terça-feira, 20 de outubro de 2020

SANTA IRIA - 20 DE OUTUBRO DE 2020

 


Iria de Tomar

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Santa Iria
Santa Iria com na mão a palma, sinal do martírio
VirgemMártir
Nascimentoc. 635 em TomarPortugal visigótico
Morte653 em Escálabis (atual Santarém, Portugal)
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica20 de outubro
Atribuiçõesfreira com a palma do martírio
Gloriole.svg Portal dos Santos

Iria de Tomar (também conhecida como Santa Iria, embora este seja igualmente o nome de uma santa de origem grega) é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar).

Lenda de Santa Iria

Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio.

Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria.

Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus.

Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela também não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana que se pretendeu embruxada, e que lhe fez surgir no corpo opulência própria da gravidez.

Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo ou pelo próprio, a quem tinham chegado os rumores destes eventos.

Atirado ao rio Nabão, o corpo da mártir terá seguido pelo Zêzere e a partir deste terá ficado depositado entre as areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

Monumento

A Sancta resiste, elle mata-a.... Litografia de Manuel Macedo e Alfredo Roque Gameiro1904.

Para conservar a sua memória e milagre, a povoação de Escálabis construiu-lhe um sepulcro de mármore. A partir de então, a cidade passou a chamar-se de Santa Iria, mais tarde Santarém. Séculos depois, as águas do Tejo voltaram a abrir-se para revelar o túmulo à rainha D. Isabel, que mandou colocar o padrão que ainda hoje se encontra[1].

Culto

O seu culto foi muito popular durante a dominação visigótica, de tal forma que a velha Escálabis romana passou a ser chamada de Santa Iria (e daí derivou a moderna Santarém, através de Sancta Irene). O culto foi perpetuado através do rito moçárabe, mantendo-se ainda hoje como padroeira de algumas igrejas portuguesas, muito embora não seja considerada uma santa canónica pela Igreja Católica.

Lenda alternativa

Outra lenda, corrente no romanceiro popular, refere-se também a uma Santa Iria. A Jovem Iria é raptada da sua casa por um hóspede nocturno e é degolada num outeiro. Sete anos mais tarde, o seu assassino regressa àquele local, onde já se ergue uma ermida em memória da sua vítima. Ele pede perdão mas, a sua vítima nega-lho.

Iconografia

Santa Iria é representada habitualmente segurando a palma do Martírio.

A imagem de Santa Iria da Torre da Magueixa (Batalha) representa-a a segurar uma "panela de manteiga"[2] e a imagem da Faniqueira (Batalha) mostra-a a segurar uma colher de pau, em lugar da palma do martírio. Esta iconografia parece remeter mais para a lenda alternativa do que para a versão mais conhecida de Tomar.

Referências

  1.  Lenda de Santa Iria, Infopédia (Em linha), Porto Editora, Porto, 2003-2013 (Consult. 2013-10-20)
  2.  santa Iria segundo narrativas nasceu na aldeia da Torre da Magueixa, concelho da Batalha. Posteriormente partiu para Tomar onde tinha família e onde seguiu carreira religiosa

Bibliografia

  1. OLIVEIRA, P. Miguel de: Santa Iria e Santarém. Lenda e História. Estudos hagiográficos, Lisboa, União Gráfica, 1964
  2. COSTA, P. Avelino de Jesus: Santa Iria e Santarém, revisão de um problema hagiográfico e toponímico. - Coimbra, FLUC, 1972
  3. FERNANDES, A. de Almeida: Considerações acerca de Santa Iria. Identificação, lendas e toponímia. - Tarouca, Separata da Revista Camoniana, Ano VII, Dez 1985, n.º 12
  4. ESPÍRITO SANTO, Moisés: Os mouros fatimídas e as aparições de Fátima. - Lisboa, ISER - Universidade Nova de Lisboa, 1995

Ligações externas

Lenda de Santa Iria, Infopédia (Em linha), Porto Editora, Porto, 2003-2013 (Consult. 2013-10-20)

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

FURACÃO WILMA - (2005) - 19 DE OUTUBRO DE 2020

 

Furacão Wilma

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Furacão Wilma
Furacão maior categoria 5 (SSHWS/NWS)
O furacão Wilma no seu pico de intensidade próximo à Península de Iucatã em 19 de outubro de 2005
Formação19 de outubro de 2005
Dissipação25 de outubro de 2005
Ventos mais fortessustentado 1 min.: 350 km/h (220 mph)
Pressão mais baixa882 mbar (hPa); 26.05 inHg
Fatalidades63
Danos$30,7 bilhões de dólares
Valores corrigidos em 2007
Áreas afectadasJamaicaHaitiIlhas CaymanCubaHondurasNicaráguaBelizeMéxico (Península de Iucatã), Estados Unidos (Flórida), Bahamas e Canadá (costa atlântica)
Parte da
Temporada de furacões no oceano Atlântico de 2005

Furacão Wilma atingiu a Península de YucatanMéxicoHaitiCuba e Flórida (Estados Unidos).[1]

Se formou em 19 de outubro de 2005. Ao se formar Wilma era considerado de categoria 5 na Escala de Furacões de Saffir-Simpson, ao atingir o México estava classificado como categoria 4 e poupou a ilha de Cuba chegando na categoria 3 com ventos de 190 km/h. Foi para categoria 2 depois que grande parte do furacão já havia saído da ilha de Cuba. O que foi destaque de fato para esse furacão é que tal tempestade atingiu a menor pressão já registrada no oceano Atlântico, cerca de 882 milibares, e a evolução deste de depressão tropical até furacão categoria 5 foi incrivelmente rápida. Estima-se que seus ventos máximos superaram os 300 km/h em alto-mar. O Wilma foi o oitavo furacão a atingir a Flórida num período de 14 meses (out/2005). Esta temporada de furacões, que começou em 1º de junho e vai até o final de novembro (2005) está sendo classificada pelos especialistas como um período de "fúria" da natureza. Essa é a temporada de maior movimento já registrada nos últimos 150 anos.

Referências

  1.  * The NHC's «archive on Hurricane Wilma». www.nhc.noaa.gov.
Ícone de esboçoEste artigo sobre ciclones tropica

JULGAMENTO DE SADDAM HUSSEIN (2004) - 19 DE OUTUBRO DE 2020

 


Julgamento de Saddam Hussein

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Julgamento de Saddam Husseinpresidente do Iraque, aconteceu em um Tribunal Especial Iraquiano. Ele foi acusado de violações dos Direitos Humanos durante o seu governo e foi condenado à pena de morte (por enforcamento) pelo assassinato de 148 homens, predominantemente xiitas, na cidade iraquiana de Dujail em 1982.

Em 30 de junho de 2004, Hussein, capturado pelas forças dos Estados Unidos em Bagdá, junto com 11 oficiais seus, foi entregue ao governo interino iraquiano para aguardar julgamento.

Em 30 de dezembro de 2006, por volta das 06:00 (horário do Iraque) foi enforcado na cidade de Bagdá em cumprimento da condenação de pena de morte recebida em seu julgamento.

Primeiro depoimento

Saddam Hussein na corte durante seu julgamento.

O presidente iraquiano de 67 anos de idade parecia confiante e desafiante durante seu depoimento de 26 minutos. Quando não estava escutando o juiz Rizgar Mohammed Amin, gesticulava muito. Saddam questionou a legitimidade do tribunal que havia sido montado para acusá-lo. Também insultou o juiz, mandando-o "ir para o inferno" e chamou o tribunal de "peça de teatro armada por George W. Bush para ganhar as eleições de 2004". Enfaticamente rejeitou as acusações. "É tudo um teatro. O criminoso de verdade é Bush", afirmou. Quando o juiz lhe pediu que se identificasse, na primeira ida ao tribunal, ele respondeu, "Você é iraquiano, e sabe quem eu sou. Ainda sou o presidente da república, e essa ocupação não pode tirar isso de mim".

Durante o depoimento, Hussein defendeu a invasão iraquiana do Kuwait, dizendo que os líderes de lá eram "cachorros". Depois, em 1 de julhoAbul-Hassanministro de comunicações do Kuwait, disse que "linguagem rude" era esperada de Hussein. Cachorros são vistos como animais sujos pelo Islamismo. "É assim que ele foi criado" disse o ministro. É fato conhecido que Hussein era frequentemente agredido enquanto criança.

Apesar de não ter tido advogados de defesa no dia 1 de julho, sua primeira mulher, Sajida Talfah, contratou um grupo legal multinacional de mais de vinte advogados, que incluíam Ayesha Gaddafi (Líbia), Curtis Doebbler (Estados Unidos), Emmanuel Ludot (França), Marc Henzelin (Suíça) e Giovanni di Stefano (Reino Unido). No final do depoimento, o presidente deposto recusou-se a assinar o documento que confirmava seu entendimento das acusações.

Decisão

Em 5 de novembro de 2006, um ano e 15 dias após o início de seu julgamento, Saddam Hussein, 69, foi condenado à forca pelo tribunal que julgou os crimes cometidos pelo regime ditatorial que ele comandou durante 25 anos, entre 1979 e 2005. O ex-ditador foi considerado culpado do massacre, em 1982, de 148 xiitas no povoado de Dujail (sul do Iraque), onde sofrera uma suposta tentativa de assassinato. Saddam já havia declarado que preferia o pelotão de fuzilamento, para morrer como um militar. Paralelamente, ele também foi julgado pelo massacre de milhares de curdos no fim dos anos 80, e a acusação reúne provas sobre outros sete crimes.

A sentença, anunciada pela junta de cinco juízes responsável pelo tribunal, pôs fim a um julgamento que se arrastou por quase 13 meses e foi marcado pelo assassinato de três advogados de defesa, a troca do juiz-chefe e sucessivos adiamentos e interrupções. "Vida longa ao povo! Vida longa à nação árabe! Morte a nossos inimigos", bradou Saddam ao ouvir a sentença lida pelo juiz-chefe, Raouf Rasheed Abdul Rahman, que tentou inutilmente acalmá-lo antes de mandar retirá-lo da corte, na Zona Verde, em Bagdá. "Abaixo os espiões", continuou, dedo em riste. "Deus é grande".

Com Saddam foram condenados à morte seu meio-irmão Barzam Ibrahim al Tikriti, chefe da polícia secreta do regime, e Awad al Bandar, que dirigia o tribunal revolucionário, incumbido de emitir as sentenças. Taha Yassin Ramadan, vice-presidente sob Saddam, recebeu prisão perpétua, e três dirigentes locais do partido Baath à época, 15 anos de prisão. Um quarto foi absolvido por falta de provas.

Nações e entidades contrárias à pena de morte - como a União Europeia e o Vaticano - manifestaram-se contra a sentença e a defesa do ex-ditador pretendeu recorrer, de modo a alterá-la para prisão perpétua.

No dia 26 de dezembro de 2006, a corte de apelações do Iraque confirmou a sentença de morte contra Saddam Hussein. Como não havia mais possibilidade de apelos, a sentença de enforcamento foi executada no dia 30 de dezembro de 2006, pouco depois das 6h, horário de Bagdá (aproximadamente 1h em Brasília e 3h em Lisboa).

Acontecimentos anteriores ao julgamento

  • jornal Al-Quds Al-Arabi, de língua árabe e baseado em Londres, informou, no início de Maio de 2005 que, durante uma reunião com Donald Rumsfeld, Hussein recusou uma oferta de soltura: ele teria que fazer um pedido, através da televisão, de cessar-fogo contra as forças aliadas. Note-se que, desde então, nenhum jornal ou agência de notícias importante cobriu esse fato extensivamente. [1] O jornal londrino Daily Telegraph, citando um funcionário sênior do governo do Reino Unido, havia informado duas semanas antes que os insurgentes iraquianos receberam a oferta de um "acordo", pelo qual o presidente do Iraque deposto iria receber uma sentença judicial menos severa se eles parassem os ataques. [2]
  • Em 17 de Junho de 2005, o ex-primeiro-ministro da MalásiaMahathir Mohamad, anunciou a formação, sob sua liderança, de um Comitê de Emergência para o Iraque internacional, com o objetivo principal de garantir julgamentos justos para Saddam Hussein e outros ex-membros do Partido Baath que estavam sendo julgados com ele.[3]
  • Em 18 de Julho de 2005, Hussein foi acusado pelo Tribunal Especial com a primeira de uma suposta série de acusações, relacionando-o ao assassinato em massa dos habitantes da vila de Dujail, em 1982, após uma tentativa de assassinato contra ele que falhou.
  • Em 8 de Agosto de 2005, a família de Hussein anunciou que eles haviam dissolvido a equipe jurídica baseada na Jordânia e que contrataram Khalil al-Duleimi, o único membro baseado no Iraque, como o único advogado.[4]
  • Em uma entrevista transmitida na televisão iraquiana em 6 de Setembro de 2006, o presidente iraquiano Jalal Talabani afirmou que ele havia extraído confissões diretamente de seu antecessor, Saddam, dizendo que ele "havia ordenado assassinatos em massa e outros "crimes" durante seu regime e que merece a morte". Dois dias depois, o advogado de Hussein negou que ele haveria confessado.[5]
  • A defesa de Hussein pediu várias vezes por um adiamento dos procedimentos, insistindo que não lhe havia sido dado tempo suficiente para revisar todos os documentos da promotoria como eles haviam sido providos sob as regras do tribunal mas, até o momento, esses pedidos têm sido negados. Enquanto isso, organizações internacionais de direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, sugeriram que o Tribunal Especial do Iraque e seu processo jurídico podem não cumprir padrões internacionais para um julgamento justo. As Nações Unidas também negaram ajuda aos procedimentos, expressando preocupações similares sobre a justiça, além da possibilidade de uma pena de morte no caso.

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