segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

USS MAINE (ACR-1) EXPLODE NO POORTO DE HAVANA - CUBA EM 1898 - 15 DE FEVEREIRO DE 2021

 


USS Maine (ACR-1)

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USS Maine
USS Maine
CarreiraNaval jack of the United States (1912–1959).svg
Projecto:3 de Agosto de 1886
Colocação da quilha:17 de Outubro de 1888
Lançamento:18 de Novembro de 1889
Comissionado:17 de Setembro de 1895
Destino:Afundado na Baía de Havana, em 15 de Fevereiro de 1898
Características Gerais
Deslocamento:
Comprimento:
Largura(boca):
Altura da linha d'água(calado):
Propulsão:
Velocidade:
Autonomia:
Tripulação:
Armamento:
Armamento (quando afundado):
Aeronaves:
Insígnia:
Lema:

USS Maine (ACR-1) fazia parte do programa de construção destinado a incrementar a importância dos Estados Unidos no mar. Construído inicialmente como cruzador couraçado, foi reclassificada no momento em que entrou ao serviço, em 1895, como encouraçado de segunda classe.

Na década de 1880, o Império do Brasil introduziu os Encouraçados Riachuelo e Aquidabã que representaram uma significativa vantagem no poderio militar da frota brasileira nas Américas e no Hemisfério Ocidental. Sobre o Riachuelo, Hilary A. Albert, chefe do "House Naval Affairs Committee", alertando o congresso americano em 1883 comentou: “Se todos esses nossos velhos navios fossem colocados em um arranjo de batalha no meio do oceano e confrontados com o Riachuelo é duvidoso que uma única embarcação portando a bandeira americana voltasse ao porto".[1] O USS Maine foi lançado em 18 de novembro de 1889, três dias após o fim do Império Brasileiro derrubado pelo golpe de 15 de novembro de 1889 e que teve influência e apoio político-militar dos EUA na União Pan-Americana de 1890 [2] e no Caso do Rio de Janeiro. Adquirindo a superioridade no continente americano, a partir de 1890 desencadeou-se nos Estados Unidos uma violenta campanha jornalística que lamentava a inferioridade da marinha nacional em relação à de outros países do continente europeu; assim, a Comissão de Assuntos Navais do Congresso ordenou a construção de um número limitado de novas unidades, entre as quais figuravam dois couraçados de alto mar, destinados a serem navios de guerra de primeira classe, capazes de enfrentar qualquer adversário à escala mundial, mas com performances mais modestas. Na verdade, a marinha dos Estados Unidos não pretendia desafiar qualquer potência europeia, desejando apenas poder operar com segurança na sua limitada esfera de influência. No entanto, as primeiras ações efetivas ocorreram contra a Espanha após essa "supostamente" ter sabotado o USS Maine. Após o fim da Guerra Hispano-Americana e aquisição de Porto Rico e Filipinas como territórios e Cuba como protetorado, os EUA consolidou sua hegemonia nos mares da América Central e do Pacífico.

Os dois couraçados, Maine e Texas, foram projectados independentemente um do outro, seguindo critérios diferentes: o Texas devia ser o mais blindado e o que teria o armamento mais pesado, enquanto ao Maine estava reservada uma maior autonomia. No entanto, os dois navios (e especialmente o Maine) apresentavam grandes semelhanças com as unidades mais potentes da época no Hemisfério ocidental, como o Encouraçado Riachuelobrasileiro, construído em Londres e terminado em 1883.

Convidaram-se projectistas norte-americanos e estrangeiros a apresentar os seus planos. Para o Maine, escolheu-se o projecto do Bureau of Construction and Repair, e o concurso do Texas foi ganho por um inglês. A construção das duas unidades (e mais a do cruzador blindado Baltimore) foi autorizada pelo Congresso a 3 de Agosto de 1886.

A quilha do Maine (originalmente classificado como cruzador couraçado) foi assentada a 17 de outubro de 1888 no Arsenal de Nova Iorque. O navio foi lançado à água a 18 de novembro de 1889, entrando em serviço a 17 de setembro de 1895. Tinha uma cidadela couraçada central que compreendia as máquinas e o armamento principal, além dos paióis de munições e a respectiva maquinaria. As torres dos canhões, cada uma com duas peças de 254 mm (de 28,5 t de peso), eram accionadas hidraulicamente e ficavam na coberta principal.

Originalmente o couraçado devia ser do tipo composto mas, no momento da sua construção, usou-se aço niquelado, de 305 mm de espessura, endurecido superficialmente pelo processo Harvey. O novo material, que alcançou um grande êxito aquando da sua apresentação em 1891, foi classificado alguns anos depois como cromo-aço, produzido pela Krupp.

A disposição das torres na diagonal foi inventada por Benedetto Brin. Depois da batalha de Lissa, em 1866, que voltara a propor o esporão como arma ofensiva, tornou-se necessário que os navios de guerra pudessem concentrar o tiro pela proa, pelo que Brin projectou um certo número de unidades (entre as quais o Duilio/Dandolo e o Italia/Lepanto) nas quais todo o armamento principal podia apontar pela proa ou pela popa, bem como pelos costados, dado que as torres dos canhões estavam montadas muito por fora da linha de coxia do navio ¬– na diagonal ¬, de modo a cada uma delas poder abrir fogo muito para lá da superestrutura central. Quando o Maine e o Texas ficaram prontos, este conceito já estava ultrapassado, mas estes navios conferiram prestígio à Marinha norte-americana no Hemisfério ocidental.

Maine deveria levar a bordo duas lanchas-torpedeiras de segunda classe de 15 t, mas como a única a ser construída não alcançou a velocidade prevista de 18 nós, o projecto foi arquivado.

A unidade, de 98,9 m de comprimento por 17,4 m de boca, tinha um calado de 6,9 m com o deslocamento standard (6 789 t). As dimensões eram limitadas pela escassa capacidade dos portos e diques de carenagem norte-americanos da época.

A capacidade dos depósitos de combustível (900t) era muito reduzida para uma embarcação que, segundo o primeiro projecto, deveria ser um cruzador; assim, pensou-se em equipá-la com um aparelho vélico completo de três mastros, mas a ideia foi abandonada antes do lançamento à água.

Os dois propulsores do Maine foram as primeiras máquinas verticais de três cilindros de tripla expansão da Marinha norte-americana.

O armamento do Maine compreendia quatro canhões de 254 mm em torres, seis de 152 mm em plataformas salientes, sete peças de 6 libras, oito de 1 libra, quatro metralhadoras do tipo Gatling e quatro tubos lança-torpedos. A unidade custou 4 677 789 dólares.

Explosão do Maine

O inesperado afundamento do Maine foi um dos fatos que levou à eclosão da guerra hispano-norte-americana de 1898. O navio zarpou rumo ao porto de Havana, a 28 de Janeiro, para proteger os interesses dos Estados Unidos em Cuba durante as lutas de independência da Espanha. A 15 de Fevereiro, durante um período de tensão entre os dois países, o couraçado explodiu no porto de Havana. O governo dos EUA alegou que se tratava de uma manobra de sabotagem da Espanha. Contudo, posteriormente descobriu-se que a causa da explosão tinha sido a combustão espontânea do carvão armazenado nos paióis junto ao santabárbara de proa. No princípio de 1912 conseguiu-se repor a flutuar os restos do navio, que foi rebocado para o mar alto e afundado.

A tripulação do Maine era formada por 354 homens, 266 dos quais (2 oficiais e 264 marinheiros) encontraram a morte quando o navio explodiu às 21h 40 min do dia 15 de Fevereiro de 1898. A unidade foi recuperada no começo de 1912, rebocada para o mar alto e afundada nos estreitos da Flórida. No dia da Comemoração de 1915, o seu mastro maior foi colocado, à guisa de monumento, no Cemitério Nacional de Arlington, na Virginia.

Referências

Fontes

NEBULOSA OLHO DE GATO - DESCOBERTA EM 1766 - 15 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Nebulosa Olho de gato

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NGC 6543
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Nebulosa Olho de gato
Dados observacionais (J2000)
ConstelaçãoDraco
Asc. reta17h 58m 33.423s
Declinação+66° 37′ 59.52″
Magnit. apar.9,8B
Distância3.300 anos-luz
DimensõesNúcleo: 20″ minutos de arco
Características físicas
RaioNúcleo: 0,2 anos-luz
Características notáveisestrutura complexa
Nebulosa Olho de gato
Draco constellation map.png

NGC 6543 ou Nebulosa do Olho de gato é uma nebulosa planetária na constelação do Dragão. Estruturalmente é uma das nebulosas mais complexas conhecidas tendo-se observado em imagens de alta resolução do Telescópio Espacial Hubble mostrando jorros de material e numerosas estruturas em forma de arco.[1]

Foi descoberta por William Herschel em 15 de Fevereiro, de 1786 e foi a primeira nebulosa planetária cujo espectro foi pela primeira vez pesquisado sendo este trabalho realizado pelo astrônomo amador William Huggins em 1864.

