quinta-feira, 19 de novembro de 2020

DIA INTERNACIONAL DO HOMEM - 19 DE NOVEMBRO DE 2020

 

Dia Internacional do Homem

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Dia Internacional do Homem!
Nome oficialInternational Men's Day
Celebrado porTrinidad e TobagoJamaicaAustráliaÍndiaItáliaEstados UnidosNova ZelândiaMoldáviaHaitiSão Cristóvão e NevisPortugalSingapuraMaltaÁfrica do SulGanaBotswanaAngolaZimbabweCroáciaUgandaChileHungriaIrlandaPeruCanadáChinaVietnãPaquistãoDinamarcaSuéciaNoruegaGuianaHolandaBélgicaGeórgiaArgentinaMéxicoAlemanhaÁustriaFinlândiaEspanhaFrança e Reino Unido.
TipoInternacional
Data19 de novembro
TradiçõesDia para a conscientização da saúde masculina

Dia Internacional do Homem é um evento celebrado no dia 19 de novembro de cada ano em diversos países do mundo, desde 1999.[1] No Brasil, é comemorado em 15 de julho, desde 1992.[2]

As comemorações internacionais foram iniciadas em 1999 pelo Dr. Jerome Teelucksingh, professor de História na Universidade das Índias Ocidentais (University of the West Indies), de Trinidad e Tobago, que escolheu essa data por ser o aniversário de seu pai e também por quê, nesse dia, em 1989, o time de futebol de seu país foi pela primeira vez classificado para a Copa do Mundo, o que foi um fator de união para o povo.[3] Entretanto, a data não é listada pela Organização das Nações Unidas (ONU).[4][5]

É uma ocasião para celebrar as contribuições dos homens para seus países, para a sociedade, a comunidade, a vizinhança, a família, o casamento e o cuidado com os filhos O objetivo mais amplo da comemoração é promover os valores humanitários básicos.

A data é celebrada em mais de 40 países, incluindo Trinidad e TobagoJamaicaAustráliaÍndiaItáliaEstados UnidosNova ZelândiaMoldáviaHaitiSão Cristóvão e NevisSingapuraMaltaÁfrica do SulGanaBotswanaAngolaZimbabweCroáciaUgandaChileColômbiaHungriaIrlandaPortugalPeruCanadáChinaVietnãPaquistãoDinamarcaSuéciaNoruegaGuianaHolandaBélgicaGeórgiaArgentinaMéxicoAlemanhaÁustriaFinlândiaEspanhaFrança e Reino Unido.[6]

Histórico

Desde a década de 1960 houve pressão para que se criasse uma data para essa comemoração, inclusive por uma questão de igualdade de gêneros, já que o Dia Internacional da Mulher era comemorado desde 1909. Alegava-se que as contribuições masculinas para a humanidade também merecem um dia próprio para serem celebradas, sem necessariamente qualquer analogia com o Dia Internacional da Mulher. Vários países, como CanadáFrançaEstados UnidosColômbiaRússia, e China fizeram celebrações tentativas, cada qual esperando ser seguido por outras nações.[7] Principalmente por divulgação insuficiente, essas tentativas não tiveram continuidade.

Em 1994, houve comemorações bem sucedidas nos Estados Unidos, Europa e Austrália, em fevereiro, por iniciativa do professor Thomas Oaster, diretor do Centro para Estudos do Homem da Universidade do Missouri, em ColumbiaMissouri, nos Estados Unidos. Mas em 1995 não houve aceitação para repetir a celebração, e o professor abandonou o projeto. Malta foi, durante algum tempo, a única nação que continuou a comemorar a efeméride no mês de fevereiro.Mas, em 2009, moveu a data para 19 de novembro, para seguir os demais países.

A Austrália voltou a aderir às celebrações em 19 de novembro de 2003.

Objetivos

Os objetivos celebrados nesta data estão definidos nos "Cinco pilares do dia Internacional do Homem":

  • Promover papéis masculinos positivos, não apenas de estrelas do cinemasoldados ou esportes, mas de homens do dia a dia cujas vidas são decentes e honestas;
  • Comemorar as contribuições masculinas positivas para a sociedade, comunidade, vizinhança, família, casamento, guarda de crianças e meio-ambiente;
  • Focar na saúde e bem-estar do homem: social, mental, emocional, físico e espiritual;
  • Destacar a discriminação contra os homens e meninos; nas áreas de serviços sociais, nas atitudes e expectativas sociais, e no direito;
  • Criar um mundo mais seguro e melhor, onde as pessoas possam se sentir seguras e crescer para alcançar seu pleno potencial.

