sexta-feira, 6 de novembro de 2020

TERCEIRA BATALHA DE YPRES - (PACHENDALE) - (1917 - 6 DE NOVEMBRO DE 2020

 


Terceira Batalha de Ypres

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Terceira Batalha de Ypres
Batalha de Paschendale
Parte da(o) Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial
Atiradores australianos na Floresta de Château, próxima a Hooge, em 29 de outubro de 1917.
Atiradores australianos na Floresta de Château, próxima a Hooge, em 29 de outubro de 1917. Foto de Frank Hurley.
Data31 de julho de 1917 a 6 de novembro de 1917
LocalPassendale (em Zonnebeke), Bélgica
DesfechoVitória táctica Aliada
Combatentes
Reino Unido Império Britânico

Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg França
 Bélgica

Flag of Germany (1867–1919).svg Império Alemão
Líderes e comandantes
Reino Unido Douglas Haig
Reino Unido Hubert Gough
Reino Unido Herbert Plumer
Austrália John Monash
Flag of Canada (1868–1921).svg Arthur Currie
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg François Anthoine
Flag of Germany (1867–1919).svg Erich Ludendorff
Flag of Germany (1867–1919).svg Rodolfo da Baviera
Flag of Germany (1867–1919).svg Friedrich Bertram Sixt von Armin
Forças
50 divisões britânicas e 6 francesas77 a 83 divisões alemãs
Vítimas
448 614 mortos, feridos, desaparecidos ou capturados[1]410 000 mortos, feridos, desaparecidos ou capturados[1]

Terceira Batalha de Ypres, ou, na sua forma portuguesa, de Ipres,[2] também conhecida como Batalha de Paschendale foi uma campanha da Primeira Guerra Mundial que opôs os britânicos, e os seus Aliados (canadensessul-africanos e as unidades ANZAC), ao Império Alemão. A batalha teve lugar na Frente Ocidental, entre Junho e Novembro de 1917, e o seu objectivo era controlar as zonas a sul e leste da cidade belga de Ypres, na região da Flandres Ocidental, como parte integrante de uma estratégia decidida pelos Aliados num conferência em Novembro de 1916 e Maio de 1917.[3] Paschendale fica situada na última colina a leste de Ypres, a 8 km de um entroncamento ferroviário em Roulers, uma parte vital do sistema de abastecimentos do Quarto Exército alemão.[4] A fase seguinte da estratégia Aliada era um avanço até Thourout – Couckelaere, para bloquear o caminho-de-ferro controlado pelos alemães entre Roulers e Thourout, que só ocorreria em 1918. As operações adicionais e o apoio britânico ao ataque da costa belga de Niewpoort, juntamente com um desembarque anfíbio, chegariam a Bruges e à fronteira holandesa.[5] A resistência do Quarto Exército alemão, um clima muito húmido, o começo do Inverno e a mudança dos recursos franceses e britânicos para Itália, a seguir à vitória austro-germânica na Batalha de Caporetto, (24 de Outubro – 19 de Novembro), permitiu aos alemães evitar uma retirada geral, que lhes parecia inevitável em Outubro.[6] A campanha terminou em Novembro quando o Corpo Canadiano capturou Passchendaele.[7] Em 1918, a Batalha de La Lys[8] e a Quinta Batalha de Ypres,[9] tiveram lugar antes de os Aliados ocuparem a costa belga e terem chegado à fronteira holandesa.[10]

Uma campanha na Flandres era um assunto controverso em 1917, e assim continuou. O Primeiro-ministro britânico Lloyd George opunha-se à ofensiva[11] tal como o general Foch, o o Chefe-de-Estado francês.[12] O comandante britânico, marechal-de-campo Sir Douglas Haig, teve que aguardar aprovação para a operação na Flandres do Gabinete de Guerra até 25 de Julho.[13] Algumas questões controversas entre os participantes na batalha, escritores e historiadores, incluem a visão de efectuar uma estratégia ofensiva após a mal-sucedida Ofensiva Nivelle, em vez de aguardar pela chegada dos exércitos americanos a França; a escolha da Flandres em vez de outras zonas mais a sul ou a Frente italiana; o clima e as condições atmosféricas na Flandres; a escolha do general Hubert Gough por Haig e o Quinto Exército para liderar a ofensiva; a forma de dar início ao ataque; o intervalo de tempo entre a Batalha de Messines e o ataque de abertura das Batalhas de Ypres; a influência dos problemas internos dos exércitos franceses na persistência dos britânicos na ofensiva; o efeito da lama nas operações; a decisão de continuar a ofensiva em Outubro com a mudança nas condições meteorológicas; e o custo das perdas humanas da campanha nos exército alemão[14] e britânico.[15]

Ver também

Notas

Referências

  1. ↑ Ir para:a b James Ellis & Michael Cox, World War I Databook
  2.  Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e GentílicosI. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
  3.  Edmonds 1948, pp. 22–25.
  4.  Terraine 1977, p. 336.
  5.  Edmonds 1948, pp. 124–125.
  6.  Terraine 1977, p. 299.
  7.  Prior & Wilson 1996, p. 179.
  8.  Davies, Edmonds & Maxwell-Hyslop 1937, p. 138-452.
  9.  Edmonds & Maxwell-Hyslop 1947, pp. 57–93.
  10.  Edmonds & Maxwell-Hyslop 1947, pp. 269–293 & 426–453.
  11.  Terraine 1977, pp. 159–163 & 198–199.
  12.  Terraine 1977, p. 111.
  13.  Edmonds 1948, p. 106.
  14.  Sheldon 2007, p. 315.
  15.  Prior & Wilson 1996, pp. 194–200.

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VIADUTO DO CHÁ - SÃO PAULO - BRASIL - INAUGURADO EM 1888 - 6 DE NOVEMBRO DE 2020

 

Viaduto do Chá

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Viaduto do Chá
Viaduto do Chá
Tipoviaduto
Inauguração1888 (132 anos)
Geografia
Coordenadas23° 32' 48" S 46° 38' 16" O
LocalidadeSão Paulo
LocalizaçãoZona Central de São Paulo
PaísBrasil

Viaduto do Chá foi o primeiro viaduto a ser construído na cidade de São Paulo, localizado no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. Foi idealizado pelo francês Jules Martin[1] em 1877, mas inaugurado apenas em 6 de novembro de 1892. Inicialmente sua construção foi projetada com armações metálicas, que acabaram cedendo com o uso. Por causa disso, a antiga estrutura foi substituída por vigas de concreto presentes ainda hoje na construção.

Por ser uma região de intenso trânsito de pessoas, o Viaduto do Chá costuma servir de plano de fundo para muitas entrevistas e enquetes de programas de televisão.[2] A construção também é um local muito usado para locações externas de novelas e filmes que se passam no centro de São Paulo[3], como, por exemplo, a telenovela da Rede Globo Tempos Modernos, que teve grande parte de suas cenas gravadas no Vale do Anhangabaú e no chamado "Centro Velho" da capital paulista.

História

Antecedentes

Antes da construção do Viaduto do Chá[4], o Vale do Anhangabaú era separado pelo rio de mesmo nome dividindo a região. Parte dela estruturada, que findava na Rua Direita e outra, conhecida como Morro do Chá (que ganhou esse nome por causa de inúmeras plantações de chá-da-índia que havia na área)[5], onde hoje se encontram os distritos da República e da Consolação.[6]

Os moradores do morro costumavam ter dificuldades para se locomover da atual Rua Líbero Badaró para o lado em que se localiza o Theatro Municipal: era preciso descer a encosta, atravessar a Ponte do Lorena sobre o Anhangabaú e subir a Ladeira do Paredão, atual Rua Coronel Xavier de Toledo. Na Líbero Badaró, havia ainda a chácara e a casa da Baronesa de Tatuí, que se opunha à construção do viaduto. Onde localiza-se o Teatro Municipal era a serraria do alemão Gustavo Sydow e, logo depois, havia a chácara do Barão de Itapetininga, delineada pelas ruas Formosa, 24 de Maio e D. José de Barros.[7]

Construção

Idealizado pelo cidadão francês Jules Martin, foi o primeiro viaduto construído na cidade.[8] A proposta da ponte sobre o vale foi apresentada à Intendência Municipal em 1887. Seu nome derivou do Morro do Chá, como era conhecida a chácara baronesa de Tatuí (em que era plantado esse tipo de erva), que ficava próximo às plantações de chá da Índia. Ao ser criado, o viaduto tinha como intenção ligar as ruas Direita e Barão de Itapetininga. Os trabalhos começaram apenas em 1888, mas foram interrompidos um mês depois, por causa da resistência dos moradores da região, entre eles o Barão de Tatuí, cuja casa seria uma das desapropriadas. A população favorável à obra conseguiu reverter a situação logo depois, e o projeto pôde ter continuidade.[8]

A Companhia Paulista de Chá ficou com os direitos do projeto, quando foi retomado em 1889, porém enfrentou problemas financeiros e quase foi à falência. Então o município transferiu a responsabilidade da concepção para a Companhia de Ferro Carril de São Paulo.[9] Esta encomendou uma armação metálica que compõe o viaduto[10] à empresa alemã Harkort, de Duisburgo, que chegou ao Brasil em maio de 1890. O viaduto foi concluído dois anos depois, tendo sua inauguração em 6 de novembro de 1892. Em um primeiro momento, possuía 240 metros de comprimento, sendo 180 de estrutura metálica e 60 da Rua Barão de Itapetininga aterrada; catorze metros de largura, sendo nove da passagem central e cinco de passarelas laterais (com assoalhos de prancha de madeira); vinte metros de distância do rio; e arco central de 34 metros. O viaduto era iluminado por 26 lâmpadas a gás e contava, para fins estéticos, com obras de arte em suas quatro extremidades e balaustrada de bronze, com o logotipo da Companhia de Ferro.[11]

Para pagar as despesas, eram cobrados sessenta réis ou três vinténs para a utilização da passagem, o que na época garantiu o apelido de Viaduto dos Três Vinténs.[8] Existia um portão no local para controlar a passagem e restringir seu uso no período da noite. O portão só foi removido, tornando o viaduto gratuito, em 1897, quando o vereador Pedro Augusto Gomes Cardim, apoiado por uma petição popular, levou uma moção à Municipalidade.[11]

Por lá costumavam passar pessoas refinadas, que se dirigiam aos cinemas e às lojas da região e, depois de 1911, ao Theatro Municipal. Por muito tempo, o Viaduto do Chá também foi utilizado por suicidas.

Reconstrução

Com o passar do tempo, a cidade foi crescendo, e o número de pessoas que passavam pelo viaduto aumentando a cada dia. Em 1938, a construção de metal alemão com assoalho de madeira passou a não suportar mais esse volume.[9] Assim, no mesmo ano, o viaduto foi demolido, dando lugar a um novo, feito de concreto armado e com o dobro de largura. Dessa forma, até os dias de hoje o viaduto é usado como passarela para carros e pedestres, sendo referência da Zona Central da cidade. Durante o centenário, o viaduto sofreu sua ultima mudança até os dias de hoje, a reforma dos pisos.[12]

Estado atual

Circulação de pessoas no Viaduto do Chá, registro realizado em 2005.

Hoje em dia, o Viaduto do Chá possui 204 metros de extensão e liga duas ruas tradicionais de São Paulo: a Barão de Itapetininga e a antiga Rua do Chá, atual Rua Direita. Durante muito tempo, o viaduto foi um dos principais cartões postais de São Paulo e importante ponto turístico da cidade. Atualmente, apesar de ser importante tanto para a locomoção quanto turisticamente, ele perdeu um pouco de sua "essência" e passou a ser mais um local tradicional.[13] Entretanto, hoje o viaduto passou a ser um dos locais mais fotografados para cartões postais de São Paulo.[14] No local encontram-se também os edifícios da Prefeitura de São Paulo e do Shopping Light, ambos localizados no “centro novo” da cidade, sendo considerado um dos pontos turísticos da cidade.[15]

Eventos

Mesmo sendo um viaduto, em virtude da importância histórica e localização central, o local é muito utilizado para shows e eventos culturais, como por exemplo o evento de moda Casa de Criadores, que ocorreu em 2006 e em 2015[16], a Virada Cultural de São Paulo[17] e para desfile dos blocos de carnaval de São Paulo[18], que acontecem anualmente.

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Referências

  1.  Cultural, Instituto Itaú. «Jules Martin | Enciclopédia Itaú Cultural»Enciclopédia Itaú Cultural
  2.  «PLANO DE FUNDO»
  3.  «LOCAÇÃO»
  4.  «Viaduto do Chá, 120 anos de um símbolo - noticias - Estadao.com.br - Acervo»Estadão - Acervo
  5.  «Viaduto do Chá - lugares - Estadao.com.br - Acervo»Estadão - Acervo
  6.  «Como era São Paulo sem o Viaduto do Chá - noticias - Estadao.com.br - Acervo». Consultado em 12 de setembro de 2016
  7.  Moura, Paulo Cursino de. São Paulo de outrora: evocações da metrópole. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1980. 312p.
  8. ↑ Ir para:a b c «Viaduto do Chá»www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 12 de setembro de 2016
  9. ↑ Ir para:a b "Como se fêz o Viaduto do Chá" Arquivado em 5 de dezembro de 2016, no Wayback Machine., Veja São Paulo, "IV Centenário de São Paulo, especial Memória", janeiro de 2004
  10.  Sampaio, Leandro. «Viaduto do Chá»www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 26 de abril de 2017
  11. ↑ Ir para:a b Jorge, Clovis de Athayde (1989). «Consolação, uma reportagem histórica.»Consolação, uma reportagem histórica. Consultado em 14 de setembro de 2016
  12.  «Pontos Turísticos Viaduto do Chá - São Paulo - Guia da Semana»Guia da Semana (em inglês). Consultado em 25 de abril de 2017
  13.  Sampaio, Leandro. «Viaduto do Chá»www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 20 de abril de 2017
  14.  «Viaduto do Chá - São Paulo»InfoEscola
  15.  «Cidade de São Paulo - Turismo». Consultado em 8 de maio de 2020
  16.  «Casa de Criadores - Notícias, eventos e desfiles de estilistas da moda brasileira!»Casa de Criadores. Consultado em 26 de abril de 2017
  17.  Lourenço, Camila (18 de maio de 2019). «Show de Anitta lota Viaduto do Chá durante a Virada Cultural». Portal Terra Notícias. Consultado em 8 de maio de 2020
  18.  CETSP (13 de fevereiro de 2020). «CET organiza o trânsito no Centro para Carnaval de Rua de São Paulo». Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo. Consultado em 8 de maio de 2020

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