras e mercados antes do ano-novo.

Decoração floralSignificado
Flor de ameixaSorte, fortuna
FortunellaProsperidade
NarcisoProsperidade
Bambuuma planta usada durante todo o ano
GirassolDesejo de um bom ano
Beringelauma planta para curar todas as doenças
Chom Monuma planta que fornece tranquilidade

Comemorações no Brasil

São Paulo

Comemoração do Ano-Novo Chinês em São Paulo

Em São Paulo, o maior centro sino-nipônico do Brasil, a festa é realizada na Praça da Liberdade, onde se concentram restaurantes, lojas e mercearias de imigrantes e descendentes chineses direcionados a este público-alvo. A comemoração acontece no final de janeiro ou início de fevereiro. Uma festa muito alegre e bonita que atrai mais de 100 mil pessoas do Brasil e de várias partes do mundo que visitam a capital paulista. O evento explora vários aspectos da cultura chinesa e suas belas expressões artísticas e culturais. Durante os dias de festa são apresentadas várias atrações no palco como mostras de Kung Fu, de pintura e música chinesas, a tradicional Dança dos Leões, desfile de roupas típicas, entre muitas outras. Próximo ao palco permanecem várias barracas oferecendo um pouco da diferenciada gastronomia chinesa, como tempura de repolho, couve-flor e camarão, Harumaki, o famoso bolinho primavera com recheio de carne e vegetais, e Dorayaki ou Imagawayaki, doce com recheio de feijão Azuki ou creme de baunilha, originário do Japão.

Ri

CESÁRIO VERDE - NASCEU EM 1855 - 25 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Cesário Verde

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Cesário Verde
Nome completoJosé Joaquim Cesário Verde
Nascimento25 de fevereiro de 1855
MadalenaLisboaReino de Portugal Portugal
Morte19 de julho de 1886 (31 anos)
LumiarLisboaReino de Portugal Portugal
ResidênciaLinda-a-PastoraLisboa
NacionalidadePortuguesa
OcupaçãoEscritor, comerciante
Género literárioPoesia
Magnum opusO Livro de Cesário Verde
Carreira musical
Período musicalSéc. XIX
Assinatura
AssinaturaCesárioVerde.svg

José Joaquim Cesário Verde (LisboaMadalena25 de Fevereiro de 1855 — LisboaLumiar19 de Julho de 1886) foi um poeta português, sendo considerado um dos pioneiros, precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX.


SÃO MATIAS - APÓSTOLO - 25 DE FEVEREIRO DE 2021

 Matias (apóstolo)

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Disambig grey.svg Nota: "São Matias" redireciona para este artigo. Para outros santos de mesmo nome, veja São Matias (desambiguação).
São Matias
Estátua em Wehr
Apóstolo e Mártir
Nascimentoséculo I em Judeia
Morteca. 80
Veneração porIgrejas de Sucessão Apostólica
Festa litúrgica14 de maio
AtribuiçõesMachado
Gloriole.svg Portal dos Santos
Seu santuário em Pádua.

São Matias ou Matias Apóstolo foi, segundo a Bíblia, o discípulo escolhido para substituir Judas Iscariotes como apóstolo de Jesus Cristo.

Relato bíblico

Conforme o relato da Bíblia, logo no capítulo inicial dos Actos dos Apóstolos, após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, o apóstolo Pedro, observou que o Rei David escrevera no Salmo 109:8 (segundo apresentado nas seguintes traduções):

"Tome outro o seu bispado" - Novo Testamento, Salmos e Provérbios da Sociedade Bíblica do Brasil
"Seja a sua vida curta, e outro ocupe o seu lugar." - Nova Versão Internacional

Pedro aplicou esta declaração das Escrituras Hebraicas à necessidade de substituir Judas que se havia tornado traidor. Assim, propôs aos aproximadamente cento e vinte discípulos reunidos que a vaga fosse preenchida. A congregação referiu os nomes de José Barsabás e Matias como hipóteses para a escolha. Depois de orarem em conjunto, lançaram sortes e Matias foi escolhido. Esta ocorrência, apenas poucos dias antes do derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes do ano 30 ou 33 d.C., consoante as opiniões de alguns estudiosos, foi a última ocasião mencionada na Bíblia em que se recorreu a sortes para se saber a escolha de Deus num determinado assunto.

Segundo as palavras de Pedro registadas em Actos 1:21, 22, Matias havia sido seguidor de Jesus durante os três anos e meio do seu ministério e havia estado intimamente associado com os apóstolos. Provavelmente era um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas 10:1. Após a sua escolha, ele foi "contado com os onze apóstolos" pela congregação e quando o livro de Actos logo depois fala dos "apóstolos" ou dos "doze", isso incluía Matias.

Outras referências históricas

De acordo com Nicéforo[1], Matias primeiro pregou o Evangelho na Judeia, seguindo para a Etiópia e, posteriormente, se dirigiu para região da Cólquida (agora conhecida como Geórgia Caucasiana), onde foi crucificado. Um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gônio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara indicam que Matias estará sepultado naquele lugar.

A "Sinopse" de Doroteu de Tiro contém esta tradição:

"Matthias in interiore Æthiopia, ubi Hyssus maris portus et Phasis fluvius est, hominibus barbaris et carnivoris praedicavit Evangelium. Mortuus est autem in Sebastopoli, ibique prope templum Solis sepultus."

