segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

JÚLIO VERNE - ESCRITOR DE 20 MIL LÉGUAS SUBMARINAS E OUTRAS OBRAS - NASCEU EM 1828 - 8 DE JFEVEREIRO DE 20'21

 


Júlio Verne

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Disambig grey.svg Nota: Para o veículo espacial não-tripulado, veja Jules Verne ATV.
Júlio Verne
Jules Verne fotografado por Felix Nadar1878.
Nome completoJules Gabriel Verne
Nascimento8 de fevereiro de 1828
NantesPays de la Loire
Morte24 de março de 1905 (77 anos)
AmiensPicardia
Nacionalidadefrancês
CônjugeHonorine Hebe du Fraysse de Viane Morel
Filho(s)Michel Verne, 2 enteadas
OcupaçãoEscritor (1850–1905)
Principais trabalhosVinte Mil Léguas Submarinas
Viagem ao Centro da Terra
Género literárioFicção científica
Aventura
Assinatura
Jules Verne autograph.jpg
Página oficial
www.nantes.fr/julesverne

Jules Gabriel Verne, conhecido nos países de língua portuguesa por Júlio Verne (Nantes8 de fevereiro de 1828 — Amiens24 de março de 1905), foi um escritor francês.[1]

Júlio Verne foi o primogênito dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado,[1] e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes.[2] É considerado por críticos literários o inventor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, as máquinas voadoras e a viagem à Lua.

Até hoje, Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.[3]

Biografia

Infância e juventude

Júlio Verne nasceu em 8 de fevereiro de 1828, e passou a infância com os pais, o irmão Paul, e as três irmãs, Ana, Matilde e Maria, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. Seu pai, Pierre Verne, era um magistrado de Provins. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com seis anos iniciou os estudos com a viúva de um capitão, e com oito foi mandado para o seminário com seu irmão Paul. Em 1839, partiu para Índia como aprendiz de marinheiro, mas foi interceptado por seu pai em Paimboeuf, confessando ter tentado a viagem para encontrar sua prima, Carolina Tronson, e entregar-lhe um colar de diamantes. Prometeu que viajaria "apenas nos sonhos". Em 1844, estudou retórica e filosofia no Liceu de Nantes. Formado, seguiu os passos do pai, formando-se em direito em Nantes, em 1864.[4]

Apaixonado por Carolina, escreveu sua primeira obra, uma tragédia em versos, que a família desgostou, e Carolina casou-se em 1847 com outro. Verne fez seu exame de direito em Paris, onde compôs um drama, e retornou a sua cidade natal, onde a obra foi lida por um petit comité no Cercle de La Cagnotte. Seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, envia Verne novamente a Paris, a fim de que continuasse os estudos do direito. Contudo, em Paris, Júlio começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro. Durante esse período, o autor conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo. Uma das peças de Verne, As palhas rompidas, agrada Dumas, e a peça estreia no Teatro Histórico em 12 de junho de 1850. Apresenta sua tese, e o pai deseja que retorne a Nantes para trabalhar como advogado, mas Verne decide pela carreira literária. Para completar a renda, dá aulas em Paris, sem parar de escrever.[4]

Em 1856, conhece Honorine de Viane Morel, de 26 anos, viúva com duas filhas. Casam-se em 1857 e, em 1861, tem seu único filho, Michel Jean Pierre Verne. Ingressa em uma sociedade na bolsa de Paris, mais especificamente com a casa de câmbio Eggly, mediante a uma contribuição financeira de seu pai e as relações de seu sogro. Viaja à Inglaterra, e à Escócia em 1859, e à Noruega e à Escandinávia, em 1861. De 1872 a 1886, vive o apogeu de sua fama e fortuna, advindas de seu sucesso literário. Em 1877, ocorre em Amiens um grande baile à fantasia, que conta com a presença do ilustre fotógrafo Félix Nadar, a quem Verne homenageia em sua obra Da Terra à Lua, com o personagem Miguel Ardan, anagrama com "Nadar". Verne adquire dois iates em épocas distintas, realizando uma viagem aos Estados Unidos, escrevendo Vinte Mil Léguas Submarinas na volta, ainda a bordo.[4]

Últimos anos

Michel, seu filho, era considerado um rapaz rebelde, e não seguiu as orientações do pai. Júlio Verne mandou o seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu carácter rebelde, mas de nada adiantou. Michel não se corrigiu e acabou por casar com uma atriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.

Em 9 de Março de 1886, foi atingido por dois tiros quando este chegava em casa na cidade de Amiens,[4] pelo seu sobrinho Gaston.[carece de fontes] Um dos tiros o atingiu no ombro e demorou a cicatrizar, o outro atingiu o tornozelo, deixando-o coxo nos seus últimos 19 anos de vida. Não se sabe bem por que seu sobrinho tenha cometido o atentado, mas ele foi considerado louco e internado em um manicómio até o final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel vendo-se em vias de perder o pai passou a encarar a vida com mais seriedade.

Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, facto que o deixou muito abalado.

É eleito para o Conselho Municipal de Amiens e passa os seus últimos anos em tal ocupação. Perde o pai em 1871, a mãe em 1887, e o irmão em 1897. Seus últimos anos são marcados por uma mudança de caráter para o melancólico, escreve que Paris não voltará a vê-lo, e que, enquanto não trabalha, não sente-se vivo. É atingido por uma catarata em 1902, e falece em 24 de março de 1905, na casa de Amiens.[4] Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso erróneo da tecnologia e os seus impactos ambientais, sua principal preocupação naquela época. Continuou sua obra até a sua morte. O seu filho Michel editou seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que estavam faltando, quando da morte do pai. Entre tais obras póstumas, "A Missão Barsac" (em francêsL'Étonnante Aventure de la Mission Barsac) continha, em seus rascunhos originais nomeados "Voyage d'étude", referências ao esperanto[5] (língua sobre a qual seu pai possuía grande interesse[6][7]) que foram removidas entre outras alterações feitas por Michel Verne na obra final.

Encontra-se sepultado no Cemitério de La MadeleineAmiensPicardia na França.[8]

Carreira literária

Capa das edições Hetzel

A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian. Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão.[2][4] Essa história continha detalhes de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa. A parceria entre Verne e Hetzel duraria por 20 anos.[4]

Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.

O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novos livros de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Viagem ao Centro da Terra (Voyage au centre de la Terre), de 1864, Vinte Mil Léguas Submarinas (Vingt mille lieues sous les mers) de 1870 e A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Le tour du monde en quatre-vingts jours), de 1873.[4]

Um dos seus livros foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado pelo bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não publicá-lo na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.

O seu último livro publicado foi O senhor do mundo, no ano de 1904.[4]

Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Lista de obras

  1. Cinco semanas em um balão (br) / Cinco semanas em balão (pt), 1863
  2. Paris no século XX, 1863 (publicado apenas em 1989)
  3. O capitão Hateras (br) / Aventuras do capitão Hatteras (pt), 1864-1867
  4. Viagem ao centro da terra, 1864
  5. Da Terra à Lua, 1865 (eBook)
  6. Os Filhos do Capitão Grant, 1866-1868
  7. À roda da Lua (pt) / À volta da Lua (br), 1869
  8. Vinte mil léguas submarinas, 1870
  9. Os conquistadores, 1870
  10. Uma cidade flutuante, 1871
  11. Três russos e três ingleses, 1872
  12. A volta ao mundo em oitenta dias, 1872
  13. A ilha misteriosa, 1873-1875
  14. Martin Paz, 1874
  15. O Chancellor, 1875
  16. Miguel Strogoff, o correio do czar, 1876
  17. Um drama no México, 1876
  18. Heitor Servadac, 1874-1876
  19. As Índias Negras, 1876-1877
  20. Martin Paz, 1877
  21. Um capitão de quinze anos, 1878
  22. História das grandes viagens e dos grandes viajantes, 1878
  23. As atribulações de um chinês na China, 1879
  24. Os quinhentos milhões da begum, 1879
  25. A revolta da Bounty, 1879
  26. A jangada, 1880
  27. A casa a vapor, 1880
  28. A escola dos Robinsons, 1882
  29. O raio verde, 1882
  30. Dez horas de casa, 1882
  31. O arquipélago em chamas (br) / Os piratas do arquipélago (pt), 1883
  32. Kerabán, o teimoso, 1883
  33. A estrela do Sul, 1884
  34. Um bilhete de loteria (br) / Um bilhete de lotaria (pt), 1885
  35. Matias Sandorf, 1885
  36. O náufrago do Cynthia, 1885
  37. Robur, o conquistador, 1886
  38. Norte contra Sul, 1887
  39. O caminho da França, 1887
  40. Dois anos de férias, 1888
  41. Família sem nome, 1888-1889
  42. A esfinge dos gelos, 1895
  43. O segredo de Wilhelm Storitz, 1898 (revisado em 1901 e publicado somente em 1985)
  44. O soberbo Orenoco, 1898
  45. Os irmãos Kip, 1902
  46. O senhor do mundo, 1904
  47. L'Éternel Adam[9] (ptO Eterno Adão),[10] publicado em 1910.
  48. O tio Robinson, 1861
  49. A Aldeia Aérea, 1901
  50. A invasão do Mar, 1905
  51. A esposa do Capitão Branican, 1891

Adaptações

Do conjunto das obras de Júlio Verne, trinta e três foram levadas ao cinema, dando lugar a um total de noventa e cinco filmes, sem contar com as adaptações para séries de televisão. A obra mais vezes adaptada foi Miguel Strogoff (dezesseis vezes), seguida de Vinte Mil Léguas Submarinas (nove vezes) e Viagem ao Centro da Terra (cinco vezes), e de A volta ao mundo em 80 dias (duas vezes).

Principais filmes baseados nas suas obras

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Júlio Verne». Infopédia. Consultado em 2 de Fevereiro de 2011
  2. ↑ Ir para:a b Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. «Cem anos da morte de Júlio Verne». Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Consultado em 13 de abril de 2010. Arquivado do original em 3 de abril de 2010
  3.  «Júlio Verne»
  4. ↑ Ir para:a b c d e f g h i Júlio Verne (2002) [1864]. «Introdução». Voyage au centre de la terre [Viagem ao Centro da Terra(pocket)264. [S.l.]: L&PM Pocket. ISBN 978-85-254-1116-7
  5.  sobre isso: Abel MontagutJules Verne kaj esperanto (la lasta romano)Beletra Almanakonº 5, junho 2009Nova Iorque, páginas 78-95.
  6.  Delcourt, M. - Amouroux, J. (1987): Jules Verne kaj la Internacia Lingvo. - La Brita Esperantisto, vol. 83, nº 878, páginas 300-301. Londres. Republicado de Revue Française d'Esperanto, novembro-dezembro, 1977
  7.  Haszpra O. (1999): Jules Verne pri la lingvo Esperanto - em húngaro: - Scienca Revuo, 3, 35-38. Niederglat
  8.  Júlio Verne (em inglês) no Find a Grave
  9.  Universcience (em francês) - L'Éternel Adam. Página visitada em 9 de Fevereiro de 2012.
  10.  O Eterno Adão (em português). Julio Verne. Editora HemusISBN 8528906191. Página visitada em 9 de Fevereiro de 2012.

Bibliografia

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SÃO JERÓNIMO EMILIANO - 8 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Jerónimo Emiliano

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São Jerônimo Emiliano
Nascimento1481 em VenezaItália
Morte8 de fevereiro de 1537 (56 anos) em SomascaItália
Beatificação1747 por Papa Bento XIV
Canonização1767 por Papa Clemente XIII
Festa litúrgica8 de fevereiro
Gloriole.svg Portal dos Santos

Jerónimo Emiliano (em latimGerolamo EmilianiVeneza1481 — Somasca8 de fevereiro de 1537) é um santo da Igreja Católica.[1]

Inicialmente seguiu carreira militar que abandonou para se dedicar ao serviço dos pobres. Distribuiu por eles todos os seus bens.

É o fundador da Ordem dos Clérigos Regulares de Somasca, destinada a socorrer as crianças órfãs e as pobres.

Canonizado em 1767, foi nomeado pelo Papa Pio XI padroeiro dos órfãos e dos jovens abandonados.[2]

Sua festa é comemorada no dia 8 de fevereiro e em 20 de julho no calendário romano tradicional.

Biografia

Jerônimo Emiliani nasceu no seio de uma família nobre[3] em Veneza na Itália em 1486 e faleceu em Somasca com 51 anos.

Jerônimo vinha de uma família com posses, sua família tinha bastante propriedades na Itália. Tinha também três irmãos.

Em 1496, com 10 anos de idade, Jerônimo ficou órfão.

Aos 25 anos de idade, em 1511, foi envolvido na guerra contra a Liga de Cambrai e, em Castelnuovo, ficou preso no cativeiro[4] durante um mês. Foi acorrentado nos pés e penduraram uma bola de pedra em seu pescoço. Enquanto estava preso e acorrentado fez uma promessa à Nossa Senhora de uma peregrinação penitencial, para o caso de ser libertado. Na manhã do dia 27 de setembro de 1511, apareceu-lhe uma mulher vestida de branco, que lhe entregou as chaves para abrir as algemas e a porta da torre. Conquistada a liberdade ele se encontrou no meio do exército inimigo e pior ainda, sem conhecer a estrada. Recorreu então novamente a Ela, que o guiou até a vista da muralha da cidade.

Jerônimo continuou servindo a República de Veneza até o final da guerra.

Em 1514 morreu sua mãe e em 1519 morreu seu irmão Lucas, deixando três filhos, o mais velho com quatro anos. Em 1526, faleceu seu outro irmão, Marcos, e Jerônimo ficou tomando conta de todos os seus sobrinhos. Ele já estava com 40 anos e não tinha constituído família.

Precisamente em 1531 deliberou abandonar tudo. Permanecendo leigo, consagrou-se a uma missão muito especial: compartilhar a vida com os pobres e viver em comunidade com os órfãos.

A experiência espiritual do nosso Santo brotou e desenvolveu-se na irmandade do “Divino Amor”, importante movimento da Reforma Católica, em unidade com pessoas de grande relevo como os fundadores dos TeatinosCaetano Thiene e João Pedro Carafa futuro Papa Paulo IV.[5]

Ia acontecendo com Jerônimo uma profunda transformação. A escuta da palavra de Deus foi o ponto de partida: "Ouvindo frequentemente a palavra de Deus, ele começou refletir sobre sua própria ingratidão, lembrando-se das ofensas contra o Senhor”. Por isso muitas vezes ele chorava e se ajoelhava aos pés do crucifixo, rogando-lhe que não fosse seu juiz, mas seu Salvador". Foi aí então que Jerônimo começou suas atividades em favor dos pobres. Ele alimentava, vestia e hospedava, na própria casa, os pobres. Confortava os doentes, trabalhava em um hospital. À noite sepultava os cadáveres abandonados pela cidade, enquanto em sua casa se preparava o pão, que distribuiria de manhã. Em poucos dias ele gastou nestas atividades, todo o dinheiro que possuía, vendeu as roupas, os tapetes e outros objetos de casa, consumindo tudo nesta santa atividade. Ele doou todos os seus bens em favor dos pobres e necessitados. A atenção de Jerônimo voltou-se especialmente para os meninos e meninas órfãs e sem família.

Vitimado pela peste que ele contraiu servindo aos doentes durante uma terrível epidemia que se alastrou no vale de são Martinho,[6] no dia 4 de fevereiro de 1537, foi recolhido em Somasca, sobre uma cama que não era sua, num pequeno quarto de amigos. Antes de se deitar, traçou uma cruz avermelhada sobre a parede da frente. Apenas quatro dias depois, na noite de 7 para 8 de fevereiro Jerônimo morria.

Referências

Ligações externas

SANTA JOSEFINA BAKHITA - 8 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Josefina Bakhita

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Santa Josefina Bakhita
Santa Josefina Bakhita
Nascimentoc. 1869 em OlgossaDarfurSudão
Morte8 de fevereiro de 1947 (78 anos) em SchioVênetoItália
Veneração porIgreja Católica
Beatificação17 de maio de 1992 por Papa João Paulo II
Canonização1 de outubro de 2000Vaticano por Papa João Paulo II
Festa litúrgica8 de fevereiro
Padroeirado Sudão, dos Sequestrados e escravizados
Gloriole.svg Portal dos Santos

Josefina Bakhita (em italianoGiuseppina Bakhita) foi uma religiosa da Igreja Católica da ordem canossiana, italiana de origem sudanesa.[1]

Vida e obras

O nome "Bakhita", que significa "afortunada", "sortuda" ou "bem-aventurada", não lhe foi dado ao nascer mas lhe foi atribuído pelos raptores. Foi capturada e vendida por mercadores de escravos negros no mercado de El Obeid e de Cartum ao cônsul da Itália no Sudão, D. Calixto Legnani, que logo lhe deu uma carta de liberdade. No período de escravidão, Bakhita sofreu as humilhações, sofrimento físico, psicológico e moral dos escravos.

Na casa do cônsul Legnani, Bakhita trabalhava como mulher livre e isto lhe deu momentos de serenidade. Quando Legnani teve de regressar ao país, Bakhita decidiu acompanhá-lo, e chegando a Gênova é transferida para a localidade de Zianigo, ao serviço da família Michieli como "ama-seca", e posteriormente, passou à Congregação das Filhas da Caridade de Santa Madalena de Canossa (Canossianas) de Veneza, onde recebeu os primeiros sacramentos do catecumenato, em 9 de janeiro de 1890, foi batizada com o nome de Josefina e em 8 de dezembro de 1896 tomou o habito e ingressou na ordem das Irmãs Canossianas, com o nome religioso de Irmã Josefina.

Josefina Bakhita se destacou pela piedade e amor a Cristo e à Eucaristia, também pelo serviço social pelos demais pobres e desamparados, o que fez com que ficasse conhecida como o apelido em vêneto de "Madre Morèta" (Mãe Moreninha).

Faleceu no convento canosiano de Schio, em 1947, com a idade de 78 anos; foi enterrada no começo na capela de uma família de Schio, os Gasparella, provavelmente na espera de um sepultamento definitvo no Templo da Sagrada família. E assim foi em 1969, quando o corpo encontrado incorrupto de Bakhita foi sepultados sob o altar da Igreja do mesmo convento.

Foi beatificada em 1992 e canonizada em Roma, pelo Papa João Paulo II, em outubro de 2000.

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