Os estudos modernos revelam uma natureza complexa com intrincadas estruturas que poderiam ser causadas por material ejectado por uma binária acompanhando a estrela central. No entanto não há evidências diretas da presença desta parceira estelar. Também as medidas de abundâncias de elementos químicos revelam uma importante discrepância entre as medidas obtidas por diferentes métodos indicando que há aspectos desta nebulosa que permanecem ainda sem ser compreendidos.

Informação geral

Nebulosa Olho de Gato.

A NGC 6543 é uma nebulosa planetária muito estudada. É relativamente brilhante com uma magnitude aparente de 8,1, e também com uma temperatura de brilho elevada. Encontra-se nas coordenadas de ascensão reta 17h 58min 33,423s e declinação +66°38'. A alta declinação significa que é facilmente observável a partir do hemisfério norte, onde a maioria dos grandes telescópios foram construídos.[2]

Enquanto a nebulosa interior mais brilhante tem um tamanho relativamente reduzido de 20 segundos de arco em diâmetro, possui um halo extenso com material ejectado da estrela central durante a etapa de gigante vermelha. O halo se estende uns 386 arcseconds (6,4 minutos de arco).

As observações mostram que o corpo principal da nebulosa tem uma densidade de umas 5 000 partículas/cm³ e uma temperatura de 8 000 K. O halo exterior tem uma temperatura algo superior a 15 000 K e uma densidade muito inferior.[3][4]

A estrela central em NGC 6543 é uma estrela de tipo espectral O com uma temperatura na fotosfera de 80 000 K. Seu brilho é aproximadamente mais 10 000 vezes luminoso que o Sol com um raio de 0,65 o raio solar. Diversas análises espectroscópicas mostram que a estrela perde massa rapidamente por um forte vento estelar a um ritmo de 3.2×10−7 massas solares por ano - 20 trilhões de toneladas por segundo. A velocidade deste vento de partículas é de 1 900 kms−1. Os cálculos e modelos teóricos indicam que a estrela central possui atualmente uma massa solar mas os cálculos de sua evolução teórica implicam uma massa inicial de 5 massas solares.

Observações

Nebulosa Olho de Gato capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA.

Observações infravermelhas

As observações de NGC 6543 em longitudes de onda infravermelhas mostram a presença de uma nuvem pó estelar e gás a baixa temperatura. Pensa-se que o pó se formou nas últimas fases da vida da estrela original. Este pó absorve luz da estrela central reemitiendo a energia em longitudes infravermelhas. O espectro de emissão infravermelho permite deduzir temperaturas de 70 K.

As emissões infravermelhas revelam a presença de material não ionizado como hidrogênio molecular (H2). Em muitas nebulosas planetárias a emissão molecular é maior a distâncias maiores da estrela onde o material deixa de estar ionizado. No caso da NGC 6543 a emissão de hidrogênio é mais intensa no limite interior do halo exterior. Isto é possivelmente devido a ondas de choque excitando o H2 à medida que impactam a diferentes velocidades com o halo.

Observações ópticas e ultravioleta

NGC 6543 foi extensamente observada no ultravioleta e nas longitudes de onda do visível. As observações espectroscópicas nestas longitudes de onda permitem determinar as abundâncias de diferentes espécies químicas bem como intrincadas estruturas da nebulosa.

A imagem em falsa cor do HST ressalta as regiões de alta e baixa concentração de íons. Três imagens foram tomadas com filtros que isolavam a luz emitida por íons de hidrogênio em 656,3 nmnitrogênio ionizada em 658,4 nm e oxigênio duplamente ionizado em 500,7 nm. As imagens foram combinadas em canais vermelho, verde e azul respectivamente. A imagem revela duas capas de material menos ionizado nos limites da nebulosa.

Observações em raios X

Observatório de raios-X Chandra revelou a presença de gás extremamente quente ao redor da NGC 6543. Acredita-se que o gás quente é produzido pela violenta interação entre o vento estelar e o material expulso anteriormente. Esta interação esvaziou em grande parte o interior da nebulosa deixando um espaço menos denso em forma de borbulha.

As observações do Chandra revelaram também uma fonte pontual de intensos raios X na posição da estrela. Esta não deveria emitir tão intensamente nesta longitude de onda pelo que o elevado fluxo de raios X resulta algo misterioso. Uma possibilidade interessante é que os raios X poderiam ser produzidos num hipotético disco de acreção ao redor do sistema binário.

