sábado, 20 de fevereiro de 2021

SUDÃO DO SUL COM NAÇÕES UNIDAS PROCLAMAM ESTADO DE CARESTIA EM 2017 - 20 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Sudão do Sul

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Sudão.
Republic of South Sudan
República do Sudão do Sul
Bandeira do Sudão do Sul
Brasão de armas do Sudão do Sul
BandeiraBrasão
Lema: "Justiça, Liberdade, Prosperidade"
Hino nacional: "South Sudan Oyee!"
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Gentílico: Sul-sudanês[1]

Localização do Sudão do Sul

Localização do Sudão do Sul na África.
CapitalJuba
04°51′N 31°36′L
Cidade mais populosaJuba
Língua oficialInglês[2][3]
GovernoRepública presidencialista
 - PresidenteSalva Kiir Mayardit
 - Vice-presidenteRiek Machar
Independência 
 - Autonomia regional9 de julho de 2005 
 - Amplo Acordo de Paz6 de janeiro de 2005 
 - Independência do Sudão9 de julho de 2011 
Área 
 - Total644 329[4] km² 
 FronteiraSudão,[1] Etiópia,
QuêniaUgandaRepública Democrática do Congo e República Centro-Africana
População 
 - Estimativa para 2013[5]11 090 104 hab. (76.º)
 - Densidade12,7 hab./km² 
PIB (base PPC)Estimativa de 2014
 - TotalUS$ 23,306 bilhões*[6] 
 - Per capitaUS$ 2 047[6] 
PIB (nominal)Estimativa de 2014
 - TotalUS$ 11,893 bilhões*[6] 
 - Per capitaUS$ 1 044[6] 
IDH (2019)0,433 (185.º) – baixo[7]
MoedaLibra sul-sudanesa (SSP)
Fuso horário(UTC+3)
Cód. ISOSSD
Cód. Internet.ss (registrado, mas ainda não está em operação)
Cód. telef.+211
Website governamentalhttp://www.goss-online.org/

Mapa do Sudão do Sul

Sudão do Sul (em inglêsSouth Sudan) ou Sudão Meridional,[8] oficialmente República do Sudão do Sul (em inglêsRepublic of South Sudan)[9] é um país encravado localizado no nordeste da África. Tem esse nome devido à localização geográfica, ao sul do Sudão.[1]

O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República do Sudão, quando ocorreu a independência deste no ano de 1956. Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro de 2005 no Quênia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M).[10] Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente.[11][12] Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado-membro das Nações Unidas (ONU).[13][14] O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011.[15]

Além da divisa com o Sudão ao norte, o Sudão do Sul faz fronteira a leste com a Etiópia, ao sul com o QuêniaUganda e República Democrática do Congo e a oeste com a República Centro-Africana.

O Sudão do Sul, também chamado de Novo Sudão, possui quase todos os seus órgãos administrativos em Juba, a capital, que é também a maior cidade, considerando a população estimada. Há um projeto de transferir a capital sul-sudanesa para Ramciel.[16] Apesar de ser rico em petróleo, o Sudão do Sul é um dos países mais pobres do mundo, com altas taxas de mortalidade infantil,[17] e um sistema de saúde muito precário, considerado um dos piores do mundo. Em termos de educação somente 27% da população acima dos 15 anos sabe ler e escrever, chegando a 84% o índice de analfabetismo entre as mulheres e boa parte das crianças não frequentam unidades escolares.

No Sudão do Sul encontram-se 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão localizadas sobretudo na região de Abyei, que correspondem a 98% da receita do novo país. No norte também encontram-se os oleodutos[18] responsáveis pelo transporte do petróleo até o Mar Vermelho.

História

Ver artigo principal: História do Sudão do Sul

Os povos do Nilo - os DinkaNueresShilluk, e outros - entraram pela primeira vez no Sudão do Sul em algum momento antes do século X. Durante o período que vai do século XV ao século XIX, as migrações tribais, em grande parte da área de Bahr el Ghazal, trouxeram esses povos aos seus locais atuais. O povo não nilótico Zandes, que entrou no Sudão do Sul no século XVI, estabeleceu o maior estado da região. Os Zandes são o terceiro maior grupo étnico do Sudão do Sul. Eles são encontrados na faixa de floresta tropical do estado de Equatória Ocidental e no estado de Bahr al-Ghazal Ocidental.

No século XVIII, o povo Avungara entrou e rapidamente impôs sua autoridade sobre os Azandes. O poder dos Avungaras permaneceu praticamente sem contestação até a chegada dos ingleses no final do século XIX.[19] Barreiras geográficas impediram a propagação do Islã para os sulistas, permitindo-lhes manter a sua herança social e cultural, bem como suas instituições políticas e religiosas.

No século XVIII, os azandes tiveram relações difíceis com seus vizinhos, os povos MoruMunduPöjulu e pequenos grupos de Bahr el Ghazal, devido à política expansionista do rei destes, Gbudwe. No século XIX, os azandes lutaram contra os francesesbelgas e madistas para manter sua independência. O Egito, sob o governo do Quediva Ismail Paxá, tentou primeiro controlar a região na década de 1870, estabelecendo a província de Equatória na porção sul. O primeiro governador egípcio da província foi Samuel White Baker, comissionado em 1869, seguido por Charles George Gordon em 1874 e por Emin Paxá em 1878. A revolta Madista da década de 1880 desestabilizou a nova província e Equatória deixou de existir como posto avançado egípcio em 1889. Importantes assentamentos na Equatória incluíam: Lado, Gondokoro, Dufile e Wadelai. Em 1947, as esperanças britânicas de unir o sul do Sudão com Uganda foram frustradas pela Conferência de Juba, que unificou o norte e o sul do Sudão.

Independência (2011)

O referendo da independência

Constituição Interina do Sudão do Sul foi assinada em 5 de dezembro de 2005,[20] e previu para 2011 a realização de um referendo quando o povo da região decidiria pela manutenção da autonomia regional estabelecida no tratado de Naivasha, da constituição interina do Sudão do Sul e da constituição nacional interina da República do Sudão de 2005, ou pela independência. O referendo foi realizado a partir do dia 7 de janeiro de 2011, e três dias antes do fim do prazo estabelecido para os sudaneses votarem, a participação dos eleitores era superior a 40%, anunciou Souad Ibrahim, porta-voz da Comissão Eleitoral. Este era a percentagem mínima exigida para que o referendo de independência do Sudão do Sul fosse validado.

Os resultados foram amplamente favoráveis à independência, com 98,81% dos votos a conduzir o país à independência.[21]

Divisão sem precedentes

O período de independência das colônias africanas começou há cerca de 50 anos com uma regra importante. As fronteiras seriam indivisíveis. Ao longo de décadas, países surgiram, mas sempre respeitando o princípio conhecido no jargão da diplomacia como uti possidetis (o que você possui).

Do ponto de vista estratégico, fazia sentido que as linhas políticas traçadas pelas potências europeias no final do século XIX fossem a base para os novos Estados, por mais arbitrária que sua criação tivesse sido.

Por meio de forte domínio militar os países europeus impediram que as diferentes tribos criassem fronteiras diferentes daquelas que haviam sido, por eles, arbitrariamente criadas. Essa imposição é uma das razões históricas para os frequentes conflitos entre tribos que ocorrem até o dia de hoje.

Sempre que se buscou quebrar essa regra, houve ou represálias por parte dos dominadores, ou um número imenso de mortes ocasionadas pela guerra entre tribos. A tentativa do sudeste da Nigéria de se separar em 1967 gerou a Guerra de Biafra, que deixou 1 milhão de mortos

Não há precedente africano, assim, para a secessão do sul do Sudão. O caso mais próximo seria o da Eritreia, que se separou da Etiópia em 1993. Contudo, a região separatista havia sido colonizada de forma separada pela Itália antes de ser englobada pelos etíopes em 1951.

Quanto ao Sudão, trata-se da divisão de uma mesma ex-colônia britânica, gerando um divórcio que será sentido por muito tempo em lugares como SomáliaAngola e Marrocos, para ficar apenas em poucos países africanos com fortes movimentos secessionistas.

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões do Sudão do Sul

Até 2015 o Sudão do Sul estava dividido em dez estados, criados a partir das três regiões históricas do país: Bahr el GhazalEquatória e Grande Nilo Superior. Os estados eram subdivididos em 86 condados.

Antigos estados

EstadoNome em portuguêsÁrea
(km²)
População
Censo 2008 [22][23]
Capital
SudSudan-pt.svg
1Gharb Bahr al-GhazalBahr al Ghazal Ocidental93 900333 431Wau
2Schamal Bahr al-GhazalBahr al-Ghazal do Norte33 558720 898Aweil
3Al-WahdaUnidade35 956585 801Bentiu
4A'li an-NilAlto Nilo77 773964 353Malakal
5WarabWarab31 027972 928Kuajok
6JunqaliJuncáli/Jonglei122 4791 358 602Bor
7Al-BuhairatLagos40 235695 730Rumbek
8Gharb al-Istiwa'iyyaEquatória Ocidental79 319619 029Yambio
9Al-Istiwāʾiyya al-WusṭāEquatória Central22 9561 103 592Juba
10Scharq al-Istiwa'iyyaEquatória Oriental82 542906 126Torit
Total619 7458 260 490

Em outubro de 2015, o presidente do Sudão do Sul Salva Kiir emitiu um decreto que estabeleceu 28 novos estados no lugar dos 10 estados constitucionalmente estabelecidos.[24] O decreto estabeleceu os novos estados, em grande parte seguindo as linhas étnicas. Uma série de partidos da oposição e da sociedade civil contestou a constitucionalidade desse decreto e Kiir mais tarde resolveu levá-la ao parlamento para aprovação como uma emenda constitucional[25] e, em novembro, o parlamento sul-sudanês autoriza o presidente Kiir a criar os novos estados.[26]

Os 28 novos estados do Sudão do Sul são:

Novos estados

EstadoNome em portuguêsCapital
28 Estats del Sodan del Sud-pt.svg
1AweilAweilAweil
2Aweil EastAweil OrientalWanjok
3Eastern LakeLagos OrientaisYirol
4GogrialGogrialKuajok
5GokGokCueibet
6LolLolRaja
7TonjTonjTonj
8TwicTwicMayen Abun
9WauWauWau
10Western LakesLagos OcidentaisRumbek
11AmandiAmandiMundri
12GbudweGbudweYambio
13ImatongImatongTorit
14JubekJubekJuba
15MaridiMaridiMaridi
16NamorunyangNamorunyangKapoeta
17TerekekaTerekekaTerekeka
18Yei RiverRio YeiYei
19BomaBomaPibor
20Eastern BiehBieh OrientalAkobo
21Eastern NileNilo OrientalMalakal
22JongleiJuncáliBor
23LatjoorLatjoorNasir
24Northern LiechLiech do NorteBentiu
25RuwengRuwengPariang
26Southern LiechLiech do SulLeer
27Western BiehBieh OcidentalAyod
28Western NileNilo OcidentalKodok

A área de Abyei, uma pequena região do Sudão na fronteira com Sudão do Sul, atualmente tem um estatuto administrativo especial no Sudão. As fronteira do Sudão e do Sudão do Sul nesta região ainda não foram definidas.

