sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA - (UNICEF) Fundada em 1946 - 11 de DEZEMBRO DE 2020

 

Fundo das Nações Unidas para a Infância

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Small Flag of the United Nations ZP.svgFundo das Nações Unidas para a Infância/
United Nations Children's Fund
UNICEF Logo.svg
Bandeira do Fundo das Nações Unidas para a Infância
TipoAgência da ONU
AcrônimoUNICEF
ComandoHenrietta Fore
StatusAtiva
Fundação11 de dezembro de 1946 (74 anos)
SedeNova IorqueEstados Unidos
WebsitePágina do UNICEF
OrigemAssembleia Geral das Nações Unidas

Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (em inglêsUnited Nations International Children's Emergency Fund - UNICEF) é um órgão das Nações Unidas que tem como objectivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento criando condições duradouras.

O UNICEF rege-se pela Convenção sobre os Direitos da Criança e trabalha para que esses direitos se convertam em princípios éticos permanentes e em códigos de conduta internacionais para as crianças.

A sua sede localiza-se na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Objectivo e história

O UNICEF tem como objectivo "promover os direitos e melhorar a vida de todas as crianças, em todas as situações".[1] Iniciou suas actividades em dezembro de 1946, como um fundo de emergência para ajudar as crianças de todo o mundo, que sofreram com as consequências da guerra, formado por um grupo de países reunidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mas alguns anos depois, milhões de crianças de países pobres continuavam ameaçadas pela fome e pela doença. Em 1953, o UNICEF tornou-se uma instituição permanente de ajuda e protecção a crianças de todo o mundo. Está presente em 190 países e territórios. Trabalha com os governos nacionais e organizações locais em programas de desenvolvimento a longo prazo nos setores da saúde, educação, nutrição, água e saneamento e também em situações de emergência, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento.

Em paralelo o UNICEF, apoia projetos concretos desenvolvidos por organizações não governamentais ou governamentais que oferecem soluções locais ao problema. São projectos de atendimento direto a crianças e adolescentes em todas as regiões do mundo. As iniciativas que conseguiram criar metodologias inovadoras e eficientes para tratar o problema são divulgadas e inspiram outras instituições e projetos.

Actividades

O UNICEF trabalha em mais de 190 países e territórios para salvar a vida de crianças, defender seus direitos e ajudá-las a realizar seu potencial, desde a infância até a adolescência.

O UNICEF promove mudanças para crianças e jovens todos os dias, em todo o mundo, das seguintes formas:[2]

  • Proteção e inclusão infantil: o UNICEF trabalha com parceiros em todo o mundo para promover políticas e expandir o acesso a serviços que protejam todas as crianças.
  • Sobrevivência infantil: o UNICEF ajudou a reduzir a mortalidade infantil em todo o mundo, trabalhando para alcançar as crianças mais vulneráveis, em todos os lugares.
  • Educação: o UNICEF trabalha em todo o mundo para apoiar a aprendizagem de qualidade para cada menina e menino, especialmente aqueles em maior risco de ser deixados para trás.
  • UNICEF em situações de emergência: o UNICEF está nos locais antes, durante e após as emergências, trabalhando para alcançar crianças e famílias com ajuda vital e assistência a longo prazo.
  • Gênero: o UNICEF trabalha em todo o mundo para capacitar meninas e mulheres, e para garantir a sua plena participação nos sistemas político, social e econômico.
  • Inovação para crianças: o UNICEF trabalha com parceiros em todos os setores para criar em conjunto soluções inovadoras que acelerem o progresso para crianças e jovens.
  • Abastecimento e logística: O UNICEF oferece acesso sustentável a suprimentos que salvam vidas onde eles são mais necessários, acelerando os resultados para as crianças mais vulneráveis.
  • Pesquisa e análise: os programas e iniciativas globais do UNICEF são fundamentados em pesquisa rigorosa e análise criteriosa sobre a situação das crianças.

Missão

Lionel Messi do clube de futebol Barcelona FC com o logo do UNICEF

O UNICEF promove os direitos e o bem-estar de crianças e adolescentes em tudo o que faz. Trabalha nos lugares mais difíceis, para alcançar as meninas e os meninos mais desfavorecidos do mundo.[3]


O UNICEF recebeu da Assembleia Geral das Nações Unidas o mandato de fazer gestões pela proteção dos direitos das crianças, ajudando-as a satisfazer suas necessidades básicas e a expandir suas oportunidades de pleno desenvolvimento.

O UNICEF orienta sua conduta a partir do texto da Convenção sobre os Direitos da Criança e luta para que os direitos da criança sejam reconhecidos como princípios éticos permanentes e padrões de comportamento no que se refere à criança.

O UNICEF insiste em que a sobrevivência, proteção e desenvolvimento das crianças são imperativos universais para o desenvolvimento, indispensáveis ao progresso humano.

O UNICEF mobiliza vontade política e recursos materiais para auxiliar os países, especialmente aqueles em desenvolvimento, a garantir prioridade absoluta à criança e a construir uma estrutura para a formulação de políticas apropriadas e oferta de serviços para todas as crianças e suas famílias.

O UNICEF dedica-se a assegurar proteção especial às crianças menos favorecidas, vítimas de guerra, desastres, pobreza extrema e de todas as formas de violência e exploração, como também àquelas com deficiências.

O UNICEF atua, em situações de emergência, visando à proteção dos direitos da criança. Em coordenação com parceiros das Nações Unidas e agências humanitárias, o UNICEF coloca à disposição de suas contrapartes sua capacidade de rápida ação, para aliviar o sofrimento das crianças e de seus responsáveis.

O UNICEF é apartidário, e sua cooperação é isenta de discriminação. Em todas as suas ações, é garantida prioridade às crianças menos favorecidas e aos países mais necessitados.

O UNICEF visa, por meio de seus Programas de Cooperação com os países, promover a igualdade de direitos das mulheres e das meninas e apoiar sua plena participação no desenvolvimento político, social e econômico de suas comunidades.

O UNICEF trabalha com todos os seus parceiros para atingir a meta do desenvolvimento humano sustentável, adotada pela comunidade mundial, assim como para concretizar a visão de paz e progresso social, contida na Carta das Nações Unidas.

***

Os programas do UNICEF dependem integralmente de contribuições voluntárias. Todas as parcerias se caracterizam respeito mútuo e pelo reforço das potencialidades de cada uma das organizações..

No Brasil

O UNICEF está presente no Brasil desde 1950, apoiando as mais importantes transformações na área da infância e da adolescência no País. Participou das grandes campanhas de imunização e aleitamento materno; da mobilização que resultou na aprovação do artigo 227 da Constituição Federal e na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente; do movimento pelo acesso universal à educação; dos programas de enfrentamento ao trabalho infantil; entre outros grandes avanços para a garantia dos direitos de meninas e meninos brasileiros.

Em seu programa de cooperação com o governo brasileiro para o período de 2017 a 2021, o UNICEF concentra seus esforços nas meninas e meninos mais vulneráveis e excluídos, com foco especial nas crianças e nos adolescentes que são vítimas de formas extremas de violência. O UNICEF chega a quase 2.000 municípios da Amazônia e do Semiárido e a 17 capitais estaduais, por meio do Selo UNICEF e da Plataforma dos Centros Urbanos.

O UNICEF conta com o apoio de inúmeros parceiros, bem como de seus apoiadores e doadores individuais e corporativos, para executar um programa de país inovador, que combina ações de saúde, educação, proteção e participação social dirigidas aos mais vulneráveis e excluídos.

Referências

  1.  Who we are UNICEF (em inglês)
  2.  What we do UNICEF (em inglês)
  3.  Missão do UNICEF UNICEF (em português)

Ligações externas

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Fundo das Nações Unidas para a Infância

BATALHA DE AVAÍ - PARAGUAI - 1868 - 11 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Batalha de Avaí

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Batalha do Avaí
Guerra do Paraguai
Americo-avaí.jpg
Batalha do Avaí, óleo de Pedro Américo sobre um dos últimos episódios da guerra do Paraguai, ocorrido em 11 de dezembro de 1868
Data11 de Dezembro de 1868
LocalArroio Avaí, Paraguai
DesfechoVitória brasileira
Beligerantes
Flag of Brazil (1870–1889).svg Império do BrasilParaguai Paraguai
Comandantes
Flag of Brazil (1870–1889).svg Marquês de Caxias
Flag of Brazil (1870–1889).svg Manuel Luís Osório
Paraguai Bernardino Caballero
Forças
18 963 brasileiros
26 canhões
5 000 paraguaios
18 canhões
Baixas
297 mortos
1 164 feridos
3 600 mortos
600 feridos
1 400 prisioneiros
Mapa da Batalha do Avaí.

batalha do Avaí foi travada junto ao arroio de mesmo nome, em território paraguaio, em 11 de dezembro de 1868, durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), entre as forças da Tríplice Aliança e as do Paraguai.[1]

Foi um dos combates travados na fase do conflito denominada como Dezembrada, quando se registrou uma série de vitórias obtidas por Duque de Caxias naquele mês, ao evoluir em direção ao Sul para tomar Piquissiri pela retaguarda, a saber: batalhas de Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura.[2] Além da presença de Caxias, General Osório também participou da batalha.[3]

Durante a refrega, a força paraguaia bateu-se com tenacidade, mas foi envolvida por um movimento de flanco e destroçada. Apenas 100 paraguaios, incluindo o general Bernardino Caballero, conseguiram escapar. A tradição oral paraguaia narra a participação de centenas de mulheres entre os combatentes.

Antecedentes

Em março de 1868, grande parte das forças paraguaias deixou a Fortaleza de Humaitá para organizar uma linha de defesa na margem do Rio Tebicuary. Enquanto o 2º Corpo do Exército brasileiro começava a cercar Humaitá, defendido pelo coronel Francisco Martínez, o 1º e 3º Corpo do Exército brasileiro e uma divisão uruguaia, seguiu as ordens de Luis Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias e, começou lentamente a perseguição do exército paraguaio sob o comando do marechal Francisco Solano López.[4]

Porém, López abandonou sua nova posição e foi rumo à Assunção defender a linha de Piquissiri, 130 km ao sul de Assunção e 200 ao norte de Humaitá, estabelecendo sua nova sede em Lomas Valentinas.[5][6]

O atraso de Caxias permitiu que López fortificasse a linha de Piquissiri. Finalmente, o 3º Corpo Brasileiro iniciou o avanço, enquanto uma divisão do esquadrão subia pelo rio para acompanhar a marcha. Por sua vez, o Exército Argentino, comandado pelo general Juan Andrés Gelly y Obes, foi autorizado a marchar para Palmar, em frente às linhas inimigas.[7][8]

Tanto Caxias, quanto Gelly e Obes desconsideraram fazer um ataque frontal na linha de Piquissiri e decidiram realizar manobras de flanco. O general argentino, priorizando a agilidade das operações, propôs que mantivessem uma divisão em Palmas, segurando a frente paraguaia, enquanto a maior parte movia-se em direção a San Antonio, de onde marchariam para o sul. Caxias temia enfrentar a passagem fortificada de Angostura, então decidira cercar pelo leste, onde seria acompanhado por uma operação de desembarque, mas neste caso, como uma ação secundária e arriscando forças menores.[6]

Em 23 dias, improvisaram uma estrada com troncos de palmeiras, onde a maior parte das tropas foi conduzida pelo Chaco ao norte, por meio de estuários, lagoas e riachos, e em plena estação chuvosa. Paralelo a isso, os navios de batalha passaram por Angostura sem problemas e desembarcaram suas tropas em San Antonio, onde ficaram esperando a divisão que avançava, através do Chaco, que chegou em 4 de dezembro.[9]

As forças expedicionárias foram divididas em três corpos, o primeiro sob comando de Jacintho Machado Bittencourt, a 2º Corpo do Exército, foi comandado por Alexandre Gomes de Argolo Ferrão Filho, e o terceiro foi sob o comando de Manuel Luis Osório[10] (1808-1879), Marquês Herval. O marquês de Caxias também desembarcou, que instalou seu posto de comando em San Antonio.

Em 6 de dezembro de 1868, a vanguarda paraguaia comandada pelo general Bernardino Caballero, enfrentou as forças do Império do Brasil na Batalha de Itororó, e depois da luta, recuaram para Villeta, passaram pelo riacho de Ypané e ficaram em um local de difícil acesso, onde as tropas puderam descansar.[11]

General Osório, apesar de ferido no maxilar inferior esquerdo por uma bala de fuzil, continua a frente de sua cavalaria.

Movimentos prévios

As tropas paraguaias continuaram acampadas na estrada de Villeta, em posição vantajosa, em comparação com a vanguarda brasileira.

Caxias decidiu contornar as alas das posições inimigas — à direita de Caballero — para forçar a mudança da sua frente e isolá-lo e, em 7 de dezembro, realizou uma contra-marcha para o leste até o 3º e 2º corpo. Enquanto o primeiro corpo, sob o comando do general José Luis Mena Barreto permaneceu de frente para as posições paraguaias, a maior parte seguiu a estrada de Capiatá até sua junção com San Antonio e Guarambaré.[11]

Porém, Caballero não se deixou enganar e, depois de enviar guerrilheiros para atacar a vanguarda brasileira, recuou para o sul, acampando à beira da estrada, entre Villeta e Guarambaré. López ordenou a Caballero que se posicionasse ao pé de uma colina, na margem do rio Avaí. Apesar de ter sido contra a opinião, Caballero, que considerava a posição indefensível (contra forças superiores e artilharia), preferia se afastar e se preparar em Lomas Valentinas, mas Solano López insistiu em defender o cargo secundado pelo Coronel Germán Serrano, segundo de Caballero.[12]

Ao amanhecer em 9 de dezembro de 1868, as forças que permaneceram na ponte de Itororó encontraram-se com o resto do exército imperial, que começaram a marcha em direção ao porto Ypané, na margem esquerda do rio Paraguai, onde Caxias esperava que acionassem as forças adicionais. A vanguarda comandada por João Niederauer Sobrinho, com cerca de 800 cavalheiros, um batalhão de engenheiros e, uma brigada de infantaria com 4 peças de artilharia, foi seguido pelo 3º Corpo do Exército com 4 peças de artilharia, o segundo com 8 pedaços e o primeiro com muitos outros, fechando a marcha a retaguarda com uma brigada de cavalaria.[12]

Batalha do Avaí

De acordo com as instruções recebidas, Caballero ocupou sua nova posição na margem esquerda da corrente de Avaí, onde recebeu um reforço de um regimento de cavalaria e um batalhão de infantaria de Villeta,[13] reunindo uma força de 5 593 homens com 18 peças de artilharia. Nesse ponto, o Avaí corre no centro de um grande vale delimitado por duas extensas colinas. Ao avançar em frente ao passe, Caballero organizou suas tropas formando brigadas em semicírculos na parte de trás da artilharia, a escassa reserva permaneceu sob as ordens diretas dele.[11]

Referências

  1.  Muñoz, Javier Romero (2011). «The Guerra Grande: The War of the Triple Alliance, 1865-1870». Bakersfield: Decision Games. Strategy & Tactics (em inglês) (270): 6-18
  2.  Hooker, T.D., 2008, The Paraguayan War, Nottingham: Foundry Books, ISBN 1901543153
  3.  «Dezembrada (1868) - Guerra do Paraguai»História Brasileira. 21 de dezembro de 2009
  4.  DORATIOTO, Francisco - Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002
  5.  Mendoza, La Guerra contra la Triple Alianza, 2.ª parte, pág. 43.
  6. ↑ Ir para:a b Zenequelli, Crónica de una guerra, pág. 189-190
  7.  Juan Andrés Gelly y Obes, Educar
  8.   Zenequelli, Lilia (1997). Crónica de una guerra: La Triple Alianza. Dunken
  9.  Garmendia, José Ignacio: Recuerdos de la Guerra del Paraguay. Buenos Aires: Peuser, 1890.
  10.  MAGALHÃES, J. B. (Cel.). Osório: símbolo de um povo, síntese de uma época. Rio de Janeiro: Livraria AGIR Editora, 1946. 530p il.
  11. ↑ Ir para:a b c José Ignacio Garmendía, Recuerdos de la guerra del Paraguay, Peuser, 1890
  12. ↑ Ir para:a b Beverina, Juan: La Guerra del Paraguay (1865-1870). Buenos Aires: Círculo Militar, 1973.
  13.  Juan Crisóstomo Centurión: Memorias.
Fontes
  • Este artigo baseia-se na tradução do artigo correspondente da Wikipédia em espanhol. Uma lista de contribuidores pode ser encontrada no histórico da página.

Bibliografia

  • DONATO, HernâniDicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo: Editora Ibrasa, 1987.

Ligações externas

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