sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

DIA DA ROTAÇÃO DA TERRA - 8 DE JANEIRO DE 2021

 


Rotação da Terra

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Movimento de rotação da Terra, com o eixo da Terra, os polos Norte e Sul e o equador. A metade de cima, na figura, é o hemisfério Norte e metade de baixo é o hemisfério Sul.

A rotação da Terra é o movimento que ela executa revolvendo-se sobre si (com referência às estrelas). É responsável pela alternância entre o período de tempo ensolarado e o período de tempo sem incidência solar direta conhecidos como dia e noite - alternância essa observada em qualquer localidade cuja latitude não seja muito próximas às dos polos geográficos. Em virtude da inclinação do eixo determinado pela rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol, nos polos, a alternância entre o período ensolarado e o período umbral deve-se à translação do planeta em torno do Sol e não à sua rotação; observando-se ali seis meses de iluminação seguidos de seis meses de escuridão.[1]

Movimentos da Terra

rotação da Terra é o movimento giratório que a Terra realiza sobre si, estabelecendo um eixo de simetria que traspassa seu centro e que determina, em sua interseção com a superfície do planeta, os polos geográficos norte e sul. A rotação dá-se, em acordo com a regra da mão direita, no sentido anti-horário se visto por um observador inercial - estático em relação às estrelas - quando situado sobre o polo Norte. A duração do assim chamado dia sideral - o tempo necessário para a Terra completar uma volta completa sobre si - 360 graus exatos - é de 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos (23h 56min 4,09s). Tendo o planeta, um perímetro aproximado de 40 075 km na linha do equador, a sua velocidade de rotação medida nesta linha, ou seja, em seu diâmetro máximo, é de aproximadamente 465 metros por segundo (1 674 km/h). Em relação ao Sol, o tempo de rotação médio - o dia solar médio - é de 24 horas. O dia solar - o período entre duas passagens sucessivas do Sol sobre o meridiano local - varia ao longo do ano, sendo contudo sempre superior ao dia sideral[2][1].

A diferença entre o dia sideral e o dia solar deve-se à translação da Terra, que consiste no avanço do centro da Terra - a rigor, do centro de massa do sistema Terra Lua - ao longo de uma curva fechada em redor do Sol, estabelecendo uma trajetória conhecida por órbita. Para a Terra, essa órbita aproxima-se muito de uma órbita circular, mas, a rigor, é uma curva chamada elipse. A velocidade com que a Terra percorre tal órbita é variável ao longo do ano (segunda lei de Kepler), mas esse movimento dá-se com a velocidade em média por volta de trinta quilômetros por segundo: a cada segundo, a Terra desloca-se 30 quilômetros no espaço em sua trajetória em torno do Sol. Durante a translação, o eixo de rotação da Terra mantém um ângulo de aproximadamente 23º com a reta normal ao plano da órbita da Terra - denominado eclíptica - e a orientação do mesmo pode ser considerada espacialmente fixa para intervalos de tempo muito menores que 25800 anos, tempo esse correspondendo ao período aproximado de precessão do eixo da Terra em torno da normal ao plano da eclíptica e por consequência também o período da precessão dos equinócios [1][2].

A velocidade de rotação da Terra pode ser medida a partir de experimentos simples que utilizam materiais de baixo custo.[3]

História

Supõe-se que o primeiro cientista a propor que a Terra possui movimento de rotação e de translação foi Aristarco de Samos, que, por estas teorias, foi acusado de impiedade[4].

Diógenes Laércio, porém, atribui esta hipótese a Filolau de Crotona ou a Hicetas de Siracusa.[5]

Desaceleração angular

velocidade angular de rotação da Terra, por efeito das marés luni-solares, vem diminuindo ao longo dos séculos; atualmente, o dia sideral aumenta em 2,3 milissegundos a cada século.[6][2]

As marés oceânicas e mesmo do solo são devidas em aproximadamente 2/3 à interação gravitacional entre a Terra e a Lua, e em aproximadamente 1/3 à interação entre a Terra e o sol. As marés implicam movimento de matéria na superfície do planeta e outrora no passado também na superfície do satélite natural, movimento que implica dissipação de considerável energia mecânica na forma de energia térmica dado o atrito inerente. Em resposta, no caso específico da influência da Lua, o sistema tende-se a evoluir e configurar-se de tal forma que não haja marés, situação que só é atingida quando os movimentos de rotação do satélite, do planeta e de revolução do satélite em torno do planeta têm exatamente o mesmo período de tempo [7].

Quando a Lua se formou, essa encontrava-se muito mais próxima da Terra, e daqui podia-se ver, ao longo do mês lunar, toda a extensão superficial da Lua. Naquela época, a Lua encontrava-se sujeita a fortes marés, mesmo nela não encontrando-se cobertura líquida. Com o passar de milênios, a Lua já teve tempo suficiente para sincronizar seu movimento de revolução ao redor da Terra com o seu movimento de rotação em torno de seu eixo, de forma que hoje vemos, da Terra, sempre o mesmo lado da Lua, o que determina hoje um hemisfério dessa conhecido como lado oculto da Lua.

A sincronia com o movimento de rotação da Terra não foi contudo ainda atingida. A Terra gira por volta de 28 vezes mais rápido sobre seu eixo do que a Lua em torno da Terra. Contudo, a sincronia está gradualmente sendo buscada pelo sistema. A Lua, em virtude das marés por ela provocadas na Terra, está literalmente freando a rotação da Terra, e os dias siderais vêm a cada dia ficando maiores. A conservação da energia em presença de marés dá-se às custas da redução da velocidade angular dos astros e do sistema. A fim entre outros de se conservar momento, a Lua vem também se afastando continuamente da Terra. Hoje a taxa de recessão gira em torno de 3 cm ao ano. Dado tempo suficiente, a Lua tornar-se-á um satélite geoestacionário da Terra, situação na qual essa não provoca marés no planeta, nem o planeta nela [2]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Página sobre astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ; baseada em obra impressa sob ISBN 85-7025-540-3 (2000), ISBN 85-904457-1-2 (2004)
  2. ↑ Ir para:a b c d Máximo, Antônio; Alvarenga, Beatriz - Curso de Física - Volume 1 - Editora Scipione - 1 Edição - São Paulo - 2011 - ISBN: 978-85-262-7700-7-AL - Tópico especial às páginas 218 até 222.
  3.  SCHAPPO, Marcelo Girardi (outubro de 2009). «Medindo a velocidade de rotação da Terra sem sair de casa» (PDF). São Paulo: Sociedade Brasileira de Física. A Física na Escola10 (2): 29-31. ISSN 1983-6430. Consultado em 26 de agosto de 2010
  4.  PlutarcoMoraliaSobre a face que aparece no círculo da Lua, 6
  5.  Diógenes LaércioVidas e doutrinas dos filósofos ilustres, Livro VIII, Filolau, 85
  6.  NASAOcean Tides and the Earth's Rotation [em linha]
  7.  Thornton, Marion - Classical Dynamics of Particles and Systems - Sounders College Publishing - 4 edição - ISBN: 0-03-097302-3

Ver também

Ligações externas

OPERAÇÃO MÁRTIR SOLEIMANI NO IRAQUE - (2020) - 8 DE JANEIRO DE 2021

 


Operação Mártir Soleimani

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Operação Mártir Soleimani
Parte de Crise no Golfo Pérsico e Guerra Fria do Oriente Médio
Áreas danificadas (circuladas) em pelo menos cinco instalações na Base de Ayn al-Asad após os ataques iranianos
TipoAtaque com mísseis
LocalizaçãoBase aérea de Al Asad, província de AmbarIraque
Base aérea de Erbil, Iraque
Planejado porIrã Irã
Comandado porHossein Salami
AlvoBase aérea de Al Asad
Aeroporto Internacional de Erbil
Data8 de janeiro de 2020
Executado porExército dos Guardiães da Revolução Islâmica
Baixas110 militares americanos feridos (tratados com traumatismo cranioencefálico);[1][2][3]
Militares americanos analisando os danos causados na Base Al Asad.

Em 8 de janeiro de 2020, mísseis balísticos atingiram as bases aéreas de Al Asad e Erbil, no Iraque, na chamada Operação Mártir Soleimani.[4][5][6][7] Segundo a mídia iraniana, foi relatado que os mísseis foram lançados pelo Irã em retaliação pela morte de Qasem Soleimani no ataque aéreo anterior ao Aeroporto Internacional de Bagdá em 2020.[6]

Segundo a Agência de Notícias Estudantil Iraniana (ISNA), o Irã disparou "dezenas de mísseis terra a terra" nas bases americanas em território iraquiano e o governo do país rapidamente assumiu a responsabilidade pelo ataque.[6] As autoridades americanas confirmaram que esses mísseis balísticos foram disparados de dentro do Irã para vários alvos no Iraque. A ISNA afirmou que os ataques eram uma abertura para uma operação militar conhecida como "Mártir Soleimani".[8][9][6] A mídia iraniana também disse que "Oh Zahra" foi a palavra código usada para lançar os mísseis.[6] O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul Mahdi, foi avisado previamente do ataque pelos iranianos.[10]

Segundo informações, entre 6 e 10 mísseis Fateh-313de curto alcance, foram disparados pelos iranianos contra as instalações militares ocidentais na Base aérea de Al Asad e no Aeroporto Internacional de Erbil. Um míssil Qiam 1 atingiu o aeroporto de Erbil mas não explodiu, com três outros Qiam 1 falhando no ar e um outro explodiu a cerca de 20 milhas do aeroporto. De acordo com o exército iraquiano, cerca de 22 mísseis balísticos foram disparados de duas localidades entre as 01h45 e 02h15 da manhã contra as instalações de al-Asad e Erbil. Eles afirmaram que dezessete foram lançados contra Ayn al-Asad e cinco contra Erbil.[11][12]

Relatórios iniciais divulgados pelos americanos mostraram que os ataques dos mísseis iranianos em Erbil e na base de Al Asad não causaram baixas ou danos extensos.[13] Contudo, uma semana após o incidente, foi reportado que mais de 100 militares dos Estados Unidos foram evacuados e tratados com sintomas de concussão e traumatismo cranioencefálico.[2][14] Já a mídia iraniana afirmou que ao menos 80 soldados inimigos foram mortos nos seus ataques, mas esta informação não foi verificada de forma independente.[15][16]

No Irã, o líder supremo do país, Ali Khamenei, afirmou que ações militares "não seriam o bastante" e que a "presença corruptiva" dos Estados Unidos no Oriente Médio precisava acabar.[17] Já o presidente americano, Donald Trump, afirmou que não iria retaliar militarmente pois ninguém ficou ferido nos ataques iranianos e as perdas materiais foram mínimas. Porém, Trump anunciou que buscaria ampliar as sanções econômicas ao Irã até que eles "mudassem seu comportamento".[18]

Analistas sugerem que o fato do ataque iraniano não ter causado mortes nas bases americanas foi deliberado, com o propósito de não escalar o conflito ao provocar uma resposta militar americana.[19][20] Contudo, Mike Pompeo, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que o ataque tinha sim intenção de matar.[21]

Ver também

  • Ataque no Aeroporto Internacional de Bagdá em 2020
  • Ataque à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá
  • Base aérea de Al Asad
  • Crise no Golfo Pérsico de 2019-2020
  • Qasem Soleimani
  • Voo Ukraine International Airlines 752
  • Referências

    1.  "Number of US troops wounded in Iran attack now at 110: Pentagon" ABS News, 22 de fevereiro de 2020.
    2. ↑ Ir para:a b Ali, Idrees (10 de fevereiro de 2020). «Exclusive: More than 100 U.S. troops diagnosed with brain injuries from Iran attack - officials»Reuters.com. Consultado em 13 de fevereiro de 2020
    3.  Gibbons-Neff, Thomas (30 de janeiro de 2020). «More American Troops Sustain Brain Injuries From Iran Missile Strike in Iraq»The New York Times
    4.  Irão batiza ataque às bases norte-americanas como operação "Mártir Soleimani" - SIC Notícias
    5.  Operação "Mártir Soleimani". Irão bombardeou bases militares dos EUA no Iraque - Rádio Renascença
    6. ↑ Ir para:a b c d e «Iran launches missiles into US air bases in Iraq: US official»ABC News (em inglês). Consultado em 7 de janeiro de 2020
    7.  Sharman, Jon; Buncombe, Andrew (7 de janeiro de 2020). «Iran crisis: Rockets strike Iraq air base used by US forces». The Independent. Consultado em 7 de janeiro de 2020
    8.  Operation ‘Martyr Suleimani’ Raining Down Missiles In Iraq, State TV Calls It ‘Revenge’
    9.  «Iran warns US not retaliate over missile attack in Iraq»AP NEWS. 7 de janeiro de 2020. Consultado em 7 de janeiro de 2020
    10.  «Irã avisou ao Iraque que iria atacar bases militares dos EUA». G1. Consultado em 8 de janeiro de 2020
    11.  «Iran missile strike: Two US-Iraq bases hit by 22 projectiles, officials say, as crisis escalates»independent
    12.  «Iran launches missile attacks on US facilities in Iraq»al-jazeera
    13.  Miles, Frank. «Iran launches 15 ballistic missiles into Iraq targeting US, coalition forces, officials say»Fox News (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020
    14.  «34 soldados foram diagnosticados com lesão cerebral após ataque do Irã, dizem EUA»G1. Consultado em 25 de janeiro de 2020
    15.  «Iran missiles target U.S. forces in Iraq; Trump says 'All well'». 8 de janeiro de 2020 – via www.Reuters.com
    16.  "Iran claims 80 American troops killed in missile barrage; US says no casualties". Página acessada em 8 de janeiro de 2020.
    17.  «Iran attack: US troops targeted with ballistic missiles»BBC
    18.  «O Irã parece estar recuando e ninguém ficou ferido, diz Trump em discurso»G1. Consultado em 8 de janeiro de 2020
    19.  Baker, Peter (8 de janeiro de 2020). «Trump Backs Away From Further Military Conflict With Iran»The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 24 de janeiro de 2020
    20.  Safi, Michael (8 de janeiro de 2020). «Iran's assault on US bases in Iraq might satisfy both sides»The Guardian
    21.  Kamal Ayash; John Davison (13 de janeiro de 2020). «Hours of forewarning saved U.S., Iraqi lives from Iran's missile attack» (em inglês). Reuters. Consultado em 24 de janeiro de 2020

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