Distância

A expansão radial de NGC 6543 pode ser usada para calcular sua distância.

As distâncias às nebulosas planetárias não são tão fáceis de identificar como no caso de algumas estrelas. Muitos dos métodos utilizados para estimar estas distâncias se baseiam em hipóteses gerais que podem ser inadequadas para o objeto específico sob estudo.

Em anos recentes no entanto as observações de maior precisão realizadas com telescópios como o Hubble permitiram melhorar estas estimativas. Todas as nebulosas planetárias se expandem e as observações do mesmo objeto em anos diferentes com suficiente resolução angular permite medir o ritmo de crescimento da nebulosa sobre o céu. Estas expansão é normalmente muito pequena, uns poucos milisegundos de arco por ano ou menos. Os métodos espectroscópicos permitem calcular a velocidade de expansão de uma nebulosa planetárias a partir do efeito Doppler. Portanto, comparando a expansão angular com a velocidade de expansão medida por efeito Doppler pertmiten calcular a distância à nebulosa.

No caso de NGC 6543 as observações do telescópio espacial Hubble ao longo de vários anos permitiram estimar seu ritmo de expansão em 10 milisegundos de arco por ano com velocidades de expansão ao longo da linha de visão de 16.4 km/s. Combinando ambos resultados resulta uma distância entre a Terra e a Nebulosa Olho de gato de 1 000 parsecs

Idade

O ritmo de expansão angular da nebulosa pode ser utilizado para estimar a idade desta. Se a expansão procedeu a ritmo constante, para atingir um diâmetro de 20 segundos de arco a um ritmo de 10 milisegundos de arco por ano, a nebulosa se teria formado há uns 1 000 anos. Provavelmente esta idade é só um limite superior já que o material expulso poderia ter-se deslocado a maior velocidade no passado sendo freado por sua interação com o meio interestelar.[5]

Composição química

Como a maioria dos objetos astronómicos NGC 6543 é formada sobretudo por hidrogênio e hélio, com elementos pesados tão somente presentes em pequenas quantidades. A composição exata pode ser estudada mediante a análise espectroscópica da luz procedente da nebulosa. As abundâncias se expressam geralmente relativas ao hidrogênio, o elemento mais abundante.[6]

Diferentes estudos indicam que a proporção de hélio frente ao hidrogênio na Nebulosa Olho de gato é de 0.12, o carbono e o nitrogênio têm abundâncias de 3×10−4, e o oxigênio tem uma abundância de 7×10−4. Estes valores são típicos dentro das nebulosas planetárias com concentrações de carbono, nitrogênio e oxigênio mais abundantes do que numa estrela como o Sol devido aos efeitos da nucleosíntesis que enriquece a atmosfera estelar com elementos pesados do que são depois expulsos formando a nebulosa planetária.

A análise mais detalhada mostra que a nebulosa contém também uma pequena quantidade de material altamente enriquecido em elementos pesados.

Cinemática e morfologia da nebulosa

A NGC 6543 é uma nebulosa de grande complexidade estrutural. Os mecanismos capazes de moldar todas suas formas não são compreendidos com clareza. A porção mais brilhante interior é causada pela interação do vento estelar com o material expulso durante a formação da nebulosa. Neste processo se emitem grande quantidade de raios X. O vento estelar esvazia de maneira não-homogénea o interior da nebulosa.

Dado que a estrela central apresenta sinais de poder ser um sistema binário, a interação entre ambas estrelas contribui também para moldar as estruturas interiores da nebulosa. Neste caso poderia existir um disco de acreção com material fluindo de uma estrela à outra e com fenômenos de ejeção pelas regiões polares da estrela que está acrescentando material. Estes jorros de ejeção estariam submetidos a movimentos de precessão que poderia contribuir para formar as estruturas em forma de filamento presentes na nebulosa.

Além da nebulosa interior o halo exterior envolve o sistema numa série de anéis concéntricos formados em etapas anteriores da formação da nebulosa planetária, quando a estrela interior estava no ramo asintótica das gigantes vermelhas do diagrama de Hertzsprung-Russell. Os anéis estão uniformemente distribuídos pelo que tão somente teria um único mecanismo responsável de sua formação a intervalos regulares. Mais longe ainda um halo de material mais ténue se estende a largas distâncias da estrela.[7]

Ver também

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Ligações externas

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