Demografia

censo realizado no Sudão em 2008 apurou 8 260 490 habitantes no Sudão do Sul, 21,1% do total do Sudão. Este resultado é rejeitado pelos legisladores do Sudão do Sul.[27][28] O censo apurou ainda que 4 287 300 habitantes são homens (51,9%) e 3 973 190 são mulheres (48,1%). Essa população se distribui entre mais de 50 diferentes grupos étnicos.[18]

Crise humanitária

acordo de paz de Naivasha pôs fim à mais longa guerra civil da história do continente africano - a Segunda Guerra Civil Sudanesa (1983-2005), durante a qual dois milhões de pessoas morreram e quatro milhões foram deslocadas. Mas, seis anos depois, o clima de medo e insegurança permanece, em razão de conflitos étnicos e da ação de milícias.[1] Só em 2010, 900 pessoas morreram e 215 000 foram deslocadas. Como se não bastasse, o Sudão do Sul enfrenta a maior epidemia de leishmaniose em oito anos, 75% da população não tem acesso a serviços básicos de saúde e há enormes dificuldades para se obter água e alimentos.[18]

População urbana

Religião

Missa dominical na diocese de Rumbek, da Igreja Católica Romana.

A população do país segue, majoritariamente, religiões indígenas tradicionais, o Cristianismo ou o Islamismo.[29][30] O último censo que identifica a religião dos sul-sudaneses remonta a 1956, quando o país ainda era parte do Sudão, onde mais da metade se identificava com seguidores de crenças tradicionais ou cristãos, enquanto 18% eram muçulmanos.[29] Universidades e o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmam que a maioria dos sul-sudaneses mantém a crença em religiões indígenas tradicionais (por vezes referindo-os como animistas) e no Cristianismo, o que tornaria o Sudão do Sul um dos poucos países no mundo onde a maioria dos habitantes seguem a religião indígena tradicional.[31][32][33] No entanto, de acordo com o Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional, do Departamento de Estado dos Estados Unidos de 2012, (citando o censo de 2008), a maioria da população é adepta do Cristianismo, enquanto estatísticas confiáveis ​​sobre a crença animista e muçulmana não estão disponíveis.[34]

Divisão da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos afirma que, no início da década de 1990, possivelmente menos de 10% da população do atual Sudão do Sul era cristã.[35] Registros oficiais do Sudão afirmam que, à época, sua população - e consequentemente a do Sudão do Sul - era composta por cerca de 25% de seguidores de religiões tradicionais e 5% de cristãos.[36] Todavia, algumas reportagens reivindicam uma maioria cristã.[37]

Conforme a Enciclopédia Cristã Mundial, a Igreja Católica é o maior corpo cristão no Sudão do Sul desde 1995, com aproximadamente 2,7 milhões de fiéis católicos.[38] Em 18 de dezembro de 2012, um relatório sobre religião e vida pública, de autoria do Pew Research Center (PRC), afirma que, em 2010, 60,5% da população do Sudão do Sul era cristã, 32,9% eram seguidores de religiões tradicionais africanas e 6,2% eram muçulmanos.[39]

Segundo a Santa Sé, o papa Francisco iria visitar o país em uma viagem apostólica no ano de 2017, mas os bispos locais informaram que o país não possui uma infraestrutura para receber o papa e sua delegação. Sendo assim, a visita papal foi adiada para uma data ainda não definida.

Política

O Sudão do Sul conquistou a independência em 9 de julho de 2011. De 2005 a 2011, foi uma região autônoma na República do Sudão. A constituição atual foi assinada em 7 de julho de 2011. A constituição estabeleceu um sistema presidencial. O Poder Executivo é representado pelo Presidente, Governador e Comandante Supremo das Forças Armadas. O Poder Legislativo é investido no Parlamento Nacional, organizado em duas câmaras: o Congresso Legislativo Nacional e o Conselho de Estados. Finalmente, a constituição estabelece um judiciário independente; O Supremo Tribunal é o seu corpo principal.[40]

John Garang foi o fundador e primeiro presidente da Região Autônoma do Sudão do Sul e, ao mesmo tempo, foi nomeado vice-presidente do Sudão. Alguns dias depois, Garang foi morto em um acidente de helicóptero em Uganda. Salva Kiir foi substituído por Mayardite e Rie Machar tornou-se vice-presidente. No dia em que o Sudão do Sul se tornou independente, Kiir Mayardit assumiu o cargo de presidente republicano.[41]

Infraestrutura

Comunicações

O sistema de televisão é de controle estatal mas existem diversas emissoras de rádio FM privadas e algumas empresas estrangeiras.

