sábado, 13 de fevereiro de 2021

AGOSTINHO DA SILVA - - FILÓSOFO - NASCEU EM 1906 (MORTE EM 3-4-1994) - 13 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Agostinho da Silva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Agostinho da Silva
Agostinho da Silva, por Bottelho
Nome completoGeorge Agostinho Baptista da Silva
Nascimento13 de fevereiro de 1906
Porto
Morte3 de abril de 1994 (88 anos)
Lisboa
NacionalidadePortugal Portugal
OcupaçãoFilósofopoetaensaístaprofessorFilólogoPedagogo
Magnum opus"Sete Cartas a um Jovem Filósofo"

George Agostinho Baptista da Silva (Porto13 de fevereiro de 1906 — Lisboa3 de abril de 1994) foi um filósofopoetaensaísta, professor, filólogopedagogo e tradutor português. O seu pensamento combina elementos de panteísmomilenarismo e ética da renúncia, afirmando a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. Agostinho da Silva pode ser considerado um filósofo prático empenhado, através da sua vida e obra, na mudança da sociedade. Passou considerável tempo de sua vida no Brasil.[1]

Biografia

Início

George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto em 1906, tendo-se ainda nesse ano mudado para Barca d'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), onde viveu até aos seus 6 anos, regressando depois ao Porto, onde inicia os estudos na Escola Primária de São Nicolau em 1912, ingressando em 1914 na Escola Industrial Mouzinho da Silveira e completando os estudos secundários no Liceu Rodrigues de Freitas, de 1916 a 1924.[1]

Formação

Realizando um percurso académico notável e excecional, de 1924 a 1928 Agostinho da Silva fez Filologia Clássica, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura com 20 valores. Em 1929, somente um ano depois de se licenciar, e quando contava apenas 23 anos, defendeu a sua dissertação de doutoramento a que deu o título O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas, doutorando-se com louvor.

Depois disso começou a escrever para a revista Seara Nova, colaboração que manteve até 1938.

Em 1931 parte como bolseiro para Paris, onde estudou na Sorbonne e no Collège de France. Após o seu regresso em 1933, lecionou no ensino secundário em Aveiro até ao ano de 1935, altura em que foi demitido do ensino oficial por se recusar a assinar a Lei Cabral, que obrigava todos os funcionários públicos a declararem por escrito que não participavam em organizações secretas (e como tal subversivas). No mesmo ano, conseguiu uma bolsa do Ministério das Relações Exteriores de Espanha e foi estudar para o Centro de Estudos Históricos de Madrid. Em 1936 regressou a Portugal devido à iminência da Guerra Civil Espanhola.

Criou o Núcleo Pedagógico Antero de Quental em 1939, e em 1940 publicou Iniciação: cadernos de informação cultural.[2] Foi preso pela polícia política em 1943, abandonando o país no ano seguinte (1944) em direção à América do Sul, passando pelo Brasil, Uruguai e Argentina, no seguimento da sua oposição ao Estado Novo conduzido por Salazar.[1]

Brasil

Em 1947, instalou-se definitivamente no Brasil, onde viveu até 1969. Estabeleceu-se inicialmente em São Paulo e depois mudou-se para o Itatiaia, onde fundou uma comunidade. Em 1948, começou a trabalhar no Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, estudando entomologia, e ensinando simultaneamente na Faculdade Fluminense de Filosofia. Colaborou com Jaime Cortesão na pesquisa sobre Alexandre de Gusmão. De 1952 a 1954, ensinou na Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa e também em Pernambuco.

Entre 1944 e 1954, manteve um contacto estreito com Vicente Ferreira da Silva e sua esposa Dora Ferreira da Silva.

Em 1954, novamente com Jaime Cortesão, ajudou a organizar a Exposição do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo. Um dos fundadores da Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis, criou o Centro de Estudos Afro-Orientais e ensinou Filosofia do Teatro na Universidade Federal da Bahia, tornando-se em 1961 assessor para a política externa do presidente Jânio Quadros. Participou na criação da Universidade de Brasília e do seu Centro Brasileiro de Estudos Portugueses no ano de 1962 e, dois anos mais tarde, criou a Casa Paulo Dias Adorno em Cachoeira e idealizou o Museu do Atlântico Sul em Salvador da Bahia.[1]

Regresso a Portugal

Regressou a Portugal em 1969, após a doença e morte de Salazar e a sua substituição por Marcello Caetano, facto que deu origem a alguma abertura política e cultural no regime. Desde então continuou a escrever e a lecionar em diversas universidades portuguesas, dirigindo o Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Técnica de Lisboa, e no papel de consultor do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (atual Instituto Camões).

