sexta-feira, 9 de outubro de 2020

DIA MUNDIAL DOS CORREIOS - 9 DE OUTUBRO DE 2020

 

Correio

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Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre um sistema de envio de documentos. Para o periódico, veja Correio (jornal).

Correio é um sistema de comunicação que envolve o envio de documentos (cartasfacturas) e encomendas entre um remetente e um destinatário.

A princípio, o serviço postal pode ser privado ou público. Governos podem instituir limites para que empresas privadas assumam o sistema postal.

Desde a metade do século XIX, o sistema postal nacional passou geralmente a ser estabelecido por monopólios governamentais através de um papel pré-pago, que era na forma de estampas adesivas, os selos. Em geral, os monopólios governamentais apenas entregavam as encomendas para prestadoras de serviços, e estas responsáveis pela entrega da encomenda até o endereço correto.

História

O primeiro serviço organizado de difusão de documentos escritos que se tem notícia remonta a 2400 a.C., tendo surgido no Antigo Egito, quando os faraós usavam mensageiros para a difusão de decretos em todo o território do Estado.[1]

Egípcios

No século XII a.C. os egípcios já dispunham de um eficiente sistema postal, sobretudo a partir da XXI dinastia, quando foi criado um serviço permanente de correios. Os mensageiros realizavam o percurso a pé – mesmo os mais longos, e repousavam em estações de pernoite distribuídas ao longo dos "caminhos postais". Os encarregados das estações exerciam rigorosa vigilância durante o repouso para garantir a pontualidade.[1]

O texto a seguir revela carta enviada pelo faraó Amenófis IV do Egito ao seu amigo Cadasmane-Enlil Irei da Babilônia"Meu irmão Possas tu estar bem. Tua casa, tuas mulheres, teus carros, tua terra, possam estar muito bem. Eu estou bem e minha casa, minhas mulheres, meus filhos, meus nobres, meus cavalos, meus carros, os guerreiros do meu exército estão bem e toda minha terra vai muito bem.".[1]

Em 1888, camponeses encontraram entre as ruínas da cidade de Amarna pranchetas de barro com inscrições hieroglíficas. Os egiptólogos concluíram tratar-se de "cartas" (gravadas em baixo-relêvo sobre ladrilhos de cerâmica) que, geralmente, continham introduções demasiado corteses e bem elaboradas. Carta de um príncipe vassalo ao seu faraó: "Ao rei, meu senhor, meu deus, meu sol, sol do céu, assim fala Yapakhi, o homem de Gazri, teu servo, pó de teus pés, servo de teus cavalos; aos dois pés do rei meu senhor, meu deus, meu sol, sol do céu, eu me prosterno sete vezes e sete vezes na verdade, com o ventre e as costas.".[1]

Persas

Os persas aperfeiçoaram as normas postais do Egito. O historiador grego Xenofonte descreveu a organização do correio da Pérsia"Eis uma invenção utilíssima... Por meio dela, Ciro II é prontamente informado de tudo o que acontece nas regiões mais longínquas...".[1]

Gregos

Os gregos, a despeito do grau de civilização atingido por eles, não conseguiram estruturar um sistema postal eficiente, entre outras razões, prejudicado pela falta de unidade política. Assim, nos moldes do correio persa, constituíram o angarion, cujos mensageiros eram chamados astandes. A correspondência era dividida em categorias: epistolai - constituída apenas por maços de cartas; e culistoi - incluíam comunicações governamentais. Os "carteiros" na antiga Grécia – funcionários responsáveis pela distribuição local, eram chamados bibliaforoi. Os fiscais de pontualidade eram denominados orógrafos e controlavam o horário dos funcionários. Além do zelo com a pontualidade, havia grande preocupação com a segurança, que era exercida pelos éfodos – encarregados de impedir extravios.[1]

Cretenses e fenícios

Uma caixa de correio, em Belo Horizonte.

Os cretenses e fenícios também desenvolveram um sistema de comunicação postal e foram os primeiros a utilizar pombos e andorinhas como mensageiros.[1]

Chineses

Segundo alguns historiadores e relato do viajante veneziano Marco Polo (século XIII) os chineses foram pioneiros no serviço postal: "...por todas as estradas, o mensageiro que partisse de Cambalique e cavalgasse por 40 km, encontrava um belíssimo e enorme palácio destinado aos mensageiros, com magníficas camas guarnecidas de ricos lençóis de seda – adequado até mesmo a um rei.". O modelo do serviço postal chinês permaneceu inigualável até à formação do Império Romano.[1]

Romanos

Desenvolvido pelo imperador Augusto, o sistema de correios dos romanos sobressaiu-se pela vasta rede de estradas. A infra-estrutura que permitia aos soberanos governar a enorme extensão de territórios do império a partir de Roma, naturalmente ia além das rodovias. Os romanos denominavam Curso público o sistema que garantia a transmissão de notícias, a viagem dos funcionários e o transporte de bens em nome do Estado. Os mensageiros eram chamados tabelários (tabellarii) pelo fato de conduzirem as tabelas (tabellae) - pranchetas de madeira, em suas bolsas de couro. Além dos mensageiros, o Estado utilizava o císio (cisium) – espécie de biga puxada por cavalos velozes para despachos rápidos. As clábulas e birotas - puxadas por bois e mulas, eram usadas para serviços de menor urgência.[1]

O correio romano era regulamentado por lei. O Estado mantinha as mutationes (postos de troca de animais) e as mansões ou estações (paradas com estalagens e instalações para viajantes). As estradas eram balizadas pelos miliários, que eram marcos colocados em intervalos de cerca de mil passos (1 480 metros). Em sua base estava escrito o número da milha relativo à estrada em questão.[1]

Com o tempo, o serviço postal passou a ser privilégio de poucos.

Astecas e Incas

Os correios asteca e inca, na América pré-colombiana, possuíam desenhistas e reproduziam em telas figuras representativas de pessoas e animais de monta: eram os correios de Montezuma, imperador asteca. Os mensageiros usavam uma rica vestimenta (manta) atada ao corpo, eram respeitados e detentores de imunidades: a ninguém era permitido bloquear a passagem do "correio real". Os colonizadores espanhóis, quando souberam dos "desenhistas" e tiveram informações do organizado serviço postal dos nativos, esforçaram-se para eliminá-lo, receando que o sistema ameaçasse o domínio da terra.[1]

Os astecas dispunham de excelentes caminhos: canais de drenagem, pavimentação e muros protetores. Possuíam um incipiente sistema telegráfico: as almenaras. Outros sistemas de comunicação dos astecas, além do percurso a pé, eram os rios, onde o mensageiro atravessava a nado ou agarrado a um tronco com a correspondência atada à cabeça. Em abismos, era utilizada uma cesta grande, presa por uma corda e impulsionada por outras duas.[1]

O "chasque" era o correio dos incas. Percorriam dois grandes caminhos: o da costa e o das serras, nos quais havia postos para repouso e um organizado sistema de revezamento para mensagens mais urgentes.[1]

O selo

Placa indicativa de correio, em Belo Horizonte
Caixas de correio de diferentes empresas nos Estados Unidos
Ver artigo principal: Selo postal

Os diferentes sistemas postais que ligavam as regiões da Europa, no fim da Idade Média, tinham cada qual sua própria tarifa, o que resultava em um complexo e variado sistema de pesagens, medidas e verificações, ocasionando muita insatisfação. Por conta disso, organizações clandestinas passaram a oferecer o serviço mais barato e com menos formalidades.[1]

Esse movimento, e o franco progresso do sistema não oficial, levou as autoridades inglesas a uma reforma radical no serviço de correio, projeto idealizado por um funcionário, Rowland Hill, de unificação do sistema. Uma das propostas estabelecia que as tarifas pagas pelo usuário fossem confirmadas por meio de um comprovante afixado na correspondência. A 6 de maio de 1840, as agências postais inglesas venderam os primeiros selos adesivos.[1]

O bom resultado do novo sistema (a emissão de cartas passou de 78 milhões, em 1839, para 170 milhões, em 1840) provocou rápida difusão da reforma. O primeiro selo emitido no mundo (Inglaterra) foi o Penny Black. No Brasil, a emissão de selos teve seu início com a série "olho-de-boi" (1843) – segundo país a emitir selos no mundo.[1]

Os selos começaram a despertar o interesse de colecionadores que passaram a se dedicar a atividade de manipulá-los e conservá-los, dando origem a um dos hobbies mais praticados em todo o mundo: a Filatelia.[1]

Na esteira desses acontecimentos, vieram os acordos internacionais e as melhorias nos meios de transportes, permitindo um serviço mais rápido e eficiente.[1]

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r Enciclopédia Conhecer, Editora Abril Cultural, nº 67 - pp. 1121 a 1123, nº 45, p. 1259.
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SÃO DIONÍSIO AREOPAGITA - 9 DE OUTUBRO DE 2020

 


Dionísio, o Areopagita

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Dionísio, o Areopagita
NascimentoSéculo I
MorteSéculo I
Veneração porCatolicismo
Igreja Ortodoxa
Igreja Apostólica Armênia
Festa litúrgica3 de Outubro (IO), 9 de Outubro (IAA)
PadroeiroAtenasCrotoneJerez de la Frontera e Ojén
Gloriole.svg Portal dos Santos
Dionysiou Ta Sozomena Panta (1756)
Afresco de Dionísio no mosteiro Hosios Loukas

Dionísio, o Areopagita ( /ˌdəˈnɪsiəs/; em gregoΔιονύσιος ὁ ἈρεοπαγίτηςDionysios ho Areopagitês) foi juiz no Tribunal de Areópago em Atenas, que viveu no primeiro século. Convertido ao Cristianismo, ele é venerado como santo por várias denominações.

Vida

Conforme relatado nos Atos dos Apóstolos (17,34), ele foi convertido ao Cristianismo pela pregação do apóstolo Paulo durante o sermão do Areópago, segundo Dionísio, Bispo de Corinto, citado por Eusébio. Ele foi um dos primeiros atenienses a acreditar em Cristo.

A tradição sustenta que, mais cedo, em tenra idade, ele se viu em Heliópolis do Egito (perto do Cairo), exatamente na época da crucificação de Cristo em Jerusalém. Naquela sexta-feira, na época da crucificação de Cristo, segundo o evangelho: "Do meio-dia às três da tarde, trevas vieram sobre toda a terra". (Mateus 27,45). O jovem Dionísio ficou chocado com esse fenômeno paradoxal e exclamou: "Deus sofre ou está sempre desanimado" ("Deus sofre ou está perdido todo"). Ele teve o cuidado de anotar o dia e a hora desse evento sobrenatural da escuridão do sol.

Quando Dionísio voltou a Atenas, ouviu a pregação do apóstolo Paulo no monte Areópago, em Atenas, falando sobre aquela escuridão sobrenatural durante a crucificação do Senhor, dissolvendo qualquer dúvida sobre a validade de sua nova fé. Ele foi batizado com sua família em 52 d.C. A aceitação de Dionísio de Cristo refere-se aos Atos dos Apóstolos no capítulo 17,34: "Os homens que foram selados creram neles, e Dionísio, o Areopagita, e o nome de Dâmaris e os outros nele". Assim, quando Dionísio ouviu Paulo pregar sobre Cristo no Monte Areópago, em Atenas, recordou essa experiência que reforçou sua convicção de que Paulo estava falando a verdade sobre Cristo como o Messias e Salvador do Mundo há muito prometido. Relatos históricos escreveram que, quando soube que a Mãe de Cristo, Maria, morava em Jerusalém, viajou a Jerusalém para encontrá-la. A partir dessa reunião, ele disse: "Sua aparência, suas feições, toda sua aparência testemunham que ela é realmente Mãe de Deus". Em Jerusalém, ele também descobriu onde Maria dormiu e partiu deste mundo para se juntar ao seu Filho e ao seu Deus. Depois chorou como os Apóstolos e outros líderes da Igreja torrentes de lágrimas e também assistiu ao funeral de Maria em Jerusalém. Dionísio sofreu o fim de um mártir cristão ao ser queimado. A sua história foi preservada pelo historiador cristão primitivo, Eusébio de Cesareia na sua história eclesiástica.

Após sua conversão, Dionísio se tornou o primeiro bispo de Atenas.[1] Ele é venerado como santo nas igrejas católica e ortodoxa oriental. Ele é o santo padroeiro de Atenas e é venerado como o protetor dos juízes e do judiciário. Sua memória é comemorada em 3 de outubro. Seu dia de nome na Igreja Ortodoxa Oriental é 3 de outubro[2] e na Igreja Católica é 9 de outubro.[3]

Em Atenas, existem duas grandes igrejas com esse nome, uma em Kolonaki, na rua Skoufa, enquanto a outra é a metrópole católica de Atenas, na rua Panepistimiou. Seu nome também ostenta a passarela de pedestres ao redor da Acrópole, que atravessa a rocha dos Areios Pagos.

Dionísio é o santo padroeiro dos Gargaliani de Messênia, bem como na vila de Dionysi, no sul da prefeitura de Heraklion. A vila recebeu o nome dele e é a única vila de Creta com uma igreja em homenagem a São Dionísio Areopagita.

Confusões históricas

No início do século VI, uma série de escritos de natureza mística, empregando linguagem neoplatônica para elucidar idéias teológicas e místicas cristãs, foi atribuída ao Areopagita.[4] Eles são reconhecidos há muito tempo como pseudepigrafia, e seu autor agora é chamado de " Pseudo-Dionísio, o Areopagita".

Dionísio foi identificado erroneamente com o mártir da Gália, Dionísio, o primeiro bispo de ParisDenis. No entanto, esse erro de um escritor do século IX é ignorado e cada santo é comemorado em seu respectivo dia.[5]

Referências

  1.  Eusebius, Historia Ecclesiae III: iv
  2.  «Dionysios the Areopagite - Greek Orthodox Archdiocese of America»www.goarch.org (em inglês)
  3.  Online, Catholic. «St. Dionysius the Areopagite - Saints & Angels - Catholic Online»Catholic Online (em inglês)
  4.  Stanford Encyclopedia of Philosophy on the confusion between Dionysius and Pseudo-Dionysius
  5.  «Hieromartyr Dionysius of Paris, Bishop»oca.org

Fontes

  • Corrigan, Kevin; Harrington, Michael. "Pseudo-Dionysius the Areopagite". In Zalta, Edward N. (ed.). Stanford Encyclopedia of Philosophy.

Ligações externas

SÃO JOÃO LEONARDO - 9 DE OUTUBRO DE 2020

 


João Leonardo

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São João Leonardi
São João Leonardi
Nascimento1541 em Diecimo, cidade-estado de Lucca, na Itália
Morte9 de outubro de 1609 (68 anos) em RomaEstados Papais
Veneração porIgreja Católica
Beatificação10 de novembro de 1861 por Papa Pio IX
Canonização17 de abril de 1938 por Papa Pio XI
Principal temploSanta Maria in Campitelli
Festa litúrgica9 de outubro
PadroeiroFarmacêuticos[1]
Gloriole.svg Portal dos Santos

São João Leonardo, ou Geovanni Leonardi (Borgo a Mozzano, cerca de 1541 - Roma9 de outubro de 1609), foi o fundador da Ordem dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus, conhecidos por Leonardinos, e promotor do Colégio Missionário de Propaganda Fide. Foi proclamado santo pelo Papa Pio XI em 1938.

Biografia

Ele nasceu por volta de 1541 em uma família de fazendeiros ricos da aldeia de Diecimo, hoje, no município de Borgo a Mozzano, em Lucca. Trabalhou durante alguns anos como farmacêutico, mas em torno de 1568, decidiu dedicar-se ao estudo da teologia e, em 22 de dezembro de 1572, foi ordenado sacerdote.

A 1 de setembro de 1574 funda na igreja de Santa Maria della Rosa, em Lucca, a congregação dos padres reformados da Santíssima Virgem, dedicados ao apostolado e à formação do clero. Elaborou para eles a Constitutiones Clericorum regularum Matris Dei confirmadas em 13 de Outubro de 1595. Mais tarde, em 3 de Novembro de 1621, congregação foi elevada à ordem religiosa pelo Papa Gregório XV, assumindo o nome actual da Ordem dos Clérigos Regulares da Mãe de Deus.

Dedicou-se ao voluntariado para a assistência aos idosos abandonados e aos peregrinos[2].

Em 1596 o Papa Clemente VIII nomeia-o "visitador apostólico" e comissário, com um mandato para a Reforma Protestante, de acordo com os cânones do Concílio de Trento.

Com o padre espanhol Juan Bautista Vives y Maria deu origem a Roma para um movimento missionário que, após sua morte, levou à criação do Colégio Missionário de Propaganda Fide (em 1624, Universidade Urbaniana) e à construção da Sagrada Congregação para a Propagação da Fé (1627).

Morreu em Roma em 1608 e seu corpo foi transferido em 1662 para a Igreja de Santa Maria in Portico, em Campitelli, sua igreja titular. Em 25 de abril 1951 foi erguida a Igreja de São João Leonardi, na praça dos Cisnes, em Roma.

Foi declarado Venerável pelo Papa Clemente XI, em 1701, e foi beatificado em 10 de novembro de 1861 por Pio IX. Será depois Bento XVI que o proclama santo e padroeiro de todos os farmacêuticos, com o dia de 9 de outubro para o festejar.

Referências

  1.  (7 de outubro de 2009). On St. John Leonardi Arquivado em 13 de setembro de 2011, no Wayback Machine.. ZENIT.
  2.  09 de Outubro - São João Leonardo, Paulinas

Ligações externas

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