Código telefônico internacional: 211.

Internet

Somente 7% da população possui acesso à Internet. Domínios registrados para o Sudão do Sul utilizam o sufixo TLD .ss enquanto o Sudão mantém o TLD .sd.[42]

Serviços públicos

Quase não há eletricidade disponível, exceto para 5% da população. O fornecimento de água é administrado por empresas privadas por meio de caminhões tanque que percorrem a cidade enchendo reservatórios particulares. A água tratada atinge 55% da população e a rede de esgotos 20%.[43]

Transportes

A mobilidade é outra das carências. Fora de Juba, que conta com poucas ruas pavimentadas, predominam as estradas de terra, existem apenas 60 km de estradas precariamente asfaltadas. Isso dificulta o trabalho das ONGs que atendem os povoados. O país possui 24 aeroportos, entretanto somente 2 possuem pista pavimentada.

Símbolos Nacionais

Ver artigo principal: Bandeira do Sudão do Sul

A bandeira da nova nação sul-sudanesa, embora semelhante à do Sudão original, tem sua inspiração na bandeira do Quênia, nação vizinha e que deu suporte a criação do Sudão do Sul e também na da África do Sul. As semelhanças entre esta última e a do Sudão do Sul estão nas cores e na sua quantidade (6 cores, as duas únicas do continente com tantas cores) e ainda no seu design com um triângulo junto ao mastro e faixas horizontais.[44]

O retângulo na sua forma tem relação 2 (c) x 1 (h) nas dimensões. As cores têm os significados:

  • Preto — a raça negra do povo do Sudão do Sul, o orgulho da raça (ocupa ~25,5% da área da bandeira);
  • Branco — a paz pela qual tantos morreram (~6%);
  • Vermelho — o sangue derramado na luta pela independência (~23%);
  • Verde — a vegetação, o potencial agrícola do país (~25,5%);
  • Azul — o Rio Nilo, fonte de vida para o país, para o norte até o Egito (~17%);
  • Amarelo na estrela — a unidade dos estados sul-sudaneses (~3%).

Pessoas notáveis

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d «Sudão do Sul : como o país mais novo do mundo mergulhou num caos de guerra e fome (Última atualização : 15/03/2017)»G1 Mundo. 21 de fevereiro de 2017. Consultado em 4 de abril de 2017Cópia arquivada em 4 de abril de 2017
  2.  «The Transitional Constitution of the Republic of South Sudan, 2011» [A Constituição de Transição da República do Sudão do Sul] (em inglês). Government of South Sudan. Consultado em 12 de Julho de 2011. Arquivado do original em 21 de julho de 2011 Parte Um, 6(2). "Inglês será a língua oficial de trabalho na República do Sudão do Sul".
  3.  «At a Glance»Official portal. Government of Southern Sudan. 12 de Julho de 2011. Consultado em 24 de Julho de 2011. Arquivado do original em 28 de junho de 2011
  4.  «South Sudan». CIA - The World Factbook. Consultado em 19 de julho de 2011
  5.  «South Sudan - Population (em português: Sudão do Sul - População)» 🔗 (em inglês). CIA - The World Factbook. 2013. Consultado em 6 de outubro de 2013
  6. ↑ Ir para:a b c d Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014
  7.  «Human Development Report 2019» (PDF) (em inglês). Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas. Consultado em 17 de dezembro de 2020
  8.  «Sudão Meridional se prepara para independência»IHU - Instituto Humanitas Unisinos. 6 de junho de 2011. Consultado em 7 de novembro de 2018
  9.  «South Sudan»The World Factbook (em inglês). CIA. 11 de Julho de 2011. Consultado em 14 de Julho de 2011
  10.  «The Comprehensive Peace Agreement between The Government of The Republic of The Sudan and The Sudan People's Liberation Movement/Sudan People's Liberation Army - Sudan»ReliefWeb (em inglês). 9 de janeiro de 2015. Consultado em 12 de abril de 2019
  11.  «Sudão do Sul é declarado independente com presença da ONU»Terra. 9 de julho de 2011. Consultado em 12 de abril de 2019
  12.  «Nasce o mais novo país do mundo: o Sudão do Sul»VEJA.com. 8 de julho de 2011. Consultado em 12 de abril de 2019
  13.  Worsnip, Patrick (14 de julho de 2011). «South Sudan admitted to U.N. as 193rd member» [Sudão do Sul admitido como 193º membro da ONU]Reuters (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2019
  14.  «UN welcomes South Sudan as 193rd Member State» [ONU recebe Sudão do Sul como 193º Estado Membro]UN News (em inglês). 14 de julho de 2011. Consultado em 12 de abril de 2019
  15.  «South Sudan Becomes African Union's 54th Member» [Sudão do Sul torna-se o 54º membro da União Africana]VOA (em inglês). 27 de julho de 2011. Consultado em 12 de abril de 2019
  16.  France Presse (4 de setembro de 2011). «Sudão do Sul quer transferir sua capital a Ramciel». G1. Consultado em 21 de junho de 2016
  17.  «Índice de mortalidade infantil por país»The World Factbook — Central Intelligence AgencyCIA. Consultado em 12 de abril de 2019
  18. ↑ Ir para:a b c Cedric Gerbehaye (27 de dezembro de 2010). «Sudão do Sul: uma população acostumada ao sofrimento»Médicos sem Fronteiras. Consultado em 19 de julho de 2011. Arquivado do original em 1 de maio de 2013
  19.  Metz, Helen Chapin, ed. (1991). «The Turkiyah, 1821-85». Sudan: A Country Study. Col: Area handbook series (em inglês). Washington, D.C.: GPO for the Library of Congress. ISBN 084440750X
  20.  «Signing of Southern Sudan Constitution». www.state.gov. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2005
  21.  «Results for the Referendum of Southern Sudan | Southern Sudan Referendum 2011» [Resultados do Referendo do Sudão do Sul | Referendo do Sudão do Sul de 2011]southernsudan2011.com (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2019
  22.  «Sudan: States, Major Cities, Towns & Agglomeration - Population Statistics in Maps and Charts»www.citypopulation.de. Consultado em 12 de abril de 2019
  23.  «unsudanig.org» (PDF)www.unsudanig.org. Consultado em 12 de abril de 2019
  24.  «Kiir and Makuei want 28 states in South Sudan»Radio Tamazuj. Consultado em 16 de outubro de 2015
  25.  «Kiir pressured into taking decree to parliament for approval»Radio Tamazuj. Consultado em 16 de outubro de 2015
  26.  «South Sudan's Kiir appoints governors of 28 new states»Sudan Tribune. Consultado em 13 de janeiro de 2016
  27.  «Southern Sudan legislators reject 2008 census results» [Legisladores do Sudão do Sul rejeitam resultados do censo de 2008]www.sudantribune.com (em inglês). 2 de julho de 2009. Consultado em 12 de abril de 2019
  28.  «Sudan announces details of contested census results» [Sudão anuncia detalhes de resultados de censo contestados]www.sudantribune.com (em inglês). 21 de maio de 2009. Consultado em 12 de abril de 2019
  29. ↑ Ir para:a b «South Sudan's Muslims welcome secession» [Os muçulmanos do Sudão do Sul acolhem a secessão](em inglês). The Daily Star. 9 de janeiro de 2011. Consultado em 28 de abril de 2014
  30.  «South Sudan profile» [Perfil do Sudão do Sul] (em inglês). BBC News. 23 de abril de 2014. Consultado em 28 de abril de 2014
  31.  Kaufmann, E.P. (2004). Rethinking ethnicity: majority groups and dominant minorities. [Repensando etnia: grupos majoritários e minorias dominantes]. Abington, Reino Unido: Routledge. p. 45. ISBN 0203563395
  32.  Minahan, J. (2002). Encyclopedia of the Stateless Nations: S-Z [Enciclopédia das Nações Sem Estado: S-Z] (em inglês). Westport, EUA: Greenwood Press. p. 1786. ISBN 0313323844
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  38.  David Barrett; George Kurian; Todd Johnson, eds. (2001). World Christian Encyclopedia. Oxford: Oxford University Press. pp. 699–700.
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  40.  «Salva Kiir Mayarditek hartu du Hego Sudango presidente kargua»Berria egunkaria, 2011ko uztailak 9, CC BY-SA 4.0, berria.eus. 28 de agosto de 2019
  41.  «Sudan's Garang dies in copter crash»Al Jazeera, 2005eko abuztuak 1, aljazeera.com. 11 de setembro de 2019
  42.  «South Sudan Gets Own Internet Domain»VOA (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2019
  43.  País que deve nascer amanhã, Sudão do Sul terá infraestrutura caótica - Folha.com
  44.  «South Sudan». Flags of the World. Consultado em 23 de julho de 2011

