sexta-feira, 16 de outubro de 2020

AEROPORTO DO RIO DE JANEIRO - SANTOS DUMONT - INAUGURADO 1936 - 16 DE OUTUBRO DE 2020

 


Aeroporto do Rio de Janeiro-Santos Dumont

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Santos Dumont
Aeroporto
Aeroporto do Rio de Janeiro-Santos Dumont
Foto aérea do aeroporto em Fevereiro de 2017
IATA: SDU - ICAO: SBRJ
Características
TipoPúblico / Militar
AdministraçãoInfraero
ServeRegião Metropolitana do Rio de Janeiro
LocalizaçãoRio de JaneiroRJ, Brasil
Inauguração30 de novembro de 1936 (83 anos)
Coordenadas22° 54' 36" S 43° 09' 45" O
Altitudem (10 ft)
Movimento de 2015
Passageiros4 851 809 embarques
Carga2 257 687 Kg
Aéreo52 076 decolagens
Capacidade anual9 900 000 passageiros
Website oficialPágina oficial
Mapa
SBRJ está localizado em: Brasil
SBRJ
Localização do aeroporto no Brasil
Pistas
Cabeceira(s)ComprimentoSuperfície
02R / 20L1 323  m (4 341 ft)Asfalto
02L / 20R1 260  m (4 134 ft)Asfalto
Notas
Dados do DECEA[1] e da ANAC[2]

Aeroporto Santos Dumont[3] (IATASDUICAOSBRJ) é um aeroporto doméstico no município do Rio de Janeiro, um dos dez mais movimentados do Brasil. Possui uma localização privilegiada e de fácil acesso bem no centro financeiro da cidade.[4] Construído na década de 30 sobre um aterro à beira da Baía de Guanabara, o Santos Dumont foi o primeiro aeroporto exclusivamente civil a ser inaugurado no Brasil.[4] Atualmente, é o segundo aeroporto mais movimentado do estado do Rio de Janeiro depois do Aeroporto Internacional do Galeão e o sétimo mais movimentado do Brasil, em 2014.

Um destaque do Aeroporto Santos Dumont é a moderna sala de embarque, a primeira no Brasil totalmente revestida com material transparente, que dá uma ampla visão para a Baía de Guanabara, onde é possível observar pontos turísticos como a Ponte Rio-Niterói, a Ilha Fiscal, o Museu de Arte Contemporânea, a cidade de Niterói, a Escola Naval e o Pão de Açúcar.[5]

A principal atividade do aeroporto está na Ponte aérea Rio-São Paulo, que transporta passageiros entre o Santos Dumont e o Aeroporto de Congonhas em São Paulo, movimentando aproximadamente 4 milhões de passageiros por ano, o que representa quase a metade de todo o movimento do aeroporto. A segunda e a terceira rotas mais movimentadas são respectivamente com destino ao Aeroporto Internacional de Brasília e para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins, ambas transportando mais de 1 milhão de passageiros ao ano.[6]

O complexo aeroportuário está instalado em uma área de 833 mil metros quadrados, contando com duas pistas de pousos e decolagens com capacidade para 29 operações por hora,[7] e dois terminais de passageiros, sendo um terminal de embarque e outro para desembarque. Essa estrutura oferece a capacidade para atendimento de 9,9 milhões de passageiros por ano, segundo a Infraero.[8]

Seu nome é uma homenagem ao inventor brasileiro Santos Dumont.

História

Aeroporto Santos Dumont

No Rio de Janeiro, o transporte aéreo comercial utilizava o atracadouro da Ponta do Calabouço onde atracavam os hidroaviões de rotas nacionais e internacionais. A aviação de pouso e decolagem terrestre, ainda incipiente, aproveitava o Campo de Manguinhos e os aparelhos militares da Aeronáutica e Marinha usavam, respectivamente, o chamado Campo dos Afonsos e o do Galeão.[4]

Como grande cidade e, sobretudo, na condição de Capital Federal, o Rio de Janeiro precisava dispor de um Aeroporto condizente com suas necessidades. Duas áreas então foram estudadas para a construção do aeroporto da então capital do País: O Aterro do Calabouço, onde operavam os hidroaviões, e o Campo de Manguinhos, que recebia as aeronaves de pouso e decolagem.[4] A proposta de implantar o aeroporto no aterro do calabouço foi bem aceita por especialistas em aviação do mundo todo e com isso, no início dos anos 30, o urbanista francês Alfred Agache idealizou o Aeroporto Santos Dumont a ser construído no centro da cidade do Rio de Janeiro.[9]

Cronologia

Aeroporto Santos Dumont no dia de sua inauguração.
Getúlio Vargas inaugura o aeroporto, em 30 de novembro de 1936. Arquivo sob a guarda do Arquivo Nacional.

1934 - Iniciaram-se as obras de construção do aeroporto com a ampliação do aterro em mais 370 mil metros quadrados, utilizando cerca de 2,7 milhões de metros cúbicos de areia, além da construção de uma muralha de contenção.[9]

Aterro onde foi construído o aeroporto
Antiga Estação de Hidroaviões do Calabouço

1935 - Pequenos aviões já começam a utilizar o aeroporto, ainda com uma pista de 400 metros.[9]

1936 - Em 30 de novembro de 1936 o aeroporto foi oficialmente inaugurado, com uma pista de pousos e decolagens de 700 metros de comprimento.[9] No mês anterior à inauguração, Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, publicou um decreto dando o nome do aeronauta Santos Dumont ao aeroporto, considerando sua relevância deste brasileiro na história da aeronáutica.[3]

1937 - Inauguração da Estação de hidroaviões.[10]

1938 - Início da construção do terminal de passageiros.[9]

1938 - Em 1938 a pista foi ampliada de 700 para 1050 metros para atender a demanda maior de aviões baseados em terra. Sendo o Rio de Janeiro a capital do País e o com intenso movimento de turistas na cidade, o SDU detinha a primazia no transporte aéreo nacional e o tráfego de São Paulo ainda era menor que o do Rio.[11]

1945 - Inauguração do terminal de passageiros. A obra iniciada em 1938 foi interrompida durante a segunda guerra mundial.[9][10]

1947 - A pista foi ampliada para 1350 metros e o aeroporto entra em seu auge de tráfego. Nessa ocasião os voos intercontinentais foram transferidos para o Aeroporto do Galeão que passou a operar com os DC-6Boeing 377 e Constellation que poderiam então decolar mais pesados.[11]

1959 - É inaugurada a ponte aérea Rio-São Paulo: acordo firmado entre as companhias VarigVasp e Cruzeiro do Sul que operavam os Convair 240Scandia e Convair 340, respectivamente, na ligação aérea entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.[12]

1960 - Brasília, a nova capital do Brasil é inaugurada e São Paulo assume o posto de cidade mais importante do país devido a sua industrialização. Com essas mudanças no contexto nacional o Aeroporto do Rio de Janeiro sofreu uma redução no tráfego e deixou de ser o único e principal hub nacional.[11]

1991 - Os aviões a jato, em particular os Boeings 737-300, passaram a ser utilizados no aeroporto no serviços da Ponte Aérea a partir de novembro de 1991.[11]

1998 - O aeroporto foi destruído por um incêndio que durou 8 horas, no dia 13 de fevereiro de 1998, fazendo com que todas as operações fossem transferidas para o Aeroporto do Galeão. Em função do desastre, o terminal do Santos Dumont passou por uma rápida reforma e os voos só foram retornar por completo para o aeroporto em 15 de agosto daquele ano.[9]

Antigo terminal de passageiros inaugurado em 1945, atualmente usado para os desembarques.
Lockheed Electra da VARIG no Santos Dumont, avião usado na ponte-aérea de 62 a 92.

1998 - Tombamento da antiga Estação Central de Passageiros, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural em 12 de dezembro de 1998. Nesse prédito, inaugurado em 1945, hoje funciona o terminal de desembarque do aeroporto.[10]

2004 - Início das reforma e ampliação do Aeroporto Santos Dumont.

2005 - Em 13 de março de 2005 entrou em vigor a determinação da Portaria nº 187 de 8 de março de 2005 do Departamento de Aviação Civil (DAC). Essa Portaria restringiu as operações no Aeroporto Santos Dumont a voos da ponte aérea e voos regionais, além de atender os voos das empresas de Táxi Aéreo e da Aviação Geral. Dentre outras, a principal limitação se dava na operação de aeronaves turbo-hélice, com capacidade máxima de 50 assentos nos voos regulares, com exceção dos voos para o aeroporto de Congonhas, que continuavam sendo operados com jatos.[13]

2007 - Inauguração do atual e moderno terminal de embarque com 8 pontes de embarque em 26 de maio de 2007.[4]

2009 - Revogação da Portaria nº 187 de 8 de março de 2005 do Departamento de Aviação Civil (DAC) por meio da Resolução nº75, de 3 de Março de 2009, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com isso, dado o limite da capacidade operacional no Aeroporto Santos Dumont, com base em critérios técnicos da ANAC, o aeroporto foi liberado para voos interestaduais e também para uso de aviões a jato em novas rotas, além da ponte-aérea.[14]

2016 - A partir de 27 de março de 2016, por meio da decisão Nº104/2015 da ANAC, o Aeroporto Santos Dumont passou a ser um aeroporto coordenado no sistema de alocação de slots.[15]

Ampliação e Modernização

No início dos anos 2000 o Aeroporto Santos Dumont operava com mais que o dobro de sua capacidade. Nos anos 2003 e 2004 passaram pelo aeroporto cerca de 5 milhões de pessoas em cada ano, quando sua capacidade operacional era de apenas 1,8 milhão de passageiros por ano. Nesse período houve uma intensa polêmica sobre o que seria feito diante da situação do aeroporto: De um lado a Infraero, companhias aéreas e habituais passageiros justificavam a emergência da ampliação do terminal sob a alegação de que o local era incapaz de comportar o fluxo atual de usuários; por outro lado, arquitetosambientalistaspilotosagentes de viagem e defensores do patrimônio histórico defendiam a preservação das características originais do aeroporto.[16]

Diante do impasse, a Infraero submeteu o projeto de ampliação ao Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac) e ao Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), realizou duas consultas públicas e atendeu a todas as exigências dos órgãos de controle ambiental e urbanístico. Após se arrastar por dois anos, a projeto finalmente foi aprovado e as obras se iniciaram no ano 2004.[16]

Obras incluídas no projeto:[17]

Nova Sala de Embarque revestida de material transparente.
Novo terminal de passageiros utilizado para os embarques.
  • Reforma do antigo terminal de passageiros, para ser usado somente como terminal de desembarques;
  • Reforma das pistas e dos pátios de aeronaves;
  • Construção de um novo terminal de passageiros, com 29 mil m², para funcionar exclusivamente como terminal de embarques;
  • Instalação de 8 pontes de embarque e desembarque;
  • Construção do conector de acesso às pontes, ocupando 8.177 m², com estrutura metálica e uso intensivo de vidro;
  • Aumento do número de balcões de check-in de 33 para 50 posições;
  • Aumento do número de esteiras de bagagens de 2 para 5 esteiras;
  • Ampliação da quantidade de pontos comerciais de 50 para 153 lojas.

As obras foram concluídas e entregues em 26 de maio de 2007. Com isso, a área construída envolvendo os terminais de passageiros aumentou de 19 mil m² para 61 mil m²[17] e a capacidade de 1,8 milhão de passageiros por ano foi ampliada para 8,5 milhões.[16]

Em Junho de 2017, a empresa europeia Airbus informou que irá realizar alterações em seus modelos A320 para que operem no aeroporto. Atualmente, o modelo, com capacidade de até 174 passageiros, só pode operar no Santos Dumont, com uma porcentagem dessa capacidade devido ao comprimento da pista do aeroporto. As empresas Latam e Avianca só operam modelos A319 na ponte aérea, com capacidade de até 144 passageiros.

A fabricante negocia com ambas, uma nova versão, batizada internamente de “Sharp” (Short Airfield Package, ou “pacote para pistas curtas”). Que sofrerá alterações nos motores, freios e software, permitindo assim que o A320 realize pousos e decolagens no aeroporto, com capacidade máxima.

Essa decisão foi tomada, visando aumentar o transportes de passageiros perante à concorrência. A Gol, cliente da americana Boeing, passou por essas alterações com seus 737-8's no ano passado e realiza operações de pouso e decolagem normalmente com o aparelho, que possui capacidade de até 177 passageiros saindo assim, na frente no transporte de passageiros na ponte aérea.

Infraestrutura

Sítio Aeroportuário[8]
  • Área total:833.703 m²
Pistas de pousos e decolagens[18]

Pista Principal (2R/20L):

  • 1323 x 42 metros

Pista Auxiliar (2L/20R):

  • 1260 x 30 metros

Instrumentos de pouso e rádionavegação:

Capacidade:

  • 29 movimentos/hora[7]
Terminal de Passageiros[19]

Área: 61.000 m²[17]

51 posições de check-in

55 totens de autoatendimento

Capacidade:

  • 1.800 passageiros/hora
  • 9,9 milhões de passageiros/ano

Embarque:

Desembarque:

  • 6 esteiras de restituição de bagagens

Estacionamento de veículos:

  • 3.414 vagas
Pátio de aeronaves[19]

Área: 95.800 m²

Estacionamento de aeronaves para aviação comercial:

  • 8 posições de alocação com finger (Pontes de embarque)
  • 12 posições de alocação remota
  • Total: 20 posições

Estacionamento de aeronaves para aviação geral:

  • 25 posições para asa fixa
  • 7 posições para asa rotativa
  • Total: 32 posições

Estatísticas




Circle frame.svg

Composição das operações no Santos Dumont, em 2015:[20]

  Aviação Geral (21%)



Circle frame.svg

Maiores rotas do Santos Dumont em 2014:[6]

  Congonhas (40%)
  Brasília (15%)
  Confins (10%)
  Guarulhos (10%)
  Outras (25%)

Composição das operações

Existem três tipos de aviação operando no Aeroporto Santos Dumont:[20]

  • Aviação comercial, referente as companhias aéreas que comercializam passagens e mantém voos regulares em linhas aéreas partindo do aeroporto;
  • Aviação geral, referente voos da aviação executiva, de pequenos aviões de propriedade particular, de helicópteros, voos de treinamento para pilotos iniciantes e outras atividades aéreas que não sejam voos regulares ou aeronaves militares;
  • E a Aviação militar, com a utilização de aviões para fins exclusivamente militares, incluindo o uso de outras aeronaves como helicópteros.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), em 2015 passaram pelo aeroporto 139.561 aeronaves,[nota 1] número 7,3% menor em relação ao ano anterior. Desse montante, 75% dos voos foram da aviação comercial, 21% da aviação geral e 4% da aviação militar.[20]

Movimento de passageiros

Histórico - Movimento Operacional[21][22]
AnoPassageiros
20159.618.197Baixa3%
20149.924.977Aumento9%
20139.102.187Aumento2%
20128.960.345Aumento5%
20118.522.225Aumento9%
20107.805.387Aumento53%
20095.099.643Aumento41%
20083.628.766Aumento13%
20073.214.415Baixa10%
20063.553.177Baixa1%
20053.562.297Baixa27%
20044.887.306Baixa9%
20035.382.779Aumento
Movimento anual de passageiros
(em milhões)

Maiores rotas

Maiores rotas do Santos Dumont em 2014 em número de passageiros[6]

(dados mais recentes)

RankOrigem/DestinoEmbarques+Desembarques%
1São Paulo São Paulo (Congonhas), São Paulo4.000.84440%
2Distrito Federal (Brasil) Brasília, Distrito Federal1.442.42115%
3Minas Gerais Belo Horizonte (Confins), Minas Gerais1.035.50310%
4São Paulo São Paulo (Guarulhos),São Paulo975.53510%
Demais rotas2.470.67425%
Total em 20149.924.977100%

Incêndio no terminal

1998

No dia 13 de fevereiro de 1998, o terminal de passageiros do Aeroporto Santos Dumont foi destruído pelo fogo.[9] O incêndio começou no por volta da 1h30, na madrugada de sexta-feira, e só foi controlado oito horas depois, por volta das 9h30 da manhã daquele dia. O fogo começou no setor de desembarque e atingiu lojas, restaurantes, locadoras de veículos e até a torre de controle do aeroporto.[23]

Como o aeroporto não tem voos regulares durante a madrugada, o número de vítimas foi reduzido. Dezoito pessoas foram resgatadas com ferimentos leves. A pista e o pátio do aeroporto não foram atingidos, e então quarenta aviões e três helicópteros que estavam estacionados tiveram permissão para decolar.[24]

O prédio não teve a estrutura abalada, porém o laudo pericial indicou que 20% da estrutura do prédio, que ficou destruído pelo fogo, deveria ser demolida e o restante da estrutura passar por reforma. Todos os voos foram transferidos para o Aeroporto do Galeão e o Aeroporto Santos Dumont ficou fechado por cerca de 180 dias para as reformas.[24] O aeroporto então voltou a operar em 15 de agosto de 1998 após os reparos.[9]

2007

Em 17 de julho de 2007, o aeroporto sofre outro incêndio, desta vez menos grave. O incêndio começou por volta das três horas da tarde daquele dia e se concentrou na praça de alimentação, no terceiro pavimento do novo terminal de passageiros, recém inaugurado. Os voos programados a partir do horário do incêndio foram transferidos para o Aeroporto do Galeão. O aeroporto voltou a funcionar normalmente no dia seguinte, a partir das seis horas da manhã.[25]

Acidentes e incidentes

Os maiores acidentes já ocorridos ao longo da existência do Aeroporto Santos Dumont ocorreram entre os anos de 1940 e 1960, envolvendo colisões entre aeronaves e problemas com nevoeiro na região do aeroporto. Nas épocas mais recentes, os incidentes registrados no aeroporto estão envolvidos com o curto comprimento das pistas, onde aeronaves ultrapassam a cabeceira, chegando a cair na Baía de Guanabara.

Desastre da enseada de Botafogo

No dia 8 de novembro de 1940, o avião Junkers JU 52, de matrícula PP-SPF da antiga VASP, caiu na praia de Botafogo, no Rio de Janeiro, após decolar do Aeroporto Santos Dumont. Dezenove pessoas morreram no acidente.[26]

Queda do Junkers PP-SPD

No dia 27 de agosto de 1943, outro avião Junkers JU 52, também da VASP teve dificuldades para pousar no Aeroporto Santos Dumont devido a um forte nevoeiro. Em uma segunda tentativa de pouso, o avião colidiu uma das asas com o prédio da Escola Naval, próxima ao aeroporto, vindo a ficar desgovernado e caindo na Baía de Guanabara. O avião vinha da cidade de São Paulo com 18 passageiros e 3 tripulantes. Apenas três pessoas foram resgatadas com vida.[27]

Voo REAL 435

Ver artigo principal: Voo REAL Transportes Aéreos 435

Em 24 de junho de 1960, o avião Convair 340, matrícula PP-YRB, da companhia Real Transportes Aéreos, caiu na Baía de Guanabara. No voo, que vinha da cidade de Belo Horizonte, estavam 54 ocupantes, que morreram no acidente.[26]

Outros acidentes e incidentes

Em 30 de dezembro de 1958, um dos motores do avião Saab Scandia, prefixo PP-SQE da VASP, parou durante a subida a partir do Santos Dumont. A perda de um motor desequilibrou o avião que despencou na Baía de Guanabara matando 24 dos 34 de seus ocupantes.[26]

No dia 25 de fevereiro de 1960, sobre a Baía de Guanabara, um avião DC-6 da Marinha dos Estados Unidos vindo da Argentina colidiu com o avião DC-3 da Real Transportes Aéreos, que vinha de Campos dos Goytacazes. As duas aeronaves iam pousar no Aeroporto Santos Dumont. Dos 38 ocupantes do DC-6, 35 morreram, enquanto no DC-3 todos os 26 ocupantes morreram no acidente.[26][28]

Em 3 de julho de 1997, um bimotor Cessna Citation 1 caiu na Baía de Guanabara, a cinquenta metros da pista do Aeroporto Santos Dumont. No avião estavam a dançarina Valéria Valenssa, seu marido e outros três ocupantes, que conseguiram saltar na água e serem resgatados. Todos os ocupantes saíram sem ferimentos graves.[29]

No dia 18 de julho de 1997, um Boeing 737 da Varig com 133 passageiros derrapou na pista ao pousar no Aeroporto Santos Dumont. O avião ultrapassou o final da pista e a cabine do piloto ficou acerca de um metro das águas da baía de Guanabara. O avião, que vinha de São Paulo, teve o trem de pouso e um dos motores danificado. Não houve feridos.[30]

Em 2 de fevereiro de 2002, um taxista que voltava, e que passava pela Avenida Almirante Silvio de Noronha, que contorna as cabeceiras das pistas do Santos Dumont, teve seu carro atirado contra pedras pelo deslocamento de ar provocado pela decolagem de um avião. O taxista ficou gravemente ferido e veio a falecer no hospital.[31]

No dia 10 de setembro de 2004, um avião da empresa TAM Jatos Executivos teve o pneu estourado quando pousava no Santos Dumont. Os quatro passageiros e os tripulantes não se feriram. O aeroporto ficou fechado por quase uma hora.[32]

No dia 12 de agosto de 2010, o jatinho Bombardier Learjet 55, de matrícula PT-LXO da antiga Oceanair, teve uma pane elétrica após decolar do Santos Dumont. Ao retornar ao aeroporto, o avião teve problemas para parar e veio a cair nas águas da Baía de Guanabara. Os três tripulantes do avião, que não estava com passageiros, foram resgatados sem ferimentos graves.[33]

No dia 25 de setembro de 2015, um Boeing 737 da Gol derrapou e saiu da pista do Aeroporto Santos Dumont, ao decolar com destino a Belo Horizonte. O aeroporto ficou fechado por mais de duas horas, até que a aeronave fosse retirada. Não houve feridos.[34]

Ver também

Boeing 737 da antiga Varig pousando no Santos Dumont.O Pão de Açúcar visto do pátio de aeronaves.Avião em manobra de pouso no Aeroporto Santos Dumont.
Boeing 737 da antiga Varig pousando no Santos Dumont.
Pão de Açúcar visto do pátio de aeronaves.
Avião em manobra de pouso no Aeroporto Santos Dumont.


Notas

  1.  A contagem de aeronaves feita pelo CGNA/DECEA é diferente da contagem feita pela Infraero. Enquanto a primeiro inclui as operações da aviação militar a segunda não as considera na contagem.

Referências

  1.  «Publicação Auxiliar de Rotas Aéreas (ROTAER)»(PDF). Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). 2016. Consultado em 1 de outubro de 2016Cópia arquivada (PDF) em 1 de outubro de 2016
  2.  «Dados Estatísticos» (XLSB)Agência Nacional de Aviação Civil. 2015. Consultado em 2 de outubro de 2016Cópia arquivada em 2 de outubro de 2016
  3. ↑ Ir para:a b Getúlio Vargas, Presidente (16 de outubro de 1936). «Decreto nº1150/1936». Consultado em 6 de julho de 2016
  4. ↑ Ir para:a b c d e Infraero. «Aeroporto Santos Dumont». Consultado em 2 de junho de 2015
  5.  Odebrecht. Miucha Andrade. «Mudando sem perder o charme». Consultado em 4 de junho de 2015. Arquivado do original em 3 de Março de 2016
  6. ↑ Ir para:a b c Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC. «Anuário Estatístico do Transporte Aéreo 2014». Consultado em 6 de julho de 2016. Arquivado do original em 31 de Agosto de 2011
  7. ↑ Ir para:a b CGNA - Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea. «Capacidade de pista». Consultado em 6 de julho de 2016
  8. ↑ Ir para:a b Infraero. «Complexo Aeroportuário». Consultado em 4 de junho de 2015. Arquivado do original em 4 de Junho de 2015
  9. ↑ Ir para:a b c d e f g h i Jornal o Globo (2 de julho de 2013). «Aeroporto Santos Dumont é inaugurado na Ponta do Calabouço, em 1936». Consultado em 2 de junho de 2015
  10. ↑ Ir para:a b c INEPAC - Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. «Patrimônio Cultural/Bens Tombados». Consultado em 2 de junho de 2015
  11. ↑ Ir para:a b c d Pabloaerobrasil. «Aeroporto Santos Dumont (SDU)». Consultado em 2 de junho de 2015
  12.  Revista Flap. Beting, Gianfranco. «Ponte Aérea» (PDF). Consultado em 2 de junho de 2015
  13.  Departamento de Aviação Civil (DAC). «Portaria nº 187 de 08/03/2005». Consultado em 2 de junho de 2015
  14.  Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac). «Resolução nº75, de 3 de março de 2009» (PDF). Consultado em 2 de junho de 2015
  15.  ANAC (2 de setembro de 2015). «Decisão nº 104 de 02/09/2015 - Declara coordenado o aeroporto do Rio de Janeiro, Alberto Santos Dumont (SBRJ).». Consultado em 27 de maio de 2016
  16. ↑ Ir para:a b c Revista Construir/AEERJ. «Obras do Santos Dumont Decolam» (PDF). Consultado em 3 de junho de 2015. Arquivado do original (PDF) em 4 de Junho de 2015
  17. ↑ Ir para:a b c Odebrecht. «Começam as obras de ampliação do Aeroporto Santos Dumont». Consultado em 3 de junho de 2015. Arquivado do original em 4 de Junho de 2015
  18.  Departamento de Controle do Espaço Aéreo (6 de julho de 2016). «Serviço de Informação Aeronáutica Oficial». Consultado em 6 de julho de 2016
  19. ↑ Ir para:a b Infraero (19 de abril de 2016). «Declaração da Capacidade do Aeroporto de Santos Dumont.» (PDF). Consultado em 6 de julho de 2016. Arquivado do original(PDF) em 4 de outubro de 2016
  20. ↑ Ir para:a b c CGNA - Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea. «Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo 2010». Consultado em 26 de abril de 2015
  21.  Infraero. «Movimento Operacional da Rede Infraero de Janeiro a Dezembro de 2003 a 2013»Estatísticas. Consultado em 3 de janeiro de 2014
  22.  Infraero. «Movimento Operacional da Rede Infraero de Janeiro a Dezembro de 2012 a 2014»Estatísticas. Consultado em 4 de junho de 2015
  23.  Folha de S.Paulo (13 de fevereiro de 1998). «Incêndio destrói Santos Dumont, no Rio língua=». Consultado em 7 de julho de 2016
  24. ↑ Ir para:a b Zona de Risco (12 de agosto de 2005). «Incêndio no aeroporto Santos Dumont». Consultado em 7 de julho de 2016
  25.  Agência Brasil (17 de julho de 2007). «Atingido por incêndio, Aeroporto Santos Dumont volta a funcionar de manhã». Consultado em 7 de julho de 2016
  26. ↑ Ir para:a b c d O Explorador (4 de dezembro de 2003). «Acidentes que marcaram a aviação comercial brasileira». Consultado em 7 de julho de 2016
  27.  Desastres aéreos. «Acidentes aeronáuticos ocorridos no Brasil em 1943». Consultado em 7 de julho de 2016
  28.  Desastres aéreos. «Real voo 751 x US NAVY DC-6». Consultado em 7 de julho de 2016
  29.  Folha de S.Paulo (4 de julho de 1997). «Avião com 'Globeleza' cai na baía de Guanabara». Consultado em 7 de julho de 2016
  30.  Folha de S.Paulo (18 de julho de 1997). «Boeing da ponte aérea derrapa na pista». Consultado em 7 de julho de 2016
  31.  Estadão (2 de fevereiro de 2002). «Morre taxista que teve carro tombado por avião». Consultado em 7 de julho de 2016
  32.  Folha de S.Paulo (10 de setembro de 2005). «Pneu estourado de avião fecha aeroporto Santos Dumont, no Rio». Consultado em 7 de julho de 2016
  33.  Portal UOL (12 de agosto de 2010). «Avião da Ocean Air cai na baía da Guanabara, no Rio de Janeiro; 36 voo foram cancelado». Consultado em 7 de julho de 2016
  34.  Portal G1 (25 de setembro de 2015). «Avião da Gol derrapa na pista e Santos Dumont é fechado». Consultado em 7 de julho de 2016

Bibliografia

PortalA Wikipédia possui o

• Ana Cândida Vespucci; Beatriz Mugayar Kühl; Marcelo Mario (1996). Aeroporto Santos Dumont, 1936-1996, Rio de Janeiro, Brasil. (São Paulo: Empresa das Artes) (Editora)

• Beting, Gianfranco (2007). Ponte Aérea: Quarenta anos de história da maior invenção da aviação comercial brasileira. (São Paulo: Revista Flap Internacional) p 52-72. Arquivo PDF

• AEERJ, Revista Construir (2004). Obras do Santos Dumont decolam. (Rio de Janeiro: AEERJ) p 5 - 7. (Arquivo PDF)

• Agência Nacional de Aviação Civil(2015). Anuário do Transporte Aéreo 2014. (Brasília:ANAC) p 96-99. Arquivo PDF

• Departamento de Controle do Espaço Aéreo; Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (2016). Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo 2015. (Rio de Janeiro:DECEA/CGNA) p36-39. Arquivo PDF

Ligações externas

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CÂMARA DE LOBOS - FERIADO - 16 DE OUTUBRO DE 2020

 


Câmara de Lobos

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Câmara de Lobos
Município de Portugal
Bahía de Cámara de Lobos, Madeira, Portugal, 2019-05-29, DD 50.jpg
Centro de Câmara de Lobos
               = câmara-lobense[1]

xavelha ou chavelha[2][3] (informal)

Brasão de Câmara de LobosBandeira de Câmara de Lobos
Localização de Câmara de Lobos


Área52,15 km2
População35 666 hab. (2011[4])
Densidade populacional683,91 hab./km2
N.º de freguesias5
Presidente da
Câmara Municipal
Pedro Coelho (PSD)
Mandato 2017-2021
Fundação do município4 de outubro de 1835 (185 anos)
Elevação a cidade: 3 de agosto de 1996 (24 anos)
Região AutónomaMadeira
IlhaMadeira
Antigo DistritoFunchal
OragoSão Sebastião
Feriado municipal4 de outubro (Fundação do município)
Código postal9300 Câmara de Lobos
Site oficialwww.cm-camaradelobos.pt

Câmara de Lobos é município português na ilha da MadeiraRegião Autónoma da Madeira, com sede na cidade e freguesia homónima. Tem 52,15 km² de área e 35 666 habitantes (2011[4]), subdividido em 5 freguesias. A freguesia de Câmara de Lobos é uma das mais antigas na ilha da Madeira, e a sua criação remonta ao princípio do segundo quartel do século XV, aproximadamente pelos anos 1430. O município é limitado a norte pelo município de São Vicente, a nordeste por Santana, a leste pelo Funchal e a oeste pela Ribeira Brava, sendo banhado pelo oceano Atlântico a sul. A cidade tem 17 986 habitantes.[4]

História

concelho foi criado em 1835, tendo a vila sido à categoria de cidade a 2 de agosto de 1996.

Câmara de Lobos foi um dos primeiros lugares da Madeira, após a sua descoberta, sujeitos a uma imediata exploração agrícola. Tem óptimas qualidades de terreno, condições climatéricas, boa exposição solar e abrigo dos ventos.

Na cultura da agricultura salienta-se a cultura da vinha, que resulta na fabricação do Vinho da Madeira.

Estabeleceram na freguesia indivíduos vindos de Portugal e formaram famílias em Câmara de Lobos. Desses indivíduos, os de origem nobre, tiveram muitas terras de sesmarias e ali instituíram os seus vínculos e morgadias. Entre eles pode-se mencionar João Caldeira o Velho, que deu o nome ao sítio da Caldeira.

Nesta freguesia, a atividade pescatória era praticada por diversos indivíduos; uma considerável parte destes indivíduos vivia no bairro do Ilhéu, e as condições higiénicas inapropriadas de viver.

Quando João Gonçalves Zarco chegou a Câmara de Lobos, traçou a fundação da capela do Espírito Santo, que foi dedicado ao Espírito Santo, na baía de Câmara de Lobos; mais tarde a capela foi convertida para a igreja de São Sebastião.

A localidade deve o seu topónimo ao facto de que quando o redescobridor da ilha da Madeira, João Gonçalves Zarco (1419) desembarcou aqui pela primeira vez, observou que existia uma rocha delgada que entrava pelo mar adentro e que entre esta rocha e outra ficava um braço de mar, onde a natureza fez uma grande lapa, ao jeito de câmara de pedra e rocha viva. Entraram e tendo deparado com tantos lobos marinhos, ficaram espantados, encontrando-se deste modo a justificação para o surgimento do nome deste local.

Desta freguesia foram naturais entre outros, Henrique Henriques de Noronha, escritor, João Pedro de Freitas Pereira Drumond, advogado e jornalista, Dr. Francisco da Silva Barradas, advogado e escritor, Dr. José de Barros e Sousa, juiz desembargador, Padre Eduardo C. N. Pereira, escritor, Eng. Alberto Reis, engenheiro civil, Dr. Sebastião Pestana, professor universitário, dr. Eduardo Antonino Pestana, escritor, Padre Dr. José Gonçalves de Aguiar, teólogo, Fernando Eldoro, maestro, Dr. João Rufino Silva, musicólogo, e Joaquim Pestana, poeta.

Inicialmente formado pelas freguesias de Câmara de Lobos, do Curral das Freiras, do Estreito de Câmara de Lobos e do Campanário, então pertencentes ao concelho do Funchal, até ser atingida a sua actual constituição, várias alterações entretanto viriam a ocorrer. Assim, a 24 de Julho de 1848, às quatro freguesias iniciais, juntar-se-ia uma outra, a freguesia da Quinta Grande, surgida na sequência do desmembramento de alguns sítios das freguesias do Campanário e de Câmara de Lobos, ficando assim o concelho acrescido em mais uma freguesia, ainda que mantendo a mesma área territorial. A 6 de Maio 1914, perde a freguesia do Campanário que é integrada no novo concelho da Ribeira Brava e a 5 de Julho de 1996 é criada uma nova freguesia, denominada de Jardim da Serra, constituída a partir da desagregação de alguns sítios da zona alta da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.

Como consequência, a partir desta data, o concelho de Câmara de Lobos, passa a ser constituído pela freguesia de Câmara de Lobos, criado por volta de 1430; pela freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, criada por volta de 1509; pela freguesia do Curral das Freiras criada a 17 de Março de 1790; pela freguesia da Quinta Grande, criada a 24 de Julho de 1848 e pela freguesia do Jardim da Serra criada, a 5 de Julho de 1996. Durante este percurso ainda haverá a destacar a elevação, a 15 de Setembro de 1994, da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos à categoria de vila e a elevação, em 3 de Agosto de 1996, da vila de Câmara de Lobos à categoria de cidade.

É o concelho com uma estrutura etária mais jovem de Portugal.

População

Número de habitantes [5]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
10 22612 47512 13414 11816 45517 57821 80624 13027 42029 75931 81031 03531 47634 61435 666

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [6]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos7 0048 4996 8609 28310 71610 90912 45614 310S/ dados9 9979 0297 445
15-24 Anos3 1353 6683 7094 1594 1215 8645 3975 655S/ dados6 8536 4585 637
25-64 Anos6 3356 8596 1307 6228 1009 21310 44110 100S/ dados12 36116 07918 987
= ou > 65 Anos9601 0598077351 0981 1981 4651 745S/ dados2 2653 0483 597
> Id. desconh3345291515

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Distribuição da população

Segundo os censos de 2011, a população do concelho totaliza 35 666, distribuídas pelas cinco freguesias da seguinte maneira:

  1. Câmara de Lobos: 17 986 hab.
  2. Estreito de Câmara de Lobos: 10 269 hab.
  3. Jardim da Serra: 3 311 hab.
  4. Quinta Grande: 2 099 hab.
  5. Curral das Freiras: 2 001 hab.

Subdivisões

Câmara de Lobos freguesias.svg

O concelho de Câmara de Lobos está dividido em 5 freguesias. Cada freguesia é governada por uma Junta de Freguesia, órgão executivo que é eleito pelos membros da Assembleia de Freguesia, por sua vez eleita diretamente pelos cidadãos recenseados no seu território.

Geminações

Câmara de Lobos possui as seguintes cidades-gémeas:[7]

Economia

Porto com peixe seco

Em 2011, segundo os dados do IVBAM (Instituto do Vinho, Bordado e do Artesanato da Madeira), 62% do total de uvas recolhidas na RAM para a produção do Vinho Madeira, tiveram a sua origem no concelho de Câmara de Lobos, com destaque para a freguesia do Estreito de Câmara de Lobos que representa cerca 88% dessa mesma produção.[8]

Em Câmara de Lobos existe também a pesca, atividade que confere a principal característica visual à cidade. A captura do peixe espada preto, espécie que dá nome a uma das maiores festividades organizadas na cidade no decorrer da época estival, representa a maior parte das capturas locais e, a nível regional, esta espécie representou no ano de 2011, segundo os dados disponibilizados pela DREM (2011), cerca de 43% do total de pescado descarregado nos portos da RAM, o que equivaleu a aproximadamente 53% do valor global do pescado.[8]


Património Construído

Forno da Cal

O Forno da Cal encontra-se localizado no sítio da Trincheira, na famosa freguesia de Câmara de Lobos e a sua construção deu-se no ano de 1874 por Roque Teixeira de Agrela. No entanto, é em 1914 que se dão início a algumas restaurações e adaptações ao meio envolvente. A produção de cal desempenhava um papel importante na construção civil, no entanto, é já no ano 1960 que se deu o seu encerramento uma vez que causava mau estar principalmente à vizinhança e originava reclamações resultantes do odor e do fumo. Vinte anos depois, já na posse da Câmara Municipal tentou-se criar um novo uso para o edifício permitindo a secagem de "peixe gata" muito abundante na freguesia, o que acabou mais tarde por ter sido encerrado também.

Na atualidade, apesar de ser considerado como um dos patrimónios mais importantes da freguesia, encontra-se em degradação e sob exploração da Frente Mar de Câmara de Lobos, onde se abrange também as Salinas.


Referências

  1.  «Dicionário de Gentílicos e Topónimos». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 28 de junho de 2010
  2.  ««Xavelha»». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 31 de outubro de 2015
  3.  ««Chavelha»». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 31 de outubro de 2015
  4. ↑ Ir para:a b c Instituto Nacional de Estatística«Censos de 2011». Consultado em 18 de fevereiro de 2012
  5.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  7.  «Geminações da RAM»Diário de Notícias da Madeira. Consultado em 14 de outubro de 2009. Arquivado do original em 7 de outubro de 2011
  8. ↑ Ir para:a b Teles, Marco (2013). Câmara de Lobos: estudo das potencialidades de desenvolvimento e promoção turística do concelho, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.

Ver também

Ligações externas

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