segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

DIA DO VIDREIRO - 18 DE JANEIRO DE 2021

 

Vidro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Vasos de vidro coloridos.

Em ciência dos materiais o vidro é uma substância sólida e amorfa, que apresenta temperatura de transição vítrea[1]. No dia a dia o termo se refere a um material cerâmico transparente geralmente obtido com o resfriamento de uma massa líquida à base de sílica.

Em sua forma pura, o vidro é um óxido metálico transparente, de elevada dureza, essencialmente inerte e biologicamente inativo, que pode ser fabricado com superfícies muito lisas e impermeáveis. Estas propriedades desejáveis conduzem a um grande número de aplicações. No entanto, o vidro geralmente é frágil, quebra-se com facilidade. O vidro comum se obtém por fusão em torno de 1.250 °C de dióxido de silício, (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de cálcio (CaCO3).

História

Os povos que disputam a primazia da invenção do vidro são os egípcios e os fenícios. Segundo a Enciclopédia Trópico:

"Os fenícios contam que ao voltarem à pátria, do Egito, pararam às margens do Rio Belus, e pousaram sacos que traziam às costas, que estavam cheios de natrão (carbonato de sódio natural, que eles usavam para tingir ). Acenderam o fogo com lenha, e empregaram os pedaços mais grossos de natrão para neles apoiar os vasos onde deviam cozer animais caçados. Comeram e deitaram-se, adormeceram e deixaram o fogo aceso. Quando acordaram, em lugar das pedras de natrão encontraram blocos brilhantes e transparentes, que pareciam enormes pedras preciosas. Um deles, o sábio Zelu, chefe da caravana, percebeu que sob os blocos de natrão, a areia também desaparecera. Os fogos foram reacesos, e durante a tarde, uma esteira de liquido rubro e fumegante escorreu das cinzas. Antes que a areia incandescente se solidificasse, Zelu plasmou, com uma faca aquele líquido e com ele formou uma empola tão maravilhosa que arrancou gritos de espanto dos mercadores fenícios. O vidro estava descoberto."

Esta é uma das versões, um tanto lendária. Mas, notícias mais verossímeis, relatam que o vidro surgiu pelo menos 4.000 anos a.C.. Julga-se entretanto que os egípcios começaram a soprar o vidro em 1.400 a.C., dedicando-se, acima de tudo, a produção de pequenos objetos artísticos e decorativos, muitas vezes eram confundidos com belas pedras preciosas. Sua decomposição é de 4000 anos. A cada 1000 kg de vidro leva-se 1300 kg de areia.

Em Portugal

Taça de vidro.

Foi só no século XVIII que se estabeleceu em Portugal a indústria vidreira — na Marinha Grande — e ainda hoje esta existe. Anteriormente, há notícia, desde o século XV, da existência de alguns produtores artesanais de vidro. É conhecido o labor do vidreiro Guilherme, que trabalhou no Mosteiro da Batalha. O vidro era obtido através da incineração de produtos naturais com carbonato de sódio (erva-maçaroca). Houve diversos fornos para a produção vidreira em Portugal, mas a passagem de uma produção artesanal, muito limitada, para a produção industrial foi lenta. Uma fábrica existente em Coina veio a ser transferida para a Marinha Grande, em consequência da falta de combustível. Estava-se no reinado de D. João V. A proximidade do Pinhal de Leiria, teria aconselhado a transferência da antiga Real Fábrica de Coina. Depois, o Marquês de Pombal concedeu um subsídio para o reapetrechamento desta fábrica vidreira na Marinha Grande.

Em 1748 estabeleceu-se na Marinha Grande John Beare, dedicando-se ali à indústria vidreira. A abundância de matérias primas e de carburante aconselhavam o fomento dessa indústria naquela região. Em 1769 o inglês Guilherme Stephens beneficiou de importante protecção do Marquês de Pombal e estabeleceu-se na mesma localidade: subsídios, aproveitamento gratuito das lenhas do pinhal do Rei, isenções, etc. A Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande desenvolveu-se a ponto de ser Portugal, a seguir à Inglaterra, o primeiro país a fabricar o cristal.

Actualmente, o Palácio Nacional da Ajuda, possui uma valiosa colecção encomendada aos irmãos Stephens, adquirida na altura pelo rei D. Luís I e pela sua mulher, a rainha Dª. Maria Pia.

Sólido versus líquido

Existem controvérsias quanto aos mecanismos de caracterização do vidro na transição do estado líquido para o sólido. Em meados da década de 1980 R.C. Plumb propôs que os vidros de antigas catedrais eram mais grossos na base, pois teriam escoado com o tempo[2]. Essa ideia perdura até os dias de hoje, muito embora já tenha sido provada matematicamente falsa. Edgar D. Zanotto em 1998 publicou artigo na revista American Association of Physics, com um cálculo a partir da seguinte equação:

τ = η / G

em que τ é o tempo de relaxação, η é viscosidade (Pa·s) e G o Módulo de cisalhamento (Pa). Em 1999, foi publicada uma revisão do cálculo tomando como base o valor de viscosidade de equilíbrio do vidro na temperatura ambiente. O novo resultado foi de 10²³ anos [3], ou seja, mais de 2 nonilhões , sendo assim impossível qualquer escoamento perceptível nos poucos milhares de anos de uma catedral.

Vidro e o meio ambiente

Ainda não se pode determinar o tempo que o vidro fica exposto no meio ambiente sem se degradar.

O vidro é um material que não se pode determinar o tempo de permanência no meio ambiente sem se degradar, e também não é nocivo diretamente ao meio ambiente, por isso é um dos materiais mais recicláveis que existem no consumo humano. Para minimizar as emissões gasosas dos fornos a gás, as indústrias utilizam gás natural, que provoca menor impacto no meio ambiente.[carece de fontes]

Composição

São basicamente compostos por areiacalcáriobarrilhaaluminacorantes e descorantes. As matérias primas que compõem o vidro são os vitrificantes, fundentes e estabilizantes.

Os vitrificantes são usados para dar maior característica à massa do vidro e são compostos de anidrido sílicoanidrido bórico e anidrido fosfórico.

Os fundentes possuem a finalidade de facilitar a fusão da massa silícea, e são compostos de óxido de sódio e óxido de potássio.

Os estabilizantes têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja solúvel, e são: óxido de cálcioóxido de magnésio e óxido de zinco.

sílica, matéria prima essencial, apresenta-se sob a forma de areia; de pedra cinzenta; e encontra-se no leito dos rios e das pedreiras.

O óxido de alumínio é um componente de quase todos os tipos de vidro. Certos componentes dos medicamentos ou de soluções nutritivas podem incorporar o alumínio do vidro e causar intoxicação. [4][5]

Depois da extração das pedras, da areia e moenda do quartzo, procede-se a lavagem a fim de eliminar-se as substâncias argilosas e orgânicas; depois o material é posto em panelões de matéria refratária, para ser fundido.

A mistura vitrificável alcança o estado líquido a uma temperatura de cerca de 1.300°C e, quando fundem as substâncias não solúveis surgem à tona e são retiradas. Depois da afinação, a massa é deixada para o processo de repouso, de assentamento, até baixar a 800°C, para ser talhada.

Fabricação

Fabricação de peças em vidro usando moldagem por sopro.

A fabricação é feita no interior de um forno, onde se encontram os panelões. Quando o material está quase fundido, o operário imerge um canudo de ferro e retira-o rapidamente, após dar-lhe umas voltas trazendo na sua extremidade uma bola de matéria incandescente.

Agora, a bola incandescente deve ser transformada numa empola. O operário gira-a de todos os lados sobre uma placa de ferro chamada marma. A bola vai se avolumando até assumir forma desejada pelo vidreiro.

Finalmente a peça vai para a seção de resfriamento gradativo, e assim ficará pronta para ser usada.

Tipos de vidros

Obsidiana: vidro formado naturalmente.

Principais características

Vantagens

  • Reciclável;
  • Higiênico;
  • Inerte;
  • Versátil;
  • Impermeável;
  • Transparente;
  • Difícil corrosão.[7]

Desvantagens

  • Fragilidade;
  • Preço mais elevado;
  • Peso relativamente grande;
  • Menor condutibilidade térmica;
  • Dificuldade no fechamento hermético;
  • Dificuldade de manipulação.

Ver também

Referências

  1.  Elliott, S.R. (1994) Amorphous Solids: An Introduction. In: Catlow, C. R. A. (eds.), "Defects and Disorder in Crystalline and Amorphous Solids", NATO Advanced Studies Institutes Series; Series C, Mathematical and Physical Sciences, 418, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht: 73-86. ISBN 0792326105.
  2.  Plumb, R. C. (1989) Antique windowpanes and the flow of supercooled liquids. Journal of Chemical Education, 66(12): 994-996.
  3.  "Do cathedral glasses flow?" Edgar D. Zanotto & Prabhat K. Gupta - American Journal of Physics - March 1999 - Volume 67, Issue 3, pp. 260-262 March 1999
  4.  O problema da contaminação na determinação de traços de alumínio. Disponível em: www.scielo.br
  5.  Alumínio nas veias. http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/10/17/aluminio-nas-veias/
  6.  Anderson Rocha, Anderson Rocha. «Fabricante e Vidraçaria Porto Alegre»vidracariaportoalegre.com. Vidraçaria Porto Alegre. Consultado em 22 de março de 2018
  7.  http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-o-acido-nao-corroi-vidro

Ligações externas

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Vidro

DIA INTERNACIONAL DO RISO - 18 DE JANEIRO DE 2021

 

Riso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Uma criança rindo.
Dia Nacional do Riso: 6 de Novembro

Riso[1] ou sorriso[2] é uma expressão facial decorrente da contração dos músculos das extremidades da boca.[3] Nos animais , um sorriso é frequentemente usado como uma ameaça (mostrando dentes ) ou como um sinal de submissão [4]. Entre os humanos o sorriso é uma expressão facial que é sempre criada perto dos cantos da boca, Guillaume Duchenne distinguuiu dois topos: o real e o falso, sendo o primeiro caracterizado pelo esticando os músculos faciais e também ao redor dos olhos [5]. Nos humanos , o sorriso é geralmente uma expressão de alegria ou boa vontade, mas também pode ser uma expressão descontrolada de ansiedade (sorriso nervoso) [6].

O estudo do humor, do riso e de seus efeitos psicológicos e fisiológicos no corpo humano é denominado gelotologia. O simples ato de sorrir mobiliza diversos músculos faciais, denominados músculos da mímica facial:

Interpretação filosófico-antropológica

O filósofo Helmuth Plessner deu ao sorriso uma posição especial nas expressões faciais. O sorriso é ambíguo e pode ser atribuído a uma ampla variedade de ocasiões e possui uma ampla “diversidade de tons afetivos”. Ele chamou isso de "expressão facial do espírito", na medida em que um gesto natural "já mantém distância da expressão" e, portanto, verdadeiro - para ele, em contraste com os animais - distância específica do homem para si e para seu ambiente.

Fundamentos genéticos

O riso é uma parte do comportamento humano e é regulado pelo cérebro. Ele ajuda os seres humanos a indicar mais claramente suas intenções, durante interações sociais, e provê um contexto emocional para a comunicação. Pode ser utilizado por um grupo social para sinalizar aceitação e reações positivas com outros indivíduos.

Até o sorriso social é considerado inato, evidência disso pode ser constatada na diferenças no sorriso dos vencedores olímpicos cegos e com visão: Os vencedores do segundo e terceiro lugares cegos mostraram o sorriso social. [7] Mesmo antes do sorriso social, você pode ver o sorriso nos bebês. Esse chamado sorriso de anjo geralmente acontece nas primeiras semanas de vida. Por trás, nada mais é do que um reflexo, o que geralmente acontece durante o sono.

Risos contagiosos

O riso é por vezes "contagioso": a risada de uma pessoa pode provocar riso nos demais. Um exemplo extremo disto é o caso de riso epidêmico ocorrido em Tanganica[carece de fontes]

Aspectos culturais

Cunho sexual

Embora o riso seja comumente interpretado como uma manifestação universal de alegria entre os seres humanos, numa comunidade nativa das Ilhas Trobriand, é interpretado como um convite de cunho sexual.[8]

Sorriso na prestação de serviços

Os sorrisos também fazem parte da prestação de serviços, quando são vistos como amigáveis . A cidade de Hamburgo, na Alemanha organiza, por exemplo, a campanha ''Um sorriso para Hamburgo'', com a qual os funcionários devem ser motivados a "sorrir com os quais clientes e convidados devem ser estragados com muito mais frequência" . [9]

O professor Dieter Zapf examinou as consequências de sorrisos de longo prazo prescritos profissionalmente em 2006 . Ele descobriu que um sorriso forçado, que suprime as emoções reais , leva a mudanças na circulação a curto prazo e, a longo prazo, a estresse e doenças como a depressão. [10]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Riso
Wikiquote
Wikiquote possui citações de ou sobre: Riso

Referências

  1.  "Riso" em Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Acesso em 13/01/2011.
  2.  "Sorriso" em Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Acesso em 13/01/2011.
  3.  FREITAS-MAGALHÃES, A., & CASTRO, E. (2009). The Neuropsychophysiological Construction of the Human Smile. In A. Freitas-Magalhães (Ed.), Emotional Expression: The Brain and The Face (págs. 1-18). Porto: University Fernando Pessoa Press. ISBN 978-989-643-034-4.
  4.  https://hypescience.com/como-ameacadoramente-exibir-as-presas-se-transformou-em-sorriso/
  5.  http://cicem.com.br/sorriso-falso-e-sorriso-verdadeiro-duchenne-smile/
  6.  https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100548-por-que-rimos-quando-estamos-nervosos.htm
  7.  David Matsumoto, Bob Willingham, Spontaneous facial expressions of emotion of congenitally and noncongenitally blind individuals. In: Journal of Personality and Social Psychology. Januar 2009
  8.  Manuel Ansede (16 de agosto de 2016). «Um povo para o qual sorriso não é igual à alegria»El País. Consultado em 31 de agosto de 2019
  9.  https://www.abendblatt.de/hamburg/article106891865/Sie-laecheln-fuer-Hamburg.html
  10.  http://hoaxes.org/weblog/comments/fake_smiles_may_cause_depression

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue