quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

APÓS 53 ANOS SÃO RETOMADAS AS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS ENTRE OS EUA E CUBA EM 2014 - 17 DE DEZEMBRO DE 2020

 



Relações entre Cuba e Estados Unidos

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Relações entre Cuba e Estados Unidos
Bandeira de Cuba   Bandeira dos Estados Unidos
Mapa indicando localização de Cuba e dos Estados Unidos.
  Cuba

Relações entre Cuba e Estados Unidos são as relações diplomáticas estabelecidas entre a República de Cuba e os Estados Unidos da América. Foram iniciadas em 27 de maio de 1902, quando o enviado americano, Herbert Goldsmith Squiers, apresentou as suas credenciais ao governo cubano em Havana. Rompidas em 3 de janeiro de 1961, dois anos após a vitória da Revolução Cubana e Fidel Castro, foram restabelecidas em 17 de dezembro de 2014.[1]

História

Independência cubana e período pré-Revolução

Desde antes dos movimentos de independência dos dois países, norte-americanos e cubanos já tinham interesses em comum. Planos de comprar Cuba do Império Espanhol eram sempre discutidos nos Estados Unidos. À medida que a influência espanhola declinava no Caribe, os Estados Unidos foram gradualmente conquistando uma posição de domínio econômico e político sobre a ilha, com grande maioria das explorações de investimento estrangeiro e a maior parte das importações e exportações em suas mãos, bem como uma forte influência sobre os assuntos políticos internos cubanos.

Após a Guerra Hispano-Americana, que obrigou a Espanha a renunciar os seus direitos soberanos sobre Cuba, as forças militares norte-americanas ocuparam o país até 1902, quando os Estados Unidos permitiram a um novo governo cubano, assumir o controle total dos assuntos do Estado. Os Estados Unidos, no entanto, obrigaram Cuba a conceder-lhes o direito contínuo de intervenção para preservar a independência e a estabilidade de Cuba, em conformidade com a Emenda Platt. Esta emenda foi revogada em 1934, quando ambos assinaram um Tratado de Relações. Este tratado deu continuidade aos acordos de 1903, que arrendavam a Base Naval da Baía de Guantánamo para os Estados Unidos. Os dois países cooperaram sob o governo de Fulgencio Batista até a década de 1950.

Aliança cubano-soviética

Fidel Castro durante uma visita a Washington, DC em 1959.
Instalações militares da Marinha dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo.

Após a Revolução Cubana de 1959 e a ascensão de Fidel Castro ao poder, as relações sofreram uma progressiva deterioração. O Governo cubano expropriou terras e empresas de investidores dos Estados Unidos, e em resposta o Governo dos EUA adotou um plano de derrubar o regime criado por Castro, que resultou na fracassada invasão da Baía dos Porcos.[2] O episódio criou condições concretas para a cooperação entre Cuba e a União Soviética, que iria perdurar por três décadas. A relação cubano-estadunidense se deteriorou de vez na Crise dos Mísseis, que culminou na expulsão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a imposição de um embargo dos Estados Unidos a Cuba.[3] A CIA tentou também eliminar o líder cubano diversas vezes.[4]

Dessa forma, a partir de 1959, após a Revolução Cubana, as relações foram se deteriorando substancialmente e desde então se mantiveram em estado de tensão e beligerância. Sem relações diplomáticas entre os dois países e com Cuba sob um embargo econômico por mais de cinquenta anos, os interesses americanos em Cuba são geridos pela USINT Havana,[5] um departamento de interesses americanos na ilha dentro da embaixada suíça em Havana, com outro departamento similar cubano na embaixada suíça em Washington D.C.[6] Durante décadas, a Assembleia Geral das Nações Unidas tem quase unanimemente pedido pelo fim do embargo político, econômico e financeiro de Cuba aos Estados Unidos e seus aliados, sem qualquer resultado prático.[7]

Período recente

Ver artigo principal: Degelo cubano
Obama e Raul Castro em um encontro oficial, em 2015.

Finalmente, em 17 de dezembro de 2014, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o presidente de Cuba Raúl Castro anunciaram o restabelecimento total das relações diplomáticas entre os dois países, assim como a reabertura da embaixada norte-americana em Havana – e sua contrapartida em Washington – e fim de restrições com a adoção de maiores facilidades para viagens de negócios e transações econômicas, comerciais e financeiras entre cidadãos e empresas dos dois países. O acordo foi anunciado após 18 meses de conversações secretas entre os dois governos, realizadas no Canadá e no Vaticano, com a mediação do Papa Francisco.[1][8] Contudo, o Poder Executivo não tem autoridade para pôr fim ao embargo econômico, prerrogativa esta do Legislativo, o Congresso dos Estados Unidos, que deverá ter a palavra final sobre o assunto.[9]

Em julho de 2015, ambos os países abriram embaixadas nas respectivas capitais, que haviam sido fechadas em 1961.[10]

Em agosto de 2015, a embaixada norte-americana em Cuba foi oficialmente reaberta na presença do secretário de Estado John Kerry e de três antigos marines que içaram a bandeira norte-americana.[11]

Contudo, foi em 2016 que esta aproximação se consolidou, oficialmente. Barack Obama faz uma visita histórica, de três dias, a Cuba. É de salientar que é a primeira vez, desde 1928, que um presidente norte-americano pisa em solo cubano, depois de longos e turbulentos anos de corte diplomático. Sendo que o encontro mais aguardado teve lugar no dia 21 de março: Obama e Raul Castro vão reunir-se no palácio presidencial. Será a terceira vez que os dois se encontram, mas a primeira em território cubano.

Quadro comparativo

Cuba República de CubaEstados Unidos Estados Unidos da América
População11 238 317[12]321 968 000[13]
Área109 884 km²9 525 067 km²
Densidade populacional102 hab/km²33 hab/km²
CapitalHavanaWashington, D.C.
Maiores cidadesHavana (2 106 146 hab.)Nova Iorque (8 550 405 hab.)
GovernoRepública unipartidária centralizadaRepública constitucional federal presidencialista
Idioma oficialEspanholInglês[nota 1]
PIB (nominal)

Ver também

Notas e referências

Notas

  1.  O Inglês é idioma oficial em 32 dos 50 estados dos Estados Unidos.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «U.S. and Cuba, in Breakthrough, Will Resume Diplomatic Relations». The New York Times. Consultado em 17 de dezembro de 2014
  2.  Deutsche Welle (DW) (17 de abril de 2014). «1961: Invasão da Baía dos Porcos». Deutsche Welle (DW). Consultado em 7 de abril de 2014
  3.  iG São Paulo (7 de fevereiro de 2012). «Embargo dos EUA a Cuba completa 50 anos como política obsoleta». iG São Paulo. Consultado em 7 de abril de 2014
  4.  Folha de S.Paulo (31 de agosto de 2011). «CIA planejou envenenar Fidel com charutos e bactéria». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de abril de 2014
  5.  «CHIEF OF MISSION». USINT Havana. Consultado em 17 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2014
  6.  «Cuban Interests Section in USA». Cuba Diplomatica. Consultado em 17 de dezembro de 2014. Arquivado do originalem 12 de maio de 2015
  7.  «General Assembly Demands End to Cuba Blockade for Twenty-Second Year as Speakers Voice Concern over Impact on Third Countries». ONU. Consultado em 17 de dezembro de 2014
  8.  Labott, Elise. «Obama announces historic overhaul of relations; Cuba releases American». CNN. Consultado em 17 de dezembro de 2014
  9.  Diário Digital (17 de dezembro de 2014). «Obama vai pedir ao Congresso dos EUA o fim do embargo a Cuba». 17-12-2014. Consultado em 17 de dezembro de 2014
  10.  "Cuban flag flies over embassy in Washington for first time in 54 years". Página acessada em 25 de julho de 2015.
  11.  «Bandeira dos EUA volta a ser içada na embaixada em Cuba, 54 anos depois». 13 de agosto de 2015
  12.  «Anuario Estadístico de Cuba 2014» (PDF)
  13.  «Census»

Ligações externas

SPACE SHIP ONE - PRIMEIRO VOO EM 2004

 


SpaceShipOne

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SpaceShipOne
Espaçonave
SpaceShipOne em exposição no Museu do Ar e Espaço (Washington, D.C., EUA).
Descrição
Tipo / MissãoAvião espacial
País de origem Estados Unidos
FabricanteScaled Composites
Quantidade produzida1
Custo unitárioUS$25 milhões (fundos do projeto)
Desenvolvido emSpaceShipTwo
Primeiro voo em20 de maio de 2003 (17 anos)
Aposentado em4 de outubro de 2004
Tripulação1
Especificações
Dimensões
Comprimento8,53 m (28,0 ft)
Envergadura8,05 m (26,4 ft)
Área das asas15  (161 ft²)
Alongamento4.3
Peso(s)
Peso vazio1 200 kg (2 650 lb)
Peso carregado3 600 kg (7 940 lb)
Propulsão
Motor(es)1 x motor de foguete SpaceDev híbrido movido a N2O/PBLH
Força de empuxo (por motor)7 500 kgf (73 600 N)
Performance
Velocidade máxima3 518 km/h (1 900 kn)
Velocidade máx. em Mach3.09 Ma
Alcance (MTOW)65 km (40,4 mi)
Teto máximo112 000 m (367 000 ft)
Razão de subida416,6 m/s
Notas
Dados de: astronautix.com[1]

SpaceShipOne - é uma nave espacial experimental da empresa Scaled Composites. A Scaled Composites é financiada exclusivamente por fundos privados. A nave foi desenvolvida por Burt Rutan e que conquistou o prémio "ANSARI X PRIZE". A 21 de junho de 2004 fez o primeiro voo espacial humano com fundos privados.

Correram rumores[carece de fontes] em todo o mundo nos dias 21 e 22 de outubro de 2006, que a Google teria comprado a SpaceShipOne, já que colocou em sua sede, o GooglePlex, uma réplica em escala 1x1 da nave que ficará no setor 43. A empresa não divulgou por que comprou a réplica. Atualmente, a SpaceShipOne está em exposição permanente no Smithsonian National Air and Space Museum (Museu do Ar e Espaço).[2]

Voos espaciais

O primeiro voo do SpaceShipOne, voo 11P, ocorreu a 17 de dezembro de 2003, no entanto este não atingiu o espaço ficando a apenas 20,7 km de altitude. O primeiro voo espacial da nave, voo 15P, foi em 21 de junho de 2004. Neste voo sub-orbital, o astronauta Mike Melvill, depois de atingir o espaço, abriu um saco de confeitos de chocolate e ficou a olhar para elas enquanto pairavam no ar. A SpaceShipOne conquistou o X PRIZE ao atingir os 100 km de altitude em dois voos consecutivos com apenas uma semana de diferença (em 29 de setembro e 4 de outubro de 2004), sendo financiado apenas por fundos privados.

Desenvolvimento

Os custos de desenvolvimento e construção do SpaceShipOne, apesar de não serem de conhecimento público oficial, estão estimados numa média de 20 milhões de dólares, o dobro do valor do prémio ANSARI X PRIZE. Paul Allen, co-fundador da Microsoft, é o único financiador do projeto.

Características

A SpaceShipOne foi desenhada para ser um aeronave suborbital, o que quer dizer que irá atingir altitude suficiente para atingir o espaço mas não a velocidade suficiente para manter-se em órbita. Foi construída para exceder 100 km de altitude, que é a definição internacional para a fronteira do espaço e logo para ganhar o X Prize.

Usa um motor de foguete híbrido chamado de RocketMotorOne, alimentado por polibutadieno líquido hidroxilado (PBLH ou borracha) sólida como combustível e Óxido nitroso líquido (N2O), também conhecido como protóxido de azotoprotóxido de nitrogénio ou popularmente gás do riso, como oxidante.

O primeiro estágio é o propulsor White Knight, que leva o segundo estágio, uma nave espacial suborbital designada de SpaceShipOne, para uma alta altitude, onde é largada e lançada do ar.

Para a reentrada, as asas podem ser giradas sobre o eixo de horizontal para quase vertical, oferecendo estabilidade.

cockpit tem espaço para três pessoas, o piloto e dois passageiros. Mantém uma atmosfera respirável pressurizada para imitar a pressão ao nível do mar e os passageiros não precisam de usar fatos de astronauta.

White Knight transportando a SpaceShipOne em seu último voo (29 de setembro de 2004).
SpaceShipOne pousando em 21 de Junho de 2004 depois de seu voo espacial.

Voos de teste

Em 1 de abril de 2004 a Scaled Composites recebeu a primeira licença para voos espaciais pilotados atribuída pelo departamento americano de transportes. Com esta licença, a empresa pode realizar voos de teste por um período de um ano. O voo 15P também é considerado um voo de teste.

Todos os voos do SpaceShipOne foram feitos a partir do Mojave Airport Civilian Flight Test Center.

Os pilotos de testes para o projecto SpaceShipOne foram Brian BinniePeter SieboldMike Melvill e Doug Shane.

Voos de teste do SpaceShipOne
VooDataTop MachAltitudePiloto
11P17 de Dezembro de 2003Mach 1.220,7 kmBrian Binnie
13P8 de Abril de 2004Mach 1.632,0 kmPeter Siebold
14P14 de Maio de 2004Mach 2.564,4 kmMike Melvill
15P21 de Junho de 2004Mach 3.2100,1 kmMike Melvill
16P29 de Setembro de 2004Mach 3.5110,9 kmMike Melvill
17P4 de Outubro de 2004Mach 3.5120,0 kmBrian Binnie


Ver também

Referências

Ligações externas

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PEDRA DO SOL ASTECA - DESCOBERTA EM 1790 - 17 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Pedra do Sol

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Pedra do Sol dos astecas.

Pedra do Sol (em castelhanoPiedra del Sol) é uma escultura asteca pós-clássica tardia abrigada no Museu Nacional de Antropologia e é talvez a obra mais famosa da escultura asteca.[1] A pedra tem 358 centímetros de diâmetro e 98 centímetros de espessura e pesa cerca de 21,8 toneladas. Logo após a conquista espanhola, a escultura monolítica foi enterrada no Zócalo, a principal praça da Cidade do México. Foi redescoberta em 17 de dezembro de 1790 durante os reparos na Catedral da Cidade do México.[2] Após sua redescoberta, a pedra foi montada em uma parede externa da Catedral, onde permaneceu até 1885.[3] Os primeiros estudiosos inicialmente pensaram que a pedra foi esculpida na década de 1470, embora a pesquisa moderna sugira que ela tenha sido esculpida em algum momento entre 1502 e 1521.[4]

Ver também

Referências

  1.  «National Anthropology Museum, Mexico City, "Sun Stone"». Consultado em 6 de abril de 2014. Arquivado do original em 7 de abril de 2014
  2.  Florescano, Enrique (2006). National Narratives in Mexico English-language edition of Historia de las historias de la nación mexicana, ©2002 [Mexico City:Taurus] ed. Norman: University of Oklahoma PressISBN 0-8061-3701-0OCLC 62857841
  3.  Getty Museum, "Aztec Calendar Stone" getty.edu, acessado em 22 de agosto de 2018
  4.  Villela, Khristaan. "The Aztec Calendar Stone or Sun Stone", MexicoLore. Acessado em 17 de dezembro de 2015.

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