quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

ADORAÇÃO DOS REIS MAGOS - 6 DE JANEIRO DE 2021

 

Adoração dos Magos

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Adoração dos Reis Magos (do título da seção em latim da VulgataA Magis adoratur) é o nome tradicionalmente dado ao tema cristão parte da Natividade, no qual os três reis magos, representados como reis especialmente no ocidente, tendo encontrado Jesus ao seguir a estrela de Belém, colocam aos pés do Menino Jesus presentes de ouroincenso e mirra. Eles também o adoram como "rei dos judeus". Este evento foi relatado em Mateus 2:11.

No calendário da igreja, este evento é comemorado no cristianismo ocidental como a festa da Epifania (nos países lusófonos, o chamado Dia de Reis), em 6 de janeiro. A Igreja Ortodoxa comemora a Adoração dos Magos no Natal, em 25 de dezembro. A iconografia cristã expandiu consideravelmente o parco relato dos magos no Evangelho de Mateus, que se passa em Mateus 2:1-11 e o utilizou para sublinhar a questão de que Jesus foi reconhecido, desde o início, como rei de toda a terra.

História

Adoração dos Magos.
1495. Tríptico de Hieronymus Bosch, atualmente no Museu do Prado, em Madrid.

Nas primeiras representações, os magos aparecem vestindo roupas persas: calças e chapéus frígios, geralmente de perfil, avançando lentamente com os presentes adiante. Estas imagens adaptaram poses da Antiguidade tardia de bárbaros se submetendo ao imperador romano, presenteando-os com ramos de ouro. Elas também estão relacionadas com as imagens de portadores de tributos de várias culturas mediterrâneas e do Oriente Médio desde muitos séculos antes. As representações mais antigas são das pinturas nas catacumbas e relevos nos sarcófagos, no século IV. As coroas apareceram pela primeira vez no século X, principalmente no ocidente, onde o penteado já perdera, na época, qualquer traço oriental na maioria das vezes[1].

As imagens bizantinas posteriores geralmente mostram pequenos chapéus quadrados, cujo significado é contestado. Os magos geralmente são da mesma idade até este período, mas então a ideia de mostrar as três idades do homem foi introduzida: um exemplo particularmente belo pode ser visto na fachada da Catedral de Orvieto. A cena foi uma das mais importantes dos ciclos da Vida da Virgem e também da Vida de Cristo.

Ocasionalmente, a partir do século XII, e com muita frequência na Europa Setentrional a partir do século XV, os magos também começam a representar as três partes conhecidas do mundo: Baltazar é geralmente mostrado como um jovem africano ou mouro, enquanto que o velho Gaspar recebe traços ou, mais frequentemente roupas, orientais. Belchior representa a Europa e tem meia-idade. A partir do século XIV, grandes comitivas aparecem seguindo-os, os presentes também passam a ser guardados em espetaculares exemplares de ourivesaria e as roupas dos magos recebem cada vez mais atenção[1]. Por volta do século XV, a "Adoração dos Magos" se torna em geral a peça de coragem do artista, onde ele pode mostrar sua habilidade com cenas complexas e lotadas, envolvendo cavalos e camelos, mas também com diversas texturas diferentes: a seda, as peles, jóias e ouro do grupo dos reis magos contra a madeira do estábulo, a palha da manjedoura de Jesus e a roupa humilde de José e dos pastores.

A cena geralmente inclui uma grande diversidade de animais também: o touro e o jumento da cena do nascimento geralmente continuam ali, mas há também cavalos, camelos, cachorros e falcões dos reis e sua comitiva, além de outros animais, como pássaros nas traves do estábulo. A partir do século XV, a "Adoração dos Magos" passou a ser geralmente representada com a Adoração dos Pastores, a partir do relato de Lucas 2:8-20, uma oportunidade de trazer ainda mais diversidade humana e animal; em algumas composições (trípticos, por exemplo), as duas cenas aparecem em pontas opostas ou como pendentivas da cena central, geralmente o Nascimento de Jesus.

A "Adoração dos Magos" no berço ou manjedoura é geralmente o tema central, mas também a sua chegada, chamada de Procissão dos Magos, também aparece no fundo distante de uma cena da Natividade ou como um tema separado. Outros temas incluem a Viagem dos Magos, onde eles e, talvez, sua comitiva são as únicas figuras, e as relativamente incomuns cenas do encontro com Herodes, o Grande e o chamado "Sonho dos Magos.

A utilidade do tema para a igreja e os desafios técnicos envolvidos na sua representação artística tornaram a "Adoração dos Magos" um tema favorito da arte cristã: principalmente a pintura, mas também a escultura e mesmo a música (como a ópera de Gian-Carlo Menotti Amahl e os Visitantes Noturnos).

Representações na arte

Centenas de artistas já representaram a "Adoração dos Magos". Entre eles estão BoschBotticelliDürerGiottoFra AngelicoLeonardo da VinciMantegnaMurilloPeruginoRubensRembrandtVelazquez e Lavinia.

Galeria

Ver também

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Adoração dos Magos

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Schiller, Gertrud; Seligman, Janet (1971). Iconography of Christian Art, Vol. I: Christ's incarnation, childhood, baptism, temptation, transfiguration, works and miracles, (English translation from German), pp.100-114 & figs 245-298. London: Lund Humphries. OCLC 59999963


Ligações externas

APRESENTAÇÃO DO MENINO - TRIPTICO - 6 DE JANEIRO DE 2021

 

Tríptico da Apresentação do Menino no Templo

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Tríptico da Apresentação do Menino no Templo
AutorGoswin van der Weyden
Datac. 1501-1525
Técnicaóleo sobre madeira de carvalho
Dimensões118,5 cm  × 77 cm (central); 33,5 cm (laterais) 
LocalizaçãoMuseu Nacional de Arte AntigaLisboa

Tríptico da Apresentação do Menino no Templo é um tríptico de pinturas a óleo sobre madeira de carvalho do período entre 1501 e 1525 do pintor flamengo do renascimento Goswin van der Weyden que se destinou inicialmente a decorar a Igreja do Convento da Madre de Deus e se encontra actualmente no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.[1]

Tríptico da Apresentação do Menino no Templo foi encontrado por José de Figueiredo numa gaveta do arcaz da sacristia da Igreja da Madre de Deus, em Xabregas. A presença dos signos heráldicos no painel esquerdo permite deduzir que se tratou de uma encomenda real para o Convento da Madre de Deus em data próxima à fundação deste convento em 1506.[1]

Descrição

No painel central do Tríptico está representada a Apresentação do Menino no Templo. A Virgem Maria já entregou o Menino Jesus ao Sacerdote que o sustenta nos braços. Atrás do Sacerdote está um outro oficiante devidamente paramentado e um homem calvo que pode representar S. José. Atràs da Virgem Maria estão três mulheres, uma delas segurando um círio comprido. Uma das figuras femininas está imperceptível pela deterioração da pintura. Ao fundo encontra-se um retábulo esculpido com dois episódios do Antigo Testamento, o de Abraão e o Sacrifício de Isaac e o de Moisés e a Serpente de Bronze (Números 21:4-9).[1]

S. Catarina e S. Margarida

No painel esquerdo está representado Santo António segurando um livro na mão direita sobre o qual está o Menino Jesus. No vitral da janela ao fundo estão pintadas as armas de Portugal e a esfera armilar. Por sua vez, no painel do lado direito está representado S. Francisco exibindo os estigmas. No vitral no canto superior direito deste painel estão dois outros escudos que não foram ainda identificados.[1]

No reverso dos painéis laterais estão representadas, em grisalhaSanta Catarina e Santa Margarida.[1] Nenhuma das santas figuras se apresenta aureolada.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e Nota sobre a obra na Matriznet, [1]

Bibliografia

Reis-Santos, Luís - Obras-primas da Pintura Flamenga dos séculos XV e XVI em Portugal. Lisboa: 1953.

Ligação externa

EPIFANIA DO SENHOR - 6 DE JANEIRO DE 2021

 


Epifania do Senhor

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Disambig grey.svg Nota: Para a manifestação divina sobrenatural ou sentimento súbito de compreensão de algo, veja Epifania. Para outros significados, veja Epifania (desambiguação).

Epifania do Senhor (do latim tardio epiphanīa, por sua vez do grego ἐπιϕάνεια, de ἐπιϕανής «visível», derivado de ἐπιϕαίνομαι «aparecer») ou Teofania (do latim tardio medieval theophania, por sua vez do grego ϑεοϕάνεια e ϑεοϕανία, composto de ϑεο- «teo-» e ϕαν- di ϕαίνομαι «aparecer»]) é uma festa religiosa cristã que comemora a manifestação de Jesus Cristo como Deus encarnado.

No cristianismo ocidental, esta festa lembra primariamente a visita dos Três Reis Magos, enquanto no Oriente lembra o batismo de Jesus.[1] A data tradicional da Epifania é a de 6 de janeiro, mas, quanto à Igreja Latina, desde a reforma do Calendário Romano Geral em 1969 é possível que a festa seja transferida para um domingo;[2] e, quanto à Igreja Ortodoxa e à Igreja Ortodoxa Oriental, o uso do calendário juliano antigo por algumas jurisdições faz com que a festa seja transferida para o dia 19 de janeiro.

No cristianismo ocidental

A Epifania é relacionada ao momento da manifestação de Jesus Cristo como o enviado de Deus, quando o mesmo se autoconclama filho do Criador. Na narração bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém o mundo cristão ocidental celebra como epifanias três eventos:[3]

No cristianismo oriental

Na Igreja Ortodoxa, a Teofania comemora o batismo de Jesus. O evento é celebrado com um ofício de vigília na noite anterior e a Divina Liturgia de São Basílio na manhã de 6 de janeiro. Uma característica marcante desta festa é a bênção das águas, que pode ocorrer tanto na liturgia festiva quanto na vigília, ou mesmo em ambas.[1]

Na Igreja Copta, a Teofania também tem como evento central o batismo, e os fiéis se preparam para a festa com o Paramon (do grego "preparação extraordinária"), um jejum restrito no dia anterior (ou na sexta-feira anterior, caso a festa caia em uma segunda-feira ou domingo).[4]

Ver também

Referências

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