terça-feira, 22 de dezembro de 2020

TSUNAMI NO ESTREITO DE SUNDA EM 2018 - (INDONÉSIA) - 22 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Tsunami no estreito de Sunda em 2018

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Tsunami no estreito de Sunda em 2018
Sunda strait map v3.png
Horacerca de 21:27, hora local, (14:27 UTC)
Data22 de dezembro de 2018
LocalizaçãoEstreito de SundaIndonésia
Tipotsunami
Causaerupção vulcânica
Mortes437[1]
Lesões relatadas14059
Desaparecimentos24

No dia 22 de dezembro de 2018 um tsunami causado por uma erupção do vulcão Anak Krakatoa no Estreito de Sunda atingiu a região costeira de Banten e LampungIndonésia. Pelo menos 437 pessoas morreram, mais de 14000 ficaram feridas e 24 ainda estão desaparecidas.[2] A Agência Meteorológica, Climatológica e Geofísica da Indonésia (BMKG), atribuiu o tsunami à maré alta e a um deslizamento submarino de terra causado por uma erupção vulcânica.

Contexto

Anak Krakatau em 2013.

Localizado sobre o Anel de Fogo do Pacífico, a Indonésia experimenta uma alta freqüência de terremotos e é o lar de 127 vulcões ativos. Um dos vulcões é o Anak Krakatoa (literalmente, "filho de Krakatoa") é um vulcão ativo no Estreito de Sunda , que surgiu em 1927 a partir da grande erupção do Krakatoa, em 1883 – uma das mais violentas erupções na história, que matou mais de 30000 pessoas através de enormes tsunamis e queda de cinzas.[3]

Nos meses que antecederam este tsunami, observou-se um aumento de atividade no Anak Krakatoa, com uma erupção no dia 21 de Dezembro de 2018, com duração de mais de 2 minutos e produzindo uma nuvem de cinzas de 400 metros de altura.

Tsunami

Às 21:03, hora local (14:03 UTC), o Anak Krakatoa entrou em erupção e danificou equipamento local de sismografia, apesar de uma estação sismográfica vizinha ter detetado tremores contínuos. A BMKG detetou um evento de tsunami, por volta das 21:27 hora local (14:27 UTC) na costa ocidental de Banten, mas a agência não tinha detectado nenhum evento tectônico precedente.[4] O porta-voz da Agência Indonésia de Contramedidas de Desastre (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, divulgou uma declaração, atribuindo o anormal tsunami às marés altas causadas pela lua cheia combinadas com um deslizamento submarino de terra causado pela erupção do Anak Krakatoa.[5]

Antes a BMKG tinha emitido um aviso de tsunami para as regiões em torno do estreito.[6] Os marégrafos na região mediram em torno de 90 cm em Serang e 30 centímetros em Lampung,[7] em cima dos 2 metros das marés altas.[8]

Mortos e feridos

Palco onde a banda se apresentava após a passagem do tsunami.
Destruição em uma praia de Banten após o tsunami.

O Conselho Indonésio para a Gestão de Desastres relatou inicialmente a existência de 20 mortos e 165 feridos. No dia seguinte, os números tinha sido revistos para 43 mortes – 33 em Pandeglang, 7, no sul de Lampung, e 3 em Serang, 584 feridos no total, e 2 pessoas desaparecidas, com a maior parte dos feridos registrados (491) também na região de Pandeglang. As áreas de Pandeglang atingidas pela onda incluíram praias que são destinos turísticos populares, tais como Tanjung Lesung.[9][10] O número de mortes foi atualizado para 62, com 20 pessoas desaparecidas mais tarde naquele dia.[11] Relatos de pessoas desaparecidas também ocorreram a partir de pequenas ilhas que fazem parte da regência de Pandeglang.[12] Pelas 13:00, hora local, no dia 23 de dezembro, a BNPB tinha confirmado 168 mortos e 745 feridos, com mais de 30 pessoas dadas como desaparecidas.[13] A contagem de dados no dia 25 de dezembro indicou que 429 pessoas morreram, 1 459 ficaram feridas e 16 000 estavam desabrigadas. Também haviam 57 desaparecidos[2]

Entre as vítimas estavam Aa Jimmy, um ator indonésio,[14] e os membros dos banda Seventeen, que teve os seus baixista e gerente dados logo como mortos, enquanto o guitarrista e o baterista foram declarados mortos horas depois.[15] Um vídeo que circulou na Internet mostra o palco da banda atingido pelo tsunami, durante o show em Tanjung Lesung.[16] Grupos de turismo da região e do Ministério de Esporte também foram afetados pelo tsunami, com alguns dos seus membros mortos, desaparecidos ou feridos.[17][18]

Danos

Cerca de 400 casas em Pandeglang localizadas perto da costa foram destruídas ou muito danificadas pelo Tsunami. Hotéis também foram atingidos. 30 casas em Lampung também foram muito danificadas. [19] A rodovia que conecta Serang e Pandeglang foi destruída.[20]

Resposta

Soldados indonésios auxiliam sobreviventes.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, ordenou por uma resposta imediato pela BNPB, Ministério Social e a Forças Armadas da Indonésia.[21] O Vice-Primeiro-Ministro da Malásia, Wan Azizah Wan Ismail, ofereceu assistência.[22] O Ministério do Turismo interrompeu temporariamente toda a promoção do turismo para Lampung e Banten.[23]

Horas após o evento, o Primeiro-Ministro Australiano Scott Morrison ofereceu ajuda, auxílio e assistência para as áreas afetadas, bem como o envio de sua condolências através do Twitter.[24]

Após o tsunami, um mau funcionamento da sirene de alerta de tsunami, em uma aldeia em Pandeglang fez com que moradores evacuassem.[25]

Ver também

Referências

  1.  «Indonesia tsunami: Death toll from Anak Krakatau volcano rises». BBC. Consultado em 25 de dezembro de 2018
  2. ↑ Ir para:a b «Tsunami: Indonésia registra 281 mortos e quase 12 mil desabrigados»noticias.uol.com.br. Consultado em 24 de dezembro de 2018
  3.  «Deaths as 'volcano tsunami' hits Indonesia»BBC News. 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  4.  Ramdhani, Jabbar (23 de dezembro de 2018). «Update Terkini BMKG: Yang Terjadi di Anyer Bukan Tsunami karena Gempa»detiknews (em indonésio). Consultado em 23 de dezembro de 2018
  5.  «Tsunami in Banten, Lampung kills at least 20: Disaster agency»The Jakarta Post (em inglês). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  6.  «Air Pasang di Anyer Diduga Tsunami Karena Erupsi Krakatau»CNN Indonesia (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  7.  Puspa, Wanti (23 de dezembro de 2018). «20 Orang Tewas dan 165 Terluka Akibat Tsunami di Selat Sunda»CNBC Indonesia (em indonésio). Consultado em 23 de dezembro de 2018
  8.  Medistiara, Yulida (23 de dezembro de 2018). «BMKG Sebut Terjangan Air Laut di Anyer Gabungan Gelombang Tinggi-Tsunami»detiknews (em indonésio). Consultado em 23 de dezembro de 2018
  9.  «Tsunami terjang Selat Sunda, korban diperkirakan terus bertambah»BBC (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  10.  «Indonesia 'volcano tsunami': At least 43 dead and 600 injured amid Krakatoa eruption»www.telegraph.co.uk. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  11.  «Indonesia 'volcano' tsunami: At least 62 dead and hundreds injured after huge wave»Sky News (em inglês). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  12.  «Tsunami Banten, Ada Laporan Korban Hilang di Pulau Oar dan Sangiang»KOMPAS (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  13.  «Update Korban Tsunami Selat Sunda: 168 Orang Meninggal, 745 Terluka»detiknews (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  14.  «Arie Untung Kabarkan Aa Jimmy Meninggal Dunia Jadi Korban Tsunami Banten»tribunnews.com. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  15.  «Sambil Menangis, Ifan Seventeen Kabarkan Gitaris dan Drummer-nya Hilang Saat Tsunami Banten»KOMPAS (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  16.  «Indonesia tsunami: Wave crashes into local pop band Seventeen's concert»Channel NewsAsia (em inglês). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  17.  «19 Karyawan PLN Hilang Diterjang Tsunami di Tanjung Lesung»CNN Indonesia (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  18.  «Tsunami Banten, 7 dari 256 Peserta "Family Gathering" PLN Meninggal Dunia»KOMPAS (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  19.  Ma'ruf, Irfan (23 de dezembro de 2018). «Sejumlah Rumah di Pandeglang Banten Roboh Diterjang Gelombang Pasang»iNews (em indonésio). Consultado em 23 de dezembro de 2018
  20.  «Tsunami di Banten, Jalan Raya Serang-Pandeglang Terputus»Tribunnews.com (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  21.  Florentin, Vindry (23 de dezembro de 2018). «Jokowi Perintahkan Jajarannya Tangani Tsunami Selat Sunda»Tempo (em indonésio). Consultado em 23 de dezembro de 2018
  22.  «Malaysia ready to help Indonesia after tsunami strikes Sunda Strait»Free Malaysia Today. 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  23.  «Pasca Tsunami, Seluruh Aktivitas Promosi Wisata Banten dan Lampung Dihentikan»KOMPAS (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  24.  Ellis-Petersen, Hannah (23 de dezembro de 2018). «Indonesia tsunami: 168 dead and 'many missing' after Anak Krakatoa erupts- latest updates»The Guardian. Consultado em 23 de dezembro de 2018
  25.  «Beredar Kabar Tsunami Lanjutan di Banten, Ini Klarifikasi BNPB»KOMPAS (em indonésio). 23 de dezembro de 2018. Consultado em 23 de dezembro de 2018

Ligações externas

MASSACRE DE ACTEAL - CHAPAS - MÉXICO - (1997) - 22 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Massacre de Acteal

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No lugar onde ocorreu o Massacre de Acteal hoje está a Coluna da Infâmia.

massacre de Acteal, ocorrido em 22 de Dezembro de 1997, consistiu na chacina de 45 indígenas tzotziles que se encontravam rezando numa igreja na localidade de Acteal, no estado mexicano de Chiapas. A opinião dominante é que este massacre terá sido executado por forças paramilitares eventualmente opostas ao Exército de Libertação Nacional Zapatista (EZLN) mas nunca realmente identificadas. Entre as vítimas contavam-se dezasseis crianças e adolescentes bem como vinte mulheres (algumas delas supostamente grávidas) e nove homens adultos.

Segundo os relatos de testemunhas as vítimas, pertencentes a um grupo comunitário denominado Las abejas (as abelhas) simpatizante do EZLN, terão sido mortas por cerca de 90 paramilitares, supostamente membros dum grupo denominado Máscara Roja (máscara vermelha), durante uma operação que se terá prolongado por cerca de 7 horas, a curta distância de um posto militar. Os militares ali estacionados não intervieram de forma a evitar o massacre, existindo relatos de que na manhã seguinte alguns deles se encontravam na igreja, lavando o sangue das paredes.

Na sequência do massacre cerca de 100 pessoas, na sua maioria indígenas, acabariam por ser detidas numa prisão de Tuxtla Gutiérrez, a capital de Chiapas.

O então bispo de San Cristóbal de las CasasSamuel Ruiz, afirmou ser necessário que a Procuradoria Geral da República investigasse sobre quem seriam os instigadores deste massacre.

Entre os presumíveis participantes encontravam-se oito ex-oficiais das forças de segurança pública, condenados a penas de pouco mais de três anos de prisão e libertados logo de seguida.

Segundo dados não oficiais, crê-se que nessa altura em Chiapas operavam vários grupos paramilitares que combatiam o EZLN. Há quem sugira[quem?] que estariam ligados ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), então no poder havia 68 anos.

Ver também

Referências

Notícias

Outras referências

REABERTURA DO PORTÃO DE BRANDENBURGO - BERLIM - (1989) - 22 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Portão de Brandemburgo

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Portão de Brandemburgo
Brandenburger Tor
O Portão de Brandemburgo visto de Pariser Platz.
Início da construção1788 (232 anos)
Inauguração1791 (229 anos)
Geografia
País Alemanha
CidadeBerlim
Coordenadas52° 30' 59" N 13° 22' 44" E
Localização em mapa dinâmico

Portão de Brandemburgo, ou Porta de Brandemburgo (em alemãoBrandenburger Tor), é uma antiga porta da cidade, reconstruída no final do século XVIII como um arco do triunfo neoclássico, e hoje um dos marcos mais conhecidos da Alemanha.[1]

Está localizado na parte ocidental do centro da cidade de Berlim, no cruzamento da avenida Unter den Linden e Ebertstraße, imediatamente a oeste da Pariser Platz. Um bloco ao norte fica localizado o Palácio do Reichstag. O portão é a entrada monumental para Unter den Linden, a famosa avenida de tílias que anteriormente levava diretamente ao Palácio da Cidade dos reis da Prússia.[1][2] Construído no estilo neoclássico no projeto de Carl Gotthard Langhans, possui doze colunas dóricas de estilo grego. Sendo seis de cada lado. Há cinco vãos centrais por onde passam cinco estradas. Sobre o arco está a "quadriga" (estátua da deusa grega Irene - deusa da paz, em uma biga puxada por quatro cavalos). Suas dimensões são: 26 m de altura, 11 m de profundidade e 65 m de largura. (visto de frente).

Foi encomendada pelo rei Frederico Guilherme II da Prússia como um sinal de guerra e construída por Carl Gotthard Langhans entre 1788 e 1791.[3] Tendo sofrido danos consideráveis ​​na Segunda Guerra Mundial, o Portão de Brandemburgo foi totalmente restaurado entre 2000 e 2002 pela Stiftung Denkmalschutz Berlin (Fundação de Conservação dos Monumentos de Berlim).[4]

Durante a partição da Alemanha no pós-guerra, o Portão estava isolado e inacessível imediatamente ao lado do Muro de Berlim, e a área ao redor do Portão se destacou mais proeminente na cobertura da mídia sobre a abertura do muro em 1989. Ao longo de sua existência, o Portão de Brandemburgo foi muitas vezes um local para grandes eventos históricos e é hoje considerado um símbolo da tumultuada história da Europa e da Alemanha, mas também da unidade e da paz européia.

História

Projeto e construção

O Portão de Brandemburgo em 1796.

Poucas são as pessoas que sabem, mas na realidade as portas de Brandenburgo foram construídas sobre outras portas. Uma década após o fim da guerra dos trinta anos, a partir de 1658, Berlim começou a expandir-se como uma fortaleza, cercada por altos muros. Onde atualmente existem as portas foram construídas nessa época umas primeiras, para servir como uma das entradas para a cidade. Na segunda metade do século XVIII, a burguesia ganhava força e o rei da PrússiaFrederico Guilherme II (Friedrich Wilhelm II), iniciou um plano de reestruturação da cidade, dando a ela mais esplendor. Esse projeto previa a construção de umas novas portas, mas o projeto sofreu constantes atrasos e somente em 1788 as antigas portas foram demolidas.

As obras foram iniciadas no ano de 1789 e duraram até 1791, seguindo os projetos do arquitecto Carl Gotthard Langhans. Quando foi aberto ao trânsito ainda faltavam as esculturas de Johann Gottfried Schadow (17641850), e a quadriga, mas a obra completa já havia sido imaginada e projetada, sendo finalizada posteriormente à abertura. Entre as seis colunas dóricas passavam cinco estradas em que apenas duas (as mais extremas de cada lado) estavam abertas ao livre trânsito civil. A rua principal (do meio) apenas podia ser percorrida pela comitiva real. Não houve, no momento da inauguração, qualquer tipo de cerimônia que contemplasse o marco da construção, assim, sem nenhum tipo de solenidade foi aberto ao trânsito no dia 6 de Agosto de 1791. As Portas de Brandemburgo propiciavam ao rei acesso direto do palácio real até ao “Tiergarten”, seu jardim (na parte externa da cidade).

Séculos XIX e XX

Napoleão entra em Berlim em 27 de outubro de 1806.
Portas de Brandenburgo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Queda do Muro de Berlim em 1989.
Comemorações do 20.º aniversário da queda do Muro de Berlim no Portão de Brandemburgo em 2009.

A quadriga foi instalada em 1793, dois anos após a abertura, mas permaneceu pouco tempo sobre as portas. As tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadem Berlim, atravessando as portas de Brandenburgo em Outubro de 1806. Em Dezembro do mesmo ano, para simbolizar a dominação francesa, Bonaparte manda a quadriga para Paris. Esta apenas retornou a Berlim em 1814, após a guerra da libertação (ver Batalha das Nações), e segundo a vontade de Frederico Guilherme III, a quadriga recebeu uma cruz de ferro e uma águia prussiana, e passou a significar a vitória (antes era um símbolo da paz). Em 1868, pôs-se abaixo o velho muro de protecção da cidade, que circundava Berlim, e acrescentou-se às extremidades das portas dois pequenos pavilhões sobre colunas, projectados por Johann Heinrich Stack, com aproximadamente a metade da altura das portas.

Nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial tanto as portas como a quadriga foram danificadas. Berlim ficou dividida em quatro setores (estando as portas no setor soviético), e as portas de Brandenburgo retomaram a sua função original fazendo a divisão entre os setores leste e oeste, soviético e britânico (respectivamente). Inicialmente havia o livre tráfego através das portas.

A quadriga foi retirada mais uma vez, em 1950, pelas autoridades soviéticas, e praticamente destruída. Foi tema de discussão a refundição da escultura ou a colocação de um novo símbolo nas portas, e decidiu-se pela primeira.

Ambas, portas e quadriga, que haviam sido danificados, foram reestruturados em conjunto, ficando a reforma das portas sob a responsabilidade de Berlim oriental e a refundição da quadriga para Berlim ocidental. Em Julho de 1958 a reforma estava encerrada, a quadriga - que havia sido fundida em partes - foi remontada nos dias 1 e 2 de Agosto na praça "Pariser Platz" (do lado soviético). Sem qualquer aviso na noite de 2 para 3 de Agosto a quadriga foi levada para Marstall (do lado soviético). Na noite de 16 de Setembro a águia e a cruz de ferro - tidas como símbolo do militarismo alemão - foram retiradas. Em 27 de Setembro de 1958, a quadriga foi finalmente instalada no alto das portas de Brandenburgo, entretanto, para ira do lado ocidental o monumento foi invertido. Os cavalos, que antes galopavam em direção a Berlim ocidental, foram postos de frente para a "Pariser Platz" (do lado soviético). A inversão gerou vários atritos entre ambos os lados.

As decisões unilaterais soviéticas sobre as portas chegaram ao fim em 14 de Agosto de 1961, quando Berlim Oriental fechou suas fronteiras com os setores britânico, americano e francês, as portas foram isoladas e o muro de Berlim foi construído sem que as portas fizessem divisão entre os dois setores.

As portas ficaram completamente interrompidas para o tráfego de pedestres e automóveis por quase 30 anos, somente com a queda do muro de Berlim - na noite de 9 para 10 de novembro de 1989, a sua reabertura foi repensada. Em 22 de dezembro as portas foram reutilizadas como divisão de fronteira, e em poucos meses o muro desapareceu por completo.

Hoje tanto a área quanto as portas estão reestruturados, e as portas unem o centro histórico da cidade ao “Tiergarten”, a sede do parlamento e a nova praça “Potsdamer Platz”. Os automóveis podem atravessar as portas desde 7 de março de 1998 no sentido de leste para oeste (Na direção contrária é preciso contorná-las). A cruz de ferro e a águia prussiana foram reincorporadas à quadriga em 1991, mas os cavalos ainda galopam em direção a "Pariser Platz". Hoje as portas que um dia separaram Berlim e que foram atravessadas em desfile por tropas napoleônicas, revolucionárias (ver Revoluções de 1848), e nazistas, são o símbolo da prosperidade e unificação alemã.

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Holland & Gawthrop 2011, pp. 56.
  2.  Brein 2013, pp. 24. Possui mapeamento da cidade de Berlim.
  3.  Lee Palmer 2011, pp. 136.
  4.  «Das Brandenburger Tor» (em alemão). Die Stiftung Denkmalschutz Berlin. Consultado em 20 de julho de 2014

Bibliografia

  • Brein, Michael (2013). Michael Brein's Guide to Berlin by the U-Bahn (em inglês). [S.l.]: Michael Brein, Inc. ISBN 1886590079
  • Holland, Jack; Gawthrop, John (2011). The Rough Guide to Berlin (em inglês) ilustrada ed. Londres: Rough Guides. ISBN 1858286824
  • Lee Palmer, Allison (2011). Historical Dictionary of Neoclassical Art and Architecture (em inglês). Washington, D.C.: Scarecrow Press. ISBN 0810874741

Ligações externas

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