segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

SÃO PEDRO CANÍSIO - 21 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Pedro Canísio

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São Pedro Canísio, S.J.
Martelo dos Hereges
Estátua de Theodor Schnell, o Jovem.
Administrador Apostólico de Viena; Segundo Apóstolo da Alemanha"; Doutor da Igreja (Malleus Hereticus)
Nascimento8 de maio de 1521 em NimegaDucado de Gueldres atual Países Baixos
Morte21 de dezembro de 1597 (76 anos) em FriburgoSuíça
Veneração porIgreja Católica
Beatificação23 de novembro de 1864 por Papa Pio IX
Canonização21 de maio de 1925 por Papa Pio XI
Festa litúrgica21 de dezembro
PadroeiroAlemanha; Imprensa católica
Gloriole.svg Portal dos Santos

Pedro CanísioS.J., (em neerlandêsPieter KanisNimega8 de maio de 1521 - Friburgo21 de dezembro de 1597) foi um importante sacerdote jesuíta que lutou contra a disseminação do protestantismo na AlemanhaÁustriaBoêmiaMorávia (República Tcheca) e Suíça. A restauração da Igreja Católica na Alemanha depois da Reforma Protestante é atribuída ao trabalho da Companhia de Jesus, que ele liderava.

São Pedro Canísio foi beatificado pelo Papa Pio IX em 1864 e, posteriormente, canonizado e declarado um Doutor da Igreja (Malleus Hereticus, o "martelo dos hereges") em 21 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI.[1] O dia de sua celebração foi incluído no calendário hagiológico em 1926, sendo então escolhida a data de 27 de abril. Em 1969, foi alterada para 21 de dezembro, o aniversário de sua morte e, assim, o dia em que normalmente é celebrada a entrada de um santo no céu (die natalis).

Vida

Peter Kanis nasceu em Nimegue, no Ducado de Gueldres (até 1549, parte dos Países Baixos Espanhóis dentro do Sacro Império Romano, atualmente Países Baixos). Seu pai era um rico burgomestre chamado Jacob Kanis; sua mãe, Ægidia van Houweningen, morreu logo depois de seu nascimento. Foi enviado para a Universidade de Colônia, onde terminou seu mestrado com apenas dezenove anos. Lá, conheceu Pedro Fabro, um dos fundadores da Companhia de Jesus e, em 1543, tornou-se o primeiro holandês a se juntar à ordem dos jesuítas.[2]

Devido ao seu trabalho na ordem, tornou-se um dos católicos mais influentes de seu tempo. Supervisionou a fundação e manutenção das primeiras faculdades jesuítas alemãs, frequentemente contando com recursos escassos. Por conta de suas frequentes viagens entre faculdades, algo fastidioso e arriscado naquela época, ficou conhecido como o "Segundo Apóstolo da Alemanha".[2]

Pedro Canísio também exerceu forte influência sobre Fernando I, o imperador do Sacro Império Romano-Germânico, incessantemente lembrando-o do perigo iminente para sua alma caso ele concedesse mais direitos aos protestantes em troca de apoio militar. Quando percebeu que o filho e herdeiro de Fernando, Maximiliano, poderia se declarar abertamente protestante, convenceu o imperador a ameaçá-lo de deserdação caso abandonasse a fé católica.[2]

Canísio foi um educador e pregador influente, especialmente por seu "Catecismo Alemão", um livro que definia os princípios básicos do catolicismo em alemão e que encontrou muitos leitores nos países onde é falado. Foi-lhe oferecido o posto de bispo de Viena, porém Canísio recusou-o para que pudesse continuar com suas viagens e pregações. No entanto, foi administrador apostólico da Diocese de Viena de 1554 a 1555 até que um bispo pudesse assumir. Mudou-se depois para a Alemanha e lá tornou-se um dos principais teólogos católicos durante o Colóquio de Worms em 1557, servindo depois como principal pregador da Catedral de Augsburgo de 1559 a 1568, onde diz-se que confessava sua fé católica de forma contundente pelo menos três ou quatro vezes por semana. Dizia-se que sua pregação era tão convincente que atraiu centenas de protestantes de volta para a velha fé.[2]

Quando deixou a Alemanha, em 1590, a ordem dos jesuítas havia evoluído de quase nada para uma ferramenta poderosa da Contrarreforma. Canísio passou os últimos vinte anos de sua vida em FriburgoSuíça, onde fundou uma escola preparatória jesuíta, o Collège Saint Michel, que preparou gerações de jovens para futuras carreiras através de estudos universitários e, sob administração cantonal secular,[nt 1] continua a existir como uma instituição preparatória co-educational.[2]

Em 1591, aos setenta anos, Canísio sofreu um derrame que o deixou parcialmente paralisado, o que não o impediu de continuar a pregar e a escrever, com a ajuda de um secretário, até o dia de sua morte[3]. Ele foi enterrado primeiro na Igreja de São Nicolau, mas seus restos foram depois transferidos para a igreja do colégio jesuíta que ele mesmo havia fundado e onde havia passado o último ano de sua vida.[2] Ali foi enterrado em frente ao altar principal e o quarto que ele ocupou nos meses finais foi transformado numa capela aberta hoje à veneração dos fieis.[4]

Estratégia pastoral

Pedro Canísio testemunhou o auge da Reforma Protestante e dedicou muito do seu trabalho para o esclarecimento da fé católica à luz da emergência das novas doutrinas protestantes. Seus três catecismos, publicados em latim e alemão, foram amplamente distribuídos e eram muito populares nas regiões católicas. Em sua luta contra o protestantismo alemão, esperava muito mais flexibilidade de Roma, argumentando que:

Se tratá-los bem, os alemães vão dar-lhe tudo. Muitos erram em matéria de fé, mas sem arrogância. Eles erram no costume alemão, mas são majoritariamente honestos, um pouco simplórios, mas muito abertos para tudo que seja luterano. Uma explicação honesta da fé seria muito mais eficaz do que um ataque polêmico contra os reformistas.
 
— Pedro Canísio[5].

Canísio rejeitava os ataques de católicos contra Calvino e Melâncton afirmando que "Com palavras como estas, nós não curamos pacientes, nós os tornamos incuráveis".[6]

Mariologia

Relíquias associadas com São Pedro Canísio.

Canísio ensinava que, apesar de existirem muitos caminhos que conduzem a Jesus Cristo, a veneração da Virgem Maria é o melhor,[7] como atestam seus sermões e cartas. Ele explica a Ave Maria como a base para a piedade católica mariana.[8]

A Canísio se credita ainda a adição à Ave Maria da sentença final "Santa Maria, Mãe de Deus, orai por nós pecadores.", que apareceu pela primeira vez em seu catecismo de 1555.[9] Onze anos depois, a sentença foi incluída no "Catecismo do Concílio de Trento" de 1566, tornando a oficial.

Teologicamente, Canísio defendeu a mariologia em seu livro de 1577, De Maria Virgine Incomparabili et Dei Genitrice Sacrosancta Libri Quinque. Da perspectiva atual, Canísio claramente se equivocou em algumas de suas fontes, mas, devido à sua análise factual de suas fontes originais, a obra representa um dos melhores avanços teológicos do século XVI.[10]

Obras

As obras de Canísio são:[11]

  • Summa doctrinae christianae, 1555
  • Catechismus minimus, 1556
  • Parvus catechismus catholicorum, 1558
  • "Curta Epítome da Doutrina Cristã", edição de 1826 do catecismo da Igreja Católica, editado em três volumes em 1833

Notas

  1.  A faculdade foi tomada dos jesuítas quando a ordem foi suprimida em 1773. Primeiro passou para a administração da diocese local e, depois, para a cantonal

Referências

  1.  Hoever 1955, p. 164.
  2. ↑ Ir para:a b c d e f Wikisource-logo.svg "Blessed Peter Canisius" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  3.  Society of Jesus "Our Saints"
  4.  «Fondateur du collège : St. Pierre Canisius» (em inglês). Consultado em 1 de agosto de 2014. Arquivado do original em 9 de setembro de 2013
  5.  Burg 1904, p. 224.
  6.  Burg 1904, p. 225.
  7.  Stegmüller 1967, p. 1052.
  8.  Streicher 1933, p. 95; 245; 267.
  9.  Streicher 1933, p. 12.
  10.  Stegmüller 1967, p. 1063.
  11.  «Ignatian Spirituality» (em inglês). Consultado em 7 de Agosto de 2014. Arquivado do original em 13 de Maio de 2011 |urlmorta= e |ligação inativa=redundantes (ajuda)

Bibliografia

  • Burg, Jos (1904). Kontrovers-Lexikon. [S.l.]: Sozialen Revue
  • Hoever, Hugo (1955). Lives of the Saints, For Every Day of the Year. Nova Iorque: Catholic Book Publishing Co.
  • Streicher, Friedrich (1933). S P C CATECHISMI Latini et GermaniciI. Roma e Munique: [s.n.]
  • Stegmüller, Otto (1967). Mariologisches Schrifttum in der Barockzeit. [S.l.: s.n.]

Ligações externas

INÍCIO DO INVERNO - (10,02 h) - 21 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Inverno

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Estações do ano
Temperadas
Primavera
Verão
Outono
Inverno
Tropicais
Estação seca
Estação das chuvas

inverno (AO 1945: Inverno) é a estação mais fria das quatro estações do ano e é comum que durante esta época, em países mais perto dos polos, as temperaturas fiquem abaixo de 0ºC e que ocorram fenômenos como a queda de neve e a formação de geada.[1]

A palavra inverno deriva do latim, hibernum, que significa neutro, invernal, invernoso, tempo frio.[2]

O inverno do hemisfério norte é chamado "inverno boreal" e o do hemisfério sul é chamado de "inverno austral". A estação não ocorre nos dois hemisférios ao mesmo tempo: enquanto em um hemisfério o inverno está vigente, o outro está vivenciando o verão.[2]

Características gerais

Nas regiões mais frias, o inverno está associado à neve
  • queda das temperaturas;
  • noites mais longas e dias mais curtos;
  • menos raios solares na região que está vivenciando o inverno, devido à inclinação do planeta;
  • aumentos das chuvas e da umidade do ar em países de clima temperado e subtropical, que tem as quatro estações bem definidas;
  • poucas chuvas e baixa umidade do ar em países de clima tropical;
  • é estação do ano que sucede o outono e antecede a primavera nas regiões de clima temperado ou subtropical;
  • sucede o verão chuvoso nas regiões de clima tropical.

O inverno no Hemisfério Norte

Neve na cidade de Lidköping, Suécia, um dos países nórdicos, em 2018

O "inverno boreal" tem início com o solstício de inverno no Hemisfério Norte, que ocorre por volta de 21 de dezembro, e termina com o equinócio de primavera, que acontece perto de 20 de março nesse mesmo hemisfério. No presente ano começa a 21 de dezembro de 2020 às 10:03 de Portugal Continental[3]

Nesse período, massas de ar polares atuam nesta região do planeta, provocando a queda da temperatura e chuvas, que aumentam a umidade do ar.[2]

Em diversos países, como nos Estados UnidosCanadáRússia e países nórdicos, o inverno é bastante rigoroso, com queda acentuada da temperatura e a queda de neve, o que significa temperaturas muitas vezes bem abaixo de 0ºC.[2]

O inverno em Portugal

O inverno em Portugal, assim como o outono, é tipicamente ventoso, chuvoso e fresco, sendo mais frio nos distritos do norte e centro do país, nos quais ocorrem temperaturas negativas durante os meses mais frios. A neve ocorre regularmente em quatro distritos no norte do país: GuardaBragançaVila Real e Viseu. Temperaturas inferiores a -10°C e nevões ocorrem também com alguma frequência em pontos restritos, tais como a Serra da Estrela, a Serra do Gerês e a Serra de Montesinho, podendo nevar de outubro a maio nestes locais.[4]

Já nas cidades mais ao sul de Portugal, as temperaturas dificilmente ficam abaixo de 0°C e a neve também é rara.[4]

O inverno no Hemisfério Sul

O "inverno austral" tem início com o solstício de inverno no Hemisfério Sul, que ocorre por volta de 21 de junho, e termina com o equinócio de primavera, que acontece perto de 21 de setembro nesse mesmo hemisfério. No presente ano começa a No presente ano começa a 20 de junho de 2020 às 18:44 no horário de Brasília[3]

Devido à localização geográfica, próxima à Linha do Equador e entre os trópicos, muitos países desta região têm invernos menos rigorosos do que os países localizados nas altas latitudes.[2]

No entanto, nos países mais ao sul, como Argentina e Chile, que estão um pouco mais distantes da Linha do Equador, não é incomum a queda de neve, principalmente nos locais mais perto do pólo e nos locais mais altos.[2]

O inverno no Brasil

Com exceção da região Sul do país, que tem as quatro estações bem definidas, nas demais regiões o inverno é seco e sucede o verão chuvoso. Em geral, as temperaturas são amenas, não sendo raro que no Norte e Nordeste sem mantenham entre os 18ºC e 36ºC.[2]

O inverno no Sul do Brasil

Neve na cidade de São Joaquim, SC, em 2010
Neve na cidade de Canela, RS, em 2013

De clima subtropical e com as quatro estações bem definidas, a região Sul do Brasil, que compreende os estados do Rio Grande do SulSanta Catarina e Paraná, é a que sente com mais rigor o inverno no Brasil, devido, principalmente, à atuação de frentes frias e massas polares, que provocam chuvas e a queda acentuada na temperatura, que muitas vezes fica abaixo de 0ºC, não sendo impossível que ocorra a queda de neve.[2]

A formação de geada é frequente e o frio também pode aumentar com o vento sul típico da estação, popularmente chamado de Minuano.

"Quando venta o minuano lá no Rio Grande do Sul

Carrega as nuvens cinzenta, deixando o céu mais azul

Dois, três dias o vento para

Cai a noite o frio se abrande

Trampo de enxada amanhece os campos do meu Rio Grande

Quem é magro treme o queijo, põe gali vento tirano

Só quem tem chinoca gorda resiste firme o minuano."

(Teixeirinha. O Vento Minuano, EMI, 2017. Disponível em: https://www.kboing.com.br/teixeirinha/o-vento-minuano/. Acesso em 28 abr. 2020.)

Curiosidades

  • Migração: algumas especies animais, principalmente de aves, adotam a migração como estratégia para fugir do frio.

Ver também

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Inverno

Referências

  1.  «Inverno. A estação do inverno e suas características»
  2. ↑ Ir para:a b c d e f g h «Inverno: datas e características principais»
  3. ↑ Ir para:a b Petr Soural. «Ingresses-Direct Entries into the Zodiac signs». Consultado em 9 de outubro de 2020
  4. ↑ Ir para:a b «Clima de Portugal»Wikipédia, a enciclopédia livre. 6 de novembro de 2019

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