Notas

ALUVIÃO NA ILHA DA MADEIRA EM 2021 - 20 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Aluvião na ilha da Madeira em 2010

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Temporal na ilha da Madeira em 2010
Ribeira de Santa Luzia transbordando para a Rua 5 de Outubro
Duração20 de fevereiro de 2010
Danos217 milhões de euros[1]
Vítimas47 mortos, 4 desaparecidos, 600 desalojados e 250 feridos
Áreas afetadasFunchalRibeira BravaCâmara de LobosSanta Cruz

temporal na ilha da Madeira em 2010 foi uma sequência de acontecimentos iniciados por forte precipitação durante a madrugada do dia 20 de fevereiro, seguida por uma subida do nível do mar. Estes acontecimentos provocaram inundações e derrocadas ao longo das encostas da ilha, em especial na parte sul.

A aluvião

Ribeira de Santa Luzia, antes das cheias. O sedimento depositado atingiu a altura do caminho público, após as inundações.

Causas

Na origem do fenómeno esteve um sistema frontal de forte atividade associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores, segundo o Instituto de Meteorologia.[2] O choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que aliada à elevada temperatura da água do oceano acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo. A orografia da ilha contribuiu para aumentar os efeitos da catástrofe.[3] É possível que, aliado a valores de precipitação recorde, erros de planeamento urbanístico, tais como o estreitamento de leitos das ribeiras e a construção legal ou ilegal dentro ou muito próximo dos cursos de água, bem como falta de limpeza e acumulação de lixo nos leitos de ribeiras de menor dimensão tenham tornado a situação ainda mais grave.[4]

A capela de Nossa Senhora da Conceição, localizada nas Babosas, Monte, foi totalmente destruída pela força das águas.

Efeitos

A parte baixa da cidade do Funchal foi inundada e a circulação viária foi impedida por pedras e troncos de árvore arrastados pelas ribeiras de São JoãoSanta Luzia e João Gomes.[5] Na freguesia do Monte, a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao Largo das Babosas, foi levada pela força das águas, junto com algumas das residências vizinhas.[2] Alguns populares conseguiram salvar a imagem da virgem e vários ornamentos.

Foram confirmados 47 mortos, 600 desalojados[6] e 250 feridos. O Curral das Freiras esteve acessível, embora com acesso condicionado. A freguesia da Serra de Água, a montante da Ribeira Brava, esteve completamente inacessível.[7] Eram evidentes os sinais de destruição provocados pelas enxurradas, com as zonas altas do concelho do Funchal e, também, no concelho da Ribeira Brava a serem as mais afetadas.[5][8][9]

A quantidade de água que caiu no dia 20 de fevereiro de 2010 sobre a Ilha da Madeira, em particular no Pico do Areeiro, foi o valor mais alto jamais registado em Portugal. Neste cume, o segundo mais alto da ilha, foram registados 185 litros por metro quadrado, sendo que os valores mais altos registados em Portugal até à altura não chegavam aos 120. O Funchal, com uma média anual de 750 l/m² registou em poucas horas 114 l/m² de precipitação.[3]

Salvamento, limpeza e apoio às vítimas

Deposição dos inertes trazidos pela aluvião junto do cais do Funchal.

O elevado número de vítimas transformou este evento na pior catástrofe da história da Madeira desde 1803. O governo nacional de Portugal ponderou decretar estado de emergência. O governo autónomo da região, coordenou os salvamentos e a limpeza e deu abrigo às centenas de desalojados.[10]

Rui Pereiraministro da Administração Interna de Portugal, enviou à Região Autónoma equipas de socorro no dia 21, que incluíam 4 militares da equipa cinotecnica de busca e Salvamento do Grupo Intervenção Cinotecnico da GNR. Sendo a única equipa cinotecnica em Portugal com larga experiência em cenários de catástrofe quer a nível nacional e internacional para resgate de possíveis sobreviventes nos escombros, assim como seis mergulhadores da Força Especial de Bombeiros, para ajudar na busca de cadáveres perdidos no mar, e cinco médicos do Instituto de Medicina Legal, para auxiliar nas autópsias. Destacado foi também um pelotão do Corpo de Intervenção da PSP que auxiliou em buscas e salvamento, bem como na salvaguarda e vigilância de pessoas e bens na baixa funchalense. Enviou também pontes militares e um corpo de 15 elementos das Forças Armadas Portuguesas, para restabelecer as comunicações viárias nos locais afetados.[11] A fragata Corte-Real da Marinha Portuguesa chegou à Ilha da Madeira com meios humanos e materiais para auxiliarem nas buscas.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, deslocou-se na noite de dia 20 ao Funchal, numa visita de solidariedade.[12] O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, expressou igualmente as suas condolências,[13] visitando a Região no dia 24 de fevereiro de 2010.[14]

O governo português declarou a observância de três dias de luto nacional.[15]

Referências

  1.  (em português) Prejuízos contabilizados na Madeira já ultrapassam os 217 milhões Arquivado em 27 de fevereiro de 2010, no Wayback Machine., página visitada em 25 de fevereiro de 2010.
  2. ↑ Ir para:a b «Tragédia sem memória». www.dn.pt. Consultado em 21 de fevereiro de 2010[ligação inativa]
  3. ↑ Ir para:a b «A natureza aliou-se para dilúvio inédito - Portugal - DN». dn.sapo.pt. Consultado em 21 de fevereiro de 2010[ligação inativa]
  4.  dn.pt (22 de fevereiro de 2009). «Quem busca a ribeira...». 22-02-2009. Consultado em 23 de fevereiro de 2009[ligação inativa]
  5. ↑ Ir para:a b «Mau tempo na Madeira já provocou pelo menos 31 mortos - vídeos». www.ionline.pt. Consultado em 20 de fevereiro de 2010
  6.  Telejornal, RTP1, 23 fevereiro de 2010
  7.  Telejornal, RTP1, 21 fevereiro de 2010
  8.  «Temporal na Madeira já fez 32 mortos». www.publico.clix.pt. Consultado em 20 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2010
  9.  «População sem água, electricidade e telefone está preocupada com a situação - Sociedade - PUBLICO.PT». www.publico.pt. Consultado em 20 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2010

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