Dia do Homem no Brasil

No Brasil, em 1992, foi escolhida a data de 15 de julho para se comemorar o Dia do Homem por iniciativa da Ordem Nacional dos Escritores. Segundo Edson Marques a escolha de tal dia foi uma brincadeira com a data de aniversário da mãe de um dos membros presentes a um jantar da Ordem em São Paulo, no qual estavam presentes a escritora Mariazinha Congílio, o maestro Mário Albanese, o jornalista João Marcos Cicarelli, além do próprio escritor Edson Marques. A partir de 1993 a Tertúlia Pensão Jundiaí, uma espécie de academia informal de escritores criada por Mariazinha, passou a celebrar o dia do homem, escolhendo uma personalidade a ser agraciada com o Troféu Moringa. O jantar e a entrega do prêmio são realizados no dia 20 de julho, data em que o primeiro homem pisou na lua.[8]


Ver também

Referências

Ligações externas

AMÉRICO TOMÁS - NASCEU EM 1894 - ÚLTIMO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM 1974 - 19 DE NOVEMBRO DE 2020



Américo Tomás

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Américo Tomás
AmericoThomaz.png
Américo Tomás
13.º Presidente da República Portuguesa
Período9 de agosto de 1958
25 de abril de 1974
AntecessorFrancisco Craveiro Lopes
SucessorAntónio de Spínola
Ministro da Marinha
Período6 de setembro de 1944
10 de maio de 1958
AntecessorManuel Ortins de Bettencourt
SucessorRaul Ventura
Dados pessoais
Nome completoAmérico Deus Rodrigues Thomaz
Nascimento19 de novembro de 1894
LisboaPortugal
Morte18 de setembro de 1987 (92 anos)
CascaisCascaisPortugal
Primeira-damaGertrudes Ribeiro da Costa Thomaz
PartidoUnião Nacional, depois Acção Nacional Popular
ProfissãoOficial da Marinha de Guerra
AssinaturaAssinatura de Américo Tomás
Serviço militar
GraduaçãoAlmirante da Armada

Américo Deus Rodrigues Tomás[1] GColTE • ComC • GCC • ComA • GOA • OSE (Lisboa19 de novembro de 1894 — CascaisCascais18 de setembro de 1987) foi um político e militar português. Foi o décimo terceiro Presidente da República Portuguesa, último do Estado Novo português.

Biografia

Era filho de António Rodrigues Tomás (Ferreira do ZêzereFerreira do Zêzere, c. 1870) e de sua esposa, Maria da Assunção Marques (Lisboa, Alcântara, c. 1874), criados da casa da família Rodrigues de Mattos e Silva de Abrantes e do Sardoal.

Em 16 de outubro de 1922 desposou Gertrudes Ribeiro da Costa (Lisboa23 de fevereiro de 1894 - Lisboa25 de maio de 1991), filha de António José da Costa e de sua esposa, Adelaide do Carmo Ribeiro, de quem teve duas filhas e um filho: Maria Natália Rodrigues Tomás (1923-1980), Fernando Rodrigues Tomás (1923-1923) e Maria Madalena Rodrigues Tomás (1925), casada com Antero Campos de Figueiredo.

Carreira Académica

Ingressou no Liceu da Lapa em 1904, e concluiu a sua formação secundária no Liceu Passos Manuel em 1911. Frequentou a Escola Politécnica, atual Faculdade de Ciências durante dois anos, entre 1912 e 1914, ano em que ingressou na Escola Naval, como aspirante no corpo de alunos da Armada.

Américo Tomás enquanto cadete da Armada, c. 1915.

Carreira Militar

Em 1916, ao concluir o curso da Escola Naval, e durante a Primeira Guerra Mundial, desempenhou funções no serviço de escolta no Couraçado Vasco da Gama, depois no cruzador auxiliar Pedro Nunes e nos contratorpedeiros Douro e Tejo.[2]

Em 1918 foi promovido a Primeiro-Tenente. Seguiram-se as promoções a Capitão-tenente (1931), Capitão de fragata (1939), Capitão de mar e guerra (1941), Contra-almirante (1951) e Almirante (1970).[3]

17 de março de 1920, entra ao serviço do navio hidrográfico 5 de Outubro, onde serviu nos dezasseis anos seguintes, desempenhando ainda as funções de chefe da Missão Hidrográfica da Costa Portuguesa e vogal da Comissão Técnica de Hidrografia, Navegação e Meteorologia Náutica e do Conselho de Estudos de Oceanografia e Pesca e perito do Conselho Permanente Internacional para a Exploração do Mar.[4] A 5 de outubro de 1928 foi feito Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico, a 5 de outubro de 1932 Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis e a 9 de maio de 1934 Comendador da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[5]

Foi nomeado chefe de gabinete do Ministro da Marinha em 1936, presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante de 1940 a 1944 e Ministro da Marinha de 1944 a 1958. A 10 de agosto de 1942 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis e a 1 de agosto de 1953 foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[5]

Em 1944 foi o 14.º Presidente do Clube de Futebol Os Belenenses.[6]

Durante o desempenho de funções como Ministro da Marinha, foi o principal responsável pela elaboração e aplicação do Despacho 100 (de 10 de agosto de 1945), diploma que reestruturou e modernizou a Marinha Mercante portuguesa, permitindo também a constituição da moderna indústria da construção naval no país. Esta ação fez com que, nos meios navais, ao contrário do resto da sociedade portuguesa, o nome do Almirante Américo Thomaz seja, ainda hoje, muito respeitado.

Presidente da República

Retrato oficial do Presidente Américo Tomás (1957), por Henrique MedinaMuseu da Presidência da República.

Em 1958 foi o candidato escolhido pela União Nacional para suceder a Craveiro Lopes, com o beneplácito de António de Oliveira Salazar, não só por ser afeto ao regime mas também por ser pouco interventivo. Teve como adversário o General Humberto Delgado. Segundo os resultados oficiais das eleições de 8 de Junho de 1958, venceu com 75%, contra apenas 25% atribuídos a Delgado. O próprio Thomaz não votaria na sua eleição. Na sequência das eleições presidenciais, cujos resultados oficiais nunca seriam publicados oficialmente no Diário do Governo, conforme estipulava a legislação vigente, o regime determinaria, na revisão constitucional de 1959, que estas deixariam de ser diretas, passando a ser da responsabilidade de um colégio eleitoral, constituído exclusivamente por membros da União Nacional. Desta forma, o regime punha de parte qualquer tipo de mudança democrática encetada pelo voto da população portuguesa. Em 1961 tornou-se Ilustríssimo Senhor Cruz da Real e Distinguida Ordem Espanhola de Carlos III de Espanha. Foi dessa forma reeleito em 1965 e 1972.

25 de Abril encontrou-o a poucos meses de cessar funções, uma vez que determinara deixar o cargo quando completasse 80 anos. Foi então demitido do cargo e expulso compulsivamente da Marinha, tendo sido enviado para a Madeira, donde partiu para o exílio no Brasil.[7]

Américo Tomás, durante o desempenho das funções de Presidente da República, residiu sempre na sua residência particular, apenas usando o Palácio de Belém como escritório e para cerimónias oficiais.

Por inerência do cargo de Presidente da República, era detentor do grau de Grande-Colar da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito desde 9 de agosto de 1963.[5]

“É a primeira vez que cá estou desde a última vez que cá estive.”

— Américo Thomaz

Foi pouco mais do que um chefe de estado cerimonial, aparecendo muitas vezes a inaugurar exposições de flores, a ponto de lhe darem o apodo de "o corta-fitas". Era alvo de chacota pelo seu pouco talento para o discurso público, tendo várias "gaffes" suas ficado gravadas no imaginário popular, com destaque para frases como "É a primeira vez que cá estou desde a última vez que cá estive", ou "Hoje visitei todos os pavilhões, se não contar com os que não visitei", proferidas nas numerosas visitas e inaugurações que ocupavam a maior parte da sua atividade.[8]

Após o 25 de Abril

Mural da UDP opondo-se ao seu regresso do exílio.

Em 1978Ramalho Eanes permitiu o seu regresso a Portugal. Em 1980, morre, subitamente, a sua filha mais velha, Natália.

Foi-lhe negado o reingresso na Marinha e o regime de pensão extraordinária atualmente em vigor para ex-presidentes da República.

18 de setembro de 1987, Américo Tomás morreu numa clínica em Cascais, após uma cirurgia, com 92 anos. Está sepultado no Cemitério da Ajuda.

Obra

  • Sem Espírito Marítimo Não É Possível o Progresso da Marinha Mercante, Lisboa, s.e., 1956.
  • Renovação e Expansão da Frota Mercante Nacional, prefácio de Jerónimo Henriques Jorge, Lisboa, s.e., 1958.
  • Citações, Lisboa, República, 1975.
  • Últimas Décadas de Portugal, 4 volumes vols., Lisboa, Fernando Pereira, 1980 e 1981.

Referências

  1.  «Américo Tomás». PRESIDÊNCIA da REPÚBLICA. Consultado em 30 de abril de 2020
  2.  Mascarenhas, João Mário; António José Telo (1997). «Américo Deus Rodrigues Thomaz»A República e seus presidentes
  3.  Américo Tomás (biografia) - Museu da Presidência.
  4.  Mascarenhas, João Mário; António José Telo (1997). «Américo Deus Rodrigues Thomaz»A República e seus presidentes
  5. ↑ Ir para:a b c «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Américo Deus Rodrigues Thomaz". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de julho de 2019
  6.  «Lista de Presidentes». Os Belenenses. Consultado em 31 de outubro de 2015
  7.  Lei 1/74 que destituiu Américo Thomaz.
  8.  «Frases que entraram para a nossa História» (em inglês)

Ligações externas

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue