sábado, 10 de outubro de 2020

SÃO FRANCISCO DE BORJA (ou BÓRGIA) M - 10 DE OUTUBRO DE 2020

 


Francisco de Borja

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São Francisco de Borja, S.J.
São Francisco de Borja.
Por Alonso Cano, atualmente no Museu de Belas Artes de Sevilha.
ConfessorVice-rei da Catalunha
Nascimento28 de outubro de 1510 em Ducado de GandíaValênciaReino da Espanha
Morte30 de setembro de 1572 (61 anos) em RomaEstados Papais
Veneração porIgreja Católica
Beatificação23 de novembro de 1624MadriReino da Espanha por Papa Urbano VIII
Canonização20 de junho de 1670RomaEstados Papais por Papa Clemente X
Festa litúrgica3 de outubro
AtribuiçõesCrânio humano coroado com um diadema
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Francisco de Borja e Aragão, também Francisco de Bórgia e Aragão, foi 4.º duque de Gandia, filho do vice-rei de Navarra, neto paterno de Giovanni Bórgia, sobrinho-neto de César Bórgia e de Lucrécia Bórgia, bisneto do Papa Alexandre VI e bisneto por bastardia do rei Fernando II de Aragão, e fez-se jesuíta logo após enviuvar. Exerceu o cargo de Vice-rei da Catalunha. Nasceu em 28 de outubro de 1510, faleceu em 1572[1].

Infância, juventude e nobreza

Desde pequeno era muito piedoso e desejou tornar-se monge, sua família porém o enviou à corte do imperador Carlos V. Ali se destacaria acompanhando o imperador em suas campanhas e casando-se, em 1529, com uma nobre portuguesa: Eleonor de Castro Melo e Menezes, com a qual teve oito filhos: Carlos, Isabel, João, Álvaro, Fernando, Afonso, Joana e Dorotéia.

Nobre e considerado "grande de Espanha", em 1539 escoltou o corpo da imperatriz Isabel de Portugal à sua tumba em Granada. Se diz que, quando viu o efeito da morte sobre o corpo daquela que tinha sido uma bela imperatriz decidiu "nunca mais servir a um senhor que me possa morrer".

Nomeado primeiro Marquês de Llombay, foi depois vice-rei na Catalunha, entre 1539 e 1543, cargo que exerceu com grande eficiência. Quando seu pai morreu, em 1543, recebeu por herança o título de Duque de Gandía[1], então se retirou para a sua terra natal e aí levaria, com sua família, uma vida entregada puramente à religião.

Vida na Companhia de Jesus

Em 1546, sua esposa Leanor de Castro morreu e Francisco fez um retiro espiritual[1] e decidiu entrar na recentemente fundada Companhia de Jesus.

Em 1550, foi recebido em Roma por Inácio de Loyola, como jesuíta, pouco antes de receber sua ordenação sacerdotal.

Inquisição condenou o livro "Obras do Cristão", que continha um artigo de Borja, que, por isso, teve que responder a processo de heresia, no qual foi absolvido

Ajustou as contas com os seus assuntos mundanos, renunciou aos seus títulos em favor de seu primogênito, Carlos e, imediatamente, se lhe foi oferecido o título de cardeal. Recusou, preferindo a vida de um pregador itinerante. Seus amigos conseguiram convencê-lo a aceitar o título para aquilo que a natureza e as circunstâncias o haviam predestinado: em 1554, converteu-se no Comissário Geral dos Jesuítas na Espanha, e em 1565, em Superior Geral de toda a Ordem.

Fez parte da primeira geração dos jesuítas que tiveram suas vidas influenciadas diretamente por Inácio de Loyola, que foi seu amigo e conselheiro. Foi um grande incentivador das missões jesuíticas na América[1].

Feitos de sua liderança

Em 1565, a Congregação Geral II de Jesuítas se curvou evidentemente na eleição pelo enorme prestígio do outrora Duque de Gandia. O eleito revisou as regras da Ordem e, por influência das práticas de certos jesuítas espanhóis, aumentou o tempo dedicado à oração. Se preocupou para que cada Província tivesse seu noviciado: pessoalmente fundou o Noviciado de Sant'Andrea al Quirinale, no qual se formaram S. Estanislau Kostka, o pregador polonês Piotr Skarga e o futuro Padre Geral Cláudio Aquaviva.

Uma das tarefas mais delicadas deste governo foi negociar com S. Pio V, o qual desejava reintroduzir a função litúrgica cantada na Companhia. De fato, esta medida começou em maio de 1569, mas somente nas casas professas e sem interferir em outras tarefas. É por isso que todos os jesuítas deveriam exercer três votos solenes até que o Papa Gregório XIII restaurou a prática original tal como estava nas Constituições escritas por Santo Inácio.

Os Colégios prosperaram: de 50 em 1556 passaram a 163 em 1574. Borja promulgou a primeira Ratio Studiorum em 1569. Para seu governo apoiou visitantes. Iniciou-se a remodelação da Igreja de Jesus, em Roma. O Geral seguiu de muito perto a evolução da Contrarreforma na Alemanha. Muitas fundações jesuítas serviram para reforçar a causa católica.

Deu grande impulso às missões. Uma expedição missionária enviada por ele ao Brasil foi exterminada pelos protestantes em alto-mar (Inácio de Azevedo e seus companheiros mártires, em 5 de junho de 1570).

Borja recebeu missões especiais de Sua Santidade, assim como com Laínez. De viagem a Portugal e Espanha -apesar de acusações-, foi muito receptivo. Tomou conta de negócios da Companhia e delicados cargos diplomáticos nas cortes. A volta à Roma foi difícil; chegou à Cidade Eterna em situação ruim, mas feliz por ter obedecido até o fim. Morreu em 1572.

Durante seu generalato o número de jesuítas se expandiu de 1.000 para 4.000.

Em 1671, foi canonizado[1].

Legado

Sua decisão referente à oração alterou a concepção ignaciana a respeito, até que no século XX voltou-se a prática inicial. Aplicou na prática a resolução da CG II de convocar as Congregações de Procuradores, que demonstrou ser uma medida muito acertada. Sob sua administração, a obra missionária foi incrementada e prosperou. A Companhia fundou novas missões na FlóridaMéxico e Peru. Aumentou a infiltração no Brasil. Sugeriu a Pio V a criação da Congregação para a Propagação da Fé. Em sua homenagem, o Padre Francisco Garcia fundou a cidade de São Borja, primeiro sete povos das missões, onde seu dia é comemorado em 10 de outubro pelo município e pela Paróquia São Francisco de Borja

Ver também

Precedido por
João de Borja, 3.º Duque
COA Duke of Gandia.svg
Duque de Gandia

1543-1546
Sucedido por
Carlos de Borja, 5.º Duque
Precedido por
Diego Laynez
Ihs-logo.svg
Superior Geral da Companhia de Jesus

1565-1572
Sucedido por
Everard Mercurian

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e Francisco de Borja e as missões no “Novo Mundo”, acesso em 18 de outubro de 2017.
Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Francisco de Borja

Bibliografia

  • Candido de Dalmases, Francis Borgia. Grandee of Spain, Jesuit, Saint, Saint-Louis, 1991 (em inglês)
  • Candido de Dalmases, El Padre Francisco de Borja, Madrid, 1983.24 pages. Madrid: Editorial Católica, (1983). ISBN, 8422011166, ISBN 978-84-220-1116-3 (em inglês)
  • Margaret Yeo, The greatest of the Borgias, New York, 1936, 374 pages (em inglês)
  • Enrique García Hernán, Sanctus Franciscus Borgia: Quartus Gandiae Dux et Societatis Iesu Praepositus Generalis Tertius, 1510-1572 , Volumen 156, Monumenta Borgia Series Volumes 156-157, Monumenta Historica Societatis Iesu (1903) (new edition by Edit. Generalitat Valeciana, 2003).
  • Enrique García Hernán, Francisco de Borja, Grande de España, 1999 reprint by Institució Alfons el Magnànim, (Diputació de Valência), of the 1903 edition, 292 pages, ISBN 84-7822-275-8
  • Francisco de Borja, Santo y Duque de Gandia (1510-2010) by several authors in several subjects, Bromera edit., 2010, ISBN 978-84-9824-634-6

SÃO DANIEL COMBONI - 10 DE OUTUBRO DE 2020

 


Daniel Comboni

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Daniel Comboni
Santo da Igreja Católica
Vicariato apostólico da África Central
Atividade eclesiástica
CongregaçãoMissionários Combonianos do Coração de Jesus
DioceseVicariato apostólico da África Central
Nomeação31 de julho de 1877
PredecessorDom Ignacij Knoblehar
SucessorDom Francesco Sogaro
Mandato1877 - 1881
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral31 de dezembro de 1854
Trento
por Dom Johann Nepomuk von Tschiderer zu Gleitheim
Nomeação episcopal31 de julho de 1877
Ordenação episcopal12 de agosto de 1877
por Dom Alessandro Cardinal Franchi
Brasão episcopal
BishopCoA PioM.svg
Santificação
Beatificação17 de março de 1996
Vaticano
por Papa João Paulo II
Canonização5 de outubro de 2003
Vaticano
por Papa João Paulo II
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica10 de outubro
Dados pessoais
NascimentoLimone sul GardaItália
15 de março de 1831
MorteCartumSudão
10 de outubro de 1881 (50 anos)
Nacionalidadeitaliano
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Daniel Comboni (Limone sul Garda15 de março de 1831 — CartumSudão10 de outubro de 1881) foi um bispo católico italiano, canonizado em 5 de outubro de 2003 pelo papa João Paulo II.

Biografia

Nasceu em família humilde de agricultores, num pequeno povoado à beira do lago de Garda, rodeado por montanhas.

Na escola a sua professora percebeu que o menino era diferente: as respostas que dava revelavam uma inteligência incomum, uma curiosidade viva que se traduzia em perguntas sem fim. Aos dez anos de idade, já escolheu de ser padre. Para poder estudar o menino foi obrigado a deixar a família, sendo encaminhado a Verona, a cidade grande mais próxima, onde foi confiado ao sacerdote Nicola Mazza que ali fundara e mantinha dois colégios.

Em 1846, aos quinze anos, ao ler a história dos mártires do Japão, entusiasmou-se e decidiu ser missionário. Um dos padres do colégio, Ângelo Vinco, voltando de uma Missão na África relatou a situação miserável daquelas populações. No dia 31 de dezembro de 1854, em Trento, Comboni foi ordenado padre.

Sem perda de tempo, preparou-se para a sua tarefa na África. Estudou inglêsfrancêsárabe. A sua primeira viagem realizou-se em 1857. À época de partir, eclodiu na região de Verona uma epidemia de cólera. Na ocasião, entregou-se inteiramente ao serviço dos doentes, arriscando o contágio. Partiu e dedicou-se de corpo e alma aos africanos lutando com tudo o que podia contra a encravadura.

Em 14 de setembro, junto ao túmulo de São Pedro em Roma, recebeu uma grande inspiração. Como resultado, durante o Concílio Vaticano I, apresentou aos bispos o seu Plano pela Regeneração dos Africanos. Tinha compreendido que o brancos não aguentavam muito na África, e que os Africanos trazidos para a Europa se corrompiam com o conforto e não desejavam mais voltar a sua terra natal para ser evangelizadores. Iluminado, propôs "Salvar a África com a África", ou seja, preparar sacerdotes e missionários africanos na própria África, mas em ambientes africanos, onde os brancos pudessem viver e os próprios africanos se mantivessem em sua terra.

Viajou muito, por todos os meios, de barco, de camelo, de navio, mas sempre com o coração voltado para os africanos, que queriam ser livres da escravidão, das doenças e da miséria. Fundou colégios, pediu a colaboração de mulheres e fundou a Congregação das Pias Madres da Nigritia.

Praticamente obrigado pelo Cardeal prefeito da Congregação do Vaticano responsável da Propagação da Fé, fundou em 1 de junho de 1867, o Instituto dos Filhos do Sagrado Coração de Jesus, que hoje tem o nome oficial de Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ). Os membros desta instituição estão hoje nos cinco continentes, contando até hoje vinte e quatro mártires nos trabalhos de evangelização. Em 1877 foi nomeado bispo do extenso Vicariado que abrangia praticamente toda a África Central.

Comboni faleceu a 10 de outubro de 1881 em Cartum, no Sudão, vítima das terríveis febres que já tinham vitimado quase todos os seus companheiros. No leito de morte rogou aos presentes que nunca desistissem, nem que sobrasse apenas um único deles. A sua obra continua pelo mundo afora.

Beatificação

Em 6 de Abril de 1995 foi reconhecido o milagre operado por sua intercessão em favor de uma menina afro‑brasileira, Maria José de Oliveira Paixão. Foi então beatificado no ano seguinte em 17 de Março de 1996 pelo Papa João Paulo II.

Este milagre ocorreu no município de São Mateus, no estado do Espírito Santo, na década de 1970. A menina Maria José se encontrava internada em um hospital do município. O médico, Doutor Carlos Cassiano, após uma cirurgia realizada no estômago da criança, havia diagnosticado infecção generalizada e que nada mais poderia ser feito para salvar sua vida.

Parentes e amigos passaram toda a noite em orações e súplicas, implorando a intercessão de São Daniel Comboni, por influência dos missionários combonianos na região. E o milagre aconteceu: a menina levantou curada no dia seguinte. O fato foi estudado por médicos e especialistas que constataram: a cura da menina é um fato que não pode ser explicado pela ciência

Canonização

Daniel Comboni foi canonizado pelo papa João Paulo II em 5 de outubro de 2003, porém, sua festa litúrgica é 10 de outubro. Foi canonizado devido à cura milagrosa de Lubna Abdel Aziz a ele atribuída numa maternidade em Cartum no Sudão.

Ver também

Ligações externas

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