A 12 de março de 1987, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[3]

Em 1990, a RTP1 emitiu uma série de treze entrevistas com o professor Agostinho da Silva, denominadas Conversas Vadias. Uma delas, memorável, Conversa com Adelino Gomes, foi emitida em 1990. Conduzida por António Escudeiro, outra entrevista chamada Agostinho por si próprio, relativa ao estudo histórico sobre o culto do Espírito Santo,[4] foi publicada pela editora Zéfiro em 2006.

Morte

Faleceu no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, no ano de 1994.

Vida pessoal

Era vegetariano.[5] Comia o menos carne possível (tal como diz numa das suas últimas entrevistas, concedida a Herman José). Não se sabe ao certo quantos filhos teve, mas foram mais que sete de acordo com o seu biógrafo António Cândido Franco.[6] A vida de boêmio que levou no Brasil muito contribuiu para que descuidasse as suas responsabilidades paternais, e o levasse a ter filhos que acabaram por ficar registados no bilhete de identidade com pai incógnito.

Posteridade

Um documentário sobre o próprio, intitulado "Agostinho da Silva: um pensamento vivo" (disponível no youtube), foi realizado por João Rodrigo Mattos e lançado pela Alfândega Filmes em 2004.

Agostinho da Silva é referenciado como um dos principais intelectuais portugueses do século XX. Da sua extensa bibliografia, destacam-se o livro Sete cartas a um jovem filósofo, publicado em 1945. Participa como colaborador em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas: 57[7] (1957-1962) e Princípio[8] (1930).

Obras

  • A vida de Pasteur (Seara Nova, 1938)
  • Sanderson e a escola de Oundle (Inquérito, 1941)
  • Moisés e outras páginas bíblicas (1945)
  • Um Fernando Pessoa (Agir, 1958)
  • Sete cartas a um jovem filósofo: seguidas de outros documentos para o estudo de José Kertchy Navarro (1945)
  • Um Fernando Pessoa e Antologia de Releitura (Guimarães, 1959)
  • Quadras inéditas (Ulmeiro, 1990)
  • Do Agostinho em Torno do Pessoa (póstumo, 1997)
  • Uns poemas de Agostinho (póstumo, 1997)

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d «Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto / Agostinho da Silva». Universidade do Porto. Consultado em 17 de março de 2013
  2.  Volume IV: Cadernos de Informação Cultural - Tomo 1 no Portal Agostinho da Silva
  3.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Agostinho da Silva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de julho de 2019
  4.  Notas sobre o Culto do Espírito Santo na Arrábida, Casa Agostinho da Silva, 12 de junho de 2015
  5.  «Instituto Politécnico de Setúbal: Agostinho da Silva». Consultado em 6 de setembro de 2011. Arquivado do original em 24 de abril de 2012
  6.  «O Estranhíssimo Colosso - Biografia Agostinho da Silva, António Cândido Franco - Livro - Bertrand»www.bertrand.pt. Consultado em 11 de julho de 2020
  7.  Álvaro de Matos (24 de junho de 2008). «Ficha histórica: 57 : folha independente de cultura» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de janeiro de 2015
  8.  Rita Correia (11 de dezembro de 2008). «Ficha histórica:Princípio : publicação de cultura e política (1930)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de março de 2015

Ligações externas

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Agostinho da Silva

SÃO BENIGNO DE TÓDI - 13 DE FEVEREIRO DE 2021

 

Benigno de Todi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa

São Benigno de Todi é um santo cristão.

Histórico

Foi martirizado em TodiItália para renegar a sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses romanos, e como não o fizesse foi executado no dia 15 de fevereiro de 303, durante as perseguições do imperador romano Diocleciano (284-305).

Seu corpo foi deixado ao relento, mas inexplicavelmente os animais predadores não o atacaram e mais foi tarde foi recolhido por mãos piedosas e sepultado. No local de sua tumba foi erigido um Monastério Beneditino.

Suas relíquias foram trasladadas para igreja de São Silvestre em 1679.

Sua festa é celebrada no dia 13 de fevereiro.

BEATO JORDÃO DA SAXÓNIA - 13 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Jordão da Saxônia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Jordão da Saxônia
Afresco de Jordão no Convento em Worms
2º Mestre Geral da Ordem dos Pregadores
Nascimentoca. 1190 em DasselSacro Império Romano
Morte13 de fevereiro de 1237 em Costa da Síria
Veneração por13 de fevereiro
Beatificação10 de maio de 1826Roma por Papa Leão XII
CanonizaçãoRoma
Principal temploIgreja de Tolemaida (Palestina)
Festa litúrgica13 de fevereiro
Gloriole.svg Portal dos Santos

Beato Jordão da Saxônia ou Jordano (castelo de BurgbergDassel, ca. 1190Costa da Síria13 de fevereiro de 1237). Teólogo Dominicano alemão, foi sucessor de São Domingos de Gusmão como Mestre Geral da Ordem de Pregadores.

Biografia

Jordão era filho dos condes do Ebersteins ou Oberstein, no Ducado da Saxónia. Nasceu por volta do ano 1176 no castelo do Borgberge, perto do Dassel, na região alemã de Vestfália. Em 1210 é enviado à Universidade de Paris onde estuda matemáticaliteraturafilosofiadireito canônicosagrada escritura e teologia.

Em 1219 conhece em Paris São Domingos de Gusmão, cujas pregações passa a frequentar e com o qual se entrevistou em duas oportunidades. A pregação de Reginaldo de Orleans deu-lhe o último impulso para ingressar na Ordem dos Pregadores. Reginaldo, quando à frente da Universidade de Bolonha, impressionava a muitos estudantes e professores por sua oratória, entre os quais se contam Mestre Moneta e Rolando de Cremona. Em uma quarta-feira de cinzas ele, Reginaldo, dirigiu uma pregação por insistência de monges que queriam adentrar à Ordem de São Domingos. Era esta a influência que teve Jordão desde sua conversão.

Em 1220, Jordão participa do primeiro capítulo geral da Ordem, celebrado em Bolonha onde passará a frequentar os estudos da Bíblia ministrada pelos frades de Paris.

Posteriormente passa a governar a província dominicana da Lombardia e, tendo morrido São Domingos de Gusmão, o fundador dessa ordem dos dominicanos. É eleito Superior da Ordem no ano Pentecostal de 1222, quando só contava com 32 anos de idade. Como o seu antecessor, ele era famoso como sendo um disciplinador severo cujo entusiasmo para com a regra era temperado com bondade. Como superior ele participou do capítulo geral de 1226, e em não poucas ocasiões serve de conselheiro ao papa Gregorio IX.

Seu pregação sobre Jesus Cristo atraiu à Ordem um grande número de doutores, professores, diversos eruditos e conotados estudantes, especialmente nas cidades universitárias de ParisBolonha e Vercelli. As lendas medievais dizem que Jordão teria criado as bases de 240 comunidades de frades e recebido na ordem a uns mil noviços, entre os quais se conta a Alberto MagnoHumberto de Romans e Hugo de Saint-Cher.

Finalmente embora extenuado por sua pregação itinerante, visitou várias províncias dominicanas, entre elas as da Terra Santa. Visitou vários outros lugares e por fim, embarcou na Síria rumo a Nápoles, mas perto já da costa da Palestina, a embarcação foi acometida por uma furiosa tempestade, que a fez naufragar e, neste naufrágio, Jordão, com outros dominicanos, morre afogado em 1237.

Jordão foi venerado como santo sem ser canonizado e o papa Leão XII confirmou seu culto o 10 de maio de 1826.

Mecenato

Ele é tido como o patrono da vocação Dominicana.

Jordão é considerado o santo padroeiro da Faculdade de Engenharia da Igreja Católica das Filipinas Universidade de Santo Tomas, que está sob a ordem Dominicana.

Em sua honra, lhe dá o nome ao seminário dominicano "Seminário Apostólico Dominicano Jordão da Saxônia", situado ao lado do Convento de São Domingos BogotáColômbia por Frei Adalberto Ariza O. P.

Obra

Bibliografia

Edições das Obras
  • Berthold Althaner, Die Briefe Jordans von Sachsen, des zweiten Dominikanergenerals (1222-1237). Texte und Untersuchungen, zugleich ein Beitrag zur Geschichte der Frommigkeit im 13. Jahrhundert. Lipsiae, 1925
  • J. J. Berthier, ed., Beati Jordani de Saxonia Opera. Friburgi, 1891
  • Paul-Bernard Hodel, ed., Beati Jordani de Saxonia sermones. Romae, 2005
  • Wolfram Hoyer, interpr., Jordan von Sachsen: Ordensmeister, Geschichtsschreiber, Beter; eine Textsammlung. Lipsiae, 2002
  • Elio Montanari, ed., Oratio ad beatum Dominicum b. Iordanis de Saxonia O. P.. Florentiae, 1991
  • Franco Morenzoni, ed., "Les sermons de Jourdain de Saxe, successeur de Saint Dominique" in Archivum Fratrum Praedicatorum vol. 66 (1996) pp. 201–244
  • Angelus Walz, ed., Beati Iordani de Saxonia Epistulae. Romae: Institutum Historicum Fratrum Praedicatorum, 1951
Livros recentes
  • Marguerite Aron, Un animateur de la jeunesse au XIIIe siècle: vie, voyages du Bx Jourdain de Saxe, maître-ès-arts à Paris et général des frères prêcheurs de 1222 à 1237. Lutetiae, 1930
  • Bernard Hodel, Edifier par la parole. La prédication de Jourdain de Saxe, maître de l’ordre des prêcheurs (1222-1237). Lutetiae, 2002
  • Heribert-Christian Scheeben, Beiträge zur Geschichte Jordans von Sachsen. Vechta, 1938
Enciclopédias

Ver também

Ligações externas

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue