terça-feira, 13 de outubro de 2020

EDUARDO III - O CONFESSOR - 13 DE OUTUBRO DE 2020

 


Eduardo, o Confessor

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Eduardo, o Confessor
Rei dos Ingleses
Reinado8 de junho de 1042
5 de janeiro de 1066
Coroação3 de abril de 1043
Antecessor(a)Hardacanuto
Sucessor(a)Haroldo II
 
EsposaEdite de Wessex
CasaWessex
Nascimento1003
 Islip, OxfordshireInglaterra
Morte5 de janeiro de 1066 (63 anos)
 Palácio de WestminsterLondresInglaterra
EnterroAbadia de WestminsterLondres
PaiEtelredo II de Inglaterra
MãeEma da Normandia
ReligiãoCatolicismo
Santo Eduardo[1]
Veneração porIgreja Católica
Canonização1161[2] por Papa Alexandre III[3]
Festa litúrgica13 de Outubro [4]
AtribuiçõesRei da Inglaterra, segurando um saco de dinheiro ou doando dinheiro a um necessitado
PadroeiroReis[5]
Casais separados ou com dificuldade[6]

Eduardo, o Confessor (1003[7] — Palácio de Westminster5 de janeiro1066) foi o penúltimo Rei saxão de Inglaterra, entre 1042 e 1066. Era filho de Etelredo II e de Ema da Normandia.

Juntamente com o pai, o irmão Alfredo e o resto da família, Eduardo fugiu para a Normandia durante a invasão dinamarquesa de 1013. Permaneceu na corte do Duque da NormandiaRoberto I da Normandia até 1041, data em que foi convidado pelo meio irmão Canuto II a regressar a Inglaterra.

No ano seguinte Canuto II morreu, possivelmente envenenado, e Eduardo subiu ao trono restaurando a dinastia saxã que se iniciara com Alfredo, o Grande.

Eduardo foi coroado a 3 de abril de 1043 na Catedral de Winchester.

O exílio na Normandia teve bastante influência no reinado de Eduardo, nomeadamente no favor que concedia aos nobres normandos em desfavor dos saxões e dinamarqueses. A discórdia entre os súditos aumentou e Eduardo acabou por casar com Edite, filha de Goduíno de Wessex, em 1045 para acalmar a situação. O pai de Edite mostrou-se inicialmente favorável, mas depois se revelou um opositor, interessado nas regalias que poderia o reinado inglês oferecer. O casamento não durou nem gerou filhos, pois de comum acordo mantiveram-se castos, já que Eduardo era extremamente religioso, mas Edite e Eduardo se tornaram profundos amigos.

Quando Eduardo morreu em 1066, o seu primo Guilherme, Duque da Normandia declarou-se seu sucessor baseado numa alegada promessa de Eduardo em lhe deixar a coroa de Inglaterra. Os nobres ingleses elegeram Haroldo II, filho de Goduíno de Wessex, mas Guilherme invadiu Inglaterra com um exército de 7 000 homens e derrotou-o na Batalha de Hastings.

Eduardo encontra-se sepultado na Abadia de Westminster que mandou construir.

Foi canonizado pelo papa Alexandre III, em 1161.[8]

Ancestrais

Ver também

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Eduardo, o Confessor

Referências

Precedido por
Hardacanuto
Rei de Inglaterra
1042 — 1066
Sucedido por
Haroldo II


MILAGRE DO SOL - ÚLTIMA AMPARIÇÃO DE N. SENHORA EM FÁTIMA - (OUTUBRO DE 1917) - 13 DE OUTUBRO DE 2020

 


Milagre do Sol

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Pessoas presentes na Cova da Iria, em Fátima, a 13 de outubro de 1917, olhando para o Sol.
Vista geral da multidão presente na Cova da Iria, em Fátima, a 13 de outubro de 1917.

Milagre do Sol foi um acontecimento testemunhado por cerca de 70 mil pessoas no dia 13 de outubro de 1917 no terreno da Cova da Iria, perto de Fátima, em Portugal.[1] As estimativas do tamanho da multidão variam de "trinta a quarenta mil" por Avelino de Almeida, escrevendo para o jornal português O Século,[2] a cem mil, segundo estimativa de José de Almeida Garrett, professor de ciências naturais na Universidade de Coimbra;[3] ambos presenciaram o referido acontecimento.[4]

O evento foi oficialmente aceite como um milagre pela Igreja Católica em 13 de outubro de 1930. Em 13 de outubro de 1951, o cardeal Tedeschini afirma que, em 30 de outubro, 31 de outubro e 1 de novembro e 8 de novembro, o Papa Pio XII presenciou um milagre semelhante nos jardins do Vaticano.[5]

O Milagre

Os três pastorinhos de Fátima haviam relatado que na aparição de 13 de Maio a Virgem Maria tinha-lhes prometido um milagre para o dia 13 de Outubro, na Cova da Iria,[6] "de modo que todos pudessem acreditar" nas Suas aparições.[7]

De acordo com muitas indicações das testemunhas, por exemplo o avô materno de Fátima Magalhães, entre muitas outras, após uma chuva torrencial, as nuvens dissiparam-se no firmamento e o Sol apareceu como um disco opaco, girando no céu.[8] Algumas afirmaram que não se tratava do Sol, mas de um disco em proporções solares, semelhante à Lua. Disse-se ser observável significativamente menos brilhante do que o normal, acompanhado de luzes multicoloridas, que se reflectiam na paisagem, nas pessoas e nas nuvens circunvizinhas.[8] Foi relatado que o pretenso Sol se teria movido com um padrão de zigue-zagues,[8] assustando muitos daqueles que o presenciaram, que pensaram ser o fim do mundo.[9] Muitas testemunhas relataram que a terra e as roupas previamente molhadas ficaram completamente secas num curto intervalo de tempo[10] e, também relataram curas inexplicáveis de paralíticos e cegos, e outras doenças não explícitas, em vários casos comprovadas também por testemunhos de médicos.[11]

De acordo com relatórios das testemunhas, o Milagre do Sol durou aproximadamente dez minutos.[12] As três crianças[13] relataram terem observado a Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), depois Jesus com Nossa Senhora das Dores, e, por fim, Nossa Senhora do Carmo abençoando a multidão a partir do firmamento.[14]

Avaliação crítica do evento

Página de Ilustração Portuguesa, 29 de outubro de 1917, mostrando as pessoas a observar o milagre

Diversos autores sugeriram possíveis explicações para o pretenso milagre com base em fenómenos naturais.[15][16]

Joe Nickell sugere que os efeitos testemunhados podem se dever a efeitos visuais causados na retina após exposição à luz intensa.[17] Nickell também sugere a possibilidade de a causa ter sido um parélio, um fenômeno atmosférico relativamente comum.[18]

Durante o dia do fenómeno, não foi reportada nenhuma observação científica extraordinária do Sol em observatórios.[19]

O professor Auguste Meessen, do Instituto de Física da Universidade Católica da Lovaina, afirmou que milagres do sol não podem ser aceites e que as observações relatadas foram efeitos ópticos causados pela prolongada observação directa do Sol. Meessen alega que as imagens residuais na retina, produzidas após breves períodos de olhar fixo no Sol, são a causa provável dos efeitos observados de dança. Semelhantemente, Meessen afirma que as mudanças de cor testemunhadas foram provavelmente causadas pela estimulação excessiva das células fotossensíveis da retina.[20] Meessen adverte que milagres do Sol têm sido testemunhados em muitos locais onde peregrinos cheios de religiosidade têm sido encorajados a olhar para o Sol. Ele cita, como exemplo, as aparições em Heroldsbach em 1949, onde os mesmos exactos efeitos ópticos foram testemunhados por mais de 10 000 pessoas. O cientista descarta ainda a hipótese de, no caso de Fátima, se ter tratado de um OVNI, visto que este teria de ser demasiado grande para poder ser igualmente visto e confundido com o Sol, à mesma hora, em locais situados num raio de 18 km dali.[21]

Explicações de crentes

Stanley L. Jaki, beneditino e autor de livros que tentam conciliar a ciência e o catolicismo, propôs uma teoria para o milagre. Para ele, o fenómeno pode ter sido meteorológico em natureza, mas o facto de ter ocorrido no exacto tempo prenunciado é um milagre.[22]

De Marchi afirma que a predição de um "milagre" inespecífico, o início e final abruptos do pretenso milagre, a natureza diversa dos observadores, incluindo crentes e descrentes, o grande número de pessoas presentes e a ausência de qualquer possível causa científica conhecida põem uma barreira à hipótese de alucinação em massa. De Marchi afirma também que a existência de relatos de que a atividade solar foi visível por pessoas a até 18 quilômetros de distância do local também elimina a possibilidade da teoria de alucinação ou histeria colectiva [23]

Referências

  1.  (De Marchi 1952a:183–194)
  2.  (De Marchi 1952a)
  3.  (De Marchi 1952a:177)
  4.  (De Marchi 1952a:185–187)
  5.  Joseph Pelletier. (1983). The Sun Danced at Fatima. Doubleday, New York. p. 147–151.
  6.  (De Marchi 1952b:118)
  7.  (De Marchi 1952b:46)
  8. ↑ Ir para:a b c (De Marchi 1952b:139–150)
  9.  (De Marchi 1952b:143, 149)
  10.  (De Marchi 1952b:150)
  11.  Haffert, John (1961). Encontro de Testemunhas. [S.l.]: Sede Internacional do Exército Azul. pp. 35–36–58
  12.  (De Marchi 1952b)
  13.  (De Marchi 1952a:207–210)
  14.  (De Marchi 1952b:151–166)
  15.  "Weather Secrets of Miracle at Fatima", Paul Simons, The Times, fevereiro 17, 2005.
  16.  Kevin McClure (1983) The Evidence for Visions of the Virgin Mary Aquarian Press, ISBN 0-85030-351-6
  17.  Skeptical Inquirer — Volume 33.6 November / December 2009
  18.  Nickell, John (1993). Looking for a Miracle: Weeping Icons, Relics, Stigmata, Visions, and Healing Cures. [S.l.]: Prometheus. ISBN 0-87975-840-6
  19.  (De Marchi 1952b:148–50, 282)
  20.  Auguste Meessen 'Apparitions and Miracles of the Sun' International Forum in Porto “Science, Religion and Conscience” October 23-25, 2003 ISSN: 1645-6564
  21.  Auguste Meessen 'Apparitions and Miracles of the Sun' International Forum in Porto “Science, Religion and Conscience” October 23-25, 2003 ISSN: 1645-6564
  22.  Jaki, Stanley L. (1999). God and the Sun at Fatima. Real View Books, ASIN B0006R7UJ6
  23.  (De Marchi 1952b:150, 278–82)

Bibliografia

  • Luís Filipe Torgal: O Sol Bailou ao Meio-Dia: A Criação de Fátima. Lisboa, Tinta da China, 2011. ISBN 9789896710712.
  • José Barbosa Machado: O Milagre do Sol. Braga, Edições Vercial, 2010. ISBN 9789898392268.
  • Tomás da Fonseca: Na Cova dos Leões. Lisboa, Antígona, 2009. ISBN 9789726082071.
  • Memórias e cartas da Irmã Lúcia - Introdução e notas pelo Padre Dr. António Maria Martins, S.J. Composição e impressão de Simão Guimarães, Filhos, Lda. Depositários L. E.- Porto, Portugal, 1973.
  • Era uma Senhora mais brilhante que o Sol - Padre João M. de Marchi, I.M.C.. Seminário das missões de N.ª Sr.ª de Fátima, Cova da Iria, Portugal, 3.ª edição, 1948.
  • História das Aparições - Cónego José Galamba de Oliveira. Ocidental Editora, Porto, Portugal, 1954, in Fátima, altar do mundo Vol. II, pp. 21–160
  • Síntese crítica de Fátima-Incidências e repercussões - Cónego Sebastião Martins dos Reis. Edição do Autor, Évora, Portugal, 1967.
  • A vidente de Fátima dialoga e responde pelas Aparições - Cónego Sebastião Martins dos Reis. Tipografia Editorial Franciscana, Braga, Portugal, 1970.
  • Eu Vi Nascer Fátima, de Humberto Pasquale -Edições Salesianas, 1993 - ISBN: 9789726902720
  • Grandes Fenómenos da Cova da Iria e a História da Primeira Imagem de Nossa Senhora - por Gilberto Fernando dos Santos (1956)
  • Memórias - Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, 13.ª edição, Secretariado dos Pastorinhos, Outubro de 2007 - ISBN 978 972 8524 18 0.
  • Documentação Crítica de Fátima : Seleção de Documentos (1917-1930) Edição do Santuário de Fátima, 2013 (Download disponível, em formato PDF, na própria página do Santuário de Fátima)
  • Encontro de Testemunhas - John Mathias Haffert (1961) Edição da Sede Internacional do Exército Azul

Ver também

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