Cuja tradução é:

"Matias esteve na Etiópia, onde o Porto Maritimo de Hyssus e o Rio Fásis estão. Ele faleceu em Sebastopólis e está sepultado aqui, próximo ao Templo do Sol."

Um trecho dos Atos Coptas de André e Matias localiza sua atividade similarmente na "Cidade dos Canibais", na Etiópia. Alternativamente, outra tradição, menos confiável, menciona que Matias foi enterrado em Jerusalém pelos judeus, onde teria sido decapitado [2].

Já a tradição, narrada por Hipólito de Roma, informa que Matias teria morrido em idade avançada em Jerusalém.

Ver também

SÃO CESÁRIO - 25 DE FEVEREIRO DE 2021

 

Cesário de Nazianzo

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São Cesário de Nazianzo
Nascimentoca. 331 d.C. em NazianzoCapadócia
Morte25 de janeiro de 368 d.C. em Nazianzo, Capadócia
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica25 de Fevereiro
Gloriole.svg Portal dos Santos

Cesário de Nazianzo (em latimCæsarius e em gregoCesarios) foi um proeminente médico e político. Ele é conhecido por ter sido o irmão mais novo de Gregório de Nazianzo e é reconhecido como santo tanto pela Igreja Ortodoxa quanto pela Igreja Católica.[1]

Biografia

O filho caçula de Gregório, o Velho, bispo de Nazianzo, e sua esposa, Nona, Cesário nasceu na vila da família, em Arianzo, nas redondezas de Nazianzo. Ele provavelmente estudou em Cesareia, também na Capadócia, como preparação para os estudos superiores em Alexandria, na província romana do Egito. Lá, suas disciplinas preferidas eram a geometria, a astronomia e, principalmente, medicina. Nesta última, superou todos os colegas.[1]

Por volta de 355 d.C., ele se mudou para a capital imperial, Constantinopla, e já tinha adquirido uma grande reputação por suas habilidades médicas quando seu irmão, Gregório, voltando de Atenas, apareceu por lá em 358 d.C. Cesário então sacrificou um posto de grandes honras e muito bem remunerado para retornar aos seus pais junto com ele. Porém, a vida na capital logo se mostrou uma atração demasiado grande para ele e, eventualmente, ele se tornou um eminente médico na corte bizantina de Constâncio II e, para o desgosto de sua família, na de Juliano, o Apóstata que, porém, não conseguiu convertê-lo ao paganismo em sua tentativa de retornar o Império Romano às suas raízes pagãs. Nesta época, Cesário deixou novamente a corte e retornou apenas após a morte de Juliano, em 363 d.C.[1]

Sob o imperador Valente, Cesário se tornou questor da província da Bitínia, uma posição que incluía as funções de coletor de impostos e administração financeira.[2] Após ter escapado de um terremoto que abalou a cidade de Niceia (11 de outubro de 368 d.C.), seu irmão lhe escreveu implorando que abandonasse suas ambições políticas e retornasse à vida religiosa.[3] Porém, Cesário morreu subitamente numa epidemia de peste que se seguiu ao terremoto, logo após ter recebido o batismo que ele, assim como muitos outros naquela época, havia adiado até a idade adulta. Após a sua morte, sua considerável herança foi saqueada pelos seus servos e credores.[4] Seu irmão Gregório insistiu que o pouco que restou fosse distribuído aos pobres e para os parentes que ainda viviam. Seus restos foram enterrados em Nazianzo, onde seu irmão celebrou os ritos funerários na presença dos seus pais. Na oração que proferiu durante a cerimônia, "Sobre seu irmão São Cesário", Gregório apresenta seu irmão como um cristão modelo e um asceta, provendo assim a fonte principal dos detalhes de sua vida e já deixando prontas as condições para que ele fosse futuramente canonizado.[1][5]

Visão moderna

Seu principal biógrafo, John McGuckin, mantém que, ainda que Cesário e seu irmão Gregório fossem muito próximos, eram de personalidades muito diferentes. Enquanto Gregório perseguiu desde o início a vida religiosa, seu extrovertido e animado irmão estava em casa no mundo da política bizantina.[6]

A afirmação de que este Cesário seria o mesmo prefeito de Constantinopla que, em 365 d.C., foi jogado na prisão por Procópio de Cesareia se baseia unicamente em uma suposição feita por Jacques Godefroy (1587 - 1652), o editor do Código de Teodósio (Lyon, 1665), e não em nenhuma base histórica sólida.

Os quatro Diálogos de cento e noventa e sete perguntas e respostas que são tradicionalmente atribuídos à Cesário e que podem ser encontrados na Patrologia Graeca de Migne (XXXVIII, 851-1190) dificilmente foram escritos por ele, dada a sua natureza, conteúdo e anacronismos. Geralmente são considerados como espúrios.

Na ficção

Cesário é o personagem principal da novela histórica "Deuses e Legiões" de Michael Curtis Ford (2002). A novela, que conta a história da ascensão e queda de Juliano, o Apóstata, é narrada por Cesário que é, ali, seu companheiro mais próximo. A novela tenta explicar como Juliano se transformou de um estudante de filosofia cristã em Atenas em um "César Augusto" do início do império.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d Wikisource-logo.svg "St. Caesarius of Nazianzus" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2.  McGuckin 2001, p. 155
  3.  McGuckin 2001, p. 155-156
  4.  McGuckin 2001, p. 4
  5.  McGuckin 2001, p. 156
  6.  McGuckin 2001, p. 31

Bibliografia


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