quarta-feira, 30 de setembro de 2020

FORNOS DE ALGODRES - FERIADO - 29 DE SETEMBRO DE 2020

 

Fornos de Algodres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Monumento alusivo ao pastor.jpg
Fornos de Algodres
Município de Portugal
Fornos de Algodres vu d'Infias.JPG
Vista panorâmica de Fornos de Algodres
Brasão de Fornos de AlgodresBandeira de Fornos de Algodres
Localização de Fornos de Algodres
GentílicoAlgodrense
Área131,45 km²
População4 989 hab. (2011)
Densidade populacional38  hab./km²
N.º de freguesias12
Presidente da
câmara municipal
Manuel Fonseca (PS)
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoGuarda
ProvínciaBeira Alta
OragoSão Miguel
Feriado municipal29 de setembro
Código postal6370
Sítio oficialwww.cm-fornosdealgodres.pt

Fornos de Algodres é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, na província da Beira Altaregião do Centro e sub-região da Beiras e Serra da Estrela, com cerca de 1 600 habitantes.

É sede de um município com 131,45 km² de área[1] e 4 989 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 12 freguesias.[4] O município é limitado a nordeste pelo município de Trancoso, a leste por Celorico da Beira, a sul por Gouveia, a oeste por Mangualde e Penalva do Castelo e a noroeste por Aguiar da Beira.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [5]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
Global *8 3049 2599 47710 1479 9539 6579 73010 50710 6459 0357 1306 5946 2705 6294 989
0-14 Anos **3 5873 5933 4693 4083 6023 4622 6441 9651 4541 125807542
15-24 Anos **1 8961 6791 6451 7591 7941 8231 436840972867687511
25-64 Anos **4 0213 9433 8124 0124 2544 3323 9443 2452 8052 7872 6492 344
= ou > 65 Anos **5606716907858939531 0111 0801 3631 4911 4861 592

* População residente; ** População presente (1900-1950)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Fornos de Algodres.
O concelho de Fornos de Algodres está dividido em 12 freguesias:

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V
PPD/PSDCDS-PPADPS
197667,82417,721
1979ADAD76,01418,371
198255,90424,37112,57-
198547,65345,842
198954,96319,61120,521
199344,58217,01133,832
199748,4638,33-39,922
200170,93424,511
200563,3142,84-28,691
200954,6733,28-38,042
201342,9425,64-47,153
201728,8216,60-60,244

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
CDSPSPSDPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197644,2725,8015,941,860,92
1979AD24,30ADAPU0,5864,783,03
1980FRS0,7768,503,6420,15
198329,2029,8931,810,362,89
198524,5019,8036,391,103,978,43
19876,9416,6065,46CDU0,172,111,72
19917,0121,9864,101,080,730,83
199510,4538,5446,550,481,140,20
199910,1038,3446,372,230,46
200210,2536,6052,971,180,86
20057,3442,3742,491,451,97
200914,1532,0039,472,375,47
201114,0227,6547,152,052,340,48
2015PàF37,22PàF2,685,370,3446,25

História[editar | editar código-fonte]

Dólmen na freguesia de Matança.
Casa da Torre - Solar dos Abreu Castelo Branco.
Capela de Nossa Senhora do Carmo.

Na Idade Média dava-se o nome genérico de “terras” a certas regiões mais ou menos extensas, a que correspondia uma circunscrição jurisdicional, compreendendo povoações mais ou menos próximas umas das outras, ligadas entre si por laços morais de interesses, fóros, tradições e costumes. Assim se dizia Terras de Riba Côa, Terras da Beira, Terras de além do Monte, etc.

Essas circunscrições territoriais, em geral demarcadas por limites naturais, montes ou rios, subdividiam-se em sub-regiões que ainda também conservavam a mesma designação de Terras, como Terra de Alafões, Terra de Tavares, Terra de Azurara, nome genérico da sub-região, às vezes sem corresponder a nenhuma povoação, antes tomando estas aquele sobrenome, como Chãs de Tavares, Quintela de Azurara, etc., outras vezes adotando o nome de uma povoação mais importante da área, como Terra de Algodres, Terra de Aguiar, Terra de Linhares, etc.

Mais tarde, a designação de "terras" foi substituída pela de "termo" com significação mais restrito, aplicando-se este nome, como sinónimo de distrito e alfoz, a mais reduzidas circunscrições, a que se chamava concelhos.

O concelho de Algodres compreendia oito paróquias: Casal Vasco, Ramirão, Cortiçô, Vila Chã, Muxagata, Fuínhas, Sobral Pichorro e Maceira, e a todas elas, como é natural, se adicionava o determinativo de Algodres: «Cortiçô de Algodres», «Vila Chã de Algodres», «Muxagata de Algodres», etc.

Que ela emprestasse o nome às povoações do seu termo, era natural, mas a velha vila, como mais importante entre todas as da região, exercia a sua hegemonia e emprestava o seu nome ainda às outras terras e povoações que assentavam nas proximidades do seu termo, sem fazerem parte dele. Assim, a vila de Fornos, apesar de viver e de se administrar, com câmara e julgado próprios, viu-se (e vê-se ainda hoje) forçada, para se distinguir de outras terras com o mesmo nome, a adotar o designativo regional de Algodres.

Foi com as povoações e área do concelho de Algodres e concelhos limítrofes que se constituiu, em 1836, o concelho de Fornos de Algodres, depois acrescentado, em 1898, com as freguesias de Além-Mondego, Juncais e Vila Ruiva. Desceram, pois, os antigos concelhos à condição de simples freguesias e as cinco vilas de Algodres, Figueiró, Matança, Infias e Casais do Monte passaram, daí em diante, a ser designadas por ex-vilas.

O primeiro administrador do novo concelho unificado foi José Coelho de Albuquerque, nomeado por portaria de 24 de Fevereiro de 1836; seguiu-se António Bernardo da Silva Cabral e, depois, Francisco de Melo e Sá, com o seu substituto Agostinho Pedroso de Magalhães.

A primeira Câmara do novo concelho de Fornos, já ampliado, foi composta do presidente Anacleto José de Magalhães Taveira Mosqueira, presidente interino José Coelho de Albuquerque, e vogais Francisco Ferreira de Abreu, António José do Carmo e José António Clemente.[6]

Figuras ilustres[editar | editar código-fonte]

Nascido em Fornos de Algodres, na rua da Torre, a 5 de Maio de 1895, de uma família de 12 irmãos, António Menano foi, sem sombra de dúvida, o mais conhecido e popular cantor de Fados de Coimbra.

António Menano tornou-se conhecido em todo o país através dos inúmeros discos que gravou, os quais correram o mundo, principalmente pelo Brasil e pelas províncias Ultramarinas. Concluído o curso de Medicina, António Menano passa a exercer clínica em Fornos de Algodres, terra natal da família e onde os seus pais António da Costa Menano e de Dª Januária Paulo Menano residem.

Faleceu em Lisboa a 11 de Setembro de 1969.[7]

Primeiro Conde e depois Marquês de Tomar, foi um dos políticos portugueses mais destacados do século XIX.

Nascido em Fornos de Algodres a 9 de Maio de 1803, cedo se revelaram as suas invulgares capacidades intelectuais. Assim, foi com quinze anos para Coimbra estudar Direito, tendo-se formado com vinte anos apenas. Exerceu durante algum tempo a advocacia; tendo o seu valor sido reconhecido. Foi nomeado Membro do Tribunal de Segunda Instância em S. Miguel, nos Açores. Aí se casou com a inglesa Luiza Mitchell Meredith Read.

Como deputado esteve ligado à reorganização administrativa de 1836, devendo-se certamente à sua influência a elevação de Fornos de Algodres a sede de concelho. Depois, em 1838, Costa Cabral foi chamado a desempenhar as funções de Ministro da Justiça e mais tarde, em 1842, já com novo governo empossado, de Ministro do Reino e da Instrução. Foi nessas funções que, em 1845, a rainha lhe concedeu o título de Conde de Tomar. Posteriormente foi nomeado embaixador junto da Santa Sé, tendo-lhe sido concedido o título de Marquês de Tomar.

Faleceu a 1 de Setembro de 1889 em Foz do Douro, no Porto.[7]

Natural de Fornos de Algodres, doutorou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, seguiu carreira de magistratura e foi juiz de fora em Ovar.

Nomeado desembargador da relação de Goa, partiu para a Índia, tendo de abandonar esse estado por razões políticas, refugiando-se então Bombaim de onde partiu para Portugal. Em Portugal foi governar civil dos distritos de Coimbra, Braga, Guarda, Porto e Funchal, passando depois a Juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Foi fidalgo da casa real, par do reino e grã-cruz das ordens de Cristo e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e de Carlos III de Espanha. Casou duas vezes, a primeira com D. Luísa de Sousa Pimenta de Saavedra Santa Marta, e a segunda com sua sobrinha D. Maria José de Abreu Castelo-Branco.

Faleceu sem descendência, sucedendo-lhe como segundo conde de Fornos de Algodres, seu irmão Alexandre de Abreu Castelo Branco, nascido em Fornos de Algodres a(5 de Maio de 1806.

  • José Pinheiro Marques

Nasceu em Figueiró da Granja, em 1871. Fez os seus estudos eclesiásticos e foi ordenado Padre em 1895. Foi Sacerdote em várias terras do atual concelho de Fornos de Algodres. Notabilizou-se como professor na Escola Académica de Lisboa, orador, ensaísta e, finalmente, Capelão da Casa Real.

Em 1900 foi distinguido com o título de Capelão Fidalgo Honorário da Casa Real, por alvará de El-Rei D. Carlos. Monárquico por formação e convicção, viu-se envolvido nas convulsões subsequentes à implantação da República. Foi preso várias vezes em Lisboa, onde, na companhia de outras figuras monárquicas, correu as cadeias do Limoeiro e do Castelo de S. Jorge.

Em 1930 foi agraciado com o título de Monsenhor e acabou por falecer em 1940.[7]

  • Manuel de Pina Cabral

Nasceu na freguesia de Matança, mais concretamente no lugar da Fonte Fria, em 1746. As origens familiares de Pina Cabral inscrevem-se numa família de agricultores, eclesiásticos e militares. A sua infância foi marcada pelo estudo do latim desde tenra idade. A família, em especial o pai, preocupou-se com a sua formação, tendo encarregue um professor de gramática da sua instrução, mormente de o pôr em contacto com as “coisas latinas”. Em 1763 o seu pai, acreditando nas suas potencialidades, envia-o para a Universidade de Coimbra, matriculando-o no curso de Direito Canónico, embora não tenha obtido qualquer grau, o que originou uma certa tensão entre a família.

O seu percurso revela um homem oriundo de uma pequena localidade do interior que se afirmou na cultura e no governo de Instituições.

Desconhece-se a data da morte de Frei Manuel de Pina Cabral, mas deve ter ocorrido cerca de 1810, uma vez que a última missiva enviada a Manuel do Cenáculo data de 1807. O local de sepultamento terá sido provavelmente a igreja ou o convento de Nossa Senhora de Jesus em Lisboa, na freguesia de Mercês, onde atualmente funciona a Academia das Ciências.[7]

Heráldica[editar | editar código-fonte]

FAG.png
Armas: Escudo de prata, com um cacho de uvas de púrpura, folhado e troncado de verde, acantonado por quatro espigas de milho de ouro folhadas de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda: “VILA DE FORNOS DE ALGODRES”, a negro.[8]
Pt-fag1.png
Bandeira: Esquartelada de amarelo e de verde, cordões e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.[8]

Património[editar | editar código-fonte]

Geminações[editar | editar código-fonte]

O concelho de Fornos de Algodres é geminado com as seguintes cidades:[9]

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  2.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 108. ISBN 978-989-25-0184-0ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  3.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  4.  Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6.  «História da Região - Município de Fornos de Algodres»Município de Fornos de Algodres. Consultado em 9 de junho de 2017
  7. ↑ Ir para:a b c d «Ilustres da nossa Terra - Município de Fornos de Algodres»Município de Fornos de Algodres. Consultado em 9 de junho de 2017
  8. ↑ Ir para:a b «Heráldica - Município de Fornos de Algodres»Município de Fornos de Algodres. Consultado em 9 de junho de 2017
  9.  «Geminações de Cidades e Vilas - Fornos de Algodres»www.anmp.pt. C

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue