sábado, 17 de outubro de 2020

ANTÓNIO RAMOS ROSA - POETA - NASCEU EM 1924 - 17 DE OUTUBRO DE 2020

 

António Ramos Rosa

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António Ramos Rosa
Nome completoAntónio Vítor Ramos Rosa
Nascimento17 de outubro de 1924
FaroPortugal
Morte23 de setembro de 2013 (88 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoPoetatradutor e desenhador
PrémiosPrémio de tradução (1976)

Prémio do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1980)
Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1981, 2006)
Prémio Jacinto do Prado Coelho (1987)
Prémio Pessoa (1988)
Grande Prémio de Poesia APE/CTT (1989, 2005)
Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen (2005)
Prémio de Poesia Luís Miguel Nava (2005)
Medalha de Mérito Cultural (2006)

António Vítor Ramos Rosa GOSE • GCIH (Faro17 de Outubro de 1924 – Lisboa23 de Setembro de 2013), foi um poetatradutor e desenhista português[1].

Biografia

António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde[1]. Em 1958 publicou no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano saiu o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano iniciou a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição por ordem da polícia política.

Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore[2] existente entre 1951 e 1953.

Fez parte do MUD Juvenil[1].

A 10 de Junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de Junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[3]

O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro[4].

Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.

Prémios

Obras

  • 1958 - O Grito Claro
  • 1960 - Viagem Através duma Nebulosa
  • 1961 - Voz Inicial
  • 1961 - Sobre o Rosto da Terra
  • 1962 - Poesia, Liberdade Livre
  • 1963 - Ocupação do Espaço
  • 1964 - Terrear
  • 1966 - Estou Vivo e Escrevo Sol
  • 1969 - A Construção do Corpo
  • 1970 - Nos Seus Olhos de Silêncio
  • 1972 - A Pedra Nua
  • 1974 - Não Posso Adiar o Coração (vol.I, da Obra Poética)
  • 1975 - Animal Olhar (vol.II, da Obra Poética)
  • 1975 - Respirar a Sombra (vol.III, da Obra Poética)
  • 1975 - Ciclo do Cavalo
  • 1977 - Boca Incompleta
  • 1977 - A Imagem
  • 1977 - A Palavra e o Lugar
  • 1978 - As Marcas no Deserto
  • 1978 - A Nuvem Sobre a Página
  • 1979 - Figurações
  • 1979 - Círculo Aberto
  • 1980 - O Incêndio dos Aspectos
  • 1980 - Declives
  • 1980 - Le Domaine Enchanté
  • 1980 - Figura: Fragmentos
  • 1980 - As Marcas do Deserto
  • 1981 - O Centro na Distância
  • 1982 - O Incerto Exacto
  • 1983 - Quando o Inexorável
  • 1983 - Gravitações
  • 1984 - Dinâmica Subtil
  • 1985 - Ficção
  • 1985 - Mediadoras
  • 1986 - Volante Verde
  • 1986 - Vinte Poemas para Albano Martins
  • 1986 - Clareiras
  • 1987 - No Calcanhar do Vento
  • 1988 - O Livro da Ignorância
  • 1988 - O Deus Nu(lo)
  • 1989 - Três Lições Materiais
  • 1989 - Acordes
  • 1989 - Duas Águas, Um Rio (colaboração com Casimiro de Brito)
  • 1990 - O Não e o Sim
  • 1990 - Facilidade do Ar
  • 1990 - Estrias
  • 1991 - A Rosa Esquerda
  • 1991 - Oásis Branco
  • 1992 - Pólen- Silêncio
  • 1992 - As Armas Imprecisas
  • 1992 - Clamores
  • 1992 - Dezassete Poemas
  • 1993 - Lâmpadas Com Alguns Insectos
  • 1994 - O Teu Rosto
  • 1994 - O Navio da Matéria
  • 1995 - Três
  • 1996 - Delta
  • 1996 - Figuras Solares
  • 1997 - Nomes de Ninguém
  • 1997 - À mesa do vento seguido de As espirais de Dioniso
  • 1997 - Versões/Inversões
  • 1998 - A imagem e o desejo
  • 1998 - A imobilidade fulminante 
  • 1999 - Pátria soberana seguido de Nova ficção 
  • 2000 - O princípio da água 
  • 2001 - As palavras 
  • 2001 - Deambulações oblíquas
  • 2001 - O deus da incerta ignorância seguido de Incertezas ou evidências
  • 2001 - O aprendiz secreto 
  • 2002 - Os volúveis diademas 
  • 2002 - O alvor do mundo. Diálogo poético, em colaboração
  • 2002 - Cada árvore é um ser para ser em nós 
  • 2002 - O sol é todo o espaço
  • 2003 - Os animais do sol e da sombra seguido de O corpo inicial 
  • 2003 - Meditações metapoéticas, em colaboração com Robert Bréchon 
  • 2003 - O que não pode ser dito
  • 2004 - Relâmpago do nada
  • 2005 - Bichos, em colaboração com Isabel Aguiar Barcelos
  • 2005 - Génese seguido de Constelações
  • 2006 - Vasos Comunicantes, Diálogo Poético com Gisela Ramos Rosa
  • 2007 - Horizonte a Ocidente 
  • 2007 - Rosa Intacta
  • 2011 - Prosas seguidas de diálogos (única obra em prosa)
  • 2013 - Numa folha, leve e livre

Em Espanhol -La herida intacta / A intacta ferida. Ediciones Sequitur, Madrid, 2009

Revistas em que colaborou

Jornais em que colaborou

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «António Victor Ramos Rosa». Consultado em 5 de outubro de 2010
  2.  «Árvore: folhas de poesia (1951-1953) cópia digital, Hemeroteca Digital». hemerotecadigital.cm-lisboa.pt
  3.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Ramos Rosa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de janeiro de 2015
  4. ↑ Ir para:a b c d e f g h i «Câmara Municipal de Faro». Consultado em 5 de outubro de 2010[ligação inativa]
  5. ↑ Ir para:a b c «António Ramos Rosa (Revistas)». Consultado em 5 de outubro de 2010

Ligações externas

ALEXANDRE CABRAL - ESCRITOR - NASCEU EM 1917 - 17 DE OUTUBRO DE 2020

 

Alexandre Cabral

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José dos Santos Cabral
Pseudónimo(s)Alexandre Cabral
Nascimento17 de outubro de 1917
LisboaPortugal
Morte21 de novembro de 1996 (79 anos)
Lisboa
NacionalidadePortugal Português
CônjugeFernanda Dornas Cabral
OcupaçãoEscritor
PrémiosPrémio Jacinto do Prado Coelho (1989)
Magnum opusCorrespondência de Camilo Castelo Branco

José dos Santos Cabral (Lisboa17 de outubro de 1917 — Lisboa21 de novembro de 1996), de pseudónimo literário Alexandre Cabral, foi um escritor português.

Biografia

De seu verdadeiro nome José dos Santos Cabral, frequentou o Instituto Profissional dos Pupilos do Exército (atual Instituto Militar dos Pupilos do Exército), mas decidiu empregar-se aos quinze anos, exercendo várias profissões, chegando mesmo a emigrar para o ex-Congo Belga, onde permaneceu três anos. Após o seu regresso a Portugal, foi redator de uma agência noticiosa e esteve ligado à indústria farmacêutica como delegado de propaganda médica e chefe de escritório. Mais tarde, empregou-se numa agência de publicidade, ao mesmo tempo que frequentava a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas.

Ligado à corrente literária neorrealista, acabou por se especializar como grande e profundo conhecedor da obra de Camilo Castelo Branco, a quem dedicou, na anotação, fixação de textos e recolha de vastíssima correspondência e polémicas literárias, dezenas e dezenas de anos de permanente estudo e investigação. Esta atuação como estudioso e investigador da obra camiliana culminou na elaboração de um Dicionário de Camilo.

Além de regular colaboração em revistas e jornais, fez parte dos corpos diretivos de importantes instituições ligadas à política ou à cultura, tendo sido elemento preponderante na formação da Sociedade Portuguesa de Escritores, a cuja primeira direção, presidida por Aquilino Ribeiro, pertenceu. Dedicou-se também à atividade de tradutor literário, sendo de destacar o trabalho feito na divulgação em português de obras, entre outros, de Roger Martin du GardAnatole FranceClaude RoyJaroslav Hasek e Mikail Sadoveanu. Prefaciou ainda obras de vários escritores portugueses e tem colaboração dispersa em livros de homenagem ou de intervenção política e cultural, com depoimentos literários de relevante importância. Nos seus primeiros romances, usou o pseudónimo Z. Larbak.

Viveu uma boa parte da sua vida no Bairro de São Miguel, mais propriamente na Rua Frei Tomé de Jesus, na freguesia de Alvalade, em Lisboa. Além de escritor e investigador, foi também um homem empenhado na luta pela democracia em Portugal.

A 10 de junho de 1991, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Mário Soares.[1]

Obras publicadas

Contos e romances

  • 1937 - Cinzas da Nossa Alma
  • 1938 - Contos Sombrios
  • 1942 - O Sol Nascerá um Dia
  • 1947 - Contos da Europa e da África
  • 1949 - Fonte da Telha
  • 1953 - Terra Quente
  • 1955 - Malta Brava
  • 1956 - Histórias do Zaire
  • 1961 - Margem Norte
  • 1970 - Memórias de um Resistente

Peça de teatro

  • 1959 - As Duas Faces

Obras camilianas

  • 1962-1970 - As Polémicas de Camilo (reeditado em 1981-1982)
  • 1978 - Estudos Camilianos
  • 1980 - CCB Roteiro Dramático de um Profissional das Letras
  • 1984 - Correspondência (não concluída)
  • 1986 - Subsídio para uma Interpretação da Novelística Camiliana
  • 1989 - Dicionário de Camilo Castelo Branco

Literatura infantojuvenil

  • 1981 - A Quinta do Meu Avô

Fontes bibliográficas

  • Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997
  • Portugal Século XX - Portugueses Célebres, Lisboa: Círculo de Leitores, 2003, página 62

Referências

  1.  «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Alexandre Cabral". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de julho de 2020

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